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Medição de

Grandezas
Básicas

18 MARCH DE 2021

ISPTEC

1
República de Angola
Instituto Politécnico Superior de Tecnologias e Ciências

Medições de Grandezas Básicas

Integrantes do grupo
Ivanny Jetro Ndemby Kaley- 20200199
Fanuel Moacir Domingos Artur- 20200762
Neville Diavovoca Paolo- 20200425
Severino de J. Graciano Pohali- 20201404
Roma Kiaku Mbala- 20200267
Curso- Engenharia Eletrotécnica Docente- Luís Alberto Ferreira dos Santos
Turma- EELT2_M2 Data-29/04/021

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Índice
Introdução..................................................................................................................................4
Objetivos....................................................................................................................................4
Teoria.........................................................................................................................................5
Esferómetro............................................................................................................................5
Pêndulo Simples.....................................................................................................................6
Método e Procedimento Experimental.......................................................................................7
Medição do raio de curvatura de lentes esféricas...................................................................7
Medição experimental da aceleração de gravidade e período de um pêndulo simples..........8
Resultados..................................................................................................................................9
1ª Experiência.........................................................................................................................9
2ª Experiência.........................................................................................................................9
Discussão e Conclusão...............................................................................................................9
Referências Bibliográficas.......................................................................................................11

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Introdução
Desde os tempos remotos que o homem tem a necessidade da fazer medições. Para tal
foram medidas grandezas, usados certos instrumentos e ferramentas para realizar medições
como construções de pontes, habitações, tamanhos de objetos, formas apropriadas, etc.
Grandezas físicas são as propriedades mensuráveis de um fenômeno, corpo ou substância.
É necessário que essas propriedades possam ser expressas quantitativamente:
 No caso das grandezas escalares: por meio de um número (sua magnitude ou módulo)
e de uma "referência de tamanho" (sua unidade de medida);
 No caso das grandezas vetoriais: por meio de um número (sua magnitude ou módulo),
de uma "referência de tamanho" (sua unidade de medida) e de uma orientação
(formada por uma direção e um sentido).
Existem inúmeros tipos de grandezas físicas, cada qual associada a um diferente tipo de
unidade de medida. Uma unidade de medida tem um tamanho unitário arbitrariamente
definido, e é por meio de um processo de comparação quantitativa (medição) com esse
padrão unitário que se determina a magnitude de uma grandeza física. Isto é, quantas vezes o
tamanho unitário está contido na medida que está sendo feita. Podem, também, existir
diferentes unidades de medida para um mesmo tipo de grandeza física.
O sistema padrão de medidas mais largamente utilizado é o SI (Sistema Internacional),
que define as unidades padrão, as suas equivalências e as suas derivações.
As dimensões são propriedades intrínsecas das grandezas físicas. Num sistema de
unidades, a dimensão de uma unidade é a expressão desta unidade em termos de um produto
de potências das unidades de base. De forma simplificada, a dimensão de uma unidade G
pode ser escrita como uma Equação dimensional com a forma:
[ G ] = Aα B β C γ … Z ω
onde :
1. A , B , C … Z , representam as dimensões de base e ;
2. α , β , γ … ω , representam os expoentes dimensionais ,os quais podem ser números inteiros ou
números racionais(caso do sistemaCGS ).
É de extrema importância em engenharia e ciências físicas que saibamos obedecer a
coerência de unidades e dimensões de uma equação qualquer. Uma equação deve sempre
possuir coerência dimensional.

Objetivos
Calcular medições do tempo e raio, utilizando meios apropriados:
 Determinar o raio da superfície ou curvatura esférica de 3 lentes esféricas com
medidas dadas usando um aparelho denominado esferómetro sabendo que o raio e
uma grandeza básica;
 Proceder a calibração de um instrumento;
 Determinar o período de um pêndulo utilizando uma barreira de luz.

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Teoria
Esferómetro
Um esferómetro é um instrumento utilizado para a medição exata do raio de curvatura de
uma esfera ou de uma superfície curvada. Originalmente, estes instrumentos foram usados
principalmente por óticas para medir a curvatura da superfície de uma lente.

A forma habitual consiste num parafuso fino que se move numa porca transportada no
centro de uma mesa ou armação de 3 pequenas pernas; os pés formando os vértices de um
triângulo. A extremidade inferior do parafuso e as das pernas da mesa são finamente cónicas
e terminam em hemisférios, de modo que cada um repousa sobre um ponto. A cabeça é
geralmente dividida em 50 partes iguais, de modo que as diferenças de 0,01 milímetros
podem ser medidas sem usar um vernier. No entanto, pode ser montada uma lente para
ampliar as divisões de escala. Uma balança vertical presa à tabela indica o número de voltas
inteiras do parafuso e serve como um indicador para a leitura das divisões na cabeça.

Uma alavanca de contacto, um nível delicado ou um arranjo de contacto elétrico podem


ser fixados ao esferómetro de modo a indicar o momento de tocar com mais precisão do que é
possível pelo sentido de toque. Para medir o raio de uma esfera — por exemplo, a curvatura
de uma lente — o esferómetro é nivelado e lido, depois colocado na esfera, ajustado até os
quatro pontos exercerem igual pressão e ler novamente. A diferença dá a espessura h daquela
parte da esfera cortada por um plano que passa pelos três pés.
Segundo o teorema de Pitágoras o raio é dado por:

R2=a2 + ( R−h )2

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Isolando o raio R, teremos:

a 2 + h2
R=
2h

Pêndulo Simples
Pêndulo simples é um sistema mecânico que consiste em um peso semelhante a uma
partícula de massa m, suspenso por um cordão leve de comprimento L fixado à extremidade
superior. O movimento ocorre em um plano vertical e é movido pela força gravitacional.

As forças atuando sobre o peso são a ⃗


T exercida pelo cordão e a gravitacional mg. O
componente tangencial mg sen θ da força gravitacional atua sempre na direção de θ = 0,
oposto ao deslocamento do peso a partir da posição mais baixa. Portanto, o componente
tangencial é a força restauradora, e podemos aplicar a Segunda Lei de Newton para
movimento na direção tangencial:

d2 s
F t=mat →−mg sinθ=m
d t2
onde o sinal negativo indica que a força tangencial atua na direção da posição de
equilíbrio (vertical), e s é a posição do peso medida ao longo do arco. Expressamos a
aceleração tangencial como a segunda derivada da posição s. Como s = Lθ e L é constante,
essa equação é reduzida para:
2
d θ −g
2
= sinθ
dt L

Se supusermos que θ é pequeno (menor que 10° ou 0,2 rad), no entanto, podemos usar a
aproximação do ângulo pequeno, na qual sen θ ≅ θ , onde θ é medido em radianos. Desde que
θ seja menor que aproximadamente 10°, o ângulo em radianos e seu seno possuem o mesmo
valor até uma precisão de menos de 1,0%.
Então, para ângulos pequenos, a equação de movimento torna-se:
2
d θ −g
2
= θ
dt L

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A frequência angular e o período para um pêndulo simples são dados por:

ω=
√ g
L
T=

ω
=2 π
√ g
L

Método e Procedimento Experimental


Medição do raio de curvatura de lentes esféricas
Os materiais utilizados para a medição do raio de curvatura das lentes esféricas foram:
 Um esferómetro;
 Lentes esféricas;
 Uma superfície plana.

Para calcular o raio de curvatura das lentes esféricas:


1. Calibrou se o esferómetro em uma superfície plana alinhando o zero do esferómetro
com a escala;
2. Posicionou se os três pinos para uma abertura a igual a 15 mm;
3. Posicionou-se o esferómetro na menor esfera para medir o valor de h;
4. Ajustou-se o esferómetro e mediu-se o novamente o valor de h por 9;
5. Repetiu-se o processo de medição para as esferas media e larga;
6. Calculou-se os valores da altura media (h m), raio medio ( Rm ):
n 2 2
1 a + hm
h m= ∑ h i e R m = onde:
n i=1 2 hm

n = nº de vezes que foi realizada a medição (10).


7. Calculou-se o erro da altura (δR ) e o erro do raio (δh ):

√ | |
n

δh=
∑ (h i−hm )2 e δR= ∂ R
i=1
n(n−1)
| ∂h| δh=
( hm2−a 2)
2 hm
2
δh

8. Por fim, o raio das esferas junto com a sua aproximação:


R=R m ±δR

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Medição experimental da aceleração de gravidade e período de um
pêndulo simples
Os materiais utilizados para esta experiência foram:
 Montagem de um pêndulo simples;
 Uma barreira ótica;
 Fita métrica.
Para calcularmos a aceleração de gravidade a partir do pêndulo, medimos o período do
pêndulo para as medidas L= 40cm, 50cm, 60cm, 80cm.
1. Mediu-se o comprimento do fio junto com o raio da esfera para a medida de 40cm;
2. Fez se o set da barreira de luz para medir o período;
3. Puxou-se a esfera ate uma certa distancia e largou-se;
4. A barreira de luz forneceu o valor do período;
5. Repetiu-se esse processo por 4 vezes para o L= 40cm e posteriormente fez-se o
mesmo processo 5 vezes para cada medida restante;
6. Com os dados obtidos, calculou-se o período medio (Tm), o erro do período (δT ) e a
aceleração de gravidade media ( gm ) para cada medida:


n

∑ (T i −T m )2 4 π2
n
1
T m= ∑ T i , e gm = 2 L
n i=1 δT = i=1
Tm
n(n−1)
7. Depois calculou-se o erro do cálculo da aceleração de gravidade δg e o valor da
gravidade com a sua aproximação ( g ¿:


δg= (
4 π2 2 2 8 π 2 L 2 2
Tm
2
) δT +(
Tm
3
) δT e g=g m ± δg

8. Por último, fez-se o gráfico do período medio em função da raiz quadrada do


comprimento do fio (T m=f ( L)) e calculou-se a gravidade a partir da aproximação
linear obtida pelo gráfico, da seguinte forma:
sendo que y ( L )=T m ( L ) =k √ L , onde :

k= ( coificiente angular )
√g
4 π2
Assim , g=
k2

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Resultados
1ª Experiência
a (mm)\ Medicao (mm) 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º hm Rm δh δR Rm ± δR
15 2.02 2.05 1.94 2.02 2.06 2.03 1.9 1.85 1.99 2.03 1.989 227.6969 0.1983 5.5398 227.697 ± 5.54
25 3.81 3.9 3.95 3.93 3.91 3.99 4 3.96 3.92 3.97 3.934 1259.817 0.156 3.072 1259.817 ± 3.072
32 4.08 4.1 4.09 4.08 4.13 4.06 4.01 4.14 4.09 4.08 4.086 2126.141 0.10235 3.0877 2126.141 ± 3.088

2ª Experiência
h (cm)\T(s) 1º 2º 3º 4º 5º Tm δT gm (m/s^2) δg g (m/s^2)
40 1.24 1.26 1.254 1.251 1.258 1.2526 0.0140627167 10.064562782 0.4198462358 10.0646 ± 0.4198
50 1.416 1.414 1.424 1.4 1.424 1.4156 0.0176 9.8502813013 0.4245170784 9.85 ± 0.4245
60 1.531 1.543 1.54 1.534 1.542 1.538 0.0093808315 10.013786233 0.1985796469 10.0138 ± 0.1986
80 1.802 1.803 1.801 1.802 1.8 1.8016 0.0020396078 9.7304511651 0.0331788186 9.73 ± 0.0332
𝐿(cm)√𝐿(𝑚^(1∕2))Tm (s)
40 0.632456 1.2526
50 0.707107 1.4156
60 0.774597 1.538
80 0.894427 1.8016

Discussão e Conclusão
Constatou-se que os resultados obtidos nas medições foram pouco exatos devido a uma
serie de possíveis fatores, entre eles, erro de paralaxe, erro de escala, erros sistemáticos, erros
aleatórios e no manejamento dos instrumentos. Constatou-se também que os resultados

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obtidos não ultrapassam uma taxa de erro de 4.5%, tendo até medido e calculado alguns
resultados com 99% de precisão.
Concluiu-se que ate agora, os métodos e teorias usados para realizar medições não
fornecem valores absolutos, mas sim aproximados, sendo que ate as grandezas mais básicas
são medidas com os mesmos métodos, e são relativas a certos fatores externos.

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Referências Bibliográficas
 https://studylib.net/doc/18214793/1.-measurement-of-the-radius-of-curvature-of-
a-spherical-...;
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Propaga%C3%A7%C3%A3o_de_erros;
 https://www.scribd.com/document/393443896/relatorio-opticafisica#logout;
 https://xdocs.com.br/doc/relatorio-de-fisica-queda-livre-jn6klwxplp8r;
 https://xdocs.com.br/download/relatorio-de-fisica-queda-livre-jn6klwxplp8r?
hash=c5e086b437bf1e30e313213bc6f75156
 https://www.passeidireto.com/arquivo/52602255/relatorio-de-fisica-1;
 https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Grandeza_f%C3%ADsica;
 https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Desvio_padr%C3%A3o
 https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Equa%C3%A7%C3%A3o_do_p
%C3%AAndulo#/media/Ficheiro%3APenduloTmg.gif;
 https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Grandeza_f%C3%ADsica.

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