Você está na página 1de 116

Projecto Curricular do 3º ciclo do Ensino Básico

Projecto Curricular

do

3º Ciclo do Ensino Básico

Escola Secundária/3 José Cardoso Pires 1


Projecto Curricular do 3º ciclo do Ensino Básico

INTRODUÇÃO

O Decreto-Lei nº 6/2001 de 18 de Janeiro estabelece os princípios orientadores da


organização e gestão curricular do Ensino Básico. Assim, em conformidade com a LBSE, no
quadro do desenvolvimento da autonomia das escolas estabelece-se que as estratégias de
desenvolvimento do currículo nacional, visando adequá-lo ao contexto de cada escola,
deverão ser objecto de um projecto curricular de escola ( Preâmbulo do Dec.-Lei nº 6).

No sentido de ultrapassar os problemas existentes, o diploma configura quatro


grandes ideias-força: a) o reforço da coerência e articulação vertical e horizontal entre o
currículo dos três ciclos da escolaridade básica; b) a intenção de assegurar uma formação
integral de todos os alunos através da definição de competências e de aprendizagens
essenciais no final do ensino básico e no final de cada ciclo enquanto instrumento
fundamental para a conquista de referenciais nacionais de exigência e de qualidade; c) a
articulação do currículo com a avaliação, entendo esta como um elemento regulador das
aprendizagens; e d) o reforço da autonomia curricular das escolas impulsionando a
flexibilização do currículo e da organização pedagógica e a introdução de variantes
curriculares específicas de âmbito regional e local (Luísa Alonso, O Projecto de "Gestão
Flexível do Currículo" em questão).

Emerge, então, a necessidade de ultrapassar uma visão de currículo como um


conjunto de normas uniformes, baseados em tópicos a ensinar e indicações metodológicas
correspondentes, através do desenvolvimento de novas práticas com base nas
competências a desenvolver e em tipos de experiências a proporcionar por
disciplina/área disciplinar e por ciclo, considerando o ensino básico como um todo,
assumindo a escola um espaço privilegiado de educação e de formação que deve integrar e
articular, na sua oferta curricular, experiências de aprendizagem diversificadas que
respondam às necessidades dos alunos.

O Projecto Curricular de Escola insere-se, nos seus objectivos gerais, no Projecto


Educativo de Escola, pretendendo dar-lhe resposta, não só no que respeita à sua vertente
pedagógica, mas também no que se prende com a componente sócio-cultural. Neste âmbito,
é sabido que uma percentagem considerável da população activa da freguesia exerce a sua
actividade profissional na capital, o que obriga a um afastamento diário prolongado do local
de residência. Tal facto repercute-se nas condições de trabalho e de estudo dos alunos,
alguns dos quais passam várias horas do dia entregues a si próprios. Outro dos problemas
que se coloca é a fraca participação dos pais e encarregados de educação na vida da
escola. Estes factores contribuem para o desinteresse e o insucesso de um número
significativo de alunos. Mas, estão, igualmente, identificados outros problemas que
conduzem à falta de aproveitamento de um conjunto significativo de alunos como sejam: a

Escola Secundária/3 José Cardoso Pires 2


Projecto Curricular do 3º ciclo do Ensino Básico

falta de empenho e de interesse, a falta de métodos e hábitos de trabalho, a


desintegração social, a desagregação familiar, a falta de referenciais estimulantes ao
desempenho escolar e o estilhaçar de valores de conduta, entre outros. Por outro lado, o
aumento de habitantes oriundos de países africanos de língua oficial portuguesa e a sua
natural repercussão na vida escolar, tem gerado também problemas de vária ordem,
sobretudo de integração académica e social, uma vez que esses alunos revelam grandes
dificuldades na compreensão e na expressão da Língua Portuguesa, condicionando o seu
sucesso em geral. Neste sentido, tendo em conta os princípios de diversidade, flexibilidade
e integração que norteiam a Reorganização Curricular do Ensino Básico, importa que a
escola assuma ao nível do seu Projecto Curricular a importância das diversidades culturais
da sua população escolar.

É, assim, fundamental que o assumir da consciência das características do meio


envolvente e das qualidades/defeitos dos nossos alunos desempenhe um papel primordial na
elaboração do Projecto Curricular de Escola no âmbito da Gestão Flexível do Currículo, pois
é natural que cada escola tenha na sua vivência problemas e soluções distintas
relativamente aos mais variados aspectos do seu quotidiano.

Logo, o Projecto Curricular de Escola teve como ponto de partida um conhecimento


global dos alunos, tanto a nível pedagógico, como cognitivo, sócio-cultural e económico, e
pretende, face a situações reais, equacionar caminhos diferenciados dentro de balizas
nacionalmente definidas, tentando responder satisfatoriamente às reais necessidades
formativas dos jovens e a cada um na sua diferença.

Gerir um projecto curricular a nível de escola implica identificar as aprendizagens a


valorizar, as competências a desenvolver e os recursos a rentabilizar. A escola deverá ser
"uma organização viva, capaz de escolher a sua forma de trabalhar" gerindo "o trabalho que
realiza e pelo qual responde socialmente. É este o sentido da autonomia da escola que
requer iniciativa e responsabilidade, bem como a capacidade de avaliar e reformular."
(Maria do Céu Roldão, Gestão Curricular, Fundamentos e Práticas, ME, Lx. 1999)

Escola Secundária/3 José Cardoso Pires 3


Projecto Curricular do 3º ciclo do Ensino Básico

Parte I

Aspectos Gerais

Escola Secundária/3 José Cardoso Pires 4


Projecto Curricular do 3º ciclo do Ensino Básico

PERFIL DE COMPETÊNCIAS GERAIS A DESENVOLVER PELO ALUNO


AO LONGO DO ENSINO BÁSICO

A razão de ser da escola é a preparação para a vida. No entanto, o crescimento


exponencial do conhecimento e o ambiente tecnológico em constante mudança forçam uma
conjuntura em que muito do valor da educação dos alunos, para a vida, advém das
competências adquiridas por estes ao longo da sua escolaridade.
Entende-se “competência” como um saber em acção que envolve, portanto, o
desenvolvimento integrado de conteúdos, capacidades, atitudes e valores que a escola deve
proporcionar.
O perfil de competências a desenvolver pelo aluno ao longo do Ensino Básico está
subjacente à noção de que a aquisição de conhecimentos não se faz independentemente de
processos de pensamento e de atitudes favoráveis à aprendizagem, sendo que estas
competências não se desenvolvem no vazio, mas sim em articulação com conteúdos
concretos.
Este documento deve, então, ser entendido como uma referência à luz da qual os
programas de cada disciplina devem ser interpretados, assumindo o professor, como parte
integrante do Conselho de Turma, a responsabilidade de gerir o currículo. As competências
que a seguir se enunciam – nas suas dimensões pessoal e social, aquisições básicas e
cidadania – devem ser entendidas como referenciais para o trabalho do corpo docente,
integrado e enquadrado numa concepção de aprendizagem como um processo ao longo da
vida.

Escola Secundária/3 José Cardoso Pires 5


Projecto Curricular do 3º ciclo do Ensino Básico

Ao longo do 3º ciclo do Ensino Básico o aluno deverá ser capaz de:


- Contribuir para o seu próprio conhecimento, reconhecendo o valor
social do trabalho;
- Adoptar metodologias de trabalho e de aprendizagem;
Dimensão Pessoal e
Social - Realizar actividades de forma autónoma, responsável e criativa;
- Pesquisar, seleccionar e organizar informação;
- Adoptar estratégias adequadas à resolução de problemas e tomada
de decisões.
- Dominar progressivamente meios de expressão e de comunicação;
- Compreender a estrutura e funcionamento da língua portuguesa,
reconhecendo-a como instrumento vivo de transmissão e criação de
cultura nacional;
- Usar correctamente a Língua portuguesa para estruturar o
pensamento próprio e comunicar de forma adequada;
- Utilizar duas línguas estrangeiras em situações do quotidiano
resolvendo as necessidades básicas de comunicação e apropriação de
Dimensão das informação;
Aquisições Básicas
- Usar adequadamente linguagens das diferentes áreas do saber:
Desenvolver o cultural, científico e tecnológico, para expressar o pensamento próprio;
raciocínio e a
capacidade de - Adquirir e estruturar conhecimentos básicos sobre a natureza, a
abstracção sociedade e a cultura mobilizando-os para compreender a realidade e
abordar situações e problemas do quotidiano;
- Valorizar conquistas técnicas e científicas da humanidade;
- Desenvolver aptidões técnicas, tecnológicas e manuais
- Desenvolver a sensibilidade estética adquirindo elementos essências
de expressão nos diferentes domínios artísticos;
- Desenvolver capacidades motoras., numa dimensão de cultura física
e eclética.
- Cooperar com outros em tarefas e projectos comuns;
- Assumir, esclarecida e responsavelmente o seu papel de cidadão
participando na vida cívica de forma crítica e responsável;

Dimensão para a - Realizar iniciativas de interesse cívico, social e ambiental;


Cidadania - Desenvolver uma perspectiva pessoal e interpessoal promotora da
saúde e da qualidade de vida promovendo hábitos saudáveis;
- Desenvolver uma perspectiva humanista de solidariedade e
compreensão fomentadora do respeito pela diversidade cultural,
religiosa, sexual ou outras.

Escola Secundária/3 José Cardoso Pires 6


Projecto Curricular do 3º ciclo do Ensino Básico

ORIENTAÇÃO GERAL DO PROCESSO EDUCATIVO

Considerando o conjunto de competências gerais a desenvolver pelos alunos e


assumidas pela escola, o processo de ensino e de aprendizagem deve ser orientado no
sentido de tornar viável a consecução dessas intenções.
A formação integral dos alunos deve constituir-se como a grande finalidade da
escola, com particular incidência na educação para a cidadania e na organização de
experiências de aprendizagem diversificadas, de modo a que todos possam aprender
consoante as suas capacidades e possibilidades. Assim, o desenvolvimento curricular deve
basear-se nos princípios da diferenciação, adequação e flexibilização, os quais devem
orientar a operacionalização do currículo a nível dos projectos de cada turma e nas
adaptações exigidas pelas características de cada aluno.
As experiências de aprendizagem devem adequar-se ao nível de desenvolvimento
cognitivo e moral dos alunos, mas tendo sempre como meta a sua progressão para níveis
mais elevados. Por outro lado, as actividades devem ser organizadas de modo a
proporcionar aprendizagens significativas, contextualizadas e estimuladoras da auto-
formação dos alunos, indutoras de processos de formação ao longo da vida.
O processo de ensino e de aprendizagem deve ter sempre como horizonte as
competências a desenvolver, entendidas estas como o conjunto articulado de
conhecimentos, capacidades, atitudes e valores. Os conhecimentos específicos,
disciplinares, não podem ser encarados como um fim em si mesmo, mas como elementos
fundamentais para desenvolver as restantes componentes curriculares. Deve constituir uma
preocupação para a escola a articulação com o meio envolvente e com a vida quotidiana,
quer nos aspectos sociais, quer económicos.
Em todas as áreas curriculares disciplinares e não disciplinares deve dar-se
particular atenção às actividades de carácter experimental, de acordo com a natureza e as
características de cada uma delas e com o nível etário dos alunos. O trabalho prático, o uso
de materiais, a organização de actividades de natureza experimental e investigativa, a
integração das tecnologias de informação e comunicação, como ferramentas facilitadoras da
aprendizagem, são fundamentais para facilitar a apropriação pelos alunos dos conceitos
fundamentais e a possibilidade de estruturação dos conhecimentos.
Os ambientes de aprendizagem devem constituir uma preocupação de todos os
implicados na organização da escola, visto que são elementos fundamentais como
facilitadores da aprendizagem e das relações interpessoais. A nível da sala de aula, as
actividades privilegiarão quer o trabalho individual, quer em pequeno e grande grupo, de
modo a suscitar situações sociais que levem ao enriquecimento cognitivo e moral dos alunos.
O meio envolvente poderá igualmente constituir um recurso importante e facilitador
das aprendizagens e, como tal, deve ser tomado em especial atenção pelos professores.

Escola Secundária/3 José Cardoso Pires 7


Projecto Curricular do 3º ciclo do Ensino Básico

PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser entendida como um elemento curricular integrado no processo


da aprendizagem, quer dos alunos considerados isoladamente, quer das turmas nas quais se
integram.
Concebida como elemento de um processo dinâmico e contínuo, deve acompanhar
todos os projectos educativos, recolhendo e estruturando a informação necessária para a
formulação de juízos de valor que permitam analisar as diversas fases do processo com a
finalidade de intervir, corrigir, remediar ou superar dificuldades de modo a garantir que as
actividades programadas conduzam à consecução dos objectivos propostos - Perspectiva
informadora com carácter formativo .
Deve diversificar os processos e os instrumentos de recolha de informação para
garantir a análise do percurso e da evolução dos alunos, ao longo do ensino básico -
Diversificação adequada às situações de ensino e de aprendizagem.
Deve integrar todos os intervenientes no processo educativo, visando a formação, o
desenvolvimento físico, intelectual, social e cívico dos alunos – Participação integrada e
activa dos agentes educativos .
De acordo com a multiplicidade de perspectivas e de processos que deve utilizar, a
avaliação deve ser estruturada em três modalidades de intervenção:

1. Avaliação diagnóstica
1.1 A realizar no início ou em qualquer momento de cada ano de escolaridade, para
recolher informação sobre a situação dos alunos no que respeita às competências
adquiridas no ano ou no ciclo anterior;

1.2 Os resultados desta avaliação devem constituir a base para a elaboração dos projectos
curriculares das turmas em que os alunos se integram, de modo a possibilitar estratégias
de diferenciação pedagógica, de superação de atrasos ou de dificuldades, de facilitação
da integração ou da orientação escolar e vocacional dos alunos.

2. Avaliação formativa
2.1.Avaliação contínua, sistemática e integrada no processo de ensino e de aprendizagem,
visando a sua regulação, devendo recorrer a uma grande variedade de instrumentos
adequados à natureza e aos contextos das aprendizagens;
2.2. Constitui a principal modalidade de avaliação, dando indicações de carácter diagnóstico
no início dos processos e servindo de base para os juízos finais, globalizantes, no final
dos períodos de aprendizagem;
2.3. É da responsabilidade dos professores que, em diálogo com os alunos, em colaboração
com os outros professores e com os encarregados de educação, estruturam registos
que facilitem a análise da progressão dos alunos ao longo dos processos de
aprendizagem.

Escola Secundária/3 José Cardoso Pires 8


Projecto Curricular do 3º ciclo do Ensino Básico

2.4. É da responsabilidade do Director de Turma (com aprovação do órgão executivo) propor


e gerir recursos materiais e humanos existentes na escola, de forma a ir ao encontro das
necessidades do aluno.

2.5. È da responsabilidade do Conselho de Turma elaborar Planos de Recuperação/


Acompanhamento que visam optimizar situações de aprendizagem com vista a prevenir
retenções dos alunos que obtiverem no final do 1º Período três ou mais níveis inferiores
a três. O mesmo acontecerá em relação aos alunos que revelem dificuldades no decurso
de 2º Período.
3. Avaliação sumativa – interna e externa

3.1. Ocorre no final de cada período lectivo, de cada ano e de cada ciclo, resulta da síntese
elaborada a partir das informações recolhidas pela avaliação formativa e traduz-se na
formulação de um juízo de valor sobre as aprendizagens realizadas e as competências
desenvolvidas ao longo do período em análise;

3.2. É da responsabilidade do conselho de turma que reúne para o efeito no final de cada
período, sob coordenação do director de turma, que deve garantir a sua natureza
globalizante em concordância com os critérios de avaliação definidos no projecto
curricular da turma;

3.3 Traduz-se numa classificação numa escala de valores de 1 a 5, no que respeita às


disciplinas, podendo ser acompanhada de apreciações descritivas sobre a evolução de
cada aluno;

3.4.Nas áreas curriculares não disciplinares, a avaliação sumativa expressa-se de forma


descritiva e utiliza elementos provenientes das diversas disciplinas. Na área de projecto,
consiste também na atribuição das menções qualitativas de Não satisfaz, Satisfaz,
Satisfaz bem;

3.5.No 7º ano de escolaridade, no 1º período, a avaliação sumativa poderá não conduzir à


atribuição de classificações ou menções, se assim tiver sido decidido pelo conselho
pedagógico e devidamente fundamentado, assumindo a sua expressão apenas carácter
descritivo;

3.6.No final do 9º ano de escolaridade, a avaliação sumativa interna inclui a realização de


uma prova global ou trabalho final, em cada disciplina ou área disciplinar, incidindo sobre as
aprendizagens e competências previstas para o final do ensino básico; estas provas globais
ou trabalho, serão elaboradas segundo matrizes aprovadas pelo conselho pedagógico, sob
proposta do conselho de turma, que definirá a data e os prazos da sua realização; a
classificação destas provas integrará, com uma ponderação de 25%, as classificações finais

Escola Secundária/3 José Cardoso Pires 9


Projecto Curricular do 3º ciclo do Ensino Básico

do aluno nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática os alunos ficam sujeitos a


exames nacionais.

3.7.O resultado da avaliação sumativa, no final do 9º ano, dá origem à tomada de decisão


de aprovação ou retenção do aluno expressa respectivamente por Aprovado ou Não
aprovado;

3.8 A retenção traduz-se na repetição de todas as áreas não disciplinares e disciplinas do


ano em que o aluno ficou retido;
;
3.9. A disciplina de Educação Moral e Religiosa não é considerada para efeitos de
progressão ou aprovação dos alunos;

3.10. Em situação de retenção, o conselho de turma elabora um relatório analítico que


identifique as aprendizagens não realizadas pelo aluno, as quais devem ser
tomadas em consideração no projecto curricular da turma em que o aluno vier a
ser incluído;

3.11. Na tomada de decisão de uma segunda retenção, no 3º ciclo, deve ser envolvido
o conselho pedagógico e ouvido o encarregado de educação do aluno, nos termos
definidos no regulamento interno;

3.12. As decisões decorrentes da avaliação de um aluno no 3º período podem ser


objecto de reapreciação, mediante pedido do encarregado de educação,
devidamente fundamentado, dirigido ao conselho executivo da escola, nos termos
expressos na legislação em vigor;

3.13. Um aluno que revele capacidades de aprendizagem excepcionais, adequado grau


de maturidade e acentuado desenvolvimento das competências previstas pode,
sob proposta do conselho de turma, com a concordância do encarregado de
educação do aluno, do psicólogo e do conselho pedagógico, transitar de ano de
escolaridade antes do final do ano lectivo. Esta possibilidade só poderá verificar-
se uma vez ao longo do 2º ou 3º ciclos;

3.14. Os alunos para os quais tenha sido definido um programa educativo individual
que explicite e fundamente as condições próprias de avaliação serão avaliados
nos termos definidos por esse programa, tanto no que respeita às decisões de
progressão e de retenção, como à tomada de decisão relativa à atribuição do
diploma de ensino básico.

Escola Secundária/3 José Cardoso Pires 10


Projecto Curricular do 3º ciclo do Ensino Básico

3.15. Nas disciplinas de organização semestral (Teatro e Educação Tecnológica) é feita


uma avaliação em Conselho de Turma no final dos 1º e 2º Períodos, que deve
expressar-se de forma descritiva e constar nas fichas de registo de avaliação a
entregar aos Encarregados de Educação. No final do semestre (início de
Fevereiro) ocorre um Conselho de Turma extraordinário para a atribuição da
respectiva classificação, a qual deverá ficar registada em acta. No Conselho de
Turma de avaliação do 3º Período, as classificações das duas disciplinas
semestrais são ratificadas e registadas em pauta.

Escola Secundária/3 José Cardoso Pires 11


Projecto Curricular do 3º ciclo do Ensino Básico

LINHAS ORIENTADORAS DO TRATAMENTO DA DIVERSIDADE

Se tivermos em conta a definição segundo a qual a escola resulta do somatório de


relações práticas e pedagógicas inclusivas, depreendemos facilmente que se procura
sobretudo uma pedagogia diferenciada, independentemente de factores como o cultural e
racial, com o objectivo principal de obter efeitos igualitários.
Na realidade escolar como é a nossa, múltipla em todas as suas vertentes, étnica,
cultural e social, a principal preocupação deve ser precisamente que as diferentes culturas,
através do conhecimento recíproco, se entendam, respeitem e, ao mesmo tempo que se
enriquecem , conservem também as suas características, construindo uma escola inclusiva
que pretende pôr o sucesso ao alcance de todos.

A diferenciação pedagógica pressupõe não só uma certa autonomia da escola na


direcção, organização e elaboração do seu plano curricular, mas também e especialmente a
criação de condições que se constituam agentes activos e criteriosos. A nível dos alunos, os
planos e as regras de funcionamento deverão ser pensados e adaptados de acordo com as
suas características individuais. Estas regras corresponderão a uma resposta por parte da
escola, à diversidade, a fim de alcançar a qualidade educativa exigida pela sociedade
conciliando a formação básica, geral e compreensiva com a diversidade de capacidades,
ritmos e experiências prévias dos alunos. É necessário, pois, criar uma unidade global que
aposte no singular e que procure dar resposta às diversas necessidades educativas dos
alunos, permitindo-lhes realizar aprendizagens relevantes e significativas através da
consciencialização do conhecimento quotidiano e experiencial.
A definição dos métodos de ensino adequados às estratégias de aprendizagem
individuais, a par da regulação individualizada dos processos e itinerários de aprendizagem,
carecem da elaboração prévia de um diagnóstico exaustivo para cada um dos alunos.
Partindo da avaliação diagnóstica e das orientações gerais do projecto curricular de
escola deverá ser elaborado, pelo Conselho de Turma o Projecto Curricular de Turma.
A organização social e espacial das turmas é um dos pontos essenciais quando estas
incluem alunos com necessidades educativas especiais, devendo ser criadas medidas
específicas ligadas ao processo de ensino e de aprendizagem:

• Selecção, implementação e diversificação das actividades e estratégias significativas


para esses alunos, mais fáceis ou mais complexas, consoante as diferenças mais ou
menos acentuadas, e resultantes de diferentes situações que os mesmos apresentem
• Escolha de uma das seguintes formas de adaptação curricular, explicitada no seu
programa educativo:
Eliminando, introduzindo ou modificando algum objectivo, conteúdo ou actividade do
currículo elaborado para a turma.

Escola Secundária/3 José Cardoso Pires 12


Projecto Curricular do 3º ciclo do Ensino Básico

Reorganizando conteúdos referentes a uma determinada área curricular sem, no entanto,


suprimir nenhum objectivo básico
Adaptando-se de forma flexível o tempo e os processos previstos de modo a que todos
os alunos atinjam sem dificuldades os objectivos de aprendizagem.
A resposta educativa deve ser encarada no contexto das actividades habituais da turma,
embora, por vezes, tenha de ser complementada com determinado tipo de recursos
como por exemplo os serviços de apoios educativos ou ainda de técnicos exteriores à
mesma, que se constituem em equipas de profissionais de diferentes especialidades,
dando um apoio imprescindível a professores, alunos e famílias. As actividades a
implementar têm o objectivo de conseguir o melhor desenvolvimento pessoal das
crianças e jovens e devem ser concebidas com realismo, tendo em conta as
necessidades dos seus destinatários e as condições ou os recursos de cada escola,
partindo do princípio que os serviços especializados de apoio educativo são
conceptualmente indissociáveis do projecto curricular da escola, pois potenciam a
resposta adequada às diferentes necessidades de aprendizagem.

• Escolha de modalidades de avaliação decorrentes de medidas educativas específicas


que promovam a avaliação de processos e não apenas de resultados, fornecendo uma
informação sistemática acerca do desenvolvimento da aprendizagem.
Uma sociedade que respeite e viva na democracia, necessita ser construída na base da
solidariedade. A nível de escola, cada turma deve ser entendida como um universo
próprio, onde se desenvolvem dinâmicas e interacções com o contributo e a integração
das diferentes áreas disciplinares e de acordo com metas previamente definidas. Isto
pressupõe a existência de um currículo suficientemente flexível que se adapte a cada
realidade escolar, dando especial atenção à diversidade, como factor enriquecedor.

Fundamental é ter sempre presente que o aluno, antes de ser um aluno, é uma pessoa.

Escola Secundária/3 José Cardoso Pires 13


Projecto Curricular do 3º ciclo do Ensino Básico

GESTÃO DAS ÁREAS CURRICULARES NÃO DISCIPLINARES

1. Objectivos :

As Áreas Curriculares não disciplinares visam a realização de aprendizagens


significativas e a formação integral dos alunos através da articulação e da integração de
saberes. O seu desenvolvimento assume especificidades próprias e é da responsabilidade
do Conselho de Turma.
Tendo em conta o carácter transversal e integrador das áreas curriculares não
disciplinares, os objectivos traçados resultam do trabalho coordenado de todos os
professores da turma o mesmo se aplicando ao processo de avaliação.

2. Especificação
Consideram-se as seguintes Áreas Curriculares não disciplinares:

2.1. Área de Projecto


Visa a realização e avaliação de projectos, articulando os saberes das diversas
áreas curriculares.

2.2. Estudo Acompanhado


Visa a aquisição de competências que possibilitem aos alunos apropriar-se de
métodos de estudo e de trabalho e o desenvolvimento de atitudes e
capacidades com vista a uma autonomia progressiva.

2.3. Formação Cívica


Visa o desenvolvimento da consciência cívica, elemento fundamental da
educação para a cidadania, com o recurso à troca de experiências e à
participação dos alunos na escola e na comunidade.

As Áreas Curriculares não disciplinares, são asseguradas por qualquer professor. A


escola poderá optar por uma equipa de dois professores, caso haja recursos humanos
disponíveis.

3. Avaliação
3.1. A Avaliação Sumativa assume formas de expressão qualitativa utilizando
elementos provenientes das diversas disciplinas e áreas curriculares
disciplinares. Na Área de Projecto é atribuída uma menção qualitativa – Não
Satisfaz; Satisfaz ou Satisfaz Bem .

Escola Secundária/3 José Cardoso Pires 14


Projecto Curricular do 3º ciclo do Ensino Básico

A avaliação das referidas áreas é da responsabilidade do Conselho de Turma


que se pronuncia sobre uma proposta apresentada pelo/s professor/es da Área
de Projecto, do Estudo Acompanhado e da Formação Cívica.

3.2 A Avaliação Formativa é contínua e recorre a uma variedade de instrumentos de


recolha de informação de acordo com a natureza das aprendizagens. É da
responsabilidade do professor, em diálogo com os alunos e em colaboração
com os restantes professores. Fornece informações sobre o desenvolvimento
das aprendizagens e competências permitindo rever e melhorar os processos de
trabalho.

4. Modo de organização

Área de Projecto e Estudo Acompanhado

A Área de Projecto e o Estudo Acompanhado articulam-se com as áreas curriculares e


disciplinas de acordo com a metodologia seguinte :

1ª Fase - O Conselho de Turma procede a uma caracterização da turma com base na


avaliação diagnóstica;

2ª Fase – Os professores e os alunos procedem à planificação do(s) projecto(s) e/ou


actividades a desenvolver, tendo em conta os interesses, motivações e necessidades dos
discentes bem como as competências gerais e específicas identificadas na avaliação
diagnóstica;

3ª Fase - Os alunos desenvolvem o trabalho de acordo com os objectivos definidos, as


actividades previstas e os recursos materiais seleccionados. Todos os professores
acompanham e avaliam de forma sistemática a progressão do aluno relativamente aos
objectivos fundamentais destas áreas transversais;

4ª Fase - A avaliação do trabalho assume as seguintes formas:


Formativa - Consiste na auto e hetero-avaliação pelos intervenientes e desenvolve-se ao
longo de todo o processo de ensino e de aprendizagem.
Sumativa - É realizada pelo conjunto de professores da turma, nos momentos de avaliação.
Os docentes responsáveis pelas áreas referidas devem periodicamente recolher informação
relevante junto dos colegas e propor uma avaliação que será discutida pelo Conselho de
Turma e tomada como base para a decisão daquele órgão.

Escola Secundária/3 José Cardoso Pires 15


Projecto Curricular do 3º ciclo do Ensino Básico

5. Sugestão de Temas / Actividades

Os temas e as actividades que se sugerem não são, de modo algum, vinculativos.


Cada turma tem as suas características próprias e concebe o seu Projecto Curricular em
função de interesses , necessidades e motivações diversos . Devem, por isso, desenvolver
projectos e actividades que contribuam para a sua formação pessoal e social, no âmbito
mais geral da gestão flexível do currículo.

Trata-se de um espaço destinado ao desenvolvimento de projectos


ajustados às necessidades e aos interesses dos alunos, garantindo-se a
Área de Projecto interacção de saberes de diferentes áreas. O fomento da personalidade,
dos talentos e das aptidões mentais e físicas são também aspectos a
considerar e valorizar.
Considera-se que os temas/Actividades deverão partir de
dificuldades detectadas ou interesses manifestados pelos alunos, nas
áreas cognitiva e/ou comportamental, predominantemente orientados
para as ciências experimentais ou ciências sociais e humanas .
Fundamental será a articulação de saberes das diferentes áreas
curriculares.

A necessidade de se ensinar os alunos a aprender a aprender de


forma significativa ou de avaliar o processo do ensino e da
aprendizagem em função dos processos e dos resultados justificam a
criação desta área. Das muitas actividades possíveis, sugerem-se as
Estudo Acompanhado que, em nossa opinião, melhor ajudarão os alunos a atingir as
competências próprias do Estudo Acompanhado:
Fase de diagnóstico: Exercícios orientados para regras de
convivência e de trabalho / expectativas face ao estudo acompanhado;
Identificação de competências e hábitos de estudo dos alunos;
Identificação de procedimentos utilizados durante o estudo;
Fase de desenvolvimento: Materiais utilizados durante o estudo;
organização do tempo de estudo, tendo em conta as diferentes áreas;
Elaboração de plano de estudo; O trabalho individual ou em grupo; A
preparação para a actividade de avaliação escrita; Exercícios de auto-
avaliação; Regras da comunicação oral; O tratamento da informação
escrita : o uso do dicionário; o sublinhado; a tomada de notas; os
apontamentos; os esquemas; A paráfrase e o resumo .
É de salientar que os objectivos desta área só serão atingidos
havendo um trabalho articulado das diferentes áreas curriculares e
disciplinas.

Nesta área, pretende-se criar nos alunos a consciência cívica,


elemento fundamental da formação de cidadãos responsáveis, activos e
Formação Cívica intervenientes.
A escola tem o dever de preparar cidadãos informados,
autónomos e tolerantes e, sobretudo, respeitadores dos direitos dos
outros.
As actividades a desenvolver deverão, em primeira instância,
constituir-se como prioridades para os alunos , tendo em vista a sua
formação global. Sugerem-se temas no âmbito de : A Escola; A
Comunidade Educativa; A Família; Educação para a saúde; Educação
Ambiental; Os direitos Humanos; Partilha, Solidariedade e Cooperação;
A Violência física/moral; A conservação do património; Educação
Sexual e Educação como consumidor..

Escola Secundária/3 José Cardoso Pires 16


Projecto Curricular do 3º ciclo do Ensino Básico

FORMAÇÕES TRANSDISCIPLINARES

São FORMAÇÕES TRANSDISCIPLINARES a Educação para a cidadania, a


Valorização da língua portuguesa, a Dimensão humana do trabalho e a Utilização das
tecnologias de informação e comunicação.

Todas as áreas curriculares devem contribuir para a concretização destas formações,


pretendendo-se atingir os seguintes objectivos:

1. Valorização da Língua Portuguesa


- Desenvolver as competências de comunicação e expressão oral e escrita,
enriquecendo-as com os contributos das diferentes disciplinas.

2. Educação para a cidadania


- Desenvolver as atitudes de cooperação, solidariedade, respeito mútuo e
integração colectiva, tanto a nível da escola como da comunidade em geral.

3. Dimensão humana do trabalho


- Valorizar as atitudes face ao trabalho escolar como fase de indução para a
formação de profissionais empenhados e conscientes.

4. Utilização das tecnologias de informação e comunicação


- Possibilitar o desenvolvimento de competências na área das tecnologias de
informação e comunicação, como instrumentos de trabalho ao serviço das
diferentes áreas disciplinares e disciplinas.

Escola Secundária/3 José Cardoso Pires 17


Projecto Curricular do 3º ciclo do Ensino Básico

CRITÉRIOS DE ATRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA

Áreas curriculares disciplinares

Critério Geral : Atribuição dos blocos equiparada à distribuição actual da carga horária
1. Língua Estrangeira
. Atribuição de carga horária idêntica à L.E. II , no 7º Ano, sendo que, no final do
ciclo, a carga horária das L.E. é a mesma.

2. Ciências Físicas e Naturais


. Início da disciplina de Físico-Química no 7º Ano devido à existência de programa
em documento único e à interdisciplinaridade entre as disciplinas de Ciências
Naturais e Físico-Químicas;

. Desdobramento de um bloco, quinzenalmente, nos 7º, 8º e 9º Anos, devido à


necessidade de trabalho de laboratório nas duas disciplinas.

3. Educação Artística / Tecnológica


. Disciplina de oferta da escola – Oficina de Expressão Dramática – frequentada em
alternância semestral com a Educação Tecnológica;

. A carga horária total de 90 m e o carácter prático das disciplinas justificam esta


opção.

Áreas curriculares não disciplinares

a) Área de Projecto – 1 bloco (7º/ 8º e 9º )


Estudo Acompanhado – 1 bloco (7º/ 8º) 9º - ½ bloco
A complexidade e o carácter prático das áreas justificam a atribuição de 1 bloco;
Formação Cívica – 1 bloco (7º e 8º) e ½ bloco – 9º
b) Área Opcional: ½ bloco atribuído à Formação Cívica.
. Funciona como complemento da Formação Cívica, facilitando a aquisição de
conhecimentos e o desenvolvimento de atitudes e valores equiparando a carga
horária às outras Áreas curriculares não disciplinares.

Escola Secundária/3 José Cardoso Pires 18


Projecto Curricular do 3º ciclo do Ensino Básico

Carga horária 3º Ciclo

Carga horária semanal (x 90 minutos)


Componentes do currículo 7º ano 8º ano 9º ano Total ciclo
Áreas curriculares disciplinares
Língua Portuguesa 2 2 2 6
Línguas Estrangeiras 3 2,5 2,5 8
LE1 1,5 1 1,5 4
LE2 1,5 1,5 1 4
Ciências Humanas e Sociais 2 2,5 2,5 7
História 1 1 1 3
Geografia 1 1,5 1,5 4
Matemática 2 2 2 6
Ciências Físicas e Naturais * 2 2 2,5 6,5
Educação para a cidadania

Ciências Naturais 1 1 1 3
Físico-Química 1 1 1 0,5 3,5
Educação Artística

Educação Visual 1 1
Outra disciplina (oferta da escola) 1,5 a) 5,5
Educação Tecnológica 1 b) 1 b)
Educação Física 1,5 1,5 1,5 4,5
Tecn. da Informação e Comunicação - - 1 1
Áreas curriculares não 2,5 2,5 2 7
disciplinares
Área de Projecto 1 1 1 3
Formação Pessoal e Social

Estudo Acompanhado 1 1 0,5 2,5


Formação Cívica 1 1 0,5 2,5
total 17 17 17 51
a decidir pela escola 0,5 0,5 0,5 1,5
Educação Moral e Religiosa 0,5 0,5 0,5 1,5
(facultativa)

Máximo Global 18 18 18 54

a) Opção entre Educação Visual, Educação Tecnológica e a Outra Disciplina (que a escola oferece)
b) A turma está dividida em 2 turnos :
1º turno 1º semestre Educação Tecnológica
2º semestre Outra disciplina ( a oferecer pela escola)
2º turno 1º semestre Outra disciplina ( a oferecer pela escola)
2º semestre Educação Tecnológica

* Ver quadro anexo da distribuição da carga horária.

Escola Secundária/3 José Cardoso Pires 19


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Distribuição da carga horária

7º ano 8º ano 9º ano

Ciências 1º 2ª 1º 2ª 1º semana 2ª semana


Físicas semana semana semana semana
Naturais

Ciências 1 1ºt 2º t 1 1ºt 2º t 1 1º t 2º t


Naturais 1 1 1 1 1 1

Físico- 1 1ºt 2º t 1 1ºt 2º t 1 1º t 1º t


Química 1 1 1 1 1 2
0.5 0,5

Aula
prática A turma está dividida em 2 turnos

Aula
Teórica ou
prática

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 20


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DOS ALUNOS POR TURMA

1. Manter, tanto quanto possível e for aconselhável, as turmas de anos anteriores


2. Privilegiar a manutenção de alunos provenientes da mesma escola / turma do 2º para o 3º
ciclo
3. Respeitar o nível etário dos alunos
4. Equilibrar o número de alunos por sexo
5. Distribuir os alunos retidos pelas turmas, com o mesmo nível etário ou aproximado
6. Manter juntos os alunos provenientes de turmas com escolaridade irregular *, para que
todos possam beneficiar de possíveis estratégias de remediação
7. Juntar na mesma turma os alunos vindos do estrangeiro, até ao máximo de 4, de forma a
facilitar a sua integração
8. A matrícula na disciplina de EMRC não é factor decisivo na constituição de uma turma
9. Constituir turmas com duas línguas estrangeiras curriculares
10. Não colocar mais de 20 alunos na turma em caso de alunos com necessidades educativas
especiais - condicionando o número de alunos às características da turma
11. Não inserir mais de dois alunos com esse tipo de necessidades em cada turma
12. Respeitar o limite máximo de 28 alunos

* Entende-se por escolaridade irregular situações imputáveis à escola que afectaram o


percurso escolar dos alunos

Legislação:
D. L. 329/98, de 2 Nov. art. 6º (Regula frequência de aulas de EMRC)
D. L. 319/91 de 23 Ago. art.9º (Necessidades Educativas Especiais)
Desp. Normativo nº 1/2005 (Avaliação e Exames)
Despacho Normativo nº 18/2006 de 14 de Março (Altera alguns pontos do
anterior)
Declaração de Rectificação nº 25/2006 de 21 de Abril (Rectifica pontos alterados
no anterior)
Esclarecimentos ao Despacho Normativo (Provas Globais e Exames)
D.L. nº 6/2001 de 18 de Janeiro (Avaliação da Aprendizagem no Ens. Básico)
Lei 30/2002 de 20 de Dezembro (Regula assiduidade dos alunos)
Decreto – Lei 209/2002 (Alterações da carga horária- Alterações ao D.L. nº6)
Desp. Normativo nº 50/2005 (Planos de Recuperação, Acompanhamento
Desenvolvimento)
Circular nº 7/2006 ( Esclarecimento sobre Despacho Normativo 50/2005)
Informação nº 156/JM/SEE/2005 (Faltas aos Blocos de Substituição)

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 21


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Parte II

Áreas Curriculares
Disciplinares

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 22


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Língua Portuguesa

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 23


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

LÍNGUA PORTUGUESA

Introdução

Orientações para a gestão do programa


A apresentação do programa de Língua Portuguesa para o Ensino Básico pressupõe a
explicitação das suas opções fundamentais.
Reconhece-se a Língua Portuguesa como o elemento mediador que permite a
identificação, a comunicação com os outros e a descoberta e compreensão do mundo que nos
rodeia. Tem-se como seguro que a competência linguística facilita a realização integral da
pessoa, a comunicação, o acesso ao conhecimento, à criação e à fruição da cultura, bem como
à participação na praxis social. Entende-se ainda que o domínio da língua, como factor de
transmissão e apropriação dos diversos conteúdos disciplinares, contribui de forma decisiva
para a construção do saber e para a formação integral do indivíduo.
Considera-se, pois, essencial que na aula de Língua Portuguesa se mobilizem atitudes
de diálogo, de cooperação, de confronto de opiniões, se fomente o desejo de conhecer, se
descubra e desenvolva, nas dimensões cultural, lúdica e estética da língua, o gosto de falar, de
ler e de escrever. A adopção desta perspectiva pedagógica contribuirá para que o aluno, ao
longo do Ensino Básico, construa a sua identidade e a sua relação com o mundo e se afirme
como ser interveniente, autónomo e solidário.

Competências

A disciplina de Língua Portuguesa desempenha um papel fundamental no desenvolvimento


de competências essenciais que permitem o acesso ao conhecimento, o relacionamentro
social, o sucesso escolar e profissional e o exercício pleno da cidadania.

Competências Gerais
• Compreender e produzir enunciados orais, tendo em conta a oportunidade, o tempo
disponível e a situação;
• Compreender e produzir enunciados escritos, tendo em conta a oportunidade, o
tempo disponível e a situação;
• Ler de forma fluente e crítica;
• Interagir verbalmente de forma apropriada a contextos diversos;
• Desenvolver a criatividade e a sensibilidade estética;
• Reconhecer a Língua Portuguesa como património e factor de ligação entre povos
distintos.

Competências Transversais
• Utilizar métodos e técnicas de trabalho que contribuam para a construção de
aprendizagens, com recurso eventual a novas tecnologias;

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 24


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

• Favorecer a interiorização de princípios universalizantes de justiça, tolerância,


solidariedade e cooperação;
• Proporcionar a autoconfiança, a autonomia e a realização pessoal.

Competências Específicas

Compreensão e expressão oral


• Compreender discursos orais em diferentes variedades do português, constituindo-se
como receptor atento, capaz de decifrar as mensagens;
• Produzir enunciados dotados de significado e de acordo com saberes linguísticos e
sociais;
• Interagir, tendo em atenção os papéis desempenhados pelos falantes em situações
diversas.

Leitura e expressão escrita


• Descodificar textos de modo a obter informação e construir conhecimento;
• Produzir enunciados dotados de significado e linguisticamente correctos;
• Usar multifuncionalmente a escrita através do domínio de técnicas de composição de
vários tipos de texto;
• Dominar metodologias de estudo, tais como sublinhar, tirar notas e resumir;
• Aprofundar a prática da escrita como meio de desenvolver a compreensão da leitura;
• Favorecer o gosto pela leitura.

Conhecimento explícito da língua


• Conhecer os aspectos fundamentais da estrutura e do uso do Português padrão pela
apropriação de metodologias de análise da língua;
• Reflectir sobre a utilização da língua com objectivos cognitivos gerais e específicos.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 25


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Organização Temática

Conteúdos nucleares relativos aos domínios OUVIR / FALAR, LER e


ESCREVER

Conteúdos Operacionalização

Comunicação Oral :

. Expressão verbal em interacção


. Comunicação oral regulada por técnicas
. Compreensão de enunciados orais

Leitura : 7º e 8º Anos
Selecção de três a cinco obras de entre as
. Leitura recreativa indicadas no programa, pertencentes,
preferencialmente aos três géneros literários
. Leitura orientada - Obras literárias de
diferentes géneros 9º Ano
- Outros textos Selecção de duas ou três obras de entre as
. Leitura para informação e estudo indicadas no programa, devendo ainda ser
seleccionadas as seguintes:
. Leitura orientada de uma obra de Gil
Vicente
. Leitura orientada de estrofes pertencentes
a cantos de Os Lusíadas, indicados no
programa
. Articulação de Os Lusíadas com poemas
de Mensagem, de Fernando Pessoa

Comunicação Escrita :

. Escrita expressiva e lúdica


. Escrita para apropriação de técnicas e de
modelos
. Aperfeiçoamento de texto

Funcionamento da Língua – Análise e


Reflexão . A construção do texto –parágrafo, período,
frase
- A gramática, enquanto exercício de . O reconhecimento das formas de
observação e de aperfeiçoamento dos representação do discurso
discursos e de estruturação de . A organização da estrutura frásica e a
conhecimentos linguísticos funcionais, pontuação
permite regular e consolidar . A distinção das classes de palavras
progressivamente a expressão pessoal nas . A identificação dos processos de
suas realizações orais e escritas. enriquecimento de texto
. A ortografia.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 26


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Orientações metodológicas

Um percurso metodológico com sentido para os alunos assenta, necessariamente, no


conjunto das suas referências. Quaisquer que sejam os processos escolhidos para a detecção,
nas turmas, de saberes, interesses e necessidades, professor e alunos estabelecerão
consensos sobre o trabalho a desenvolver no âmbito dos domínios programáticos: OUVIR /
FALAR, LER e ESCREVER.
De acordo com os conteúdos nucleares apresentados e as competências definidas para
os alunos, ao longo do 3º Ciclo do Ensino Básico, consideram-se as seguintes orientações
metodológicas do trabalho do professor:

• A gestão partilhada do programa com os alunos, no sentido de desenvolver o sentido


da responsabilidade e a consciência dos percursos de aprendizagem efectuados;
• A adequação do processo de ensino às necessidades manifestadas, tendo em conta
diferenças pessoais e culturais;
• O contributo para o desenvolvimento de condutas autónomas e de cooperação;
• Uma gestão pedagógica que visa a construção do saber, mas que requer o
cumprimento de regras previamente estabelecidas: mobilização de recursos variados;
partilha de responsabilidades na sua gestão; cumprimento de regras de funcionamento
e clarificação de métodos e técnicas de trabalho;
• A flexibilidade na organização do trabalho de modo a permitir formas distintas de
interacção na turma;
• A reflexão sobre o funcionamento da língua nos três domínios enunciados;
• A assumpção de um currículo em espiral que :
. repete e que alarga progressivamente conteúdos e processos de operaciona-
lização
. permite a passagem gradual de um conhecimento empírico, simples e concre-
to para um conhecimento mais elaborado, complexo e conceptualizado.

Orientações Gerais para a Avaliação

A avaliação é um processo complexo que se centra na evolução de um percurso escolar


efectuado, devendo entender-se como um estímulo ao desenvolvimento global progressivo e
ao aperfeiçoamento constante. A importância e o papel da Língua Portuguesa na estruturação
da personalidade, na apreensão da realidade e das culturas, na interacção dos saberes e das
experiências e na organização da aprendizagem implicam uma avaliação que favoreça a
progressão pessoal e que reforce a autoconfiança.
Os princípios que seguidamente se enunciam terão de nortear a avaliação em Língua
Portuguesa, forçosamente implicada em todo o processo de ensino e de aprendizagem:

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 27


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

• ter em conta as capacidades e motivações dos alunos, manifestadas nas diversas


actividades e fases do processo;
• contemplar todas as acções individuais e de entreajuda que contribuam para o sucesso
global da turma;
• ser um corolário das responsabilidades assumidas pelos alunos e professores, no que
respeita à programação, desempenho e à própria avaliação;
• desencadear a tomada de consciência das potencialidades e dos esforços e tornar-se
reguladora do processo de ensino e de aprendizagem;
• basear-se na prática sistemática de formas de auto e hetero-avaliação
• prever e mobilizar, oportunamente, recursos pedagógico-didácticos para uma
recuperação eficaz;
• concretizar-se em informações precisas que salientem aspectos positivos, aspectos a
aperfeiçoar e orientações para a superação de dificuldades.
• evidenciar a relação entre os processos e os produtos, em função das competências
determinadas.

Na disciplina de Língua Portuguesa são objecto de avaliação todas as produções orais e


escritas dos alunos decorrentes de práticas mais espontâneas ou mais estruturadas, tendo
sempre como referencial as atitudes e os valores manifestados.

Objecto de Avaliação Instrumentos de Avaliação/Observação

Produções orais e escritas decorrentes de:

1. Práticas mais espontâneas • Exposição


. Expressão Verbal em Interacção • Debate
. Leitura Recreativa • Entrevista
. Escrita Expressiva e Lúdica • Troca de impressões
• Reprodução de enunciados
• Interpretação e recriação de textos
Produções orais e escritas decorrentes de: lidos
• Produção e aperfeiçoamento de texto
segundo técnicas e modelos:
2. Práticas mais estruturadas e reguladas . carta, relato, descrição, resumo
. Comunicação Oral Regulada por Técnicas • Fichas e questionários de natureza
e Compreensão de Enunciados Orais diversa
. Leitura Orientada
• Testes de avaliação formativa e
. Leitura para informação e estudo
sumativa
. Escrita para Apropriação de Técnicas e de
Modelos.
Para a construção de instrumentos de
observação, devem ser tidos em conta os
seguintes referenciais:
• Adesão ao trabalho
• Iniciativas tomadas
• Respeito pelos compromissos
• Organização pessoal e interpessoal
• Cooperação
• Responsabilidade

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 28


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Línguas Estrangeiras

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 29


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER NAS LÍNGUAS ESTRANGEIRAS

Orientações para a gestão dos programas

A elaboração dos programas de línguas estrangeiras inscreve-se, por um lado, num


Quadro da Reforma Curricular que alarga a escolaridade básica para nove anos e, por outro,
procura responder às novas motivações inerentes à criação do espaço comunitário,
nomeadamente, a crescente mobilidade de pessoas e bens. Neste contexto, torna-se
necessário perspectivar o ensino das línguas como a construção de uma competência
plurilingue e pluricultural nos termos em que é formulada no Quadro Europeu Comum de
Referência para as Línguas.

A apresentação dos Programas de Língua Estrangeira reforça a importância da língua


materna como ponto de referência ao longo de todo o processo de ensino aprendizagem e
refere como necessária a adopção de estratégias específicas do ensino considerando o nível
etário dos aprendentes e a sua experiência anterior na aprendizagem da língua estrangeira.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 30


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Competências Gerais
‰ Participar de forma consciente na construção de uma competência plurilingue e
pluricultural:
o Adoptar uma atitude de abertura e tolerância face às línguas e culturas
estrangeiras
o Estabelecer relações de afinidade/contraste entre a língua materna e as
línguas estrangeiras
‰ Utilizar estratégias de apropriação da língua estrangeira enquanto instrumento de
comunicação:
o Seleccionar, no reportório disponível, recursos que permitam produzir textos
adequados às situações comunicativas
o Utilizar meios de compensação de insuficiências no uso da língua: gestos,
definições, perífrases, paráfrases...
o Gerir a tomada de palavra em situações de interacção verbal tendo em vista
a eficácia da comunicação
o Avaliar a adequação dos processos utilizados
‰ Utilizar estratégias de apropriação do sistema da língua estrangeira:
o Analisar e inferir princípios que regem a organização e a utilização da
língua, de modo a favorecer a integração dos conhecimentos novos num
quadro estruturado que progressivamente se vá enriquecendo
o Estabelecer relações de afinidade/contraste entre os sistemas da língua
materna e das línguas estrangeiras
‰ Adoptar estratégias e procedimentos adequados às necessidades de aprendizagem
próprias:
o Identificar as finalidades das tarefas a executar
o Planificar actividades
o Seleccionar, de entre os auxiliares de aprendizagem, os mais adequados
o Identificar dúvidas e dificuldades
o Auto-regular os desempenhos exigidos em cada tarefa
o Gerir adequadamente o tempo na realização das tarefas
o Tomar decisões/iniciativas com base em critérios pré-estabelecidos, no sentido
de uma participação adequada em actos comunicativos, projectos de trabalho,
processos de aprendizagem
o Organizar e utilizar materiais num processo de trabalho autónomo
o Mobilizar, de entre os recursos disponíveis, aqueles que, num determinado
contexto, permitem a resolução de problemas de comunicação imprevistos, a
adaptação a situações novas
o Explorar as oportunidades de relação interactiva, na sala de aula, para praticar a
interacção verbal
o Cooperar, de forma produtiva, na realização de tarefas em grupo
Contribuir para a criação, na sala de aula, de um clima de trabalho favorável:
organizar o espaço de forma funcional; organizar os materiais de trabalho; gerir, se
forma equilibrada, os ritmos de trabalho; garantir a qualidade estética do ambiente
nos planos visual e sonoro; garantir a segurança e a higiene do espaço e dos
equipamentos.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 31


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Inglês

Língua Estrangeira I

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 32


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Competências a desenvolver em Inglês ao longo do 3º ciclo

Objectivos Gerais de Ciclo

• Desenvolver as competências básicas da comunicação na língua inglesa.


- compreender textos orais e escritos, de natureza diversificada;
-produzir, oralmente e por escrito, enunciados de complexidade adequada ao seu
desenvolvimento;
• Seleccionar e utilizar estratégias que promovam a compreensão da leitura extensiva do
texto.
• Mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a realidade e
para abordar situações e problemas do quotidiano.
• Exprimir, com alguma criatividade, a sua intenção de comunicação.
• Aprofundar o conhecimento da sua própria realidade sócio-cultural, confrontando-a com
aspectos da cultura e civilização dos povos de expressão inglesa.
• Pesquisar, seleccionar e organizar informação para a transformar em conhecimento.
• Adoptar estratégias adequadas à resolução de problemas e à tomada de decisões.
• Progredir na construção da sua identidade pessoal e social através do desenvolvimento
do espírito crítico, de atitudes de sociabilidade, de tolerância e de cooperação.
• Desenvolver o sentido de responsabilidade e de autonomia.

Competências específicas Competências Transversais

™ Mobilizar recursos linguísticos e ƒ Mobilizar conhecimentos de língua


paralinguísticos na interacção verbal, na portuguesa e línguas estrangeiras bem
recepção e na produção de textos orais e como outras áreas do saber
escritos, tendo em vista desempenhos ƒ Respeitar o saber dos outros
adequados às situações de comunicação ƒ Respeitar as diferenças culturais e
™ Usar, de forma integrada e no sentido da civilizacionais
eficácia dos actos comunicativos, ƒ Manifestar atitudes no quadro da
linguagens diversas: imagens, gestos, educação para a cidadania
mímica, sons, elementos paratextuais ƒ Valorizar atitudes face ao trabalho
(ilustração, quadros, esquemas, quer em grupo quer individual
diagramas ... ) ƒ Cooperar com outros em tarefas e
™ Mobilizar competências de uso da projectos comuns
língua materna e da língua estrangeira, no ƒ Utilizar uma gama variada de
sentido da construção de uma competência recursos incluindo as novas tecnologias
plurilingue e pluricultural ƒ Realizar actividades de forma
™ Adoptar estratégias e procedimentos autónoma, responsável e criativa
adequados às necessidades de ƒ Relacionar harmoniosamente o
aprendizagem próprias: corpo com o espaço, numa perspectiva
. mobilizar estratégias de apropriação de pessoal e interpessoal promotora da saúde e da
conhecimentos, favorecendo a integração qualidade de vida.
dos elementos novos nos já adquiridos
. identificar as finalidades das tarefas a
executar
. planificar actividades
. seleccionar, de entre os auxiliares de
aprendizagem, os mais adequados
. identificar dúvidas e dificuldades
. autoregular os desempenhos exigidos em
cada tarefa
. gerir adequadamente o tempo na realização
das tarefas

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 33


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

™ Utilizar de forma adequada, em situações


de interacção, recepção e produção:
. diferentes tipos de suportes: material im-
presso, audiovisual e multimédia
. diferentes tipos de textos
. documentos de sistematização de conheci-
mentos nos planos linguísticos e comunicativo
. novas tecnologias de informação e de
comunicação
™ Adoptar processos de mobilização de
recursos linguísticos e paralinguísticos em
função de exigências de comunicação em
situações de interacção verbal, de
recepção e produção de textos orais e
escritos:
. reconhecer índices gramaticais e lexicais
que permitam a dedução de sentidos
. seleccionar, no reportório disponível,
recursos que permitam produzir textos
adequados às situações de comunicação
. utilizar meios de compensação de
insuficiências no uso da língua
. gerir a tomada de palavra em situações de
interacção verbal tendo em vista a eficácia da
comunicação
. avaliar a justeza dos processos utilizados
™ Tomar decisões/iniciativas, com base em
critérios pré-estabelecidos, no sentido de
uma participação adequada em actos
comunicativos, projectos de trabalho e
processos de aprendizagem:
- organizar e utilizar materiais num processo
de trabalho autónomo
- mobilizar, de entre os recursos disponíveis,
aqueles que, num determinado contexto,
permitem a resolução de problemas de
comunicação imprevistos e a adaptação a
situações novas.
™ Explorar as oportunidades de relação
interactiva, na sala de aula, para praticar a
interacção verbal
™ Contribuir para a criação, na sala de aula,
de um clima de trabalho favorável:
. organizar o espaço de forma funcional
. organizar os materiais de trabalho
. gerir, de forma equilibrada, os ritmos de
trabalho
. garantir a qualidade estética do ambiente
nos planos visual e sonoro
™ Garantir a segurança e a higiene do
espaço e dos equipamentos

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 34


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Organização Temática
Domínios de Referência

7º Ano 8º Ano 9º Ano

A família: a habitação A vida no novo milénio Tempo de lazer


o trabalho Alimentação e serviços
a comunidade relacionados

A comunidade escolar Os jovens e os problemas de Escolha de uma carreira


Desporto e saúde hoje Profissões e empregos:
Vestuário e serviços temporários, parciais e a
relacionados tempo inteiro
O meio ambiente Desemprego

A vida no espaço e na terra Os meios de comunicação O meio envolvente/ o meio


Tradição e inovação ambiente
Organizações ambientais
Direitos humanos
Voluntariado

BÁSICO* INTERMÉDIO AVANÇADO*

* A terminologia utilizada aplica-se tendo como referência apenas o início e o final do 3º ciclo

Os conteúdos linguísticos abordados serão progressivamente alargados, segundo progressões


em espiral e sempre de acordo com as situações de uso.

Orientações Metodológicas

♦ O Professor deve assegurar as condições e os meios que desenvolvam no aluno as


capacidades de organizar, controlar e avaliar a sua própria aprendizagem.

♦ Os objectivos a atingir bem como os métodos, estratégias e recursos a utilizar, devem ser
claros para o aluno e para o professor.

♦ O Professor deve proporcionar ao aluno a utilização de meios que lhe permitam: praticar a
língua inglesa, integrar na sua própria aprendizagem conhecimentos adquiridos e
capacidades desenvolvidas, seleccionar e utilizar competências de estudo e ainda reflectir
sobre o modo de funcionamento da língua inglesa.

♦ O Professor deve recorrer a práticas pedagógicas diferenciadas que respondam às


diferenças de motivações, interesses, necessidades e ritmos existentes entre os alunos de
uma mesma turma.

♦ O Professor deve ajudar os alunos a desenvolver a confiança em si mesmos, enquanto


sujeitos que aprendem a língua, contribuem para a consciencialização do espírito de
tolerância e estimulam o gosto e o hábito de cooperação e entreajuda.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 35


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Área deexperiência
Área de experiência
Eu e a comunidade
alargada:
organização e formas
de relacionamento

Intenções comunicativas Temas Noções


( agrupadas em conjuntos)

-Informações- -A escola- -Existência-


-Avaliações- -O meio- -Espaço-
-Atitudes e sentimentos- -O ambiente- -Quantidade-
-Regulação de acções- -Vida pessoal e social- -Qualidade-
-Regulação da -Caracterização da região- -Relações-
comunicação- -Educação-
-Convenções sociais- -Saúde-
-Comunicação-

Tipos de texto

Léxico Gramática

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 36


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Orientações Gerais para a avaliação

A avaliação na disciplina de Inglês deve dar ênfase às competências básicas de comunicação,


incidindo na compreensão auditiva, expressão oral, compreensão escrita e expressão escrita.

É importante que na produção oral e escrita sejam valorizados aspectos como a


selecção criteriosa e a utilização adequada que o aluno faz de estratégias de
compreensão para suprir as falhas dos seus recursos linguísticos, bem como os riscos
voluntários que corre para testar as suas hipóteses sobre as operações da língua.

A avaliação na disciplina não pode deixar de observar também capacidades, atitudes e valores
que têm a ver com outros aspectos do desenvolvimento pessoal e social do aluno. A avaliação
que se processa no quotidiano lectivo, por meio de observação directa, deve incidir também
sobre:
¾ Interesse e empenhamento do aluno
¾ Utilização adequada das estratégias de aprendizagem e de estudo do aluno
¾ Atitudes de iniciativa, inovação e criatividade que demonstra
¾ Desenvolvimento da capacidade crítica ( face a materiais e situações de aprendizagem )
¾ Cooperação com colegas e inserção nos grupos de trabalho
¾ Participação na resolução de problemas e tomada de decisões

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 37


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Francês

Língua Estrangeira II

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 38


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

FRANCÊS

LÍNGUA ESTRANGEIRA II

Introdução
A apresentação do Programa de Língua Estrangeira II parte do princípio de que o
aprendente está em fase de se tornar um utilizador da língua e que não deixa por isso de ser
competente na sua língua materna e na cultura que lhe está associada. De igual modo, a
experiência anterior na aprendizagem da primeira língua estrangeira não é guardada à margem
da nova competência. Na verdade, ao longo do seu percurso, o indivíduo torna-se plurilingue e
desenvolve a interculturalidade.
Nesta perspectiva, o programa da disciplina reforça a importância da língua materna
como ponto de referência ao longo de todo o processo de ensino aprendizagem e refere como
necessária a adopção de estratégias específicas do ensino, considerando o nível etário dos
aprendentes e a sua experiência anterior na aprendizagem da primeira língua estrangeira.

Competências

Gerais
. Participar de forma consciente na construção de uma competência plurilingue e cultural

. Desenvolver as competências básicas de comunicação em língua francesa.

. Compreender textos orais e escritos, de natureza diversificada e de acessibilidade


adequada ao seu desenvolvimento linguístico, psicológico e social.

. Produzir, oralmente e por escrito, enunciados de complexidade adequada ao seu


desenvolvimento linguístico, psicológico e social.

. Desenvolver a criatividade e a sensibilidade aos aspectos estéticos da língua francesa.

. Utilizar estratégias de apropriação da língua enquanto instrumento de comunicação.

Transversais
. Promover a educação para a comunicação enquanto fenómeno de interacção social,
como forma de favorecer o respeito pelo(s) outro(s), o sentido de entreajuda e da
cooperação, da solidariedade e da cidadania.

. Progredir na construção da sua identidade pessoal e social através do desenvolvimento do


espírito crítico, de atitudes de sociabilidade, de tolerância e de cooperação.

. Desenvolver o sentido da responsabilidade e da autonomia.

. Adoptar estratégias e procedimentos adequados às necessidades de aprendizagem


próprias.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 39


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Específicas

O desenvolvimento de competências específicas divide-se nos domínios que se seguem:

. Compreender

. Compreender as ideias gerais de um texto em língua corrente sobre aspectos relativos à


escola, aos tempos livres, a temas actuais e assuntos do seu interesse pessoal, quando o
discurso é claro e pausado.

. Ler textos escritos de natureza diversificada adequados aos desenvolvimentos intelectual,


sócio-afectivo e linguístico dos alunos.

. Compreender um texto em língua corrente sobre assuntos do quotidiano.

. Entender acontecimentos relatados, assim como sentimentos e desejos expressos.

. Interagir

. Ouvir/ Falar em situações de comunicação diversificadas

. Participar numa conversa simples sobre assuntos de interesse pessoal ou geral da


actualidade.

. Ler / Escrever em situações de comunicação diversificada

. Compreender mensagens, cartas pessoais e formulários simples e elaborar respostas


adequadas nestas situações de interacção.

.Produzir

. Falar/ Produzir textos escritos correspondendo a necessidades específicas de


comunicação.

. Produzir de forma simples e breve mas articulada, enunciados para narrar, descrever, expor
informações e pontos de vista.

. Escrever textos simples e estruturados sobre assuntos conhecidos e do seu interesse

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 40


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Organização Temática

Domínios de Referência

7º ano 8º ano 9º ano

Identificação pessoal
Caracterização Os Jovens de hoje Escolha de carreira
Higiene e Saúde

A Família Hábitos e costumes Cultura e estética


A Escola Serviços Ciência e tecnologia
Os Grupos Vida económica Cooperação internacional

O meio envolvente Quotidiano ambiental Qualidade de vida

Os conteúdos linguísticos, que a seguir se apresentam, serão abordados ao longo do


ciclo e progressivamente alargados, segundo progressões em espiral e sempre de acordo com
as situações de uso.

Conteúdos Morfossintácticos – Níveis 1, 2 e 3

. Nomes (flexão em género e número)


. Adjectivos (flexão em género e número e flexão em grau)
. Determinantes
. Pronomes
. Verbos
. Advérbios
. Preposições
. Conjunções
. Tipos e formas de frase
. Da frase simples à frase complexa (orações coordenadas e subordinadas e discurso
directo)

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 41


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Orientações metodológicas

Como princípio pedagógico geral, preconiza-se a conciliação de diferentes concepções


metodológicas que ponderem a adequação aos públicos, aos objectivos, aos conteúdos, à
personalidade do professor e aos recursos disponíveis. No entanto, quaisquer que sejam as
opções tomadas, a metodologia a seguir será activa e centrada no aluno, considerando-se as
seguintes orientações:

. A perspectivação do ensino das línguas como a construção de uma competência plurilingue e


pluricultural;
. O desenvolvimento de estratégias de aprendizagem que desenvolvam a capacidade de
aprender a aprender;
. O recurso às abordagens por analogia e por contraste com a língua materna e a língua
estrangeira;
. A utilização de uma gama variada de recursos humanos e materiais que favoreçam uma
abordagem mais autêntica, mais próxima das situações do quotidiano dos povos de expressão
francesa;
. O acompanhamento atento das actividades e atitudes de cada aluno, respeitando o seu ritmo
próprio, favorecendo o progresso na aquisição de conhecimentos e no apuramento ético dos
seus comportamentos;
.A concepção de um currículo em espiral que obrigue à mobilização e reactivação constantes
dos elementos linguísticos e culturais de que o aluno se vai apropriando.

Orientações Gerais para a Avaliação

Considera-se que a consistência de qualquer processo de ensino-aprendizagem


decorre da transparência na definição dos desempenhos esperados no final de cada etapa de
um percurso e da coerência dos processos na promoção de aprendizagens significativas.
Assim, a avaliação deve ter uma função reguladora e deve utilizar instrumentos diversificados,
adequados à flexibilização e diferenciação que a gestão curricular exige.
Os princípios que seguidamente se enunciam deverão orientar a avaliação em Língua
Francesa:

. Definir claramente, e em conjunto com os alunos, os critérios de avaliação;


. Utilizar, de forma sistemática, instrumentos de auto e hetero-avaliação;
. Adequar os instrumentos de avaliação às características diversificadas dos alunos;
. Valorizar os vários tipos de actividades comunicativas, nomeadamente o trabalho de projecto

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 42


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

por contemplar a multiplicidade de facetas que constituem objecto de avaliação nesta


disciplina;
. Valorizar a utilização adequada pelo aluno de estratégias de compensação para suprir falhas
dos recursos linguísticos, bem como os riscos voluntários que corre em construções mais
complexas;
. Atribuir um tratamento diferenciado ao erro consoante se trate de actividades que visem a
correcção formal ou a fluência.

A avaliação da disciplina de Francês deve recair maioritariamente sobre as


competências básicas de comunicação na língua francesa mas não pode deixar de observar
aspectos do desenvolvimento pessoal e social do aluno.

Objecto de Avaliação Instrumentos de Avaliação

1. Competências básicas de
comunicação: . Produções orais
- provocadas
- compreensão auditiva - espontâneas
- expressão oral
- compreensão escrita . Produção escrita
- expressão escrita - apoiada
- semilivre

2. Capacidades, atitudes e valores: . Questionários e fichas de natureza diversa


. Grelhas
- interesse e empenhamento; . Leitura
- organização autónoma do trabalho; . Recitação
- iniciativa, inovação e criatividade; . Ditado
- desenvolvimento da capacidade crítica; . Transformação de frases e de textos
- cooperação com colegas e integração no . Testes de avaliação de conhecimentos
grupo de trabalho;
- resolução de problemas e tomada de . Trabalho de Projecto
decisões.

. Observação directa

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 43


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

História

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 44


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

HISTÓRIA

INTRODUÇÃO

Orientações para a gestão do Programa


1 – Construção de uma visão global e organizada de uma sociedade complexa, plural e em
permanente mudança.

2 – Enquadramento do aluno no estabelecimento de informações fundamentais para a tomada


de consciência do tempo e evolução da sociedade.

3 – Construção de um pensamento histórico progressivo e gradualmente contextualizado em


função das experiências vividas no meio familiar, escolar, social e a nível dos media e outras
fontes de informação.

4 – Utilização de metodologias que não se baseiem em simples memorização da informação,


mas que propiciem uma visão da História que contribua de forma dinâmica para a interpretação
e explicação da realidade.

5 – Competências específicas estruturadas em três grandes núcleos:

• Tratamento da Informação ( Utilização de Fontes )

• Compreensão Histórica: Temporalidade


Espacialidade

Contextualização

• Comunicação em História

6 – Gestão equilibrada do Programa na perspectiva de uma operacionalização transversal em


diálogo com outras áreas curriculares.

7 – Construção de esquemas conceptuais que ajudem a pensar e a usar o conhecimento


histórico de forma criteriosa e adequada.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 45


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Competências Gerais, Transversais e Específicas

COMPETÊNCIAS TRANSVERSAIS COMPETÊNCIAS GERAIS

- Recorrer a saberes culturais, científicos e - Pesquisar, seleccionar e organizar informação


tecnológicos para compreender a
realidade social

- Utilizar a linguagem das diferentes áreas


- Utilizar a linguagem das diferentes áreas do
do saber para expressar o conhecimento
saber para expressar o conhecimento histórico
histórico adquirido
adquirido
- Usar correctamente a língua portuguesa
para estruturar e comunicar o pensamento
próprio.
- Relacionar a História de Portugal com a
História Europeia e Mundial, utilizando os
- Seleccionar metodologias de trabalho e de
conceitos de evolução, causalidade,
aprendizagem adequadas aos objectivos
temporalidade e relativismo cultural
visados
- Aplicar procedimentos básicos de metodologia
- Desenvolver actividades de forma
da investigação histórica para a pesquisa e
autónoma e criativa
interpretação de fontes diversificadas,
nomeadamente nas áreas de comunicação de
- Cooperar com os outros em tarefas e
massa e recursos informáticos
projectos comuns
- Valorizar o património histórico português
- Revelar atitudes de compreensão,
integrando-o no património histórico mundial.
aceitação e de respeito perante
manifestações culturais de outros povos e
civilizações

- Saber utilizar as novas tecnologias de


comunicação e de informação

- Manifestar atitudes de comportamento


cívico

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 46


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Competências Específicas

- Utilizar metodologia específica da História

- Participar na selecção da informação adequada aos temas em


estudo

- Distinguir fontes de informação histórica diversas : Fontes


Primárias / Secundárias; Historiográficas / Não Historiográficas

- Interpretar documentos com mensagens diversificadas

- Formular hipóteses de interpretação de factos históricos

- Utilizar conceitos apropriados e generalizações


fundamentadas na compreensão de situações históricas

- Realizar individualmente ou em grupo, trabalhos simples de


TRATAMENTO DE pesquisa de informação sobre factos e situações históricas
INFORMAÇÕES
- Inferir conceitos históricos a partir da informação e da análise
( UTILIZAÇÃO DE FONTES ) cruzada de fontes e documentos com linguagens e mensagens
diversificadas

- Utilizar meios informáticos no tratamento dos dados

- Elaborar mapas, esquemas e gráficos para comunicar


resultados obtidos a partir da recolha de dados

- Comunicar com clareza as ideias, a interpretação e a


avaliação das informações recolhidas

- Organizar glossários de conceitos e vocabulário específico

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 47


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

- TEMPORALIDADE / ESPACIALIDADE (1)

- Elaborar e analisar tabelas cronológicas que situem no tempo


acontecimentos significativos da evolução histórica

- Elaborar gráficos e representações esquemáticas que


sistematizem e relacionem diversos aspectos ou
acontecimentos

- Seriar, ordenar e comparar: factos, acontecimentos,


situações, objectos e processos de evolução ou de
localização temporal

- Localizar temporalmente situações históricas em unidades


COMPREENSÃO HISTÓRICA como o milénio, o século, o quarto de século e a década

- Localizar espacialmente factos e acontecimentos em plantas


e mapas geográficos.

- Elaborar, utilizar e interpretar tabelas, gráficos, itinerários e


percursos para localizar e compreender factos históricos

- Organizar atlas históricos

- Construir maquetas que representem a organização espacial


dos acontecimentos históricos

Competências Específicas

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 48


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Competências Específicas

CONTEXTUALIZAÇÃO (1)

- Analisar comparativamente registos diversificados de dados


registados em fontes históricas

- Interpretar e analisar informações provenientes de fontes


com mensagens diversas

- Organizar dossiers personalizados sobre os temas


estudados

- Elaborar pequenas sínteses narrativas, esquemas e mapas


conceptuais

COMPREENSÃO HISTÓRICA - Participar em debates para problematizar situações


históricas concretas

- Utilizar recursos informáticos para recolher informação, com


vista à elaboração de pequenos trabalhos de pesquisa

- Preparar e produzir pequenas exposições orais sobre


trabalhos realizados

- Participar na dramatização e reconstituição de situações


históricas

- Produzir representações plásticas de situações, episódios,


monumentos ou artefactos históricos

- Integrar-se em grupos que mantenham trocas de informação


em correspondência com alunos de outras regiões e países
sobre temas de história regional e local

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 49


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Competências Específicas

- Utilizar diferentes formas de comunicação escrita: narrativas,


sínteses e relatórios, aplicando o vocabulário específico da
História, para caracterizar / explicar diferentes aspectos, factos e
situações

- Desenvolver a comunicação oral pela exposição individual, pela


participação em debates, ou pela colaboração em apresentações
de trabalhos temáticos produzidos em grupo , pela turma ou pela
escola, sobre temas de História de Portugal no contexto europeu
e mundial

- Utilizar materiais econográficos ( gravuras, fotografias,


COMUNICAÇÃO EM videogramas, plantas, mapas e gráficos ) para ilustrar as
comunicações escritas e orais
HISTÓRIA
- Recorrer aos meios de comunicação e aos meios informáticos
para recolher, elaborar e apresentar comunicações de trabalhos
produzidos sobre factos ou situações históricas

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 50


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Organização Temática (2)

História : Portugal no contexto europeu e mundial

A – Das sociedades recolectoras às primeiras civilizações


- Sociedades recolectoras e as primeiras sociedades produtoras (* )
- Uma civilização dos grandes rios

B – A herança do Mediterrâneo Antigo


- Os Gregos no séc. V A .C.
- O mundo romano no apogeu do império
- Origem e difusão do cristianismo

C – A formação da cristandade ocidental e a expansão islâmica


- A Europa do séc. VI ao século IX ( * )
- A sociedade europeia nos séculos IX a XII
- Cristãos e Muçulmanos na Península Ibérica

D – Portugal no contexto europeu dos séculos XII a XIV


- Desenvolvimento económico
- Relações sociais e poder político
- Lisboa nos circuitos do comércio europeu
- Cultura, arte e religião
- Crises e revolução no século XIV

E – Expansão e mudança nos séculos XV e XVI


- O expansionismo europeu
- Renascimento e Reforma

F – Portugal no contexto europeu dos séculos XVII e XVIII

- O Império Português e a concorrência internacional


- Absolutismo e mercantilismo numa sociedade de ordens ( * )
- O antigo regime português na 1.ª metade do século XVIII
- A cultura e o iluminismo em Portugal face à Europa

G – O arranque da Revolução Industrial e o triunfo das revoluções liberais

- A Revolução Agrícola e o arranque da Revolução Industrial


- As revoluções liberais

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 51


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

H – A civilização industrial no século XIX

- O mundo industrializado no século XIX


- O caso português
- Novos modelos culturais

I – A Europa e o mundo no limiar do século XX

- Hegemonia e declínio da influência europeia


- Portugal : da 1.ª República à ditadura militar
- Sociedade e cultura num mundo em mudança

J – Da Grande Depressão à II Guerra Mundial

- A grande crise do capitalismo nos anos 30 ( * )


- Regimes ditatoriais na Europa
- A II Guerra Mundial

K – Do segundo após – guerra aos desafios do nosso tempo

- O mundo saído da guerra


- As transformações do mundo contemporâneo
- Portugal : do autoritarismo à democracia

( * ) A gestão do programa é da competência do professor no quadro da escola em que se


insere e em função das características da turma, no entanto, sugere-se que estes conteúdos
sejam de abordagem sucinta

( 1 ) De salientar que na exploração de cada um dos temas s subtemas da linha de conteúdos /


tematização, as dimensões da Temporalidade, Espacialidade e Contextualização são
necessariamente trabalhadas de forma simultânea e articulada entre si, como sugere o
esquema apresentado.

( 2 ) A tematização apresentada poderá ser cruzada com os programas em vigor, para uma
maior especialização dos conteúdos referidos.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 52


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Orientações Metodológicas

As metodologias a adoptar na disciplina de História visam promover o


desenvolvimento global dos alunos, incidindo no campo cognitivo e nos domínios afectivo,
social e moral e recorrendo a experiências de aprendizagem que promovam a sua progressiva
auto-confiança, auto-estima e autonomia como pessoas que interagem, de modo adequado e
participativo, nas comunidades em que se inserem como cidadãos.
Na concepção do processo de ensino e de aprendizagem, consideram-se adequadas a
uma estruturação de aprendizagens significativas, as seguintes actividades e propostas
educativas:

- A análise de factos concretos através de fontes documentais, para desenvolvimento


gradual do domínio dos conceitos e da capacidade de fazer generalizações;

- A confrontação com situações problemáticas que estimulem o interesse pela pesquisa,


desenvolvam o espírito crítico e a capacidade de tomar decisões;

- A participação em grupos de trabalho para que, através da acção em equipa, se promova a


sua socialização e autonomia pessoal;

- O acesso a recursos didácticos diversificados, nomeadamente as novas tecnologias


informáticas e de comunicação;

- O contacto com os recursos propiciados pelo meio, para implementar a sensibilização para
o valor das paisagens, do património cultural e da realidade sociocultural da comunidade
local e regional

- A investigação, a problematização e o debate crítico devem sobrepor-se a todas as


actividades e processos que conduzam a um pensamento dogmático e a uma aceitação
acrítica e passiva dos conhecimentos, dos comportamentos e dos princípios e valores
culturais, sociais e políticos.
Sem excluir por completo o recurso ao método expositivo que deve ser usado com método
auxiliar da indagação e da aprendizagem centrada nos alunos, devem privilegiar-se técnicas
e processos didácticos como:

- A análise de documentos escritos, iconográficos e audiovisuais, adequados ao nível etário


e de desenvolvimento dos alunos;

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 53


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

- A elaboração e análise de mapas, esquemas, gráficos, quadros e tabelas cronológicas;

- As visitas de estudo programadas segundo objectivos próprios da disciplina ou de carácter


interdisciplinar;

- A busca e estruturação de dados por recurso às novas tecnologias informatizadas e de


comunicação;

- A realização de pequenos trabalhos escritos e de exposições orais simples, clarificadas e


de cuidada apresentação;

- A participação no desenvolvimento de projectos que permitam a articulação vertical e


horizontal das aprendizagens efectuadas, quer no âmbito da disciplina de História, quer
das de natureza multidisciplinar.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 54


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Orientações Gerais para a Avaliação


A avaliação, no Ensino Básico, deve orientar-se pelos seguintes princípios e práticas:

1. Evitar mecanismos de selecção e de classificação, porque a finalidade da avaliação


neste nível de escolarização é a de proporcionar aos professores e aos alunos
indicadores que permitam a regulação do processo de ensino e de aprendizagem,
numa perspectiva de apoio, esclarecimento e ajuda;
2. Encontrar processos adequados que ofereçam a todos oportunidades de
desenvolvimento compensadores de dificuldades iniciais, sobretudo as que decorrem
dos contextos sócio-económicos em que os alunos estão inseridos;
3. Considerar que a formação básica deve incidir, não apenas na aquisição de
conhecimentos, mas também no desenvolvimento de aptidões, valores e atitudes. Daí
que a avaliação deva recorrer a instrumentos diversificados que permitam analisar os
processos e as técnicas de trabalho utilizados, as aptidões demonstradas e os valores
desenvolvidos;
4. Privilegiar o carácter formativo da avaliação de modo a permitir a autocorrecção, num
processo de auto-estima e de confiança em si mesmo;
5. Adoptar estratégias e recursos que propiciem a cada aluno experiências adequadas à
sua formação equilibrada, evitando que os efeitos da avaliação tenham qualquer
carácter negativo determinante do seu desenvolvimento;
6. Explicitar os objectivos, as finalidades e os critérios das práticas, dos instrumentos e
das modalidades a utilizar para que se tornem claros para os alunos.
A avaliação poderá assumir um carácter de diagnóstico, formativo ou sumativo,
consoante o momento e os objectivos da sua aplicação.

A avaliação pode recorrer a uma multiplicidade de meios e de instrumentos,


devendo destacar-se como mais adequados à aprendizagem da História:

- A observação informal ou sistemática – com recurso a grelhas ou outros suportes de


registo - , de atitudes, participações orais na aula, em debates ou em representações
plásticas e dramáticas;

- A análise de dossiers, cadernos diários, trabalhos escritos, sínteses escritas de


trabalhos de projecto e outras comunicações escritas estruturadas,
- A realização de provas escritas.

A avaliação não deve decorrer somente da apreciação feita pelo professor. Deve, tanto
quanto possível, integrar práticas de auto-avaliação e de co-avaliação, propiciadoras de
uma participação e de um diálogo aberto e formativo no âmbito das turmas.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 55


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Geografia

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 56


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Geografia

Competências

Competências Transversais

Domínio da língua portuguesa, ao nível da expressão escrita e oral.

Manifestação de atitudes no quadro da educação para os valores universais.

Manifestação de atitudes participativas no quadro da educação para a cidadania.

Valorização de atitudes face ao trabalho ( rigor, cumprimento de prazos, responsabilidade face


às tarefas, espírito de iniciativa e cooperação).

Utilização das tecnologias da informação, nomeadamente competências na área da informática


e Internet.

Competências gerais Competências específicas

Localização

Mobilização de saberes de natureza Comparar representações diversas da superfície


cultural, científica e tecnológica na análise da terra utilizando o conceito de escala.
geográfica de situações concretas no
conhecimento do mundo Ler e interpretar globos, mapas e plantas de várias
escalas, utilizando a legenda, a escala e as
Utilização de diferentes tipos de coordenadas geográficas.
linguagem na recolha, na análise e na
comunicação da informação geográfica Localizar Portugal e a Europa no mundo,
completando e construindo mapas.
Adopção de metodologias de trabalho
respeitando as escalas de análise e a Localizar lugares, utilizando plantas e mapas de
diversidade de fenómenos geográficos diferentes escalas.

Pesquisa, selecção e organização da Descrever a localização relativa do lugar onde vive,


informação geográfica essencial na utilizando como referência a região do país onde
compreensão e análise dos problemas se localiza o País, a Europa e o Mundo.
concretos do mundo

Realização de estratégias interactivas


(trabalho de campo, simulações, Conhecimento dos lugares e das regiões
estudos,...) mobilizando conhecimentos
geográficos Utilizar o vocabulário geográfico na descrição oral
e escrita de lugares, regiões e distribuições de
Cooperação com os outros em projectos
comuns tendo como base a relativização fenómenos geográficos.
do conhecimento geográfico.
Formular e responder a questões geográficas.

Utilizar documentos gráficos recorrendo aos Atlas


e novas tecnologias da informação.

Discutir aspectos geográficos dos

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 57


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

lugares/regiões/assuntos em estudo com base em


filmes, notícias, videogramas, livros.

Comparar distribuições de fenómenos geográficos


utilizando mapas de diferentes escalas.

Ordenar e classificar os fenómenos geográficos


hierarquizando-os.

Realizar pesquisas documentais sobre a


distribuição irregular dos fenómenos naturais e
humanos a nível nacional, europeu e mundial.

Seleccionar e utilizar técnicas gráficas.

Desenvolver a utilização de dados na análise de


situações reais.

Problematizar situações evidenciadas através dos


trabalhos realizados.

Adequar técnicas e instrumentos ao trabalho de


campo.

Analisar casos concretos mobilizando recursos,


técnicas e conhecimentos geográficos.

Dinamismo das inter-relações entre espaços

Interpretar, analisar e problematizar as inter-


relações entre fenómenos naturais e humanos a
partir de trabalhos realizados.

Analisar casos concretos de impacte de


fenómenos humanos no ambiente natural
reflectindo sobre as soluções.

Reflectir criticamente sobre a qualidade ambiental.

Apresentar medidas e acções concretas que visem


melhorar a qualidade ambiental dos espaços.

Analisar casos concretos de gestão do território


que visem assegurar o desenvolvimento
sustentável.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 58


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Considerações acerca do Programa

1. Pretende-se que os alunos ao longo do 3º Ciclo vão fazendo uma apropriação


progressiva dos conceitos geográficos fundamentais.

2. Os temas programáticos serão tratados tendo como base a articulação das escalas de
análise propostas.

3. A gestão dos temas ao longo dos 3 anos será flexível, embora se proponha o
tratamento de 2 temas por ano.

Conceitos Geográficos Fundamentais

Localização
Escalas de análise
Distância
Distribuição espacial
Diferenciação espacial
Mobilidade
Interdependência/Interacção
Complementaridade
Desenvolvimento/desenvolvimento sustentável

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 59


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Temas Programáticos

Tema 1- Estudos e Representações

Descrição da paisagem
Mapas como forma de representação da superfície terrestre
Localização dos diferentes elementos da superfície terrestre
7º Ano

Tema 2 – Ambiente Natural

Relevo
Clima e formações vegetais
Riscos e catástrofes naturais
(local , Portugal, Europa e Mundo)

Tema 3 – População e Povoamento

População
Mobilidade
Diversidade cultural
Áreas de fixação humana
8º Ano

Tema 4 – Actividades Económicas

Recursos
Processos de produção e sustentabilidade
Redes, meios de transporte e telecomunicações

Tema 5 – Contrastes de Desenvolvimento


Diferentes escalas de análise

Países desenvolvidos vs países em desenvolvimento


Interdependência entre espaços com diferentes níveis de
9º Ano

desenvolvimento

Tema 6 – Ambiente e Sociedade

Ambiente e Desenvolvimento sustentável

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 60


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Orientações Metodológicas

Centrar a aprendizagem na procura de informação, na observação, na elaboração de


hipóteses, na tomada de decisões no desenvolvimento de atitudes críticas e na realização de
projectos.

Centrar a aprendizagem em situações concretas.

Centrar a aprendizagem na exploração de conteúdos de natureza conceptual, instrumental e


atitudinal através de uma situação concreta.

Utilizar a paisagem como referente essencial da aprendizagem: identificar elementos, verificar


as relações, procurar explicações.

Utilizar documentos gráficos e cartográficos como ferramenta essencial na aprendizagem da


geografia
Construir mapas como factor de aprendizagem geográfica.

Utilização de software educativo na construção de mapas.

Recurso a metodologias interactivas: trabalho de campo; trabalho de projecto; estudo de casos.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 61


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Avaliação

Orientações Gerais para a avaliação Efeito regulador da avaliação na aprendizagem.

Dimensão formativa da avaliação facilitadora da


autoconfiança, da progressão na aprendizagem.

Avaliação criterial que permita situar o aluno no seu


próprio progresso.

Função certificativa.

Adequação ao desenvolvimento cognitivo e às


características diversificadas dos alunos.

Avaliação das estratégias (cognitivas e metacognitivas)


que os alunos mobilizam na aprendizagem.

Coerência da avaliação com o modelo de aprendizagem


construtivista.

Avaliação assente na comparação entre o que exigia a


tarefa a desenvolver e o que o aluno fez.

Negociação dos critérios de avaliação com os alunos.

Definição clara a adequada dos critérios de avaliação.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 62


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Conjunto de actividades realizadas pelo aluno no


Objecto de avaliação decurso das experiências educativas que lhe foram
proporcionadas:

• Aquisição de novos conceitos ou reconstrução de


outros.

• Domínio de técnicas de pesquisa e organização de


informação.

• Capacidade de compreensão, expressão e


comunicação em Língua Portuguesa.

• Capacidade de organização.

• Capacidade manifestada na resolução de problemas.

• Atitudes desenvolvidas face às tarefas propostas.

• Capacidade de decisão e de autonomia.

• Relações de comunicação.

• Capacidade de participação no grupo, na escola e na


comunidade.

• Incidência da avaliação nos processos de


aprendizagem permitindo reajustamentos frequentes.

Instrumentos de avaliação Reconstrução permanente de instrumentos de avaliação


de acordo com as diferentes situações e competências a
avaliar.

Conjunto de actividades realizadas pelos alunos


individualmente e em grupo.

Caderno do aluno.

Folhas de registo.

Análise de trabalhos individuais ou de grupo.

Entrevistas.

Discussões.

Debates.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 63


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Matemática

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 64


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

MATEMÁTICA

Orientações para a gestão do programa

Consideram-se finalidades da disciplina de Matemática:

• Desenvolver a capacidade de utilizar a Matemática como instrumento de interpretação e


intervenção no real;

• Promover a estruturação do indivíduo no campo do pensamento, desenvolvendo os


conceitos de espaço, tempo e quantidade ou estabelecendo relações lógicas, avaliando e
hierarquizando;

• Desenvolver a capacidade de raciocínio e resolução de problemas, de comunicação, bem


como a memória, o rigor, o espirito crítico e a criatividade;

• Facultar processos de aprender a aprender e condições que despertem o gosto pela


aprendizagem permanente;

• Promover a realização pessoal mediante o desenvolvimento de atitudes de autonomia e


cooperação.

Competências Gerais

À saída da educação básica o aluno deverá ser capaz de:

♦ Mobilizar e utilizar saberes científicos, tecnológicos, sociais e culturais para compreender a realidade
e para abordar situações e problemas do quotidiano.

♦ Usar adequadamente linguagens das diferentes áreas do saber cientifico, tecnológico, social e
cultural para se expressar.

♦ Adoptar metodologias personalizadas de trabalho e de aprendizagem.

♦ Pesquisar, seleccionar e organizar informação.

♦ Adoptar estratégias adequadas à resolução de problemas e à tomada de decisões.

♦ Realizar actividades de forma autónoma, responsável e criativa.

♦ Cooperar com outros em tarefas e projectos comuns.

♦ Relacionar harmoniosamente o corpo com o espaço, numa perspectiva pessoal e interpessoal


promotora da saúde e da qualidade de vida.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 65


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Competências Específicas Competências Transversais

Resolução de problemas

ƒ Identificar o problema (compreender ¾ Usar correctamente a língua portuguesa para


enunciados, formular questões) comunicar de forma adequada
ƒ Procurar seleccionar e interpretar informação
relativa ao problema ¾ Mobilizar conhecimentos de línguas
ƒ Formular hipóteses e prever resultados estrangeiras bem como de outras áreas do
ƒ Seleccionar estratégias de resolução saber
ƒ Interpretar e criticar resultados dentro do
contexto da situação ¾ Respeitar o saber dos outros e as suas
ƒ Transformar o erro num incentivo opiniões, aceitando as diferenças
ƒ Estimular o espirito de pesquisa, fazer
conjecturas, argumentar, concluir e avaliar
¾ Respeitar o património natural e cultural
ƒ Desenvolver a capacidade de comunicar, a
perseverança e o espírito de cooperação.
¾ Manifestar atitudes no quadro da educação
Raciocínio para a cidadania

ƒ Distinguir e utilizar raciocínios dedutivos e ¾ Valorizar atitudes face ao trabalho quer


indutivos cooperativo, quer independente
ƒ Tirar conclusões a partir de gráficos, figuras e
esquemas para resolver problemas ou para ¾ Utilizar tecnologias de informação
desenvolver conceitos
ƒ Fazer e validar conjecturas, experimentando,
recorrendo a modelos, esboços, factos
conhecidos, propriedades e relações e,
eventualmente, fazer uma demonstração
ƒ Discutir ideias e produzir argumentos
convincentes
ƒ Utilizar algumas noções elementares de lógica
para clarificar e organizar o raciocínio.

Comunicação

ƒ Ler e interpretar textos de Matemática


ƒ Interpretar e utilizar representações
Matemáticas
ƒ Transcrever mensagens Matemáticas da
linguagem corrente para a linguagem simbólica
e vice-versa
ƒ Exprimir-se com correcção e clareza, tanto na
língua portuguesa como na linguagem
matemática, verbalizando os seus raciocínios,
analisando, explicando, discutindo e
confrontando processos e resultados.
Conhecimentos
ƒ Interpretar e compreender textos e modelos
matemáticos
ƒ Planear e realizar investigações
ƒ Mobilizar conceitos e técnicas já adquiridas, de
modo a descobrir e a integrar novas noções
ƒ Tratar e retomar cada conceito em momentos e
contextos diferentes
ƒ Aplicar conhecimentos e métodos matemáticos
em situações reais, nomeadamente os que são

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 66


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

sugeridos por outras áreas do saber


ƒ Relacionar etapas da História da Matemática
com a evolução da humanidade
ƒ Reconhecer o contributo da Matemática para a
compreensão e resolução de problemas do
Homem através dos tempos.

Atitudes

ƒ Exprimir e fundamentar as suas opiniões


ƒ Reflectir e formular juízos sobre situações com
que é confrontado
ƒ Enfrentar com confiança situações novas e ter
espírito crítico
ƒ Mostrar iniciativa e responsabilidade
ƒ Realizar os trabalhos de forma organizada, com
empenho e persistência
ƒ Apreciar a harmonia da Matemática e
reconhecer a sua presença na arte, na técnica,
na vida.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 67


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Sugestões metodológicas do trabalho do professor:

‰ Abordar os conteúdos da área do saber com base em situações e problemas

‰ Rentabilizar as questões emergentes do quotidiano e da vida do aluno

‰ Organizar o ensino com base em materiais e recursos diversificados, prevendo a


experimentação de técnicas, instrumentos e formas de trabalho diversificados

‰ Promover intencionalmente, na sala de aula e fora dela, actividades dirigidas à observação


e ao questionamento da realidade e à integração e troca de saberes

‰ Desenvolver a realização de projectos

‰ Rentabilizar os meios de comunicação social e as potencialidades das tecnologias de


informação (Internet e outros recursos informáticos)

‰ Apoiar o aluno na descoberta das diversas formas de organização da sua aprendizagem

‰ Criar na escola espaços e tempos para intervenção livre do aluno

‰ Valorizar, na avaliação da aprendizagem do aluno, a produção de trabalhos livres e


concebidos pelo próprio

‰ Desenvolver estratégias que permitam a vivência de situações diferenciadas e contribuam


para o desenvolvimento dos sentidos ético e estético

‰ Propor estratégias que reforcem a curiosidade, a perseverança e seriedade no trabalho,


quer individual, quer de grupo, para promover a auto-estima, a autoconfiança e o
cooperativismo.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 68


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Orientações Metodológicas

A Matemática, como parte integrante do currículo nacional do ensino básico, está


organizada em quatro temas que visam promover o desenvolvimento integrado do
conhecimento, das capacidades e das atitudes.

Partilhando muitos aspectos com outras disciplinas, a especificidade da Matemática,


nomeadamente como a ciência das regularidades e da linguagem dos números, das formas e
das relações, propõe-se promover actividades individuais e em grupo tão diversificadas e
motivadoras que permitam aos alunos desenvolver o seu sentido crítico e de autonomia
quando lidam com as diversas realidades.

Tendo como pressuposto ser o aluno agente da sua própria aprendizagem, propõe-se
que:

- Os conceitos sejam construídos a partir da experiências de cada um e de situações


concretas e ser abordados sob diferentes pontos de vista e progressivos níveis de rigor e
formalização.

Organização temática

Temas Conteúdos

Desenvolver o conhecimento do espaço


Geometria
- O espaço e o plano
- Análise de figuras. Medição. Construção
- Transformação de figuras
Ampliar o conceito de número e desenvolver o
Números e cálculos
cálculo
- Números e cálculo numérico
- Variáveis e cálculo algébrico
Desenvolver o conceito de função
Funções
- Diversos tipos de funções
- Representação gráfica e análise
Desenvolver processos e técnicas de
Estatística e Probabilidades
tratamento de dados
- Recolha e organização de dados
- Medidas de tendência central
- Interpretação da informação
- Introdução às Probabilidades: Definição
Frequêncista e Lei de Laplace.

Não foi proposta a organização dos quatro temas por níveis de escolaridade porque todos os
temas vão sendo desenvolvidos ao longo do 3º ciclo.

A abordagem pode ser feita de forma transdisciplinar visando uma correcção e clareza, tanto
na língua materna, como na linguagem matemática.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 69


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Orientações Gerais para a Avaliação

A avaliação, na escolaridade básica, assume um carácter eminentemente formativo,


favorecedor da progressão pessoal e da autonomia do aluno, pelo que tem de ser integrada no
processo de ensino e de aprendizagem, para permitir ao aluno implicar-se no próprio processo
e ao professor controlar e melhorar a sua prática pedagógica.

Uma vez que os conteúdos de aprendizagem abrangem os domínios dos


conhecimentos das capacidades e das atitudes, é objecto da avaliação a progressão do aluno
em todos estes domínios.

Em rigoroso acordo com o ensino desenvolvido, a avaliação em Matemática deve dar


informação sobre:

- A capacidade para aplicar conhecimentos na resolução de problemas do quotidiano, de


matemática e de outras disciplinas;

- A capacidade para utilizar a linguagem matemática para comunicar ideias;

- A capacidade para raciocinar e analisar;

- O conhecimento e a compreensão de conceitos e métodos;

- A atitude em relação à matemática, em particular a sua confiança em fazer matemática;

- A perseverança e o cuidado postos na realização das tarefas e a cooperação no trabalho


de grupo.

Orientações para Objectos de avaliação Instrumentos de avaliação


avaliação
Definir com clareza os critérios de Capacidade de utilizar a Construídos de forma que
avaliação matemática na resolução de contemplem todos os domínios
problemas de aprendizagem e respeitem o
Adequar às características ritmo do aluno
diversificadas dos alunos Capacidade de comunicar
Observação e registo regular e
Adequar às estratégias que os Capacidade de raciocínio sistemático, através de
alunos mobilizam na instrumentos adequados e
aprendizagem Progressão de cada aluno diversificados :
- Grelhas de análise
Assegurar a coerência da Desenvolvimento de capacidades - Grelhas de observação
avaliação com o modelo de e atitudes - Listas de verificação
aprendizagem construtivista - Questionários de opinião
- Teste
Adequar a exigência da tarefa a
desenvolver ao que o aluno fez Todas as actividades de
aprendizagem:
- Trabalho individual e de
Negociar com os alunos os
grupo
critérios de avaliação
- Discussões e debates
- Exposições, entrevista

O caderno diário.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 70


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Ciências Físicas e Naturais

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 71


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

CIÊNCIAS FÍSICAS E NATURAIS

Competências Gerais

♦ Mobilizar e utilizar saberes científicos, tecnológicos, sociais e culturais


♦ Analisar, interpretar e avaliar evidências
♦ Pesquisar, seleccionar e organizar informação
♦ Apresentar resultados expondo as suas ideias e mobilizando conhecimentos de
diferentes áreas
♦ Adoptar metodologias personalizadas de trabalho e de aprendizagem
♦ Cooperar com outros e participar em diferentes tarefas
♦ Resolver problemas e tomar decisões
♦ Adoptar hábitos de vida saudáveis e de responsabilização

Competências Específicas Competências Transversais

Conhecimento
¾ Interpretar e compreender leis e modelos científicos
¾ Observar e executar experiências • Mobilizar conhecimentos de
¾ Planear e realizar investigações língua portuguesa e línguas
¾ Confrontar diferentes perspectivas de investigação estrangeiras bem como
¾ Reconhecer que o conhecimento científico está em outras áreas do saber
evolução permanente
Raciocínio • Respeitar o saber dos outros
¾ Interpretar dados
¾ Formular problemas e hipóteses • Respeitar o património
¾ Prever e avaliar resultados natural e cultural
¾ Realizar inferências, generalizações e deduções
¾ Relacionar evidências e explicações • Manifestar atitudes no quadro
da educação para a
Comunicação cidadania
¾ Usar linguagem científica
¾ Distinguir o essencial do acessório • Valorizar atitudes face ao
¾ Utilizar modos diferentes de apresentar informação, trabalho quer cooperativo,
ideias e argumentos quer independente
¾ Analisar, sintetizar e produzir textos
Atitudes • Utilizar tecnologias de
¾ Reflectir criticamente sobre o trabalho efectuado informação
¾ Flexibilizar e reformular trabalho
¾ Respeitar a ética em ciência
¾ Avaliar o impacto da Ciência na Tecnologia, na
Sociedade e no Ambiente

Orientações Metodológicas

O actual Currículo Nacional da área de Ciências Físicas e Naturais está organizado em


quatro temas, cuja articulação visa uma coerência conceptual que permita aos alunos o acesso
aos produtos e processos da Ciência. Aconselha-se a manter a sequência sugerida, sendo que a
ênfase a dar na exploração dos temas poderá variar de acordo com o desenvolvimento cognitivo
dos alunos, e consoante os contextos em que se inserem.
Propõe-se a seguinte organização, dos temas da disciplina de Ciências Físico-Químicas,
por níveis de escolaridade:

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 72


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Físico-Química

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 73


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Organização temática

Temas Conteúdos Níveis de escolaridade


O que existe no Universo
Distâncias no Universo
Terra no Espaço Astros do Sistema Solar
Características dos Planetas
Terra e Sistema Solar
Movimentos e Forças 7º ano

Constituição do mundo material


Substâncias e misturas de substâncias
Propriedades físicas e químicas dos
Terra em materiais
Transformação Separação das substâncias de uma mistura
Transformações físicas e químicas
Fontes e formas de energia
Transferências de energia
Produção e Transmissão do som
Propriedades e aplicações da luz
Tipos de reacções químicas
Explicação e representação das reacções
químicas 8º ano
Previsão e descrição do tempo atmosférico
Sustentabilidade na Influência da actividade humana na
Terra atmosfera terrestre e no clima
Recursos Naturais – utilização e
consequências
Protecção e conservação da Natureza
Custos, benefícios e riscos das inovações
científicas e tecnológicas
Em Trânsito – segurança e prevenção
Movimento e forças
Circuitos eléctricos
Electromagnetismo
Viver Melhor na Circuitos electrónicos e aplicações da
Terra electrónica 9º ano
Propriedades dos materiais e tabela
periódica dos elementos
Estrutura atómica
Ligação química
Ciência e tecnologia e qualidade de vida

A abordagem pode ser feita de forma transdisciplinar ou na área de projecto

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 74


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Ciências Naturais

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 75


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

CIÊNCIAS NATURAIS
Organização temática

Temas Conteúdos Níveis de escolaridade

Condições da Terra que permitem a


Terra no Espaço existência de vida
A Terra como sistema
Ciência produto da actividade humana
Ciência e conhecimento do Universo

Os fósseis e a sua importância para a


reconstituição da história da Terra 7º ano
Grandes etapas na história da Terra
Deriva dos continentes e tectónica de
placas
Ocorrência de falhas e dobras
Actividade vulcânica; riscos e benefícios da
Terra em actividade vulcânica
Transformação Actividade sísmica; riscos e protecção das
populações
Contributo da ciência e tecnologia para o
estudo da estrutura interna da Terra
Modelos propostos
Rochas, testemunhos da actividade da
Terra
Rochas magmáticas, sedimentares e
metamórficas: génese e constituição; ciclo
das rochas 8º ano
Paisagens geológicas
Interacção dos seres vivos – ambiente
Fluxo de energia e ciclo de matéria
Sustentabilidade na Perturbações no equilíbrio dos
Terra ecossistemas
Recursos Naturais – utilização e
consequências
Protecção e conservação da Natureza
Custos, benefícios e riscos das inovações
científicas e tecnológicas
Indicadores do estado de saúde de uma
população
Medidas de acção para a promoção de
saúde
Viver Melhor na Bases fisiológicas da reprodução 9º ano
Terra Noções básicas de hereditariedade
Sistemas neuro-hormonal, cardio-
respiratório, digestivo e excretor, em
interacção
Opções que interferem no equilíbrio do
organismo
Ciência e tecnologia e qualidade de vida

A abordagem pode ser feita de forma transdisciplinar ou na área de projecto

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 76


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

De acordo com os temas enunciados e com as competências para a literacia científica a


desenvolver, pelos alunos, ao longo do 3º ciclo, consideram-se as seguintes orientações
metodológicas do trabalho do professor:

 Confrontar os alunos com os fenómenos científicos e a sua compreensão.


 Contrastar diferente informação científica.
 Promover actividades centradas na resolução de problemas, interpretação de dados,
formulação de hipóteses, planeamento de investigações, previsão e avaliação de
resultados.
 Promover análise de situações problemáticas, salientando o essencial do acessório.
 Promover realização de debates, com recurso a tecnologias interactivas e que
impliquem tomadas de decisão.
 Propor experiências educativas que incluam o uso de linguagem científica, mediante a
interpretação de diversas fontes de informação.
 Implementar estratégias que reforcem a curiosidade, perseverança e seriedade no
trabalho, a par de um desenvolvimento de atitudes de partilha e cooperação
 Desenvolver estratégias que permitam a vivência de situações diferenciadas e
contribuam para o desenvolvimento dos sentidos ético e estético

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 77


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Orientações Gerais para a Avaliação

A avaliação é um processo complexo, na medida em que tem implícitos diferentes


pressupostos e finalidades e implica juízos de valor que lhe conferem algum grau de
subjectividade. Apesar disso, considera-se a avaliação como uma componente fundamental, de
efeito regulador, nos processos de ensino e de aprendizagem.
A avaliação deve permitir aos professores tornar claros os objectivos do currículo e,
indiferentemente do objecto de avaliação, esta deve influenciar positivamente o ensino e a
aprendizagem da Ciência. Nas suas diferentes modalidades deve estabelecer-se uma ligação
directa entre a avaliação e as actividades que os alunos desenvolvem.
É, portanto, determinante criar instrumentos de avaliação do conhecimento científico
dos alunos de modo a:
- reduzir a ênfase tradicional da avaliação de componentes específicas e
compartimentadas do conhecimento dos alunos;
- aumentar a ênfase da avaliação das competências dos alunos na
compreensão das explicações científicas e desenvolvidas em experiências
educativas diferenciadas;
- avaliar as competências necessárias na vida adulta.

Orientações para avaliação Objectos da Avaliação Instrumentos de avaliação

Definir com clareza os Competências da área do Elaboração de instrumentos


critérios de avaliação conhecimento: de acordo com as diferentes
- substantivo situações e competências a
Adequar a avaliação às - processual ou metodológico desenvolver, adequados ao
características diversificadas - epistemológico desenvolvimento cognitivo
dos alunos dos alunos

Adequar a avaliação às Competências na área do Registo de actividades


estratégias que os alunos raciocínio realizadas
mobilizam na aprendizagem
Competências na área da Escalas de classificação
Assegurar a coerência da comunicação
avaliação com o modelo de Grelhas de observação
aprendizagem construtivista Competências na área das
atitudes Entrevistas
Adequar a exigência da
tarefa a desenvolver ao que Discussões
o aluno fez
Debates
Negociar com os alunos os
critérios de avaliação

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 78


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Educação Visual

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 79


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

EDUCAÇÃO VISUAL

INTRODUÇÃO

Orientações para gestão do programa

A disciplina de Educação Visual pressupõe a capacidade de comunicar e interpretar


significados usando linguagens específicas. Requer, simultaneamente, o entendimento da obra
de arte, no seu contexto social e cultural, e o reconhecimento das suas funções relativamente
ao mesmo.
A literacia artística é um processo de constante aprendizagem e participação que
implica competências consideradas comuns a todas as disciplinas artísticas.

Competências

GERAIS TRANSVERSAIS

• Apropriação das linguagens elementares A disciplina de Educação Visual privilegia a


da arte abordagem transdisciplinar, baseada em
• Desenvolvimento da criatividade formas de trabalho de natureza diversa
• Desenvolvimento da capacidade de
expressão e comunicação, tendo na arte • Promover o desenvolvimento e a afirmação
uma forma de aproximação e da personalidade do aluno através da
comunicação entre culturas estimulação das capacidades resultantes
• Compreensão das artes como parte da interacção de múltiplas inteligências
significativa do património cultural da • Desenvolver o sentido social através do
humanidade trabalho de grupo, da gestão de materiais e
• Afirmação da auto-estima do indivíduo equipamentos colectivos e da partilha de
através do desenvolvimento da espaços de trabalho
capacidade de realização e constante • Desenvolver projectos com outras
procura de novos conhecimentos disciplinas e áreas disciplinares permitindo
a transferência de saberes
• Intervir no envolvimento visual como forma
de melhorar a qualidade de vida
• Utilizar tecnologias de informação
• Promover a valorização do património
artístico e cultural

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 80


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

Ao longo do 3º ciclo, as competências a adquirir em Educação Visual, articulam-se em três eixos


estruturantes:

FRUIÇÃO/CONTEMPLAÇÃO PRODUÇÃO/CRIAÇÃO REFLEXÃO/INTERPRETAÇÃO


• Desenvolver a percepção,
avaliando as qualidade formais • Representar o mundo real • Compreender a geometria
e a interacção dos elementos das formas visuais
visuais, como a linha, textura, • Desenvolver a criatividade
estrutura, cor. através da materialização de • Desenvolver a sensibilidade
uma ideia, estabelecendo estética das relações
• Reconhecer as artes visuais novas relações ou formais na qualidade visual
como valor cultural organizando-as em novas do envolvimento
indispensável ao bases
desenvolvimento e expressão
de sentimento do ser humano • Utilizar as interacções dos • Desenvolver a sensibilidade
elementos visuais para o a diferentes formas de
• Desenvolver a capacidade de enriquecimento da expressão visual
expressão pela análise pessoal expressão
de acontecimentos e do mundo • Compreender a influência
envolvente • Dominar os meios e dos factores estéticos como
técnicas de expressão visual factor determinante da
• Apreciar criticamente as forma dos objectos e do
diferentes manifestações • Executar objectos de envolvimento
artísticas, emitindo opiniões e comunicação visual, através
discutindo posições com base da utilização de vocabulário • Assumir uma posição
na experiência e nos específico adequado consciente e crítica em
conhecimentos adquiridos relação aos meios de
• Seleccionar e utilizar comunicação visual,
• Entender o desenho como um correctamente os materiais compreendendo os
meio para a representação e instrumentos adequados a estereótipos como
expressiva e rigorosa de formas, cada situação elementos facilitadores e
tendo na geometria plana e do simultaneamente
espaço diferentes modos de • Realizar produções plásticas empobrecedores da mesma
interpretação da forma e usando os elementos da
natureza comunicação e da forma • Descrever acontecimentos,
visual com base na aplicando metodologias
• Descodificar diferentes produtos observação das criações da convencionais
gráficos Natureza e do Homem
• Relacionar formas naturais
• Compreender e interpretar • Aplicar regras da e/ou construídas com as
significados das formas de representação, seja na respectivas funções,
acordo com os diferentes concepção de projectos, materiais e técnicas que as
sistemas simbólicos e visuais a seja na criação de objectos constituem, integrando-as
que pertencem gráficos ou plásticos nos seus contextos

• Reconhecer diferentes formas • Criar composições bi e/ou • Compreender a relação e os


de representação da figura tridimensionais, a partir da mecanismos entre luz e
humana, compreendendo as imaginação ou da cor, síntese aditiva e
relações básicas de volume, observação directa subtractiva, contraste e
estrutura e proporção bem como harmonia e suas
a sua articulação com o espaço implicações e aplicações
envolvente

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 81


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Compreender a natureza da cor


e a sua importância enquanto • Identificar Identificar e
forma de expressão descodificar mensagens
visuais, interpretando e
posteriormente
representando-as através da
utilização de códigos
específicos.

Orientações metodológicas

Os diferentes conteúdos a desenvolver em Educação Visual não pressupõem uma


abordagem sequencial, o que significa que a forma como as competências específicas se
encontram organizadas neste documento não constituem qualquer metodologia a seguir
sistematicamente.

Deve-se, no entanto, explorar as seguintes áreas:

• Utilização de diferentes meios de expressão, em áreas dominantes como o desenho e a


exploração plástica, em que se procura a exploração das capacidades através da
expressividade e adequação de suportes e instrumentos, bem como da experimentação de
tecnologias como o guache, o mosaico, o acrílico e a colagem;

• Análise formal do desenvolvimento plástico, tendo como referência produtos gráficos e


obras bi e tridimensionais de artistas de mérito reconhecido;

• Experimentação de diversos processos da escultura, partindo de materiais naturais e


sintéticos ou recuperados;

• Experimentação, de forma criativa e funcional, de meios expressivos ligados aos diversos


processos tecnológicos por si só ou integrados;

• Iniciação na linguagem digital, através do desenho assistido por computador e tratamento


de imagem.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 82


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Orientações gerais para a avaliação

FUNÇÕES ORIENTAÇÕES OBJECTOS INSTRUMENTOS

• Efeito regulador • Adequação ao • Avaliação das • A reconstruir de


da avaliação na desenvolvimento técnicas ao nível acordo com as
aprendizagem cognitivo dos do domínio e da diferentes
alunos expressão, situações e
• Dimensão relacionando a competências a
formativa da • Avaliação sua adequação desenvolver
avaliação adequada às com o que o aluno
facilitadora da características quer expressar ou • A adequar ao
autoconfiança e diversificadas dos comunicar desenvolvimento
da progressão na alunos cognitivo dos
aprendizagem • Avaliação da alunos
• Observação Das formação e
• Avaliação criterial estratégias alargamento dos • Escalas de
que permita situar (cognitivas e conceitos, pelos classificação
o aluno no seu metacognitivas) efeitos
próprio progresso que os alunos observados nas • Discussões
mobilizam na representações
• Função aprendizagem • Caderno do aluno
certificativa • Apreciação do
• Coerência da processo • Trabalhos
avaliação com o criativo individuais e/ou
modelo de enquanto em grupo
aprendizagem processo de
construtivista design e de • Grelhas de
expressão não observação
• Avaliação assente condicionada
na comparação
entre o que exigia • Avaliação da
a tarefa a percepção e
desenvolver e o representação
que o aluno fez do real, tendo em
conta a
• Negociação dos sensibilidade de
critérios de representação
avaliação com os das qualidades
alunos formais e
expressivas
• Definição clara
dos critérios de • Avaliação dos
avaliação valores, que em
E.Visual se
exprimem através
da:
- superação das
dificuldades;
- respeito pelas
diferenças
individuais

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 83


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Educação Tecnológica

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 84


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

Competências gerais

A Educação Tecnológica deverá concretizar-se através do desenvolvimento e


aquisição de competências numa sequência progressiva de aprendizagem ao longo da
escolaridade, tendo como referência o pensamento e a acção perspectivando o acesso à
cultura tecnológica. Essas aprendizagens deverão integrar saberes comuns a outras áreas
curriculares e desencadear novas situações para as quais os alunos mobilizam ,transferem e
aplicam os conhecimentos adquiridos gradualmente.

A Educação Tecnológica orienta-se, na educação básica, para a promoção da


cidadania, valorizando os múltiplos papéis do cidadão utilizador, através do desenvolvimento
de competências que lhe permitem compreender e participar nas escolhas dos projectos
tecnológicos, tomar decisões e agir socialmente, como cidadão participativo e critico.
Consideram-se os seguintes tipos de utilizador: utilizador individual, aquele que sabe
fazer e que usa a tecnologia no seu quotidiano; utilizador profissional que interage entre a
tecnologia e o mundo do trabalho e que possui alfabetização tecnológica e utilizador social,
implicado nas interacções tecnologia/sociedade.

Decorre desta concepção a construção do perfil de competências que define um cidadão


tecnologicamente competente, capaz de apreciar e considerar as dimensões social, cultural,
económica, produtiva e ambiental resultantes do desenvolvimento tecnológico.

Definem-se as seguintes competências a desenvolver pelo aluno:

1- Compreender que a natureza e evolução da tecnologia é resultante do processo


histórico.

2- Ajustar-se, intervindo activa e criticamente, às mudanças sociais e tecnológicas da


comunidade social.

3- Adaptar-se à utilização das novas tecnologias ao longo da vida.

4- Predispor-se a avaliar soluções técnicas para problemas humanos, discutindo a sua


fiabilidade, quantificando os seus riscos, investindo os seus inconvenientes e sugerindo
soluções alternativas.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 85


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

5- Julgar criticamente as diferenças entre as medidas sociais e as soluções tecnológicas


para os problemas que afectam a comunidade social.

6- Avaliar as diferenças entre as abordagens socio-políticas e as abordagens tecnocráticas.

7- Reconhecer que as soluções tecnológicas envolvem escolhas, onde a opção por


determinadas qualidades pressupõe, muitas vezes, o abandono de outras.

8- Identificar, localizar e tratar a informação necessária para diferentes actividades do seu


quotidiano.

9- Observar e reconhecer, pela curiosidade e indagação, as características tecnológicas


dos diversos recursos: materiais, ferramentas e sistemas tecnológicos.

10- Decidir-se a estudar alguns dispositivos técnico-cientificos que estão na base do


desenvolvimento tecnológico actual.

11- Dispor-se a analisar e descrever sistemas técnicos, presentes no quotidiano, de modo a


distinguir e enumerar os seus principais elementos e compreender o seu sistema de
funcionamento.

12- Escolher racionalmente os sistemas técnicos adequados aos contextos de utilização ou


de aplicação.

13- Estar apto para intervir em sistemas técnicos, particularmente simples, efectuando a sua
manutenção, reparação ou adaptação a usos especiais.

14- Ler, interpretar e seguir instruções técnicas na instalação, montagem e utilização de


equipamentos técnicos da vida quotidiana.

15- Detectar avarias e anomalias no funcionamento de equipamentos de uso pessoal ou


doméstico.

16- Manipular, usar e optimizar o aproveitamento da tecnologia, a nível de utilizador.

17- Utilizar ferramentas e materiais, aplicando processos técnicos seguros e eficazes.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 86


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

18- Ser capaz de reconhecer e identificar situações problemáticas da vida diária que podem
ser corrigidas e ultrapassadas com a aplicação de propostas simples, enquanto soluções
tecnológicas para os problemas detectados.

19- Ser um consumidor atento e exigente, escolhendo racionalmente os produtos e serviços


que adquire e utiliza.

20- Procurar seleccionar e negociar os produtos e serviços na perspectiva de práticas sociais


respeitadoras de um ambiente equilibrado, saudável e com futuro.

21- Analisar as principais actividades tecnológicas, bem como profissões, na perspectiva da


construção estratégica da sua própria identidade e do seu futuro profissional

Competências específicas

TECNOLOGIA E SOCIEDADE

A Educação Tecnológica, no âmbito da formação para todos, integra uma forte


componente educativa, orientada para uma cidadania activa, com base no desenvolvimento da
pessoa enquanto cidadão participativo, crítico, consumidor responsável e utilizador inteligente
das tecnologias disponíveis.

Neste sentido, a dimensão cultural é fundamental no processo de formação em


tecnologia pois trata-se de proporcionar uma aprendizagem assente no sentido crítico e
compreensivo da cultura tecnológica. Este aspecto essencial para a cultura tecnológica
desenvolve-se em torno de conceitos, valores e procedimentos que caracterizam os estádios
actuais de desenvolvimento: económico, social e cultural.

As dimensões histórica e social da tecnologia, estruturadas nas relações dinâmicas


entre as tecnologias e a sociedade, determinam o desenvolvimento de conhecimentos e
posicionamentos éticos, fundamentais para analisar e compreender os sistemas tecnológicos e
os seus impactos sociais.

A compreensão da realidade, e em particular da realidade técnica que rodeia a criança


e o jovem, necessita de ferramentas conceptuais para a sua análise e compreensão crítica, de
forma a permitir não apenas a construção do conhecimento, mas também a formação de um

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 87


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

posicionamento ético alicerçado em valores e atitudes, desenvolvidas como processo de


construção identitária do jovem.
PROCESSO TECNOLÓGICO

As actividades humanas visam criar, inventar, conceber, transformar, modificar


produzir, controlar e utilizar produtos ou sistemas. Podemos dizer, genericamente, que estas
acções correspondem a intervenções de natureza técnica, constituindo a base do próprio
processo tecnológico.

A concepção e realização tecnológica necessitam da compreensão e utilização de


recursos (conceptuais, procedimentais e materiais ), de diversas estratégias mentais,
nomeadamente a resolução de problemas, a visualização, a modelização e o raciocínio.

Neste sentido, o processo tecnológico é eixo estruturante da educação em tecnologia


e, ao mesmo tempo, organizador metodológico do processo didáctico que lhe está subjacente.

CONCEITOS, PRINCÍPIOS E OPERADORES TECNOLÓGICOS

O campo e o objectivo da tecnologia estabelecem uma articulação íntima entre os


métodos, os contextos e os modos de operar. Estes mobilizam conhecimentos, modos de
pensamento e acções operatórias, assentes nos recursos científicos e técnicos, específicos
das realizações tecnológicas.

Assim, a compreensão dos principais conceitos e princípios aplicados às técnicas, bem


como o conhecimento dos operadores tecnológicos elementares, constituem o corpo de
referência dos saberes chave universais da educação em tecnologia.

Todo o objecto, máquina ou sistema tecnológico, é constituído por elementos simples


que, combinados de um modo adequado, cumprem uma função técnica específica.

A concepção, construção ou utilização de objectivos técnicos exigem um mínimo de


conhecimentos e de domínio dos operadores técnicos mais comuns, utilizados na construção
de mecanismos ou sistemas, bem como o estudo das suas relações básicas.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 88


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL

No domínio da relação entre a tecnologia e o desenvolvimento social, as competências


tecnológicas que os alunos devem desenvolver ao longo do ensino incluem:

1- Apreciar e considerar as dimensões social, cultural, económica, produtiva e ambiental,


resultantes do desenvolvimento tecnológico;

2- Compreender que a natureza e evolução da tecnologia resultam do processo histórico;

3- Entender o papel da sociedade no desenvolvimento e uso da tecnologia;

4- Analisar os efeitos culturais, sociais, económicos, ecológicos e políticos das tecnologias


e as mudanças que ela vai operando no mundo;

5- Identificar as diferenças entre medidas e soluções tecnológicas para os problemas que


afectam a sociedade;

6- Ajustar-se, intervindo activa e criticamente, às mudanças sociais e tecnológicas da


comunidade sociedade;

7- Apresentar propostas tecnológicas para a resolução de problemas sociais e


comunitários;

3ºCICLO

1- Compreender que a natureza e a evolução da tecnologia são resultantes do processo


histórico.

2- Conhecer e apreciar a importância da tecnologia, como resposta às necessidades


humanas.

3- Compreender os alcances sociais do desenvolvimento tecnológico e a produtividade do


trabalho humano.

4- Avaliar a pertinência das tecnologias convenientes e socialmente apropriadas.

5- Ajustar-se às mudanças produzidas no meio pela tecnologia.


6- Reconhecer e avaliar criticamente o impacto e as consequências dos sistemas
tecnológicos sobre os indivíduos, a sociedade e o ambiente.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 89


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

7- Predispor-se a intervir na melhoria dos efeitos nefastos da tecnologia no ambiente.

8- Reconhecer diferentes actividades profissionais, relacionando-as com os seus


interesses.

9- Predispor-se para uma vida de aprendizagem numa sociedade tecnológica.

10- Tomar-se apto a escolher uma carreira profissional.

TECNOLOGIA E CONSUMO

No domínio das relações entre a tecnologia e consumo, as competências tecnológicas


que os alunos devem desenvolver ao longo do 3º ciclo incluem:

1- Desenvolver uma atitude reflexiva face às práticas tecnológicas, avaliando os seus


efeitos na qualidade de vida da sociedade e do ambiente e a sua influência nos valores
sociais;

2- Compreender a tecnologia como resultado dos desejos e necessidades humanos;

3- Consciencializar-se das transformações ambientais criadas pelo uso indiscriminado da


tecnologia e da necessidade de se tornar um potencial controlador;

4- Avaliar o impacto dos produtos e sistemas;

5- Predispor-se a escutar, comunicar, negociar e participar como consumidor prudente e


crítico;

6- Tornar-se um consumidor atento e exigente, escolhendo racionalmente os produtos e


serviços que utiliza e adquire;

7- Intervir na defesa do ambiente, do património cultural e do consumidor, tendo em conta


a melhoria da qualidade de vida.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 90


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

3ºCICLO

1- Compreender as implicações económicas e sociais de alguns artefactos, sistemas ou


ambientes.

2- Ilustrar, exemplificando, consequências económicas, morais, sociais e ambientais de


certas inovações tecnológicas.

3- Analisar criticamente abusos, perigos, vantagens e desvantagens do uso de uma


tecnologia.

4- Ser consumidor atento e exigente, escolhendo racionalmente os produtos e serviços que


adquire e utiliza.

5- Escolher, seleccionar e negociar os produtos e serviços na perspectiva de práticas


sociais respeitadoras de um ambiente equilibrado e saudável.

6- Fazer escolhas acertadas, enquanto consumidor, seleccionando e eliminando aquilo que


é prejudicial ao ambiente.

7- Seleccionar produtos técnicos adequados à satisfação das suas necessidades pessoais


ou de grupo.

8- Reconhecer normas de saúde e segurança pessoal e colectiva, contribuindo com a sua


reflexão e actuação para a existência de um ambiente agradável à sua volta.

PROCESSO TECNOLÓGICO

OBJECTO TÉCNICO

No domínio da análise e estudo do objecto técnico, as competências tecnológicas que os


alunos devem desenvolver ao longo do 3º ciclo, são as seguintes:

1- Distinguir os objectivos técnicos dos restantes objectos;

2- Conhecer e caracterizar o ciclo de vida dos objectos técnicos;

3- Enumerar os principais factores que influenciam a concepção, escolha e uso de


objectos técnicos;

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 91


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

4- Analisar o princípio do funcionamento dos objectos técnicos;

5- Compreender a importância de materiais e processos utilizados no fabrico de objectos


técnicos;

6- Analisar os objectos técnicos relativamente às suas funções técnicas em uso.

3ºCICLO

1- Dispor-se a estudar o objecto técnico, considerando a análise morfológica, estrutural,


funcional e técnica.

2- Predispor-se para proceder à reconstrução sócio-histórica do objecto.

3- Avaliar o desempenho do objecto técnico relativamente às suas funções de uso.

4- Redesenhar um objecto existente, procurando a sua melhoria estrutural e de uso.

5- Adaptar um sistema técnico já existente a uma situação nova.

6- Predispor-se a imaginar e conceber modificações em sistemas para que estes funcionem


melhor.

PLANEAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS E SISTEMAS TÉCNICOS

No domínio do planeamento e desenvolvimento de produtos e sistemas técnicos, as


competências tecnológicas que todos os alunos devem desenvolver ao longo do 3º ciclo são:

1- Identificar e apresentar as necessidades e oportunidades tecnológicas decorrentes da


observação e investigação de contextos sociais e comunitários,

2- Realizar artefactos ou sistemas técnicos com base num plano apropriado que identifique
as acções e recursos necessários,

3- Reunir, validar e organizar informação, potencialmente útil para abordar problemas


técnicos simples, obtida a partir de fontes diversas (análise de objectos, sistemas e
ambientes existentes, documentação escrita e visual , pareceres de especialistas);

4- Recorrer ao uso da tecnologia informática para planificação e apresentação dos

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 92


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

projectos,

5- Utilizar as tecnologias de informação e da comunicação disponíveis, nomeadamente a


internet.

3ºCICLO

1- Elaborar, explorar e seleccionar ideias conducentes a uma solução técnica viável,


criativa e esteticamente agradável.

2- Representar e explorar graficamente ideias de objectos ou sistemas, usando diversos


métodos e meios para explorar a viabilidade de alternativas.

3- Ler e interpretar documentos técnicos simples (textos, símbolos, esquemas, diagrama,


fotografias etc.).

4- Realizar e apresentar diferentes informações orais e escritas, utilizando vários suportes e


diversas técnicas de comunicação adequadas aos contextos.

5- Exprimir o pensamento e as propostas técnicas através de esboços e esquemas


gráficos.

6- Comunicar as soluções técnicas de um produto através de um dossier.

7- Definir a população–alvo de um certo produto, identificando as suas necessidades e


desejos enquanto potenciais utilizadores.

8- Validar as funções do uso de um dado produto nas condições normais de utilização.

9- Controlar a conformidade de um produto.

10- Clarificar as sequências e procedimentos para diagnosticar uma avaria.

11- Recensear o conjunto das operações necessárias à produção de um serviço.

12- Elaborar um caderno de encargos, listando os condicionalismos a respeitar.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 93


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

CONCEITOS, PRINCÍPIOS E OPERADORES TECNOLÓGICOS

ESTRUTURAS RESISTENTES

No domínio do estudo de estruturas resistentes, as competências tecnológicas que os


alunos devem desenvolver ao longo do 3º ciclo incluem:

1- Identificar a presença de uma grande variedade de estruturas resistentes no meio


envolvente;

2- Conhecer a evolução de estruturas resistentes em diferentes momentos da história;

3- Dominar o conceito de estrutura resistente, identificando algumas situações concretas da


sua aplicação;

4- Identificar as características que as estruturas resistentes devem ter para cumprir a sua
função técnica;

5- Reconhecer que a economia dos materiais aplicados a uma estrutura é favorável do


ponto de vista técnico, económico, ambiental e estético;

6- Construir estruturas simples, respondendo a especificações e necessidades concretas.

3ºCICLO

1- Identificar e distinguir os diferentes tipos de forças que actuam sobre as estruturas.

2- Analisar as condições e o modo de funcionamento para que uma estrutura desempenhe


a sua função.

3- Ser capaz de distinguir forças de tracção, compressão e flexão.

4- Identificar os perfis e características mecânicas das estruturas resistentes.

5- Identificar as características e funções dos principais elementos de uma estrutura


resistente (viga, pilar, tirante e esquadro).

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 94


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

6- Analisar e compreender a influência da disposição geométrica dos elementos sobre a


capacidade de resistência das estruturas.

7- Analisar e valorizar a importância das normas de segurança nas estruturas submetidas


a esforços.

MOVIMENTO E MECANISMIO

No domínio do estudo, análise e aplicação do movimento e mecanismo, as competências


tecnológicas que os alunos devem desenvolver ao longo do 3º ciclo incluem:

1- Verificar que não existe movimento sem estrutura;

2- Identificar as partes fixas e as partes móveis de um objecto ou sistema técnico;

3- Identificar os principais operadores técnicos presentes nos mecanismos;

4- Analisar estruturas com movimento procedentes de diferentes momentos da história;

5- Reconhecer alguns mecanismos elementares que transformam ou transmitem o


movimento.

3ºCICLO

1- Conhecer e identificar os principais operadores dos sistemas mecânicos básicos.

2- Identificar os diferentes tipos de transmissão e transformação do movimento circular


/circular, circular/rectilíneo, rectilíneo/circular.

3- Ser capaz de construir, montar e desmontar objectos técnicos compostos por


mecanismos e sistemas de movimento.

ACUMULAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DE ENERGIA

No domínio da acumulação e transformação de energia, as competências tecnológicas


que o aluno desenvolverá ao longo do 3º ciclo incluem:

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 95


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

1- Compreender que é necessária a existência de energia para produzir trabalho;

2- Conhecer diferentes fontes de energia;

3- Identificar diferentes formas de energia;

4- Analisar e valorizar os efeitos (positivos e negativos) da disponibilidade de energia sobre


a qualidade de vida das populações;

5- Conhecer as normas de segurança de utilização técnica da electricidade;

6- Participar activamente na prevenção de acidentes eléctricos;

7- Reflectir e tomar posição face ao impacto social do esgotamento de fontes energéticas


naturais;

8- Valorizar o uso das energias alternativas, nomeadamente a utilização de formas


energéticas renováveis.

3ºCICLO

1- Conhecer os principais operadores eléctricos e a sua aplicação prática.

2- Conhecer e identificar a simbologia eléctrica.

3- Dominar o conceito de intensidade, resistência e voltagem eléctrica.

4- Conhecer diversos tipos de circuitos eléctricos.

5- Conhecer o princípio do funcionamento de um motor.

6- Conhecer os princípios que explicam o funcionamento do electroíman.

7- Conhecer os dispositivos utilizados para a inversão do movimento de um motor.

8- Montar e desmontar aparelhos eléctricos simples.

9- Construir pequenas montagens e instalações eléctricas.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 96


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

REGULAÇÃO E CONTROLO

No domínio da regulação e controlo, as competências tecnológicas que os alunos devem


desenvolver ao longo do 3º ciclo incluem:

1- Utilizar com correcção os instrumentos de controlo e medida;

2- Aceitar que os sistemas técnicos podem actuar como receptores ou emissores de


informação, nomeadamente no comando e regulação de funcionamento de máquinas;

3- Compreender que a regulação é o comando de um sistema por si próprio, envolvendo


uma cadeia circular (acção/mediação/actuação);

4- Reconhecer que a informática facilita e flexibiliza o comando e a regulação dos sistemas


técnicos;

5- Compreender a importância do controlo social da tecnologia.

3ºCICLO

1- Ser capaz de efectuar e relacionar medidas de grandezas eléctricas.

2- Seleccionar um sistema eléctrico simples e representar o seu funcionamento.

3- Identificar procedimentos e instrumentos de detecção, regulação e controlo de sistemas


técnicos comuns.

4- Reconhecer que são as relações entre a função técnica de um elemento e a estrutura


que permitem realizar a regulação.

5- Representar a estrutura funcional de artefactos destacando a função da regulação


mecânica.

6- Identificar e conhecer as noções das funções de regulação e de controlo de energia


(regular e controlar para que o débito desta seja constante).

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 97


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

7- Reconhecer a relação entre a regulação de energia e a possibilidade de controlar os


ritmos e níveis dos processos de produção.

8- Conhecer alguns operadores técnicos específicos de comando, regulação e controlo.

MATERIAIS

No domínio dos materiais, as competências tecnológicas que os alunos devem


desenvolver ao longo do 3º ciclo incluem:

1- Conhecer as principais características das grandes famílias dos materiais;

2- Comparar as características e aplicações técnicas em diferentes materiais;

3- Escolher materiais de acordo com o seu preço, aspecto, propriedades físicas e


características técnicas;

4- Valorizar, na escolha dos materiais, os aspectos estéticos destes que cumpram os


requisitos técnicos exigidos;

5- Ser sensível à possibilidade de esgotamento de algumas matérias–primas, devido a uma


utilização desequilibrada dos meios disponíveis na natureza;

6- Manter comportamentos seguros perante a eventual nocividade de certos materiais.

3ºCICLO

1- Avaliar as características que os materiais devem reunir para a construção de um


objecto.

2- Conhecer os principais materiais básicos de acordo com as suas aplicações técnicas,


nomeadamente materiais de construção, materiais de ligação, de recobrimento, etc.
3- Reconhecer os materiais básicos de uso técnico, segundo tipologia, a classificação e as
formas comerciais.

4- Utilizar os materiais tendo em conta as normas de segurança específicas.

5- Comparar os materiais aplicados em diferentes momentos da história.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 98


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

6- Atender aos eventuais riscos para a saúde derivados do uso de determinados materiais.

7- Ser sensível ao impacto ambiental e social produzido pela exploração, transformação e


desperdício de materiais, nomeadamente ao possível esgotamento dos recursos
naturais.

FABRICAÇÃO -CONSTRUÇÃO

No domínio da fabricação e construção, as competências tecnológicas que o aluno


desenvolverá ao longo do 3º ciclo incluem:

1- Identificar e usar racionalmente os instrumentos e ferramentas;

2- Conhecer e utilizar os dispositivos de segurança de ferramentas e máquinas;

3- Estabelecer um plano racional de trabalho que relacione as operações a realizar e os


meios técnicos disponíveis;

4- Valorizar o sentido de rigor e precisão.

3ºCICLO

1- Ser capaz de ler instrumentos de medida com aplicações técnicas.

2- Reconhecer que a precisão dimensional e a lubrificação são necessárias ao bom


funcionamento de mecanismos.

3- Usar medidas rigorosas com tolerância, distinguindo o erro relativo do erro absoluto.

4- Definir, autonomamente, os condicionalismos que se colocam à produção–fabricação de


um objecto, nomeadamente os financeiros, técnicos, humanos e os que se relacionam
com o tempo /duração.
5- Escolher e seleccionar os operadores técnicos adequados ao plano e à realização do
projecto técnico.

6- Interpretar instruções de funcionamento de aparelhos e equipamentos comuns


(montagem, fixação, instalação, funcionamento/uso e manutenção).

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 99


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

7- Ler e interpretar esquemas gráficos de informação técnica.

8- Construir operadores tecnológicos, recorrendo a materiais e técnicas básicas.

9- Sequenciar as operações técnicas necessárias para a fabricação–construção de um


objecto.

10- Estabelecer um caderno de encargos.

11- Elaborar uma memória descritiva.

SISTEMAS TECNOLÓGICOS

No domínio dos sistemas tecnológicos, as competências a desenvolver pelos alunos ao


longo do 3º ciclo incluem:

1- Analisar o objecto técnico como um sistema;

2- Analisar o ciclo de vida do objecto, relacionando as interacções existentes nos diferentes


sistemas sociais, uso e produção do objecto e impacto social e ambiental;

3- Usar a perspectiva sistémica na concepção e desenvolvimento do produto, pela


interacção e articulação de várias perspectivas;

4- Analisar as relações dos objectos no sistema técnico, no sistema de produção e no


sistema ambiental;

5- Reconhecer que todos os sistemas técnicos podem falhar ou não funcionar como o
previsto devido a uma falha de uma ou mais partes que constituem o sistema.

3ºCICLO

1- Analisar a complexidade do meio artificial.

2- Compreender que todos os produtos tecnológicos se integram num dado sistema


específico, nomeadamente os sistemas físicos, biológicos e organizacionais.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 100


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

3- Observar e descrever os elementos constitutivos de um dado sistema.

4- Compreender que um sistema é uma totalidade complexa, organizada em função de


uma necessidade constituída por elementos solidários que interagem dinamicamente.

5- Analisar o objecto técnico como um sistema, tendo em conta as relações e interacções


com o meio envolvente.

6- Compreender que o estudo do objecto se realiza tendo em conta as relações internas e


externas dos seus componentes.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 101


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Educação Física

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 102


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

EDUCAÇÃO FÍSICA

Introdução

Passados dois anos de vigência do nossa primeira tentativa de dar um enquadramento


organizacional mais elaborado, tendo em conta a realidade da escola, nos seus recursos
humanos, materiais e de equipamento, torna-se agora também por imperativo das novas
orientações para a revisão curricular do ensino básico, proceder à revisão do nosso projecto
anterior.
Na sociedade actual, verifica-se uma grande preocupação com a promoção da saúde e
com um harmonioso desenvolvimento físico, intelectual e moral, fruto de um elevado
sedentarismo, de uma alimentação desregrada, de um stress permanente e de problemas
ambientais que afectam os grandes aglomerados populacionais, com as inevitáveis
repercussões ao nível da qualidade de vida. Neste contexto, a actividade física tem um papel
extremamente importante a desempenhar.

O modelo de Plano curricular e de Programas aprovado no 1º Congresso Nacional de


Educação Física, o qual foi aplicado e desenvolvido pala equipa de autores dos programas
Nacionais de Educação Física em vigor, é reconhecido como um modelo adequado e inovador,
constituindo uma referência para o desenvolvimento curricular baseado na escola, aliás como
nos é agora solicitado pela legislação em vigor.

Continuamos a ter algumas dificuldades em cumprir integralmente o plano curricular, por


limitações de espaços em função do número de alunos e por os espaços exteriores existentes
na escola não terem ainda tido a atenção já solicitada, quando da elaboração do projecto
anterior.

A construção do Pavilhão Gimnodesportivo, na nossa Escola, veio alterar


significativamente as condições para a leccionação da disciplina, colocando à nossa disposição
novos espaços de sala de aula, que permitem concretizar a generalidade do estabelecido nos
programas de Educação Física. No entanto justifica-se que haja condições nos espaços
exteriores para conseguirmos complementar essa concretização e ao mesmo tempo
melhorarmos e aperfeiçoarmos a nossas capacidades de planificação.

O nível de abordagem de cada modalidade não é, por vezes, coincidente com o que é
proposto pelo programa de Educação Física, em cada um dos anos de escolaridade. Os níveis
aqui apresentados foram determinados com base em dois pressupostos:

Por um lado, as orientações metodológicas inscritas no programa de Educação Física,


segundo as quais se deve adequar o nível de aprofundamento de cada modalidade às reais
capacidades dos alunos (determinados a partir de uma avaliação diagnóstico);

Por outro, o facto de haver alunos nesta escola que não tiveram Educação Física em
anos anteriores ou que a tiveram em situação de deficientes instalações e recursos materiais,

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 103


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

o que se traduziu por um atraso relativamente ao seu desenvolvimento psicomotor e às


aquisições preconizadas no programa da disciplina.

Quanto às actividades de complemento curricular, estas estão cada vez mais


estruturadas e cimentadas nos nossos alunos, tendo já níveis de participação bastante
aceitáveis.

Actividades Curriculares

Objectivos

• Participar activamente em todas as situações e procurar o êxito pessoal e do grupo:

- Relacionando-se com cordialidade e respeito pelos seus companheiros, quer no papel


de parceiros quer no de adversários;

- Aceitando o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio, bem


como as opções do(s) outro(s) e as dificuldades reveladas por eles;

- Cooperando nas situações de aprendizagem e de organização, escolhendo as acções


favoráveis ao êxito, segurança e bom ambiente relacional, na actividade da turma.

• Analisar e interpretar a realização das actividades físicas seleccionadas, aplicando os


conhecimentos sobre técnica, organização e participação, ética desportiva, etc.

• Conhecer e aplicar cuidados higiénicos, bem como as regras de segurança pessoal e


dos companheiros, e de preservação dos recursos materiais.

• Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas gerais básicas,


particularmente da Resistência Geral de Longa Duração; da Força Rápida; da
Velocidade de Reacção Simples e Complexa, de Execução, de Frequência de
Movimentos e de Deslocamento; da Flexibilidade; da Força Resistente (esforços
localizados) e das Destrezas Geral e Direccionada.

• Conhecer os processos fundamentais das adaptações morfológicas, funcionais e


psicológicas, que lhe permitem compreender os diversos factores da Aptidão Física.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 104


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Desenvolvimento das Actividades


o
7 Ano
Futebol – Nível Elementar
Voleibol – Parte do Nível Elementar
Basquetebol – Nível Elementar
Andebol – Nível Introdução
Ginástica - Solo – Nível Elementar
- Aparelhos – Nível Elementar
- Acrobática – Nível Introdução
Atletismo – Nível Elementar - Velocidade, Estafetas, Barreiras, Lanç. de Peso
Badminton – Nível Introdução
Patinagem – Nível Introdução
Dança – Nível Introdução

8 o Ano
Futebol – Nível Elementar
Voleibol – Parte do Nível Elementar (continuação)
Basquetebol – Nível Elementar
Andebol – Nível Introdução (continuação)
Ginástica - Solo – Nível Elementar
- Aparelhos – Nível Elementar
- Acrobática – Conclusão do Nível Introdução
Atletismo – Nível Elementar - Velocidade, Estafetas, Barreiras, Lanç. de Dardo
Badminton – Nível Introdução (continuação)
Patinagem – Nível Introdução (como alternativa)
Dança – Nível Introdução

9 o Ano
Futebol – Nível Avançado – Rapazes
Nível Elementar - Raparigas
Voleibol – Conclusão do Nível Elementar
Basquetebol – Parte do Nível Avançado
Andebol – Nível Elementar
Ginástica - Solo – Nível Elementar
- Aparelhos – Nível Elementar
- Acrobática – Parte do Nível Elementar
Atletismo – Nível Elementar - Velocidade, Estafetas, Barreiras, Lanç. de Dardo
Badminton – Nível Elementar
Patinagem – Nível Introdução (como alternativa)
Dança – Nível Introdução

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 105


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Actividades de Complemento Curricular

A – Objectivos

O projecto de desporto escolar deverá estar integrado, de forma articulada, no conjunto


dos objectivos gerais e específicos do Plano Anual de Actividades da Escola.

Para sua concretização, alguns princípios deverão ser tidos em linha de conta:

• Devendo ter o Projecto de Desporto Escolar uma relação estreita, quer com o
Projecto Educativo, quer com o Plano Anual de Actividades da Escola, essa
relação pressupõe uma articulação e complementaridade com o trabalho
efectuado na disciplina curricular de Educação Física;

• Pretende-se que os alunos, de forma articulada com a Associação de


Estudantes, participem no planeamento e gestão das actividades desportivas
escolares, nomeadamente na sua participação como dirigentes, (Clube de
Desporto Escolar), árbitros, juízes e cronometristas;

• Deverá ser incentivada a boa convivência e relações interpessoais e de


competição leal entre todos os participantes, do Desporto Escolar, levando à
apropriação do respeito pelas normas do Espírito Desportivo.

• Deverá ser incutido nos jovens o sentido de responsabilidade quanto às normas


de higiene e segurança, bem como actuar preventivamente e educativamente,
através da análise dos factores de risco, na luta contra o Doping;

• Desenvolveremos todos os aspectos referentes à saúde e bem estar físico dos


participantes, promovendo actividades que envolvam o maior número de alunos
possível;

• Pretendemos oferecer um leque alargado de actividades, indo ao encontro das


motivações intrínsecas e extrínsecas dos jovens, proporcionando-lhes
actividades individuais e colectivas, que sejam adequadas aos diferentes níveis
de prestação motora e de estrutura corporal dos alunos.

• Pretendemos que a actividade externa da Escola ( participação das equipas


representativas da Escola) seja reflexo do trabalho desenvolvido na actividade
interna, reforçando-a decisivamente.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 106


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Desenvolvimento das Actividades

Actividades de Exploração da Natureza


Futsal
Golfe
Patins em Linha
Voleibol
Actividade Interna

Actividades Extra-Curriculares

Corta-Mato de Escola
Participação no Torneio Inter-Escolas da C. M. Loures
Participação nos quadros competitivos do Desporto Escolar
Dinamização de torneios inter-turmas
Participação nas actividades no âmbito da “Escola Viva - Escola Comunidade”
Participação na data comemorativa do patrono da escola – 26 de Outubro

Competências Finais de Ciclo

O aluno que termina o ciclo de escolaridade obrigatória deve ter as seguintes competências:

• Ser solidário e relacionar-se com cordialidade e respeito com os companheiros, quer


no papel de parceiro quer no de adversário;

• Ter a noção de risco e desenvolver as suas acções com segurança, em bom ambiente
relacional, na actividade da turma;

• Ser capaz de analisar, interpretar e aplicar os conhecimentos técnicos das várias


matérias, nos aspectos organizacionais: arbitragem, cronometrista e ética desportiva;

• Ser capaz de aplicar os conhecimentos teóricos sobre as capacidades físicas, cuidados


higiénicos, bem como as regras de segurança pessoal e dos companheiros, e
preservação dos recursos materiais;

• Ser capaz de desenvolver o seu próprio projecto de actividade física, de combate ao


sedentarismo e melhoria da sua qualidade de vida;

• Adquirir as competências mínimas nas várias matérias que lhe possibilitem a aquisição
de uma cultura ecléctica que o valorize socialmente.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 107


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Critérios de Avaliação e Classificação

Critérios de Avaliação

Entende-se que os critérios de avaliação para a disciplina de Educação Física deverão ter
uma referência contínua, incidindo nos seguintes cinco domínios e respectiva percentagem:

• Domínio Cognitivo- 70%

• Empenhamento ---- 10%

• Cooperação --------- 10%

• Disciplina ------------- 5%

• Assiduidade ----------- 5%

O peso a atribuir à aquisição dos conhecimentos - Domínio Cognitivo- tem uma dimensão
importante em face das condições proporcionadas pelas instalações, pelo quadro de
professores e pelos equipamentos existentes, avaliando os alunos nos conhecimentos
adquiridos nos aspectos técnicos e tácticos das habilidades motoras

O empenhamento demonstrado pelos alunos, consubstanciado na sua atitude nas aulas, a


forma como utiliza os equipamentos, a atenção e aplicação nos exercícios propostos.

A cooperação, reflectida na atitude de entreajuda com os colegas na execução das tarefas


curriculares, na colaboração das tarefas organizativas, como constituição de equipas,
arbitragens, preenchimento de fichas de observação ou boletins de jogo.

À disciplina e à assiduidade é dado o mesmo peso na avaliação dos alunos, dando


importância ao comportamento de cada aluno para com os colegas e professor, bem como a
frequência com que cada aluno deve participar nas actividades lectivas.

Critérios de Classificação

Dos Programas da Disciplina constam um conjunto de matérias que se baseiam nas


actividades desportivas colectivas ou individuais, além disso os programas estão organizados
em três níveis de dificuldade, que se indicam:

1-Introdução

2-Elementar

3-Avançado

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 108


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Desta forma, os critérios de classificação devem reflectir os respectivos graus de


exigência, para cada modalidade e dentro de cada modalidade o respectivo nível de
aprendizagem.

No que se refere às modalidades individuais que nos são permitidas leccionar no


presente ano lectivo: Atletismo, Badminton, Dança, Ginástica (solo, aparelhos, e acrobática), o
critério de classificação será de um coeficiente de ponderação igual a 1 para cada objectivo do
programa leccionado.

Nas modalidades colectivas aplicar-se-ão as seguintes fórmulas, de acordo com o nível do


programa a aplicar a cada ano de escolaridade:

Andebol

Nível de Introdução – NF=3NP+2ND+NR+NCT+NDC/8


Nível Elementar – NF=2NP+2ND+2NR+NCT+NDC/8
Nível Avançado – NF=NP+ND+NR+3NCT+2NDC/8
Legenda: NF- Nota Final
NP- Nível do Passe
ND- Nível do Drible
NR- Nível do Remate
NCT- Nível do Comportamento Táctico
NDC- Nível do Domínio Cognitivo

Basquetebol

Nível de Introdução – NF=2NP+ND+2NL+NLP+NCT+NDC/8


Nível Elementar – NF=2NP+2ND+2NL+2NLP+2NCT+NDC/11
Nível Avançado – NF=NP+ND+2NL+2NLP+3NCT+NDC/10
Legenda: NP- Nível do Passe
ND- Nível do Drible
NL- Nível do Lançamento
NLP- Nível do Lançamento na Passada
NCT- Nível do Comportamento Táctico
NDC- Nível do Domínio Cognitivo

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 109


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Futebol

Nível de Introdução – NF=2NP+ND+2NRP+NR+NCT+NDC/8


Nível Elementar – NF=2NP+2ND+2NRP +NR+NCT+NDC/9
Nível Avançado – NF=NP+ND+NRP +2NR+2NCT+2NDC/9
Legenda: NP- Nível do Passe
ND- Nível do Drible
NR- Nível do Remate
NRP- Nível da Recepção
NCT- Nível do Comportamento Táctico
NDC- Nível do Domínio Cognitivo

Voleibol

Nível de Introdução – NF=3NP+2NM+NCT+NDC/7


Nível Elementar – NF=2NP+2NM+NR+2NCT+NDC/8
Nível Avançado – NF=NP+NM+2NR+3NCT+2NDC/9
Legenda: NP- Nível do Passe
NM- Nível da Manchete
NR- Nível do Remate
NCT- Nível do Comportamento Táctico
NDC- Nível do Domínio Cognitivo

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 110


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

EDUCAÇÃO MORAL
E
RELIGIOSA CATÓLICA

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 111


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA CATÓLICA

1. Introdução
A apresentação do programa de Educação Moral e Religiosa Católica pressupõe a
explicitação das suas opções fundamentais, inseridas no contexto mais amplo do actual
Sistema de Ensino em Portugal. Mas não pretende e não pode ser entendida como a
cristalização de tais opções, pois cada turma, cada pessoa, considerando tempos e contextos
culturais distintos, apresenta características próprias que é necessário respeitar e desenvolver,
visto que o que se pretende é o desenvolvimento de competências, entendido como conjunto
organizado de capacidades que integrem o saber, o saber fazer e o saber ser. Na verdade,
porque “o principal objectivo da educação é suscitar e favorecer a harmonia pessoal, a
verdadeira autonomia, a construção progressiva e articulada dos aspectos racional e volitivo,
afectivo e emocional, moral e espiritual. Desta harmonia pessoal decorre a participação social e
feliz, cooperante e solidária, que resulta na harmonia social” (v. Carta Pastoral da Conferência
Episcopal Portuguesa de 6 de Janeiro de 2002 – EDUCAÇÃO, Direito e dever-missão nobre ao
serviço de todos)
Assim, considera-se, face à actual perspectiva constitucional, ao abrigo da qual é
necessário interpretar o normativo concordatário, que é indispensável que se promovam
atitudes de diálogo, de cooperação, de confronto de opiniões, que se fomente o desejo de
conhecer, no respeito pelo outro e pelas suas diferenças, considerando-se que só dessa forma
será possível que o aluno construa a sua identidade e a sua relação com o Mundo e se afirme,
simultaneamente, como ser interveniente, autónomo e solidário.
“Para cumprir a sua missão de educar para a cidadania, os projectos e as
comunidades educativas têm de contemplar o aprender a conhecer, o aprender a fazer, o
aprender a viver juntos, mas também o aprender a ser. Sem esta consciência personalista, sem
o crescimento pessoal de uma verdadeira estrutura autónoma por valores e convicções, os
cidadãos não ultrapassarão o limiar de indivíduos enquadrados nas estruturas cívicas como
consumidores passivos dos esquemas sociais apresentados” (v. Carta Pastoral da Conferência
Episcopal Portuguesa de 6 de Janeiro de 2002 – EDUCAÇÃO, Direito e dever-missão nobre ao
serviço de todos).

2. Competências
A educação moral e religiosa deve prestar o seu contributo na formação da
personalidade do aluno, considerando que o deve ajudar a descobrir um projecto, o mais
abrangente possível, sobre a pessoa, sobre a vida humana e sobre a sociedade, pelo que deve

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 112


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

prosseguir competências gerais que permitam o acesso ao conhecimento, ao relacionamento


social, ao sucesso escolar, profissional e pessoal e ao exercício pleno da cidadania.

COMPETÊNCIAS GERAIS

• Interagir de forma apropriada em contextos diversos;


• Respeitar e valorizar os outros na sua diversidade de seres, culturas e formas de estar
• Reconhecer-se como ser único e singular capaz de opções assertivas;
• Reconhecer-se como participante activo na sociedade e, por isso, como construtor da
História;
• Desenvolver a criatividade e a sensibilidade estética;

COMPETÊNCIAS TRANSVERSAIS

• Utilizar métodos e técnicas de trabalho que contribuam para a construção de


aprendizagens, com recurso eventual a novas tecnologias;
• Favorecer a interiorização de princípios universalizantes de justiça, tolerância,
solidariedade e cooperação;
• Proporcionar a autoconfiança, a autonomia e a realização pessoal.

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

• Saber das razões das escolhas pessoais e assumir a responsabilidade dos seus actos;
• Reconhecer-se como ser único e singular capaz de fazer opções;
• Participar activamente na sociedade reconhecendo-se como construtor da História;
• Respeitar e valorizar os outros na sua diversidade de seres, culturas e formas de estar;
• Compreender a importância do fenómeno religioso como parte integrante do indivíduo
e da sociedade;
• Reconhecer a originalidade do Cristianismo e valorizar o contributo da Igreja Católica
na construção da História;

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 113


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

3. Organização temática:

Conteúdos Operacionalização

Pretende-se:
- Desenvolvimento de atitudes;
- Desenvolvimento de capacidades;
Eu e os valores da Sociedade: - Aquisição de conhecimentos.
- Estou diferente; Valorizando experiências individuais
abordadas sob diferentes pontos de vista;
- Os meus direitos;
Recorrendo à pesquisa utilizando os recursos
- Os meus deveres;
disponíveis;
- A liberdade;
Desenvolvendo actividades que visem
- A felicidade;
desenvolver aspectos inerentes aos
- O amor humano;
conteúdos;
Promovendo o “espírito” de partilha e o
Eu e os meus desafios:
desenvolvimento do raciocínio com vista ao
- Os obstáculos a vencer;
estímulo da sociabilização.
- O gosto pela aventura
- Uma proposta de vida.
Privilegia-se:
- Reforço das capacidades de cada
Eu e os fenómenos religiosos:
aluno;
- O Deus e a Igreja de Jesus Cristo;
- Métodos de pesquisa adequados à
- Ecumenismo.
disciplina;
- Vocabulário e representações
comparticipadas;
- Aquisição de conhecimentos
inerentes aos módulos explorados.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 114


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

4. Orientações metodológicas
Pretende-se um percurso metodológico com sentido para os alunos que, por isso mesmo,
tenha em consideração as suas próprias referências e a necessidade de promoção activa do
aluno.
Nestes termos, consideram-se as seguintes orientações metodológicas:
- Gestão partilhada do programa com os alunos, por forma a desenvolver o sentido de
responsabilidade e a consciência dos percursos efectuados;
- Adequação do processo às necessidades manifestadas tendo em especial atenção as
diferenças pessoais e culturais;
- Contribuição para o desenvolvimento de condutas autónomas e de cooperação;
- Flexibilização na organização do trabalho de modo a permitir formas distintas de
interacção na turma;
- Reflexão sobre temas sugeridos pelos alunos que, cabendo nos objectivos
programáticos, manifestem os seus anseios e preocupações.

5. Orientações gerais para a avaliação:


A avaliação é, sem dúvida, um processo muito complexo, e tanto mais o é na disciplina de
EMRC, porquanto os seus objectivos fundamentais não residem, essencialmente, na aquisição
de novos saberes mas na assunção de atitudes e valores que permitam ao aluno alcançar os
mais elevados objectivos propostos pelo nosso sistema de ensino. Na verdade, se não se tem
a educação como simples instrução mas como algo de muito mais abrangente que procura
fomentar a liberdade, a responsabilidade, a solidariedade, a cooperação e a realização pessoal
do cidadão, como avaliar da assunção, pelos alunos, de atitudes e valores que manifestem tais
princípios?
Assim, a avaliação, considerada como quantificação de um resultado final, é quase
impossível pelo que se pretende, antes de mais, verificar da satisfação dos alunos na
prossecução dos objectivos propostos pela disciplina e da eventual alteração de
comportamentos associada à assunção de valores e atitudes e a correcção das actividades e
estratégias para a prossecução dos objectivos da disciplina.
Na disciplina de EMRC, são objecto de avaliação todas as produções escritas e orais dos
alunos decorrentes da sua participação na prática lectiva, quer sejam mais espontâneas quer
mais estruturadas, tendo sempre como referencial as atitudes e os valores manifestados.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 115


Projecto Curricular do 3º Ciclo do Ensino Básico

Objecto de avaliação Instrumentos de avaliação/observação

- Exposição;
- Debate;
Atitudes e valores: - Troca de impressões;
- Autonomia; - Interpretação e recriação de textos
- Sentido de responsabilidade; lidos;
- Auto-estima; - Leituras orientadas;
- Respeito pela opinião dos outros; - Fichas e instrumentos de trabalho
- Abertura aos outros; diversos.
- Interajuda; Para a construção de instrumentos de
- Valores morais evidenciados. observação serão tidos em consideração os
seguintes referenciais:
Actividades - Participação;
- Trabalhos elaborados; - Adesão ao trabalho;
- Compreensão evidenciada dos temas - Iniciativas tomadas;
abordados; - Respeito pelos compromissos;
- Contributo no trabalho da turma. - Organização pessoal;
- Cooperação;
- Responsabilidade;
- Comportamento.

Escola Secundária/ 3º Ciclo José Cardoso Pires 116

Você também pode gostar