Você está na página 1de 15

Ontem à noite vi um tolo

Ultrapassando o limite do mundo,


Não me atrevo a voltar atrás.
A história será gentil
E mantenha-me em sua memória.
E lembre-se do meu nome!
— The Toasters, "History Book".

Aqui podem ser encontradas duas variantes do Kith Exus, uma de grande beleza e nobreza,
e outra de membros desprezados e deserdados da Tribo. Os Exus particularmente notáveis
também fazem uma aparição aqui.

Por milênios, aqueles Kithain que visitaram as terras ancestrais dos Exus algumas vezes se
depararam com a corte de grandes califas e matriarcas, cuja aparência era radiante como a
aurora e cujas palavras retumbavam com poder e autoridade.
Esses líderes se assemelhavam aos Exus, com os quais os Kithain já estavam familiarizados,
embora possuíssem uma diferença: seus olhos queimavam com luz dourada como se
contivessem a essência do sol, e sua postura sugeria a força das montanhas e a graça dos rios.
O mais estranho de tudo é que os Exus, normalmente desafiadores e arrogantes, tratavam
seus governantes com grande deferência, às vezes beirando pura servidão. No entanto, assim
que estavam fora da presença do califa, os Exus voltavam ao normal e se recusavam a discutir
qualquer coisa sobre o encontro com o estranho governante que acabaram de conhecer. Se
pressionados, tudo que diriam é que assim como a aurora dá esperança ao mundo, estas
visitas também lhes indicavam a direção a seguir. E durante séculos isso foi tudo que os
outros Kithain souberam sobre eles, para sua frustração.
É claro que isso acontece porque os Escolhidos de Exú não são tolos e sabem muito bem
que, quando se têm uma vantagem é necessária mantê-la pelo máximo de tempo que
puderem. Assim, eles permitiram que muitos poucos soubessem sobre a existência dos Obas.
Eles são simplesmente muito raros e importantes demais para a Tribo para permitir que sua
existência se torne pública, permitindo que os inimigos dos Elegbara os tornem alvos. Tais
medos não são completamente infundados. Os Obas são o coração pulsante da Tribo, a
última linhagem de sangue puro descendente do próprio Elegbara. E portanto, eles são
incumbidos com as responsabilidades mais sagradas da Tribo - proteger as poucas terras que a
Tribo ainda pode verdadeiramente chamar de lar e impedir que a Tribo se desintegre,
atuando como líderes e guias espirituais. Embora um Exu de Concórdia possivelmente nunca
vai chegar a se encontrar com um, ou sequer saber que eles existem, todos os Elegbara sentem
a presença dos Obas em seus corações, e quando um morre, toda a Tribo fica sabendo.
Mesmo para os Iku, os Obas são a coisa mais próxima que estes Elegbara reconhecerão como
governantes de sua espécie, e isso por si só deveria convencer os céticos do quão importante
eles são para a Tribo.
Os jovens Obas são praticamente idênticos ao resto dos Exus, exceto pelos olhos, que
brilham com intensa luz dourada ou suave luz prateada, dependendo se são Ojo ou Iku por
natureza. A maioria nasce em famílias nobres e são educados para governarem os tronos que
acabarão por assumir, aprendendo as artes da guerra, política e liderança. No entanto um
número crescente nasce em circunstâncias menos favoráveis, e deve suportar anos de privação
evitando a Banalidade até que sua verdadeira natureza finalmente venha à tona. Obas
também são lendários pelos problemas que causam durante seus anos como Infantes e
Estouvados, compartilhando o mesmo amor pela aventura e a fraqueza por desafios de seus
primos. Eventualmente, no entanto, começam a sentir um chamado mais profundo, fazendo-
os voltar às terras onde nasceram. Após seu retorno, eles são recebidos por outros Obas e
passam por ritos secretos, emergindo em sua plena glória, finalmente, como líderes e guias
espirituais para seus irmãos Elegbara.
A organização dos Obas é desleixada na melhor das hipóteses; há, talvez, três dúzias deles
com títulos, e durante a maior parte do tempo eles se preocupam com a tarefa de
supervisionar os assuntos cotidianos de suas terras, tanto mundanas quanto quiméricas.
Embora as leis que eles possam impor dependam fortemente de serem Ojo ou Iku, todos os
Obas são amplamente respeitados por sua sabedoria, justiça e hospitalidade e sem dúvida
ajudarão aqueles amigos Elegbara que precisarem de ajuda, desde que tais hóspedes se
comportem adequadamente e não se importem em realizar algumas tarefas domésticas. O
mais importante é que, duas vezes por ano, os Obas se reúnem secretamente em um grande
conselho para discutir assuntos de importância dos Elegbara como um todo. Essas reuniões
duram até duas semanas, dependendo do quanto há para se discutir e quanto tempo o debate
levará para ser resolvido. No final do conselho, um voto simples decide qual curso de ação ou
palavras de sabedoria eles desejam passar para os Elegbara em relação aos assuntos que os
preocupam. Batedores de confiança são então imediatamente enviados para os mais distantes
cantos do mundo com o resultado dessas decisões.
Para evitar que sejam descobertos, os Obas têm o cuidado de envolver esses
pronunciamentos com uma nova história ou como algum conhecimento desenterrado, de
modo que simples ouvintes não percebam a verdadeira importância do conto. Todos os Exus
sabem instintivamente que o que estão ouvindo é importante, embora não saibam
exatamente porque, a menos que estejam cientes dos Obas. Embora certamente não sejam
obrigados a prestar atenção nessas proclamações, até mesmo os Iku mais rebeldes irão pensar
seriamente sobre elas. Esta é a verdade ancestral da Tribo, antes de tudo, e suas opiniões tem
grande peso.

À primeira vista, os Obas se parecem com seus primos Exus: altos, esbeltos, graciosos,
orelhas pontudas e vozes encantadoras, entretanto neles esses aspectos se acentuam até a mais
pura perfeição, fazendo com que os Obas sejam extremamente belos em seu semblante
feérico. O mais impressionante, no entanto, são seus olhos - meramente salpicados de
dourado ou prateado antes de assumirem um título, os olhos dos Obas suavemente vão se
tornando orbes brilhantes, como sóis ou luas em miniaturas, uma vez que eles assumam o
trono. Este brilho muda conforme seu humor; tornando-se mais brilhante quando irritados
ou entusiasmados, e diminuindo para um brilho contido quando se encontram felizes ou em
paz. Embora alguns Obas mais vaidosos se vistam, usando adornos luxuosos, a maioria
prefere usar vestes comuns de suas terras, com talvez uma ou duas pequenas mudanças para
indicar sua posição. Isto reflete tanto a forma como se vestem feericamente quanto em seus
hábitos mundanos, mas ninguém nunca irá confundir um oba com um plebeu. Sua postura
indica sua linhagem, uma linha de nobreza que se estende até a aurora dos tempos. Devido à
pureza natural de sua linhagem, os Obas descendem apenas de Africanos, Indianos ou
originários do Oriente Médio que sejam puros e que não sofreram miscigenação em sua
linhagem.
Nota: Obas são considerados um Kith nobre, assim como os Sidhe; mesmo aqueles sem
título exigem que o nível  da Alçada Fada, Nobre Imponente, seja utilizado para afetá-los
com truques.
Afinidade: Cena

Sendas Espirituais: Idêntico ao Direito Inato dos Exus; este é um reflexo dos anos
problemáticos que os Obas vivem antes de se estabelecer e assumir sua responsabilidade. Este
Direito Inato é perdido para sempre logo que o oba assuma um título, sendo substituído pelo
Direito Inato Manto dos Orixás (abaixo).
Manto dos Orixás: Idêntico ao Direito Inato dos Sidhe, Respeito e Beleza. Somente os
Obas que legitimamente possuem um título e regem um território reconhecido por seus
companheiros recebem este Direito Inato.
Antes disso, eles são considerados muito imaturos e não preparados para receber a glória
desse poder, independentemente de qual seja sua idade e experiência de vida. Quando o oba
é considerado pronto, este Direito Inato é ativado como parte das cerimônias secretas
necessárias para a coroação.
Obas não podem se ligar a terras fora da África, da Índia ou do Oriente Médio; todas as
tentativas de reivindicar terras em outros lugares falharam, e em alguns casos até resultaram
na morte do oba, já que a própria terra se rebelou e os engoliu por completo. Por essa razão,
Obas raramente, ou nunca, serão encontrados fora dessas terras, exceto nas circunstâncias
mais extremas.
Obas nunca sofrem falhas críticas em testes envolvendo Empatia ou Liderança.
Historiagem: Idêntico ao Direito Inato dos Exus. Seus contos têm grande peso, pois
transmitem sabedoria a toda a Tribo.

Imprudência: Idêntica à Fraqueza dos Exus; esta Fraqueza é perdida para sempre logo que
o oba assume um título, sendo substituída pela Fraqueza Solo Nativo (abaixo).
Solo Nativo: Os Obas estão presos literalmente às terras que amam. Assim que assumem
um título, eles se tornam ligados às terras que regem e não podem deixá-las por muito tempo,
nem sua contraparte no Sonhar Próximo, sem acabar ficando doentes e eventualmente
definharem até desaparecerem. Sua proibição não inclui viajar para o Sonhar Distante ou
Profundo, mas eles detestam deixar suas terras por longos períodos e não concordarão em
deixa-las a menos que a necessidade seja realmente grande. Obas podem ficar longe de suas
terras por até um ciclo lunar completo. Após este período eles começam a perder níveis de
vitalidade à taxa de 1 por dia, que não podem
ser curados por nenhum meio até que o oba
retorne à sua terra. Os Obas estão sempre
cientes de seu limite de tempo. Fora de suas
terras, os Obas recebem uma dificuldade de
+1 em todos os seus testes devido à dor e
distração constante.

“Nossas palavras são as


palavras das rochas, das
árvores, dos rios e dos
céus. Nós ouvimos os
orixás, e então
transmitimos a sua
vontade ao nosso povo.
Que missão pode ser
maior do que proteger a
sua própria família?
Embora odeiem admitir isso, até os Escolhidos de Exu têm seus segredos sombrios, e um
deles são os Aithu. Embora sejam semelhantes em sua aparência, os Aithu são a corrupção de
tudo o que os Elegbara representam. Os Exus gostam de viajar sozinhos, enquanto os Aithu
normalmente viajam em pequenos grupos de saqueadores, de preferência com outros de sua
própria espécie. Os Exus contam histórias para entreter e iluminar, enquanto os Aithu usam
seu dom com as palavras para roubar os inocentes e os incautos. Os Elegbara são sinônimos
de dignidade e perseguem as paixões que escolhem com graça e estilo; os Aithu são grosseiros
e rudimentares, se divertindo com humor rasteiro e passatempos considerados imaturos até
mesmo para crianças pequenas. Os Exus seguem o caminho do destino ou da liberdade,
como convém à sua natureza, e atendem ao chamado da aventura; os Aithu, por outro lado,
não enxergam nada no horizonte e fogem ao primeiro sinal de problemas ou quando o
caminho se torna mais duro. Os Elegbara dizem que os Aithu surgiram como resultado de
humanos ignorantes pervertendo histórias de seus irmãos Iku, transformando-os de nobres
trapaceiros em pouco mais do que saqueadores e bandidos. À medida que essas histórias se
multiplicavam, os Aithu também se multiplicavam, e é por isso que até hoje eles viajam em
grupos. Eles até mesmo corromperam o próprio nome dos Elegbara, distorcendo-o no vulgar
Aithu, que é talvez o maior crime de todos aos olhos dos Escolhidos de Exú.
Estas diferenças, combinadas com o fato de que os grupos de saqueadores formados pelos
Aithu frequentemente atacavam as terras que os Elegbara chamavam de lar, não deram aos
Obas outra escolha senão declarar guerra a eles há vários séculos atrás, procurando afastá-los
do mundo para sempre. Foi uma guerra realizada longe dos olhos dos outros Kithain, que se
espalhou por toda a África e até mesmo pelo Oriente Médio e partes da Europa Oriental. No
início foi um combate quase equilibrado, pois apesar da sua magia poderosa e coragem
superior, os Elegbara ainda lutavam sozinhos, como era seu costume, enquanto os Aithu
viajavam em grupos que frequentemente dominavam os seus adversários solitários por meio
da sua maior quantidade. No entanto, finalmente, a ira dos Obas transformou-se em furor de
batalha e, cheios de ódio, lideraram os primeiros e últimos grandes grupos de guerra dos
Elegbara contra seus inimigos. A devastação foi terrível e as baixas foram pesadas em ambos
os lados, mas no final os Elegbara triunfaram como eles sabiam que o fariam. Os poucos
Aithu sobreviventes foram capturados e banidos para um reino distante do Sonhar, onde se
acreditava que eles iriam definhar até o fim dos tempos.
No entanto, no último ano, um batedor de confiança comunicou que rastros
contundentes dos Aithu tinham sido encontrados numa região do Sudão devastada pela
guerra. Seguindo estas pistas ele chegou a um acampamento que, embora abandonado devido
a aproximação do batedor, confirmou não só que os Aithu tinham regressado, como também
que seus números estavam aumentando rapidamente. Pior ainda, na pressa de fugir do local,
eles haviam deixado para trás provas que, não só confirmaram que havia mais bandos de
Aithu ativos na África, como também que vários grupos deles já haviam se infiltrado na
Europa e em Concórdia. Embora odeiem tornar público esse assunto confidencial, os Obas
sabem que chegou a hora deles deixarem os Kithain saberem da existência desses primos
perversos, antes que eles manchem o nome dos verdadeiros Elegbara para sempre. Agora
tudo o que resta para ser descoberto é o quão difundidos eles já se tornaram.
Deixados à própria sorte, a maioria dos Aithu se reunirá em bandos de sua própria
espécie, ou, se isso não acontecer, com outros vilões que compartilham seu amor por roubos
e trapaças. Grupos de Aithu engenhosos (sim, existem alguns) usam seus números e Direitos
Inatos para criar elaborados esquemas de estelionato, possivelmente envolvendo uma dúzia
ou mais de indivíduos de uma só vez. Afinal de contas, mesmo as pessoas mais desconfiadas
não tendem a esperar que um grupo inteiro de pessoas aparentemente inocentes possa estar
trabalhando em conjunto para enganá-las. Os Aithu mais preguiçosos ou menos inteligentes
simplesmente formam gangues de rua ou clubes de motoqueiros e viajam para onde
quiserem, usando o poder de sua voz para manter os mortais em cativeiro enquanto roubam
casas ou bairros inteiros, para depois fugir se escondendo debaixo da cortina das Brumas. Os
Aithu preferem a companhia de outros como os seus, mas vão trabalhar com outros Thallain
e membros da Corte Sombria se nenhum de sua própria espécie puder ser encontrado,
adotando efetivamente estes amigos como seu novo bando. Eles detestam os Exus e Obas,
independentemente da Corte, e nunca manterão contato com eles por muito tempo, exceto
para traí-los ou para causar a eles o máximo de dano possível. Em batalha, os Aithu gostam de
usar seus números a seu favor, e com tempo para se prepararem, eles tentarão usar sua
capacidade de disfarce para atrair seus inimigos em emboscadas cuidadosamente arranjadas,
surpreendendo sempre que possível. Entretanto, eles não são conhecidos por sua coragem e a
maioria recuará se feridos ou mesmo se simplesmente parecer que a luta está caminhando
para um destino não favorável para eles. Os Aithu normalmente se dedicam de forma
surpreendente realizando grandes trabalhos para realizar seus esquemas, mas depois fogem da
cidade para se divertir e fazer o mínimo de esforço possível até que o dinheiro se esgote,
quando então este ciclo recomeça.

Quando necessário, a maioria dos Aithu pode se passar por um Exu bastante desgrenhado,
embora suas diferenças se tornem mais óbvias quanto mais próximo um se aproxima do
outro. Os Aithu são ligeiramente mais baixos do que seus primos Exus, com orelhas menos
pontudas também. Enquanto a maioria dos Exus são bastante esbeltos, os Aithu parecem
magros e desnutridos, não importa o quão bem nutridos eles estejam. Seus cabelos se
emaranham naturalmente, enquanto seus olhos são escuros, selvagens e inteligentes, como os
de um animal necrófago à espreita, e eles estão sempre agitados, sempre procurando a saída
mais próxima. Os Aithu têm pontas leves, mas perceptíveis, em seus dentes, que muitas vezes
eles escondem, sorrindo apenas pouco antes de ativar uma armadilha. Eles gostam de roupas
finas e acessórios de luxo, mas tendem a vesti-las rapidamente e com desleixo, de modo que
mesmo suas roupas mais novas parecem ligeiramente desalinhadas. Apesar de seu retorno
relativamente recente, devido a seus hábitos de reprodução rápida já existem Aithu de
praticamente todas as raças que se pode imaginar, embora ainda predominem aqueles de
características africanas e mediterrâneas.
Nota: Os Aithu são um Kith Thallain e como tal não possuem um Legado Seelie, mas sim
dois Legados Unseelie que se alternam entre si. Isto também significa que os truques exigem
que o Reino Fada , Gallain Indefinível, seja utilizado contra eles.
Afinidade: Ator

Transe: Todos os Aithu têm vozes encantadoras, como seus primos Exus, mas com o
tempo eles desenvolveram uma maneira muito específica de usar suas vozes para ajudar a
enganar suas presas. Eles podem tentar prender um público com o poder hipnótico de suas
vozes, dando ao Aithu uma chance de escapar ou tornando seus alvos presas fáceis para seus
aliados. Os alvos não podem ser agredidos de forma alguma ou o efeito é imediatamente
quebrado, embora os alvos sejam tratados como surpreendidos no primeiro turno de combate
devido à distração da magia. Note que isto não proíbe roubar carteiras, joias ou outros furtos
não agressivos. Uma vez terminada a história, as Brumas garantem que os mortais geralmente
não se lembram do uso deste Direito Inato. (Criaturas sobrenaturais podem, a critério do
Narrador, rolar metade de sua Força de Vontade contra uma dificuldade 8 para lembrar que
algo não parece certo). Para usar o Transe, o Aithu deve começar a contar uma história, gastar
um ponto de Glamour e rolar Manipulação + Persuasão, resistido pela Força de Vontade do
alvo. Se o Aithu conseguir pelo menos um sucesso a mais, o alvo fica congelado até que o
Aithu termine de falar ou o efeito seja interrompido como descrito acima. Obas e Exus são
completamente imunes a este Direito Inato. É impossível para um Aithu sofrer uma falha
crítica em um teste de Lábia ou Esportes.
Aspecto Enganoso: Os Aithu possuem alguns dons naturais para a mudança de forma e
gastando um ponto de Glamour e sendo bem sucedido em um teste de Aparência + Lábia
(dificuldade 7), podem alterar sua aparência para se parecerem com uma pessoa idosa
bondosa ou como uma jovem bonita e ingênua. Esta mudança dura até 1 hora por sucesso.
Os Aithu geralmente empregam estes disfarces não ameaçadores apenas para envolver melhor
suas vítimas desprevenidas ou para escapar de vítimas zangadas com os golpes sofridos.
Pessoas específicas não podem ser imitadas com este Direito Inato, nem pode alterar
drasticamente a altura e o peso do personagem, embora a aparência do outro sexo possa ser
imitada se o Aithu desejar. Finalmente, não altera nenhum detalhe “científico” do Aithu
(impressões digitais, padrões de retina, etc.), nem altera de forma alguma os Atributos de um
personagem, é uma transformação puramente superficial, embora convincente. Os fae
desconfiados podem ver através do disfarce, obtendo mais sucessos que aqueles conseguidos
inicialmente pelo Aithu em um teste de Percepção + Tino; da mesma forma, Pródigos atentos
podem tentar testes similares a critério do Narrador.
Este Direito Inato nunca pode ser ativado diante dos mortais, mas um Aithu que já está
transformado pode usar seu disfarce na presença deles normalmente. As Brumas protegem os
Aithu que voltam à sua verdadeira forma diante de testemunhas mundanas.

Enfeitiçado: Há uma maneira fácil de diferenciar um Aithu de seus primos Exus: Aithu
não suportam ouvir as histórias dos outros, porque eles facilmente se envolvem com elas e
caem em um estado muito parecido com o causado por seu próprio Direito Inato. Para evitar
isso, eles a interrompem constantemente, tentam mudar de assunto ou procurar uma outra
forma de interromper os esforços dos outros para contar histórias. Se alguém for
particularmente persistente, o Aithu se tornará abertamente hostil e procurará se retirar da
presença do narrador o mais rápido possível. Pequenas histórias, tais como alguém relatando
o que fez na escola ou um pequeno incidente que aconteceu um dia quando tinha cinco anos
de idade, não desencadeiam esta Fraqueza, embora ainda sejam bastante irritantes para os
Aithu. Apenas histórias mais longas e mais envolventes o desencadeiam (a critério do
Narrador). Por alguma razão, Aithu do bando e outros Thallain nunca acionam esta
Fraqueza, embora mesmo assim os Aithu gostem de ser o centro das atenções e sejam
bastante rudes com aqueles que tentem impedi-los disso.
Sempre que o Narrador sentir que o personagem foi exposto a muita narrativa
ininterrupta, ou sempre que o Aithu for o alvo de um teste Social apropriado, o personagem
deve fazer um teste de Força de Vontade (dificuldade 8). Uma falha significa que o Aithu está
em transe durante toda a história. Além do mais, quando a história termina, ele também se
sente compelido a devolver qualquer coisa que tenha roubado do alvo ou a oferecer ao
contador de histórias um pequeno favor ou pequeno presente como pagamento pelo seu
conto (alguns dólares, uma única refeição, etc.).

Se importa se meus amigos e eu sairmos do frio por um momento? Não vamos demorar.
Mesmo entre os Elegbara, alguns são considerados mais notáveis do que outros. A seguir
estão alguns daqueles que conquistaram um grande nome para si mesmo dentro (e em muitos
casos, fora) da Tribo.

Todos os Elegbara fazem orações a Scherezade, a Senhora das Lendas, especialmente


aqueles que frequentemente se encontram a um mero conto de um desastre. Alguns até
afirmam que ela apareceu em sonhos e visões para ensinar um conto àqueles que precisam
urgentemente de um para salvar suas vidas, embora a verdade de tais histórias seja impossível
de verificar. Em todo caso, os Elegbara a reverenciam como uma das primeiras e maiores
orixás a surgir nas fileiras da Tribo, e a expressão comum dos Exus "Que você viva para contar
mil contos" tem suas origens nas primeiras manifestações de sua lenda.
Pouco se sabe sobre a vida de Scherezade além do que ela mesma escolheu contar (na
verdade, outro nome comum para ela é a Senhora dos Véus) e aquilo que tanto os mortais
quanto os Elegbara têm transmitido ao longo das gerações. No entanto, dois elementos
importantes escaparam dos relatos mortais de sua vida: o primeiro, é a lendária “Propriedade
Livre flutuante” conhecida simplesmente como o Círculo de Scherezade, que é descrita na
íntegra no Apêndice. A segunda diz respeito aos seus descendentes, que continuam a ser uma
fonte de orgulho e frustração para a tribo.
Como dizem os Elegbara, embora no início Scherezade fosse uma mera serva dos caprichos
de seu sultão, uma vez que ela conquistou suas graças, ela acabou gerando cinco filhos dele.
Dois eram filhos únicos, e três eram filhas, trigêmeas, que tinham um dom para a profecia,
mas foram amaldiçoadas por uma das esposas invejosas do sultão para levar a desgraça onde
quer que fossem. De fato, tal foi o caos que se seguiu a elas que Scherezade teve que pedir ao
sultão que poupasse suas vidas com a melhor história de sua vida. Quando acabou, ele
concordou em poupar-lhes de suas lâminas, mas decretou que fossem separadas para sempre,
para que não acabassem com o seu reino de uma vez por todas.
Zangadas e amarguradas com o seu exílio, as três filhas -
todas elas Elegbara – lançaram uma maldição em troca,
selada com o seu próprio sangue: que,
se um dia três dos seus filhos se
juntassem, queimariam todo o
Oriente Médio em chamas. Assim
dizendo, desapareceram da face do
mundo. Diz-se que Scherezade todas
as noites sussurrava uma história ao
vento para mantê-las seguras, mas
nunca mais as viu. De vez em quando,
porém, surgia um Elegbara ou um par
deles, cujo dom para contar histórias
era claramente a marca de uma grande
linhagem e cujas vidas enriqueceram a
Tribo, mas cuja chegada era
anunciada por desastres em todas as nossas pátrias. Alguns dos mais velhos afirmavam que,
naqueles tempos, se podia ouvir o soluçar suave de uma mulher sobre os ventos do deserto.
Assim continua o ciclo. Não se ouve notícias de nenhuma das linhagens de Scherezade
conhecidas há quase dois séculos, mas a grande ifa mostra sinais de que dois já estão à solta
em algum lugar do mundo e que o surgimento da estrela negra significa que uma terceira está
também vagando pelo mundo. Se eles se reunirem, isso poderia significar o início do Longo
Inverno... ou anunciar uma nova Primavera para todas as tribos.

Jack cresceu sempre um passo à frente da lei em um bairro violento em Trenton, Nova
Jersey, no início dos anos 80. Ele não era um criminoso insensível como muitos de seus
colegas, mas sua raiva contra o tratamento injusto que recebeu desde a infância sempre o
colocou em apuros, embora ele tivesse um talento nato para não ser pego por nada realmente
ruim. Um dia sua sorte acabou, e ele foi levado perante um juiz por algo que ele não poderia
pagar com apenas um mês atrás das grades e bom comportamento. O juiz lhe deu uma opção
e ele acabou se alistando na Marinha pelo tempo que pudesse, imaginando que pelo menos
assim ele sairia da cidade e conheceria o mundo.
O trabalho duro e a disciplina do navio estragaram esses sonhos, e ele começou a se meter
em problemas novamente. Ele não possuía um propósito, nem uma visão de futuro, apenas
uma vida inteira de frustrações à sua frente. Um dia, ele estava sentado em um boteco em
uma de suas raras licenças quando uma banda punk local subiu ao palco e mudou sua vida.
No entanto, o punk não era a peça que faltava em seu quebra-cabeças. Ele foi a inspiração
para dizer "foda-se" o quebra-cabeças, jogue estas peças no lixo e apenas viva sua vida. Em uma
noite ele se tornou um desertor da marinha, punk, Elegbara, e Iku confesso de uma vez só.
Ele atuou como roadie em uma dúzia de bandas punks antes de se juntar à algumas
bandas. Ele adorou ver como a crescente onda Punk deixou a sociedade cada vez mais aflita,
enquanto lamentava as mudanças causadas por ela. Ele lutou contra os neonazistas que
tentaram deturpar o gênero e recebeu seu
apelido, "Trem Negro", tanto por sua
capacidade de atacar seus oponentes quanto
por sua necessidade de estar sempre na
estrada.
Apesar da vida que levava tê-lo mantido
jovem por um bom tempo, um dia a "Rezinguice"
chegou e ele voltou para casa em Jersey. (Tudo é
legal em Jersey). Ele continua a fazer shows, dar
conselhos para bandas e apoiar a música que ama. Ele
retira Glamour tanto do frenesi louco do empurra-
empurra quanto da ideologia das letras. Ele é um
anarquista declarado e vê os Sidhe como sendo tão
ruins, se não piores, que os políticos mortais. Ele
é procurado por vários crimes de vários graus,
mas os cavaleiros enviados para pegá-lo sempre
levam a pior quando acham que o pegaram.
Então, a menos que ele faça algo realmente
ultrajante, ambas as cortes preferem deixá-los em paz. Ele também atua como mentor e porta-
voz dos jovens Iku.
Na maioria das noites ele pode ser encontrado trabalhando na porta do DisHarmony, um
pequeno bar no centro da cidade que ele tornou famoso pelos shows punk nas noites de
quinta, contando histórias e brincando com os jovens enquanto afasta aqueles que aparecem
só para arrumar problemas. Apesar dele ter dez anos ou mais que a maioria dos punks que
frequentam o local, ele não tem medo de perder a mão ou envelhecer. É bem provável que
quase todos os Iku de Concórdia já ouviram ao menos uma música de uma de suas muitas
bandas.

Há alguma discordância sobre se esta enigmática Elegbara, um membro autoproclamado da


Corte Sombria e “Rainha Vodu de Nova Orleans”, é na verdade a senhora original desse nome,
como muitos de seus admiradores afirmam, ou se é apenas alguém que tirou seu nome do orixá
que surgiu a partir das histórias dele. Mas mesmo os fae mais céticos sentem um momento de
incerteza quando olham nos olhos brilhantes de Marie. De sua parte, Marie não diz nada, mas
sua semelhança misteriosa e seu domínio das artes mais sombrias da magia feérica são o
suficiente para convencer a maioria de seus companheiros Unseelie a não se arriscar a duvidar
dela. Em seus momentos de descontração, ela afirma que foi capaz de construir toda a sua
organização criminosa sem usar qualquer tipo de ameaça. Os críticos respondem dizendo que se
ela desejasse que alguém cooperasse, ela poderia facilmente garantir que as evidências de sua
magia (ou de sua vítima) nunca fossem encontradas.
Marie apareceu pela primeira vez na área de Nova Orleans há cerca de dois anos e, como era
de se esperar, tornou-se imediatamente inimiga jurada da Duquesa Lisette Levay, que já se
denominava como chefe da comunidade vodu de Nova Orleans, e se gabava de seus laços com a
Corte Sombria, começando assim uma amarga disputa por território. Fanáticos lutaram de
ambos os lados: alguns que afirmavam que Marie era uma pessoa que estava apenas usando o
nome e era uma charlatã, outros que acreditavam que ela tinha chegado para resgatar a cidade
das garras de sua líder imatura e impulsiva. Como sempre, Marie sempre pareceu calma, como o
olho de um furacão, mantendo um rosto amistoso e recatado
em público enquanto mantinha um controle rigoroso sobre
os esforços de guerra nos bastidores. Nova Orleans
tornou-se um campo de batalha para todos os tipos de
forças sombrias, e os Kithain foram forçados a
tomar um partido ou fugir para manter suas
próprias almas conforme o uso da magia aumentava
cada vez mais e ambos os lados esperavam
conseguir um golpe final. Enquanto isso, a Corte
Sombria também esperava, entusiasmada para ver
quem ganharia o teste de força e, assim, seu
apoio.
Felizmente para Marie, o impasse
terminou por causa da combinação de
eventos imprevistos. O furor envolvendo
o desaparecimento do Grande Rei
David, que Lisette esperava aproveitar para obter o controle de todo o Reino dos Salgueiros, e o
retorno dos Sidhe há muito perdidos da Casa Beaumayn que imediatamente reivindicaram a
região para si. Sentindo esses duros golpes, a Duquesa Levay recuou, ou foi finalmente derrotada,
dependendo de quem conta a história. No entanto, independente da verdade, Marie agora
governa a partir do Bayou, e a vida festiva dos changelings de Nova Orleans retornou, embora
com um elenco visivelmente mais sombrio do que antes. Quanto ao que ela planeja fazer com a
região agora que ela a possui (pelo menos nominalmente), só Marie sabe. Ela tem sido vista nos
cemitérios muitas vezes tarde da noite, com ferramentas para o que parece ser um ritual estranho,
e há aqueles que começaram a se perguntar se ela não poderia realmente fazer parte da Corte
Sombria afinal de contas.
Para os olhos mortais, Marie é a própria imagem de seu homônimo, uma bela garota sulista
com pele café com leite, olhos encantadores e uma voz baixa e rouca que é positivamente
magnética sobre aqueles que ela aprecia ou fogo puro para aqueles que ela desgosta. Em seu
Semblante Feérico, ela é muito parecida com o que você obteria se pedisse a uma criança para
descrever uma sacerdotisa vodu, cheia de lenços e joias cintilantes, com uma série de encantos
místicos, alguns reais, outros não, e um ar quase palpável de mistério sobre ela. Ela é calorosa e
graciosa com seus convidados e tem uma reputação difundida na Tribo por ajudar os
necessitados com o tipo de favores que somente sua magia pode proporcionar... por um pequeno
favor ou dois em troca, é claro. E embora apenas muito poucas pessoas saibam disso, ela está
profundamente e poderosamente envolvida com a Corte Sombria, e todos os Elegbara que se
juntarem a ela acabarão fazendo algum tipo de negócio com a Corte. Ela gosta do fato de que,
como ela reconheceu publicamente seus laços com a Corte, ninguém acredita que ela
verdadeiramente faça parte dela, e ela usa as vantagens que esta imagem lhe oferece o maior
numero de vezes possível.

Embora seja o mais recente em centenas, se não milhares, de nomes e apelidos que ele
assumiu em sua longa e interessante vida, Dice é sempre rápido em dizer a qualquer um que
pergunte que seu nome atual é o seu favorito de todos. “Capta o espírito dos tempos,” ele
dirá, com um piscar de olhos e um sorriso. “Deus não pode
jogar dados com o universo, mas eu sim. E pretendo
ganhar!” Isto é, assumindo que um Elegbara tenha a sorte
de se encontrar cara a cara com este lendário viajante.
Dice é muito difícil de se encontrar, mesmo para um da
Tribo, e sua mania de desaparecer por uma dezena de
anos ou mais e depois reaparecer com um novo rosto
sobre sua velha alma não ajuda em nada.
Alguns dos Elegbara mais jovens, acreditam que essa
mudança constante é o resultado de suas mortes e
renascimentos sucessivos, que o transformaram em
uma figura de tragédia quase cartunesca, sempre
caindo em uma armadilha e depois reencarnando de
forma despretensiosa. No entanto, Dice não parece
se importar com essa reputação, e há alguns que
afirmam que ele acrescenta alguns dos seus melhores
contos para manter vivo este mito sobre si próprio. No entanto mesmo aqueles que
concordam com isso, não negam a grande sabedoria e poder que Dice possui, nem seu
soberbo histórico de aparecer para ajudar outros Elegbara em perigo. Ele se tornou algo como
um anjo da guarda dentro da Tribo, a cavalaria que chega a tempo de resgatar aqueles que
normalmente são os próprios salva-vidas. Dezenas de Elegbara possuem um débito por toda a
vida com ele devido a tais circunstâncias, mas ele apenas sorri se eles mencionarem isso,
dizendo que isso é apenas o que eles fariam por ele se suas posições estivessem invertidas. Da
mesma forma ele não fica se exibindo por causa de seus poderes consideráveis, alegando que
eles não são nada que os outros não poderiam aprender se eles mantivessem seus olhos e
ouvidos abertos por algum tempo.
Entretanto, poucos suspeitam da verdadeira razão por trás da habilidade mágica e da
memória aparentemente impecável de Dice: ele é um Síocháin, um dos raros changelings, um
fae que equilibrou perfeitamente as metades gêmeas de sua natureza e, ao fazê-lo, tornou-se
efetivamente imortal. Sua última reencarnação real foi quase mil anos atrás, embora ele tenha
trocado de aparência com frequência para impedir que tanto amigos quanto inimigos
descubram seu segredo. Seu rosto atual, o de um jovem ile-titu, um homem branco, só revela
muito sobre sua atitude brincalhona em relação às expectativas dos outros, tanto dentro
quanto fora da Tribo. Apesar da crença de muitos Rezingões, Dice é totalmente Ojo, pois
embora ele tenda para o lado brincalhão do legado de Exu, seus gracejos são sempre feitos
com uma lição em mente para aqueles dispostos a aprender e rir de si mesmos.
Sua tremenda expectativa de vida permitiu que ele se tornasse o que todo Elegbara sonha
ser. Ele é fluente em centenas de línguas, mestre de mais de meia dúzia de Artes, tendo
caminhado em cada grande trilha e Trod na Terra e no Sonhar, e testemunhado mais atos e
contado mais histórias do que a maioria das pessoas tem cabelos na cabeça. Sua lendária
irreverência, nada mais é do que sua forma de lidar com o peso de tantos anos, e esconde
uma alma nobre dedicada a ensinar e guiar seus companheiros Elegbara para o destino que
ele próprio já alcançou.
Aqueles que viram Dice nos últimos tempos afirmam que ele se tornou cada vez mais
interessado em recuperar uma relíquia misteriosa, que uma vez pensaram estar localizada na
Ilha dos Poderosos, mas agora se encontra perdida em mãos desconhecidas. Apesar dele se
manter inexplicavelmente calado sobre o que ela faz ou mesmo porque se tornou seu dever
recuperá-la, histórias começaram a circular dentro da Tribo de que ele começou a pedir ajuda
a outros, o que por sua vez deixa os mais velhos preocupados. Se alguém tão grande como
Dice está pedindo ajuda, então o que dizer sobre o poder deste artefato?

Embora ela tenha descoberto sua natureza Elegbara apenas no ano passado, a mais nova e
jovem dos Obas já está construindo um nome para si em uma Tribo cheia de lendas. Ela abriu
sua Propriedade Livre (um castelo dourado conhecido como a Pérola da Aurora) para membros
de todas as tribos. Ela espera ajudar a criar um parlamento changeling mundial, onde nobres e
plebeus possam resolver suas diferenças e aprender a trabalhar juntos em vez de lutar uns
contra os outros, como fazem com frequência. O castelo circunda um oásis Exuberante e está
na convergência de vários grandes Trods no Sonhar. No reino mortal ele está localizado nos
arredores de uma pequena cidade rural no oeste da Nigéria.
Diante do último conselho oba, resplandecente em seu traje tradicional e com uma
brilhante coroa de verdades sobre sua fronte, ela lhes contou sobre sua visão e como pretendia
colocá-la em prática. Impressionado com sua convicção, o conselho lhe concedeu o direito de
revelar sua corte ao mundo e está observando com grande expectativa para ver o quão bem
sucedida ela será.
Embora ela saiba que o caminho à frente é longo e a tarefa que escolheu é muito grande,
Zubaidah se dedica ao seu objetivo de unir os fae. Ela já deu os primeiros passos para a
construção do pacto que imaginou, enviando convites para os fae de Concórdia, dos Feudos do
Paraíso Reluzente e da Ilha dos Poderosos, apelando a todos os fae para se juntarem a ela na
Pérola da Aurora, ou pelo menos ouvir suas palavras. Ela também enviou convites aos Nunnehi
de Concórdia, aos Menehune do Havaí, aos Impérios dos Inanimae, às Cortes Submarinas e
até mesmo aos reclusos Hsien do Oriente na esperança de criar um corpo verdadeiramente
representativo. Ela é bastante pragmática para perceber que as chances de adesão destes grupos
“estranhos” são, na melhor das hipóteses, improváveis, levando em conta o ambiente político
atual. Ainda assim, ela tem esperança, e suas palavras possuem uma verdadeira convicção que
não passou despercebida nem mesmo por aqueles grupos que recusaram seus convites.
Nascida entre treze irmãos de uma família ioruba bastante próspera e tradicional, Zubaidah
vem desde pequena se mostrando capaz de esfriar os ânimos e construir pontes, para não
mencionar que os seus esforços são notados por todos que a rodeiam. A sua infância na Nigéria
foi feliz e cheia de lendas antigas e contos populares. Na verdade, é uma surpresa para os outros
Obas que, com um passado como este, ela não tenha despertado sua natureza Elegbara mais
cedo. A própria Zubaidah simplesmente aceita isso como a vontade dos orixás, que conhecem
os segredos do tempo e do destino melhor do que qualquer mortal. Ela é uma bela jovem com
traços elegantes, pele da cor do céu noturno e olhos como o sol ao amanhecer. Como mortal,
ela frequentemente é encontrada usando trajes casuais do Ocidente, mas seu semblante feérico
está sempre vestindo o tradicional vestido cerimonial ioruba, sempre com algum acessório de
ouro para representar sua visão Ojo.
Resta saber o que vai acontecer com os seus planos para um
parlamento feérico, mas as portas da Pérola da Aurora
estão sempre abertas para convidados, e ela está sempre
disposta a trocar histórias e discutir mudanças políticas
com os recém-chegados. Ela tolera os vários caprichos de
seus convidados da melhor forma possível, mas não
tolera violência ou fanatismo de nenhuma forma, e
qualquer um que não consiga frear seus impulsos nesses
aspectos é rapidamente conduzido até a porta de saída. A
Pérola da Aurora também adquiriu uma reputação dentro
da Tribo de ser ponto de partida para viagens únicas, já que
a estranha e eclética mistura de Kiths que são encontrados
lá praticamente garante que alguma forma de
aventura possa surgir mais cedo ou mais tarde.
Zubaidah tolera isso também, desde que não
sejam muito desordeiros, e sorri ao saber que um
dia eles irão perceber que essas aventuras
ajudam tanto sua causa quanto qualquer
esforço realizado por ela.

Você também pode gostar