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BIOQUÍMICA ESTRUTURAL

Unidade III
7 CARBOIDRATOS

7.1 Função

Pães, biscoitos, bolo, mel e leite comumente fazem parte do café da manhã e são fontes de
carboidratos, também conhecidos como hidratos de carbono ou sacarídeos, macronutrientes,
presentes também em frutas, tubérculos, farinhas, entre outros. O termo “sacarídeo” tem origem
no grego sakcharon, que significa açúcar, embora nem todos os carboidratos apresentem sabor
adocicado. A oxidação dessas moléculas é a principal via de abastecimento energético da maioria
das células não fotossintéticas. Além da função energética, os carboidratos desempenham
importante papel estrutural celular, participam da composição dos ácidos nucleicos e ainda
podem participar da sinalização para determinação da localização intracelular ou destino
metabólico de compostos.

7.2 Estrutura

Quanto à estrutura química, podem ser poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas ou substâncias que


liberam tais compostos quando hidrolisadas.

Os aldeídos são compostos em que o grupo CHO se encontra ligado a um átomo de carbono ou a
um hidrogênio.
O
R=alquil, alquenil, alquinil, aril ou H
R H

Figura 55 – Aldeído

As cetonas são compostos em que o grupo carbonila C=O se encontra ligado a dois átomos
de carbono.
O
R=alquil ou aril
R R

Figura 56 – Cetona

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Unidade III

7.3 Classificação

Os carboidratos são classificados de acordo com o tamanho em monossacarídeos, oligossacarídeos


e polissacarídeos, conforme ilustrado na figura a seguir.
Carboidratos

Monossacarídeos Polissacarídeos
Oligossacarídeos

Figura 57 – Classificação dos carboidratos

Os monossacarídeos são os carboidratos mais simples e podem ser classificados quanto à função
orgânica presente em cetose (função orgânica cetona) e aldose (função orgânica aldeído). Quanto
ao número de átomos de carbono na cadeia, possuem de três a sete átomos de carbono. Assim,
podem ser classificados em: triose (3 átomos de carbono), tetrose (4 átomos de carbono), pentose
(5 átomos de carbono), hexose (6 átomos de carbono), e assim sucessivamente. Existem inúmeros
monossacarídeos, entre esses a glicose (açúcar produzido pelas plantas na fotossíntese), a frutose
(presente no mel) e a galactose (presente no leite). O quadro a seguir apresenta alguns exemplos
de monossacarídeos.

Quadro 2

Monossacarídeo Função

Ribose Formação do ácido ribonucleico (RNA).

Desoxirribose Formação do ácido desoxirribonucleico (DNA).

Produzida pelos vegetais na fotossíntese e utilizada


Glicose por todos os outros seres vivos na alimentação.
Principal fonte energética das células.

Frutose Função energética. Presente nas frutas.

Função energética. Liga‑se à glicose e forma o


Galactose dissacarídeo lactose.

Os oligossacarídeos são formados por monossacarídeos covalentemente unidos por meio da


ligação denominada O‑glicosídica, podendo variar de 2 a 10 unidades de monossacarídeos. Fazem
parte desse grupo os dissacarídeos maltose, sacarose e lactose. A sacarose é o açúcar utilizado
para adoçar café, sucos e doces e está presente em grandes quantidades na cana‑de‑açúcar e na
beterraba. A lactose, por sua vez, é o açúcar presente no leite, nos queijos, na manteiga e nos iogurtes.
Os polissacarídeos são monossacarídeos unidos por meio da ligação glicosídica, apresentando milhares
de monossacarídeos. Eles podem ser de origem vegetal (celulose, amido e fibras) e animal (glicogênio).

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BIOQUÍMICA ESTRUTURAL

7.4 Monossacarídeos

7.4.1 Cetoses e aldoses

Para a formação de um monossacarídeo, são necessários no mínimo três átomos de carbono, e


um deles deve estar ligado ao oxigênio (=O), enquanto os demais estão ligados a grupos hidroxilas.
Desse modo, podem existir na forma de aldeído ou cetona. Nas figuras a seguir estão representadas as
fórmulas estruturais de alguns monossacarídeos.

7.4.1.1 Trioses
O H
Grupamento CH2OH
C aldeído
Grupamento
C O cetona
CHOH
CH2OH
CH2OH
Di-hidroxicetona
Gliceraldeído
Figura 58 – Gliceraldeído e di‑hidroxicetona

7.4.1.2 Tetroses
H

H C OH
O H
C C O

H C OH H C OH

H C OH H C OH

H H
Eritrose Eritrulose

Figura 59 – Eritrose e eritrulose

7.4.1.3 Pentoses
O H
CH2OH C

C O H C OH

H C OH H C OH

H C OH H C OH

CH2OH CH2OH
Ribulose Ribose

Figura 60 – Ribulose e ribose

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Unidade III

7.4.1.4 Hexoses
H O H O
C CH2OH C

H C OH C O H C OH

HO C H HO C H HO C H

H C OH H C OH HO C H

H C OH H C OH H C OH

CH2OH CH2OH CH2OH

Glicose Frutose Galactose

Figura 61 – Glicose, frutose e galactose

7.4.2 Isomeria óptica

Quase todos os monossacarídeos apresentam um átomo de carbono denominado quiral ou


assimétrico (liga‑se a 4 ligantes diferentes) e são representados por (C*).

Quiralidade é uma propriedade geométrica, dessa forma, quando um objeto não pode ser sobreposto
à sua imagem especular, é dito quiral. Por exemplo, as mãos guardam a relação de imagem especular
entre si (esquerda e direita), mas não podem ser sobrepostas. Assim, a mão é um objeto quiral, conforme
mostra a figura a seguir.

3 1 2

Figura 62 – A mão é assimétrica, e não é possível sobrepor a mão direita à


mão esquerda. 1) Mão direita; 2) imagem especular; 3) mão esquerda

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BIOQUÍMICA ESTRUTURAL

Figura 63 – A mão direita não é igual à esquerda. Não ocorre pareamento colocando‑se uma
em cima da outra, mas elas são similares (parecidas), ou seja, uma é a imagem da outra

Observação

A maioria das moléculas que constitui os animais e vegetais é quiral,


e normalmente apenas uma das imagens especulares pode ocorrer em
cada espécie. Cada uma das moléculas quirais pode ter efeitos biológicos
distintos. Um dos exemplos clássicos é o limoneno (família dos terpenos)
encontrado em frutas cítricas (cascas de limões e laranjas). Como é volátil,
ou seja, pode se tornar gás ou a vapor, é o responsável pelo cheiro que exala
deles. Tem o mesmo número de carbonos e hidrogênios (mesma fórmula
molecular C10H16), mas possui um carbono quiral, ou seja, apresenta isomeria
óptica, gerando então como resultado dois isômeros ópticos: D‑limoneno
(odor de laranja) e L‑limoneno (odor de limão).

As moléculas quirais são aquelas que não podem ser sobrepostas, são tipos de estereoisômeros,
também conhecidos como enantiômeros (do grego, enantio, opostos). Os enantiômeros diferem apenas
na propriedade de desviar o plano da luz polarizada quando uma solução contendo cada um deles é
analisada em um equipamento denominado polarímetro. Os enantiômeros não podem se converter
espontaneamente um no outro. Para que ocorra tal conversão, é necessário haver a quebra e formação
de ligações químicas.

A luz viaja no espaço vibrando em vários planos, mas, quando um feixe de luz atinge um cristal
presente no polarímetro, essa luz passa a vibrar em um único plano.

Luz não polarizada Lente polarizadora Luz polarizada

Figura 64 – Polarização da luz

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Unidade III

Luz natural
Luz polarizada

Prisma de Nicol Tubo contendo Polarizador móvel


(polarizador) a amostra (analisador)

Observador

Figura 65 – Esquema de um polarímetro

Prisma de Nicol
móvel (analisador)
Prisma de Nicol Tubo contendo
polarizador (fixo) a solução

Luz de
sódio Lente de nônio
(microscópio de
Vernier)

Escala
graduada

Figura 66 – Partes do polarímetro

Polarizador

Analisador

Amostra da
solução

Figura 67 – Esquema da polarização de luz que ocorre no polarímetro

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BIOQUÍMICA ESTRUTURAL

Portanto, quando uma solução contendo um enantiômero é analisada em um polarímetro, ela pode
desviar o plano para a direita ou para a esquerda (figura a seguir). Se o plano for desviado para a direita,
a substância é conhecida como dextrorrotatória (do latim, dextro, direita). Se o plano é desviado para a
esquerda, a substância é conhecida como levorrotatória (do latim, laevu, esquerda).
α

Substância opticamente
ativa dextrogira (d)

Luz Luz
polarizada polarizada

Substância opticamente
ativa levogira (l)

Luz Luz
polarizada polarizada

Figura 68 – Esquema do desvio da luz polarizada por substâncias opticamente ativas

Por exemplo, o L‑gliceraldeído e o D‑gliceraldeído são moléculas quirais, podem girar luz
polarizada para a direita (D) ou para a esquerda (L). Os D‑carboidratos são mais abundantes na
natureza do que os L‑carboidratos. Nem todos os açúcares ocorrem naturalmente na forma L, mas
há exceções, como o L‑arabinose.

Os carboidratos mais simples e menores que existem na natureza são um aldeído: o gliceraldeído,
que é quiral, e uma cetona di‑hidroxiacetona, que é aquiral.

Exemplo de aplicação

Quantos carbonos quirais existem no gliceraldeído? E na di‑hidroxiacetona? Observe a figura a seguir.


O H
C CH2OH

*CHOH C O

CH2OH CH2OH
Gliceraldeído Di-hidroxiacetona

Figura 69 – Gliceraldeído e di‑hidroxiacetona

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Unidade III

Resolução

Os dois isômeros estruturais têm a mesma forma molecular C3H6O3 e diferente fórmula estrutural,
uma vez que um tem função aldeído e outro função cetona. Apenas o gliceraldeído apresenta carbono
quiral (quatro ligantes diferentes em um mesmo carbono), assinalado com um asterisco na figura anterior.
Assim, o gliceraldeído pode existir na forma D e L. O gliceraldeído existe como dois enantiômeros,
conforme mostra a figura a seguir.
O H O H
C C

D H C OH HO C H L

CH2OH CH2OH
(+) - Gliceraldeído (-) - Gliceraldeído

Figura 70 – Enantiômeros do gliceraldeído

Lembrete

Apresentam sentidos opostos no desvio da luz polarizada: dextrorrotatório


(+) – desvio no sentido horário; e levorrotatório (‑) – desvio no sentido
anti‑horário.

Foi no início do século XX que Fischer introduziu o uso das fórmulas de projeção e sua orientação
padrão com a carbonila na ponta e a cadeia de carbonos na vertical para estabelecer a designação
esterioquímica (D) para o (+)‑gliceraldeído e ao (‑)‑gliceraldeído a designação (L). Na projeção de Fischer,
as linhas horizontais são utilizadas para projetar para fora do plano no sentido de quem está observando
a fórmula (para frente), e as linhas verticais projetam para trás do plano.

Saiba mais

Para saber mais sobre a nomenclatura dos carboidratos, leia o artigo:

ALENCASTRO, R. B.; BRACHT, F. Sobre a nomenclatura de carboidratos.


Revista Virtual de Química, v. 3, n. 1, 2011. Disponível em: http://rvq.sbq.org.
br/imagebank/pdf/v3n4a10.pdf. Acesso em: 19 abr. 2019.

7.4.3 Estrutura cíclica

A ciclização da molécula ocorre como resultado de uma reação entre o grupo carbonila e um grupo
OH da própria molécula, formando compostos de hemiacetais quando tem a função aldeído e hemicetais
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BIOQUÍMICA ESTRUTURAL

quando tem a função cetona. A figura a seguir mostra como ocorre a formação de um hemiacetal e de
um hemicetal.
O OH

R C + H C R’ R C O R’
álcool
H H
aldeído hemiacetal

O OH

R C + H C R’ R C O R’
álcool
R” R”
cetona hemicetal

Figura 71 – Formação de hemiacetal e hemicetal

Na década de 1920, o químico britânico Walter Norman Haworth propôs os termos furanose e
piranose para as formas cíclicas dos açúcares (quando a molécula tem mais de cinco carbonos)
e estabeleceu as fórmulas estruturais denominadas fórmulas de Haworth. Assim, na estrutura de anel
os monossacarídeos se apresentam com os grupos orgânicos furano (C4H4O) e pirano (C5H6O) e são
denominados de furanoses e piranoses (figura a seguir). Por exemplo, em solução aquosa, a glicose
encontra‑se 65% na forma β‑D‑glicofuranose e 35% como β‑D‑glicopiranose.
H O
1
C
2 6 6
H C OH H CH2OH CH2OH
5
6
5
H 5
HO
3
C H H CH2OH O H H O OH
O H O+
4
OH OH 1 + H+
H C OH = 4 C1 4 C 4
OH H H OH H 1 H OH H
5 OH OH H
H C OH 3 2 3 2
OH 3 2
6
CH2OH H OH H OH H OH

glicose glicopiranose
(hemiacetal)

1
CH2OH H
2
C O O 6
O
6
3 HOCH2
HO C H HO CH2 O H 2 OH
5
4 5 2
C C
H C OH = HO
5 H H HO CH2OH
1
H H CH2OH
1
4 3
H C OH 4 3

6 OH H OH H
CH2OH
frutofuranose
frutose (hemicetal)

Figura 72 – Formação da glicopiranose e da frutofuranose

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Unidade III

A glicose existe em duas formas cíclicas hemiacetal. As formas cíclicas hemiacetal se interconvertem
por meio da forma de cadeia aberta e diferem apenas na configuração do C1, quando são chamadas
de anômeros. O carbono no qual suas configurações diferem é chamado de carbono anomérico. Nessas
fórmulas a hidroxila (‑OH) ligada ao carbono número 1 pode ficar para cima ou abaixo do plano, e o que
determina sua posição relativa é a reação de ciclização (figura a seguir).
6 OH
5
H O H
H
4 1
6 OH A OH H
OH OH
5 A 3 2
H OH
H H OH
4 1 O
OH B H OH
OH 6
3 2 B 5
H O OH
H OH H
4 1
OH H
OH H
3 2

H OH

Figura 73 – Reação de ciclização da D‑glicopiranose para a


formação da α‑D‑glicopiranose (A) e da β‑D‑glicopiranose (B)

7.5 Oligossacarídeos

Nos oligossacarídeos as unidades de monossacarídeos estão unidas por meio de ligações glicosídicas.
A literatura diverge quanto ao número de unidades que constituem os oligossacarídeos. Alguns autores
consideram que os oligossacarídeos apresentam entre 2 e 6 unidades; outros consideram que esses
devem apresentar entre 3 e 10 monossacarídeos. Entre os oligossacarídeos, os mais abundantes são os
dissacarídeos. No quadro a seguir verifica‑se a composição de alguns dissacarídeos.

Quadro 3 – Exemplos de dissacarídeos

Dissacarídeo Composição Fonte


Lactose Glicose + galactose Leite
Sacarose Glicose + frutose Cana‑de‑açúcar
Maltose Glicose + glicose Malte

A maltose, também chamada de açúcar de malte de cereais, é o principal componente do malte


usado na fabricação de cerveja. A lactose é o açúcar presente no leite e seus derivados. Já a sacarose é
encontrada na cana‑de‑açúcar, no açúcar de beterraba, nas frutas e no mel. Apresenta‑se como açúcar
mascavo, açúcar demerara, açúcar refinado granulado e açúcar cristal. A Organização Mundial da Saúde
(OMS) recomenda que a ingestão de sacarose não ultrapasse 5% do valor energético total diário para a
população geral, recomendação estendida para as pessoas com diabetes. Em uma dieta de 2.000 calorias
diárias, a recomendação estabelecida fica entre 25 e 50 gramas de sacarose/dia.

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BIOQUÍMICA ESTRUTURAL

Saiba mais

Para saber mais sobre a diabetes, leia o artigo:

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Nota Técnica n. 01/2017 –


Sociedade Brasileira de Diabetes. SBD, set. 2017. Disponível em: https://
www.diabetes.org.br/publico/notas-e-informacoes/1576-nota-tecnica-
n-01-2017-sociedade-brasileira-de-diabetes. Acesso em: 6 ago. 2019.

Para proporcionar gosto doce em alimentos, mas sem agregar valor energético substancial e
aumentar a glicemia, foram propostos os adoçantes ou edulcorantes para os diabéticos, ou seja,
pessoas que têm altas taxas de glicose no sangue, pois liberam pouca ou nenhuma insulina. Pode‑se
citar adoçantes artificiais à base de ciclamato, sucralose, acessulfame‑k, sacarina e aspartame,
sucralose, sorbitol, xilitol, l ou naturais como frutose (natural) – mas que contêm grande quantidade
de calorias – e esteviosídeo, que não possui calorias e não altera os níveis de açúcar no sangue.
Os edulcorantes mais comuns usados para substituir o açúcar de mesa são sacarina, ciclamato e
aspartame, descobertos por acaso.

• Sacarina: em 1879, Constantin Fahlberg estava fazendo uma substância no laboratório que caiu
em sua mão sem querer. O químico então a experimentou e percebeu que tinha sabor adocicado.

• Ciclamato de sódio: em 1937, Michael Sveda estava trabalhando em um laboratório quando


percebeu que compostos derivados de sulfamatos tinham sabor doce acentuado.

• Aspartame: James Schlatter pesquisava um medicamento para úlcera utilizando aminoácidos.


Enquanto aquecia a mistura, algumas gotas espirraram para fora e caíram na sua mão. Levando a
mão à boca, percebeu que era doce.

No entanto, deve‑se fazer uma análise criteriosa antes do uso de qualquer uma dessas substâncias,
pois adoçantes dietéticos podem promover alterações na composição e nas funções corporais, inclusive
ganho de peso e, em excesso, até alguns tipos de câncer.

Saiba mais

Para saber mais sobre os adoçantes, leia o artigo:

BARREIROS, C. Adoçantes nutritivos e não nutritivos. Revista da


Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, v. 14, n. 1, 2012. Disponível em:
https://revistas.pucsp.br/RFCMS/article/view/8927. Acesso em: 29 jul. 2019.

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Unidade III

O dissacarídeo é constituído por dois monossacarídeos que se unem por meio de uma ligação
covalente denominada glicosídica. Essa ligação ocorre entre o carbono anomérico de um monossacarídeo
e o grupo hidroxila do outro monossacarídeo.
6
CH2OH CH2OH
5 O H O H
H H
H H
4 1
OH OH H
OH OH OH
3 2
H OH H OH ligação 1,2
a-D-glicosepiranose + H2O
6 O
CH2OH CH2OH
O OH O
5 2
H OH H HO
H CH2OH H CH2OH
4 3 1
OH H OH H
b-D-frutosefuranose sacarose

Figura 74 – Esquema da ligação glicosídica que ocorre na sacarose (glicose + frutose)

Lembrete

Os oligossacarídeos são mais conhecidos pelo nome usual: sacarose,


maltose e lactose. Entretanto, a nomenclatura oficial deve seguir as regras:
verificar se o carbono anomérico do monossacarídeo situado à esquerda
realiza ligação do tipo α ou β; verificar se o resíduo não redutor é furano
ou pirano, por exemplo, frutofuranose; substituir a terminação “se” do
monossacarídeo que perdeu a hidroxila anomérica por “il”; indicar os
números dos dois carbonos que são ligados entre parênteses, ligados por
uma seta, por exemplo, 1→2 indica uma ligação entre o carbono C1 de
uma molécula e o C2 da segunda; indicar o nome do segundo resíduo
(situado à direita).

Por exemplo, a lactose (β‑D‑galactopiranosil‑(1→4)‑β‑D‑glicopiranose, Gal(β1→4)Glc) é composta


por uma molécula de β‑D‑glicose e uma de β‑D‑galactose ligadas por uma ligação glicosídica β(1→4).
6 6
CH2OH CH2OH
5 5
H O H O OH
4 1
* O 4 1
*
OH H OH H
OH H H
3 2 3 2

H OH H OH

Figura 75 – Lactose

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BIOQUÍMICA ESTRUTURAL

A lactose, embora seja de origem natural, pode ocasionar sérios problemas de saúde caso a pessoa seja
intolerante a esse carboidrato. A intolerância à lactose ocorre quando a pessoa tem deficiência ou pela redução
da enzima lactase, produzida no intestino delgado, que é responsável por quebrar ou clivar o dissacarídeo
lactose em galactose e glicose, e assim ser absorvida. Essa doença pode ser congênita (genética) ou surgir na
adolescência ou na fase adulta, sendo classificada em três graus: leve, moderado e severo.

Quando se acumula no intestino grosso, a lactose é fermentada por bactérias que lá vivem e que
fazem a fermentação lática produzindo ácido lático e gases, o que faz distender o abdome e causar
diarreias, cólicas, flatulência (excesso de gases) e náuseas.

Outra patologia possível relacionada com o carboidrato lactose é a galactosemia. Nela, a criança até
cliva a lactose do leite (por conta da lactase que é produzida no intestino) e os dois monossacarídeos que
a constituem: glicose e galactose. Esses, em situações normais, são usados pelas células como fonte de
energia, mas na galactosemia só a galactose não será utilizada pelas células. A enzima que metaboliza
a galactose e transforma em intermediários que serão usados para gerar energia não é produzida ou é
produzida com erro, por conta de a pessoa ser portadora do gene defeituoso (DNA com mutação), que
gera um RNA mensageiro com defeito e depois uma proteína com defeito.

transcrição tradução
DNA RNA PROTEÍNA

replicação

DNA

Figura 76 – Esquema de formação de proteínas. Caso haja uma modificação


no DNA, ela será perpetuada para o RNA mensageiro e para a proteína

Observação

Quando ocorre a ligação hemiacetal, forma‑se a hidroxila anomérica ou


redutora, que é extremamente reativa e um potente agente redutor em reações
de óxido‑redução. Quando um carboidrato possui a hidroxila anomérica livre,
pode‑se dizer que ele é redutor. Nem todos os dissacarídeos são redutores: a
maltose, a galactose, a glicose e a frutose o são, mas a sacarose não o é. Sua
quantificação leva a análise dos alimentos e indica sua qualidade.

Outros oligossacarídeos importantes na natureza são os trissacarídeos, por exemplo, a rafinose


(formada pela união de frutose, galactose e glicose), encontrada na casca das sementes do algodão e
no feijão (figura a seguir). O corpo humano não tem enzimas que degradam a rafinose, dessa forma ela
chega ao intestino grosso e será substrato para as bactérias intestinais que farão fermentação.
83
Unidade III

CH2OH
H O

OH H O
OH
H OH
CH2
O
H O HOCH2

OH H O H HO
CH2OH
HO
H OH OH H

Figura 77 – Rafinose

Exemplo de aplicação

Em relação aos tetrassacarídeos, ressalta‑se a estaquiose, presente em diversos vegetais, por exemplo,
feijão verde, soja, entre outros. Quais os monossacarídeos presentes nesse oligossacarídeo? A estaquiose
é fácil de ser digerida?

7.6 Polissacarídeos

Os polissacarídeos diferem entre si quanto à natureza das unidades monossacarídicas, aos tipos
de ligações glicosídicas, ao comprimento das cadeias e ao grau de ramificação dessas. Dessa forma,
quando o polissacarídeo é constituído por apenas um único tipo de unidade monomérica, ele é
denominado homopolissacarídeo; e quando apresenta mais de um tipo, heteropolissacarídeo.

Os homopolissacarídeos mais importantes são o amido (em célula vegetal) e o glicogênio (em
célula animal), que têm função de reserva energética, a celulose (presente nas paredes vegetais) e a
quitina (exoesqueleto dos artrópodes, como os insetos e crustáceos). Entre os heteropolissacarídeos,
estão os glicosaminoglicanos, compostos por monossacarídeos ligados ao ácido urônico ou sulfato, e
os peptideoglicanos, monossacarídeos ligados a peptídeos. Os primeiros fazem parte da lubrificação nas
articulações e como matriz extracelular no tecido conjuntivo; já os segundos atuam estruturalmente no
envoltório celular de bactérias.

O amido e a celulose são polímeros da glicose, a diferença está na estrutura química apresentada
por esses polissacarídeos. O amido é o carboidrato de reserva das plantas, formado por dois polímeros:
amilose e amilopectina. A amilose é linear e a amilopectina é um polímero ramificado, com ligações
α 1‑4 e α 1‑6. No amido existem apenas moléculas de alfa‑glicose. Porém, na celulose, que também é
formada exclusivamente por moléculas de glicose, a ligação entre as várias unidades é diferente da do
amido porque a glicose está na forma beta, dessa forma a ligação glicosídica se chama β 1‑4. Os seres
humanos apresentam alfa‑amilase e digerem o amido, mas não possuem celulase, e por esse motivo
não é possível digerir a celulose. Já algumas bactérias e fungos apresentam celulases e podem hidrolisar
a celulose.
84
BIOQUÍMICA ESTRUTURAL

CH2OH
O O
CH2OH OH
O O
CH2OH OH OH
O O (C6H10O5)n = celulose

OH OH
O
unidade monomérica
OH (C6H10O5)

Figura 78 – Esquema do polissacarídeo linear celulose em que o monômero é a β‑glicose

8 ÁCIDOS NUCLEICOS

8.1 Introdução

A descoberta da molécula do ácido desoxirribonucleico (DNA) por James Watson e Francis Crick,
em 1953, foi um marco na biologia. Antes disso, sabia‑se que os genes eram constituídos de DNA, o
que não era conhecida era a estrutura do DNA, se era constituída de um único polinucleotídeo ou de
dois ou mais polinucleotídeos. A partir de tal descoberta, o processo de replicação deixou de ser um
mistério. Hoje, sabe‑se que os genes são feitos de DNA e que a expressão fenotípica ocorre na forma
de moléculas de peptídeos. Sendo assim, esse tópico de estudo tem por função mostrar a estrutura e
a importância dos ácidos nucleicos. Os cientistas publicaram o artigo em 1953 e receberam o Prêmio
Nobel de Medicina ou Fisiologia em 1962.

Figura 79 – James Watson e Francis Crick mostrando o


modelo da estrutura do DNA para os fotógrafos

85
Unidade III

8.2 Função

Os ácidos nucleicos são biomoléculas que podem ser de dois tipos: ácido desoxirribonucleico (DNA)
e ácido ribonucleico (RNA), ambos com a função de controle metabólico celular e transmissão das
características hereditárias. O DNA está presente em todas as formas celulares de vida e em muitos vírus.
O RNA é um intermediário entre o DNA e a síntese de proteínas em todos os organismos e também está
presente em alguns vírus.

A duplicação do DNA permite a transmissão das características hereditárias, e, a partir dos processos
de transcrição e tradução, as proteínas responsáveis por tais características são produzidas conforme
ilustra a figura a seguir.
Replicação

Transcrição Tradução
DNA RNA PROTEÍNA
Transcrição
reversa
Figura 80 – Esquema do dogma central biologia molecular. DNA gerando outro DNA é o processo chamado
de replicação ou duplicação; DNA gerando RNAm se chama transcrição; RNA gerando DNA se chama
transcrição reversa; RNAm gerando proteína se chama tradução ou síntese proteica

RNA

RNAm

DNA

Figura 81 – Fita de DNA gerando uma fita de RNAm (transcrição)

86
BIOQUÍMICA ESTRUTURAL

DNA

RNA RNA - polimerase

Figura 82 – Processo de transcrição realizado pela enzima RNA polimerase

Figura 83 – Esquema de replicação

Nucleotídeo

Fosfato Base
nitrogenada

Pentose
Nucleosídeo

Figura 84 – Representação esquemática de um nucleotídeo

87
Unidade III

Os nucleotídeos são açúcares de 5 carbonos. Na ribose, há um grupo hidrogênio (‑H) ligado ao


carbono 2, e na desoxirribose um grupo hidroxila (‑OH), como mostra a figura a seguir.
O O
HOCH2 OH HOCH2 OH

H HO H HO
H H H H

OH H OH OH

Desoxirribose Ribose

Figura 85 – Desoxirribose e ribose

As bases nitrogenadas podem ser do tipo pirimidinas ou purinas. As pirimidinas são compostos
heterocíclicos aromáticos de 6 membros com átomos de nitrogênio nas posições 1 e 3. As pirimidinas
são: citosina (C), timina (T) e uracila (U). Já as purinas são compostos heterocíclicos de dois anéis; um
anel de 5 membros com um anel de 6 membros. As purinas são: adenina (A) e guanina (G).
Adenina
Guanina
OH Citosina
Uracila
5’ O
OH P O CH2 Base
1’
4’
O H H

3’ 2’
OH OH
Adenina
Guanina
OH Citosina
Timina
5’ O
HO P O CH2 Base
1’
4’
O H H

3’ 2’
OH H

Figura 86 – Esquema de nucleotídeos com diferentes bases nitrogenadas ligadas. No DNA


encontra‑se a pentose desoxirribose, que apresenta a base pirimídica timina. Já no RNA
a pentose é a ribose, com a base nitrogenada uracila

88
BIOQUÍMICA ESTRUTURAL

O
P
O
C O G

O
P
O
C O U

O
P
O
C O C

O
P
O
G = guanina C O A
C = citosina
A = adenina
U = uracila
OH

Figura 87 – Esquema de uma fita de RNA com base uracila

H PURINAS PIRIMIDINAS H
C N H C H
8 7 H
N9 C N H C O
H 5 5
C4 6C H C4 6 C
3 1
N3 2
1
N N 2 N
C H C H

H Adenina O Timina

H
C N H
8 7 H
N9 C O H C N
H 5 5
C4 6C C4 6 C H
3 1
N3 2
1
N N 2 N
C H H C

N Guanina O Citosina
H H

Figura 88 – Bases púricas e pirimídicas presentes no DNA

89
Unidade III

Observação

O nucleosídeo é constituído por uma base nitrogenada (citosina, adenina,


guanina, timina ou uracila) e por uma pentose (ribose ou desoxirribose)
sem a presença do grupo fosfato.

8.3 Estrutura do DNA

O DNA é constituído por duas fileiras de polinucleotídeos. Em cada fita de DNA, os nucleotídeos
estão unidos por ligações de hidrogênio. As ligações fosfodiéster ocorrem entre moléculas de açúcar e
radicais‑fosfato, que se ligam ao carbono 3’ de um açúcar e ao carbono 5’ do seguinte.
Pirimidina

Pentose

Fosfato Purina

Pentose

Fosfato Pirimidina

Pentose

Fosfato Purina

Pentose

Fosfato

Figura 89 – Polímero formado por nucleotídeos

Na dupla fita de DNA, o grupo fosfato fica situado no lado externo da hélice, e a base nitrogenada
na parte interna, o que possibilita a ligação com a base nitrogenada da fita complementar. As bases
estão dispostas em um formato que lembra uma escada em caracol. As duas fitas de polinucleotídeos
são antiparalelas, ou seja, uma delas tem orientação 3’→ 5’ e a outra fita está na direção 5’→ 3’.
Essa disposição permite que a hélice seja estável. A dupla hélice tem sentido horário e apresenta duas
cavidades, uma denominada cavidade maior e a outra cavidade menor.

90
BIOQUÍMICA ESTRUTURAL

P
A T
P
D
D

P T A
P
D
D

P
G C
P
D
D

P C G
P
D
D

P P

Figura 90 – Dupla fita de DNA

A dupla hélice
do DNA

Um
nucleotídeo

DNA

Figura 91 – Esquema da conformação da dupla fita de DNA

O par de bases (bp) é a unidade de comprimento para uma molécula de DNA.

91
Unidade III

• 1000 bp: 1 quilo de par de bases (1 kb);

• 1.000.000 bp: 1.000 kb = 1 mega par de bases (1 Mb).

Vale lembrar que muitas moléculas de DNA naturais têm mais de 1 Mb de comprimento.

8.3.1 Acondicionamento do DNA

O DNA fica compactado em um complexo juntamente com um componente proteico


denominado histonas. As histonas compreendem uma família de proteínas de tamanho pequeno
(entre 100 e 220 aminoácidos). A unidade fundamental da cromatina é denominada nucleossomo.
As histonas H2A, H2B, H3 e H4 se unem, formando o nucleossomo, enquanto a histona H1 une
os nucleossomos adjacentes, organizando o DNA.

DNA
2 nm

Nucleossomo

11 nm

Filamento de
cromatina
compactado

30 nm

Filamento de
cromatina
distendido

Região
condensada do
cromossomo

centrômero
Cromossomo
mitótico

Figura 92 – Organização do DNA desde o cromossomo

92
BIOQUÍMICA ESTRUTURAL

Mesmo que todas as células tenham o mesmo DNA e genes, suas atividades são diferentes, pois
certos genes podem estar ligados ou desligados. Gêmeos idênticos com as mesmas sequências de DNA,
por exemplo, apresentam diferenças entre si, pois fatores externos (os chamados fatores epigenéticos),
como poluentes ambientais, radiação, alimentação, fumo, algumas doenças e envelhecimento, podem
mudar a resposta celular, ou seja, a produção de uma proteína. Quando as citosinas do DNA recebem um
grupamento metil (gene metilado), a enzima responsável por gerar o RNA mensageiro (RNA polimerase)
não consegue se ligar à fita do DNA, de forma que aquele gene continuará desligado, sem transcrição
e tradução, silenciando o gene.

Em bactérias, o DNA metilado é uma forma de proteção para que as enzimas de restrição da bactéria
clivem somente o DNA do invasor e não o seu próprio.

Saiba mais

Para saber mais sobre as alterações nos genes, acesse o site:

INSTITUTO ONCOGUIA. Alterações nos genes. Instituto Oncoguia,


set. 2015. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/alteracoes-
nos-genes/8160/73/. Acesso em: 12 nov. 2019.

8.4 Estrutura do RNA

O RNA possui apenas uma cadeia de polinucleotídeos e é formado a partir de uma das fitas
de DNA, por meio de um processo estudado em bioquímica metabólica, denominado transcrição
gênica. O nucleotídeo do RNA contém um grupo fosfato, uma pentose (ribose) e uma base
nitrogenada (adenina, uracila, guanina e citosina). Classicamente são conhecidos três tipos de
RNA: RNA mensageiro (RNAm), RNA ribossômico (RNAr) e RNA transportador (RNAt). Os RNAm são
moléculas de RNA traduzidas dos ribossomos, ou seja, contêm a informação genética para a síntese
das proteínas.

A estrutura do RNAm compreende uma cauda de adenina na extremidade 3’ (cauda poli‑A)


e uma estrutura de cap na extremidade 5’ da cadeia de RNA. Já os RNAt são aqueles que
transportam o aminoácido específico ao sítio de síntese de proteínas. E os RNAr têm dupla
função, catalítica e estrutural, pois é o local onde o processo de tradução ocorre. Nas células
dos eucariotos, encontramos a seguinte proporção de moléculas de RNA: 5% de RNAm, 15% de
RNAt e 80% de RNAr. Entretanto, esses não são os únicos tipos de RNA importantes, pois nem
sempre o processo de síntese proteica ocorre de forma tão linear como imaginamos. A figura a
seguir resume alguns tipos de RNA.

93
Unidade III

Região de
fixação do
aminoácido

Anticódon

Figura 93 – Esquema de um RNA transportador. A região chamada de anticódon se liga ao RNAm,


e os aminoácidos corretos, indicados pelo RNAm, são incorporados para criar uma nova proteína

Quadro 4 – Principais tipos de RNA

Tipo de RNA Abreviatura Função


RNA mensageiro mRNA Intermediário entre DNA e proteínas.
RNA transportador tRNA Transporta o aminoácido até o mRNA.
RNA ribossômico rRNA Local onde ocorre a síntese proteica.
Pequenos RNA nucleares snRNA Processamento do mRNA.
MicroRNA miRNA Regulam a tradução do mRNA.
Regulam a tradução do mRNA. Participam
Pequenos RNAs de interferência siRNA do sistema de defesa do genoma de plantas
e animais.

Os pesquisadores norte‑americanos Andrew Z. Fire e Craig C. Mello ganharam o Prêmio Nobel de


Medicina ou Fisiologia em 2006 pela descoberta da interferência de RNA (ou RNAi), um RNA de fita
dupla produzida por algumas células que não é lido pelos ribossomos, fato que permite desligar genes
sem atuar no DNA para ter uma mudança na resposta do gene.

Essa descoberta pode ter várias implicações, pois silenciando certos genes em células pode‑se
combater algumas doenças, como em terapias oftalmológicas (doenças maculares), infecções respiratórias
por vírus, terapia contra aids, hepatite B e diferentes tipos de tumores (incluindo melanoma). Muitos
investimentos estão sendo gastos para protocolos terapêuticos que visam comprovar a eficiência do
RNAi, inclusive em outras áreas, como no combate a pragas do campo.

94
BIOQUÍMICA ESTRUTURAL

Saiba mais

Para saber mais sobre o RNA, leia o artigo:

FIRE, A. et al. Potent and specific genetic interference by double‑stranded


RNA in Caenorhabditis elegans. Nature, v. 391, n. 6669, p. 806‑11, fev. 1998.

Resumo

Os carboidratos são macronutrientes que fornecem energia


para as células. Eles apresentam a fórmula geral CnH2nOn e são
poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas. Quanto à sua classificação, podem
ser denominados monossacarídeos, oligossacarídeos ou polissacarídeos.
Os monossacarídeos com cinco ou mais carbonos ocorrem na forma
cíclica (anel). Essa estrutura cíclica se forma a partir da interação entre a
hidroxila e a carbonila. Assim, os monossacarídeos podem ser hemicetais
ou hemiacetais. A união entre os monossacarídeos ocorre por meio de
ligações glicosídicas, o que possibilita a formação de moléculas maiores.
São exemplos de dissacarídeos importantes: lactose, maltose e sacarose;
já os polissacarídeos mais relevantes são: amido, glicogênio e celulose.

Os ácidos nucleicos são macromoléculas formadas pela união de


nucleotídeos. Podem ser de dois tipos: DNA e RNA. A principal função do
DNA é transmitir as características hereditárias; e o RNA é essencial para
a produção das proteínas que expressarão essas características, em um
processo conhecido como síntese proteica, que compreende as etapas de
tradução e transcrição.

Exercícios

Questão 1. (UFRS 2006, adaptada) Os carboidratos, moléculas constituídas, em geral, por átomos de
carbono, hidrogênio e oxigênio, podem ser divididos em três grupos: monossacarídeos, oligossacarídeos
e polissacarídeos.

A coluna I a seguir apresenta três grupos de carboidratos, e a II alguns exemplos desses carboidratos.
Associe adequadamente a segunda coluna à primeira.

95
Unidade III

Quadro 5

Coluna I Coluna II
1. Monossacarídeo ( ) sacarose
2. Oligossacarídeo ( ) desoxirribose
3. Polissacarídeo ( ) amido
( ) quitina
( ) galactose
( ) maltose

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

A) 2 ‑ 3 ‑ 1 ‑ 1 ‑ 3 ‑ 2.

B) 2 ‑ 1 ‑ 2 ‑ 2 ‑ 3 ‑ 1.

C) 3 ‑ 1 ‑ 3 ‑ 2 ‑ 2 ‑ 1.

D) 2 ‑ 1 ‑ 3 ‑ 3 ‑ 1 ‑ 2.

E) 1 ‑ 2 ‑ 2 ‑ 3 ‑ 1 ‑ 3.

Resposta correta: alternativa B.

Análise da questão

Os monossacarídeos são carboidratos simples porque não sofrem hidrólise. Os oligossacarídeos são
carboidratos hidrolisáveis que resultam da ligação glicosídica entre dois e dez monossacarídeos.

Os polissacarídeos são carboidratos hidrolisáveis, formados por mais de dez moléculas de


monossacarídeos ligados entre si por meio de ligações glicosídicas.

A sacarose está relacionada ao oligossacarídeo; a desoxirribose ao monossacarídeo; o amido ao


polissacarídeo; a quitina ao polissacarídeo; a galactose ao monossacarídeo; e a maltose ao oligossacarídeo.

Sacarose = oligossacarídeo Desoxirribose = monossacarídeo

Amido = polissacarídeo Quitina = polissacarídeo

Galactose = monossacarídeo Maltose = oligossacarídeo

Questão 2. (UFV/MG, adaptada) Em 2004, comemorou‑se cinquenta anos da publicação do


trabalho de Francis Crick e James Watson, que estabeleceu o modelo da estrutura da molécula de ácido
desoxirribonucleico (DNA). Entre as afirmativas a seguir, assinale a alternativa correta.
96
BIOQUÍMICA ESTRUTURAL

A) Uma cadeia simples de DNA é constituída de nucleotídeos, compostos por uma desoxirribose
ligada a um fosfato e a um aminoácido.

B) A polimerização de uma fita simples de DNA é dita semiconservativa, pois independe da existência
de uma fita molde.

C) Os nucleotídeos são polimerizados por meio de ligações fosfodiéster entre o fosfato e a base nitrogenada.

D) Duas cadeias simples de DNA formam uma dupla‑hélice por meio da formação de pontes de
hidrogênio entre as bases nitrogenadas.

E) As duas cadeias de uma dupla‑hélice possuem a mesma orientação, e suas sequências de bases
são complementares.

Resposta correta: alternativa D.

Análise das alternativas

A) Alternativa incorreta.

Justificativa: os nucleotídeos do DNA são compostos por uma desoxirribose ligada a um fosfato e a
uma base nitrogenada.

B) Alternativa incorreta.

Justificativa: a polimerização de uma fita simples de DNA é dita semiconservativa, pois depende da
existência de uma fita molde.

C) Alternativa incorreta.

Justificativa: fosfodiéster é uma ligação produzida entre dois grupos hidroxila (–OH) de um grupo
fosfato e duas hidroxilas de outras duas moléculas por meio de uma dupla ligação éster.

D) Alternativa correta.

Justificativa: a molécula de DNA é formada por uma sequência de nucleotídeos organizados em


dois filamentos torcidos em uma dupla‑hélice. A ligação entre os dois filamentos se dá pelas bases
nitrogenadas ligadas por pontes de hidrogênio – os pares de bases.

E) Alternativa incorreta.

Justificativa: as duas cadeias de uma dupla‑hélice possuem orientações diferentes.

97
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES

Figura 1

04.JPG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_12319/04.jpg.


Acesso em: 25 jul. 2019.

Figura 3

IMG08.PNG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_16040/img08.png.


Acesso em: 26 jul. 2019.

Figura 4

17.JPG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_12321/17.jpg.


Acesso em: 26 jul. 2019.

Figura 5

18.JPG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_12321/18.jpg.


Acesso em: 25 jul. 2019.

Figura 6

19.JPG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_12321/19.jpg.


Acesso em: 25 jul. 2019.

Figura 13

02.JPG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_3255/02.jpg.


Acesso em 26 jul. 2019.

Figura 14

IMAGEM180_MENOR.JPG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/


Aula_12273/imagem180_menor.jpg. Acesso em: 26 jul. 2019.

Figura 15

SCREENSHOT_37.PNG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_15313/


Screenshot_37.png. Acesso em: 26 jul. 2019.

98
Figura 16

AMINOACIDOS‑TABLA.JPG. Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b1/


Aminoacidos‑tabla.jpg. Acesso em: 26 jul. 2019.

Figura 17

001.PNG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_2826/001.png.


Acesso em: 26 jul. 2019.

Figura 18

IMAGEM169.JPG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_12273/


imagem169.jpg. Acesso em: 26 jul. 2019.

Figura 19

5.PNG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_1096/5.png. Acesso


em: 26 jul. 2019.

Figura 20

6.PNG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_1096/6.png.


Acesso em: 26 jul. 2019.

Figura 21

IMAGEM175.JPG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_12273/


imagem175.jpg. Acesso em: 26 jul. 2019.

Figura 22

IMAGEM174.JPG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_12273/


imagem174.jpg. Acesso em: 26 jul. 2019.

Figura 25

1.JPG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_2825/1.jpg. Acesso em:


12 nov. 2019.

Figura 26

013.PNG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_17234/013.png.


Acesso em: 26 jul. 2019.
99
Figura 27

07.PNG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_1096/07.png.


Acesso em: 26 jul. 2019.

Figura 28

IMAGEM176.JPG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9694/


imagem176.jpg. Acesso em: 26 jul. 2019.

Figura 29

IMAGEM178_MENOR.JPG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/


Aula_12273/imagem178_menor.jpg. Acesso em: 26 jul. 2019.

Figura 30

IMAGEM183.JPG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9694/


imagem183.jpg. Acesso em: 26 jul. 2019.

Figura 31

IMAGEM185.JPG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9694/


imagem185.jpg. Acesso em: 26 jul. 2019.

Figura 32

041.PNG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_12273/041.png.


Acesso em: 26 jul. 2019.

Figura 33

21.PNG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_17234/21.png.


Acesso em: 26 jul. 2019.

Figura 34

20.PNG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_17234/20.png.


Acesso em: 26 jul. 2019.

Figura 35

02.JPG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_816/02.jpg. Acesso em:


27 jul. 2019.
100
Figura 36

03A.PNG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_1097/03a.png.


Acesso em: 27 jul. 2019.

Figura 37

02.PNG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_1097/02.png.


Acesso em: 27 jul. 2019.

Figura 38

04C.PNG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_1097/04c.png.


Acesso em: 27 jul. 2019.

Figura 39

04A.PNG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_1097/04a.png.


Acesso em: 27 jul. 2019.

Figura 42

IMAGEM242.JPG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9694/


imagem242.jpg. Acesso em: 27 jul. 2019.

Figura 43

IMAGEM258.JPG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9694/


imagem258.jpg. Acesso em: 27 jul. 2019.

Figura 44

05.PNG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_1097/05.png.


Acesso em: 27 jul. 2019.

Figura 45

112.JPG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_15261/112.jpg. Acesso


em: 27 jul. 2019.

Figura 46

IMAGEM240.JPG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9694/


imagem240.jpg. Acesso em: 27 jul. 2019.
101
Figura 47

IMAGEM238.JPG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9694/


imagem238.jpg. Acesso em: 27 jul. 2019.

Figura 48

IMAGEM243.JPG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9694/


imagem243.jpg. Acesso em: 27 jul. 2019.

Figura 49

33.JPG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_17882/33.jpg.


Acesso em: 29 jul. 2019.

Figura 50

17.JPG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_15261/17.jpg.


Acesso em: 29 jul. 2019.

Figura 51

IMAGEM243.JPG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9694/


imagem243.jpg. Acesso em: 29 jul. 2019.

Figura 52

01.PNG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_15578/01.png.


Acesso em: 29 jul. 2019.

Figura 53

28.PNG. Disponível em: http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_12275/28.png.


Acesso em: 29 jul. 2019.

Figura 62

281.PNG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_9680/281.png.


Acesso em: 29 jul. 2019.

Figura 63

282.PNG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_9680/282.png.


Acesso em: 29 jul. 2019.
102
Figura 65

04PEQB.PNG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_280/04peqb.


png. Acesso em: 29 jul. 2019.

Figura 66

274.PNG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_9680/274.png.


Acesso em: 29 jul. 2019.

Figura 67

275.PNG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_9680/275.png.


Acesso em: 29 jul. 2019.

Figura 68

05.PNG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_280/05.png.


Acesso em: 29 jul. 2019.

Figura 74

IMAGEM213.JPG. Disponível em: www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9694/


imagem213.jpg. Acesso em: 29 jul. 2019.

Figura 76

139_0.JPG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9643/139_0.


jpg. Acesso em: 29 jul. 2019.

Figura 78

IMAGEM217.JPG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9694/


imagem217.jpg. Acesso em: 29 jul. 2019.

Figura 79

130_0.JPG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9643/130_0.


jpg. Acesso em: 29 jul. 2019.

Figura 81

15.JPG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_9550/15.jpg.


Acesso em: 29 jul. 2019.
103
Figura 82

47.GIF. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_3859/47.gif.


Acesso em: 29 jul. 2019.

Figura 83

ARRUMADAPEQUENA.JPG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/


conteudo_3859/arrumadapequena.jpg. Acesso em: 29 jul. 2019.

Figura 86

02.PNG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_15590/02.png.


Acesso em: 29 jul. 2019.

Figura 87

05.PNG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_15590/05.png.


Acesso em: 29 jul. 2019.

Figura 88

IMAGEM133.JPG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9643/


imagem133.jpg. Acesso em: 29 jul. 2019.

Figura 91

13.JPG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_9550/13.jpg.


Acesso em: 29 jul. 2019.

Figura 92

036_0.JPG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9643/036_0.


jpg. Acesso em: 29 jul. 2019.

Figura 93

02.PNG. Disponível em: https://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/Aula_15593/02.png.


Acesso em: 29 jul. 2019.

104
REFERÊNCIAS

Textuais

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n. 1, 2011. Disponível em: http://rvq.sbq.org.br/imagebank/pdf/v3n4a10.pdf. Acesso em: 19 abr. 2019.

BARBOSA, K. B. F. et al. Estresse oxidativo: conceito, implicações e fatores modulatórios. Revista de


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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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