Os 11 Soldados

Desaparecidos
Por Clarice França

retropunk publicações
 Créditos
Autora:: Clarice França
Revisão: Eder Marques
Diagramação: Fernando “del Angeles” Pires
Revisão de Diagramação: G. Moraes
Editor Geral: G. Moraes
Personagem: Stefano “Stifa” Aires

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catarse.me/punkverso
MAIo/2020

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 Os 11 Soldados
Desaparecidos
Em 1944, o Brasil precisou tomar uma po-
sição ativa no conflito mundial que se desenro-
lava. Depois de ter uma série de navios ataca-
dos, o exército brasileiro se juntou aos Aliados.
Além de fornecer materiais e suprimentos para
países como os Estados Unidos, o exército bra-
sileiro também atuou diretamente em alguns
conflitos na Itália.
Foi em setembro daquele ano que o exército
brasileiro participou da conquista no vale do rio
Serchio, uma região que fica ao norte da cidade
italiana de Lucca, na Toscana. Dessa forma, os
Aliados conseguiram uma vitória importante
sobre a Linha Gótica alemã, posicionada na
região.
Apesar da vitória, os soldados brasileiros
perceberam que, de perto, a guerra era algo
ainda muito mais feio e difícil de lidar. Inú-
meros civis sofreram, além de colegas, entre
tiroteios e bombardeios. Os soldados de outras
nações pareciam já mais acostumados com o
cenário perturbador ao redor, com explosões
servindo como trilha sonora, mas para muitos
brasileiros era a primeira vez enfrentando as
forças alemãs no território de um dos países
do Eixo.
A Força Expedicionária Brasileira (FEB)
não deixou o território imediatamente após a
região ser conquistada. Ainda havia feridos,
apoio a dar às outras forças dos países Aliados
e algumas missões menores que deveriam ser
finalizadas. Entre aqueles de alta patente no
exército, estava o general Moraes. Os soldados
em seu redor viam que ele não parou para des-
cansar em nenhum momento, estava sempre
muito sério, mesmo depois da conquista da
região.
Não demorou muito, após vitória sobre
os alemães, para que um pequeno grupo fosse
chamado para uma reunião importante, e sigi-
losa, com o general Moraes. A missão que ele
iria atribuir parecia simples perto do que os
soldados já tinham enfrentado até o momento,
mas havia muito mais na região do vale do rio
Serchio do que podia ser visto na superfície. Os
soldados acreditavam já ter entendido até onde
iam os esforços nazistas para vencer a guerra,
mas ainda havia mais para descobrir.
Introdução
“Os 11 Soldados Desaparecidos” é uma
aventura do cenário Weird Wars II, de Savage
Worlds, em que o Mestre de Guerra conduzi-
rá uma jornada que se passa em um contexto
de Segunda Guerra Mundial. Sendo assim, os
personagens dos jogadores serão soldados. Por
ser uma aventura que fala sobre as forças do
exército brasileiro atuando na Itália, ao lado dos
Aliados, com os personagens precisando neces-
sariamente ser parte da FEB. A aventura é feita
para um grupo de 4 a 6 jogadores, mas pode ser
modificada, dependendo da vontade do Mestre
de Guerra.
Os personagens dos jogadores podem variar
de nível de experiência entre si, porém devem
se lembrar de que o Brasil só entrou oficialmen-
te na guerra em 1944, como explicado no texto
introdutório, e a aventura se passa nesse mesmo
ano. Caso os jogadores não usem as fichas pron-
tas, devem montar novas, mas lembrando sem-
pre que a aventura se passa na Itália – portanto,
personagens que só falam português terão uma
grande dificuldade.
A aventura se passa logo depois que as for-
ças aliadas conseguem conquistar a área do vale
do rio Serchio, na Itália, onde os brasileiros
enfrentaram as forças nazistas. Os personagens
3
 são chamados para uma reunião sigilosa com
o general Moraes, ao qual todos ali obedecem.
Com esse ponto de partida, os jogadores come-
çam uma missão de resgate. Em um primeiro
momento, os soldados podem acreditar que os
desaparecidos estão, na realidade, mortos, mas
o general tem motivos para acreditar que a situ-
ação é um pouco mais complicada do que isso.
Diante disso, os jogadores precisarão investigar
a região do Vale, descobrindo o quão longe fo-
ram as tropas nazistas para alcançar seus obje-
tivos.
Por fazerem parte dos Aliados, os soldados
brasileiros possuem uma boa relação com os
outros países do grupo, principalmente com os
Estados Unidos, mas precisam se lembrar que
ainda estão em território inimigo, em uma re-
gião da Itália que até pouco tempo estava sob o
comando das forças alemãs.
Cena 1 – Missão
Secreta
O Chamado do General
Os personagens dos jogadores estão em uma
base aliada nos arredores da cidade de Lucca.
No momento em que a aventura começa, os per-
sonagens estão se recuperando do combate, que
aconteceu há poucos dias, mas nenhum deles
Soldados brasileiros antes da missão
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tem ferimentos graves. Os personagens podem
ter chegado também com um novo grupo de
soldados, qualquer um desses históricos encaixa
na aventura.
Logo cedo, durante a primeira manhã, os
personagens recebem um chamado urgente para
uma reunião com o general Moraes. O soldado
que passa a mensagem avisa que eles devem ser
discretos, mas precisam ir ao encontro do ge-
neral imediatamente. Qualquer atividade que
eles decidam fazer, que não seja se vestir e sair
imediatamente, fará que comecem a reunião
sendo advertidos por desobedecerem as ordens
do general.
O general é bem mais velho do que todos
ali, sempre muito sério e rigoroso, e muitos dos
soldados brasileiros ali entendem que parte da
vitória na última batalha foi mérito dele, por-
tanto é um oficial muito respeitado. O general
pede a um dos personagens dos jogadores que
feche a porta da sala na qual eles estão.
O clima está tenso e fica ainda mais quando
o general começa a falar. Ele informa os perso-
nagens que onze soldados da FEB haviam desa-
parecido, até a noite passada. Alguns persona-
gens podem já saber isso, ou imaginar que não
há nada demais nisso, afinal há chances de que
eles tenham morrido e não tenham sido identi-
ficados. Caso questionado sobre isso, o general
diz que aquele havia sido seu primeiro pensa-
mento, até que um desses soldados apareceu na
noite anterior, no meio da madrugada.
De acordo com o general, esse único soldado
voltou falando coisas que não faziam nenhum
sentido, sobre magia, criaturas abomináveis e
criações horríveis dos nazistas. A impressão ób-
via do general é a de que o soldado está traumati-
zado, porém ele talvez saiba onde estão os outros
soldados, ou ao menos seus corpos, para que pos-
sam comunicar as famílias sobre o falecimento.
Talvez os delírios desse soldado sobrevivente se-
jam baseados em algo real que ele viu. Caso um
dos personagens suspeite de algo sobrenatural
acontecendo e fale sobre isso, o general não aceita
bem a sugestão, já que é um homem muito cético
e não acredita em nada desse tipo.
O general ordena que os personagens cui-
dem do assunto da maneira mais rápida e dis-
creta possível. Eles tinham conseguido uma
vitória ali e, se ainda havia nazistas fazendo
alguma coisa, a situação precisa ser resolvida
imediatamente. Moraes frisa que a FEB é nova
nessa guerra, em relação aos outros exércitos, e
que eles não podem fazer corpo mole.
 Qualquer personagem que siga questio-
nando as ordens por muito tempo recebe uma
bronca do general, que os apressa e diz que não
enrolem mais. Assim que o diálogo é encerrado,
o general informa onde o soldado sobrevivente
está: em uma tenda guardada por outros solda-
dos, no final da base onde a FEB se instalou. Os
soldados que estão servindo de segurança não
respondem a qualquer pergunta que lhes seja
feita.
Sandro Costa, o
Sobrevivente
Dentro da tenda, o soldado está amarrado
em uma cama. Os olhos dele estão esbugalha-
dos; na cabeça, há tufos de cabelo, indicando
que o rapaz não era careca, mas por algum moti-
vo está perdendo o cabelo. Ele está pálido e mui-
to magro. Assim que os jogadores entram no es-
paço, os olhos arregalados do soldado se viram
na direção do grupo e ele chacoalha na cama.
Antes de conseguirem conversar com o sol-
dado, ele precisa ser acalmado. Em um primeiro
momento, ele vai gritar e espernear, dizendo
que os magos não vão pegá-lo de novo, que ele
sabe que os nazistas se escondem nas sombras.
Ele pode olhar na direção dos personagens e
falar que eles serão os próximos, também pode
gritar que aquela terra é amaldiçoada.
Os jogadores precisam fazer um teste de
Espírito para conseguir acalmar o soldado. Só
depois que ele for acalmado vai começar a res-
ponder melhor, mas nenhuma de suas respostas
é completamente sã. Os olhos continuam arre-
galados, mas ele para de se mexer depois desse
teste.
Há várias perguntas que os personagens po-
dem fazer, mas há algumas informações chave
que o Mestre de Guerra pode entregar para os
jogadores à medida que o diálogo for acontecen-
do, mas sempre interpretando a instabilidade
do personagem. O nome do soldado é Sandro
Costa, ele estava em um dos primeiros grupos
da FEB que foi para a Itália e nenhum dos per-
sonagens atuou diretamente com ele, mas po-
dem conhecê-lo de vista.
Sandro não participou da maior parte do
combate direto no vale. Ele se lembra de “tiro-
teios e gritaria” do primeiro dia, quando estava
na cidade de Lucca, mas depois afirma que foi
para o “submundo”. Caso questionado sobre o
que é o submundo, Sandro responde que é onde
“eles” se escondem, os “inimigos”, e fazem coi-
sas tão horríveis quanto na “superfície”. Um
teste de Astúcia -2 bem-sucedido faz que um
dos jogadores imagine que Sandro está falando
de algum tipo de base subterrânea dos nazistas.
Caso o personagem fale dessa suspeita em voz
alta, Sandro vai confirmar, ficando um pouco
mais agitado do que antes.
Sobre o que acontece no “submundo”,
Sandro fala sobre ter muitos gritos, sangue e
aberrações demoníacas. Fala que “os nazistas
trouxeram o inferno para a Terra, demônios
escondidos embaixo de anjos” e até começa a
murmurar uma oração nessa parte do diálogo.
Essa frase precisa ser pronunciada dessa for-
ma nesta parte do diálogo, já que é uma pista
de onde a base nazista está escondida. Caso seja
pressionado a falar exatamente o que ele viu,
Sandro começa a reviver seus traumas, gritando
e se debatendo, tentando atacar o personagem
que estiver mais próximo. Sandro berra pedidos
de socorro.
Caso algum dos personagens tenha soltado
as amarras de Sandro em algum momento da
conversa, ele vai tentar sair correndo, e os jo-
gadores precisarão segurá-lo antes que outros
soldados vejam, o que resultará em problemas
para o grupo. Os outros soldados do exército se-
rão bem menos amigáveis caso isso aconteça. Se
no começo da cena nenhum personagem con-
seguiu acalmar o soldado, ele vai ficar gritando
e se debatendo até que alguém apareça (e fala
sobre “os nazistas trouxeram o inferno para a
Terra, demônios escondidos embaixo de anjos”
no meio de seus delírios).
Não importa como a situação seja abordada,
eventualmente os soldados serão interrompidos
por uma das médicas da FEB, Renata Assis. Ela
é conhecida pelos soldados já que é uma das mé-
dicas responsáveis por ajudar os combatentes
feridos. A doutora Renata fica muito incomo-
dada com a situação do paciente e diz que tinha
avisado o general que um interrogatório agora
não era aconselhável por conta de seu estado
instável. Ela vai falar, com veemência, para que
os soldados se retirem.
Os soldados podem insistir por mais infor-
mações, porém a doutora Renata insiste que a
prioridade é o paciente. Ela sugere, no entanto,
que eles esperem algumas horas até ela termi-
nar de cuidar de Sandro e então ela poderá in-
formar tudo o que sabe com base nos exames
que tenha feito até o momento. Caso algum
dos soldados tenha sido ferido por Sandro, a
doutora fará um curativo rápido nele antes que
todos se retirem.
5
 Aqui, os jogadores podem escolher esperar
pela doutora ou partir para o último lugar em
que Sandro foi visto: a cidade de Lucca. Caso
eles esperem, os soldados ao redor ficarão inco-
modados com a atitude dos personagens, mas
eles conseguirão falar melhor com a doutora.
Laudo Médico
Algumas horas depois, a doutora Renata
encontra o grupo de soldados novamente. Ela
agradece muito pela paciência dos personagens,
dizendo que Sandro é um caso grave e ela ainda
não sabe ao certo tudo o que está acontecendo
com ele. Ao contrário de outras pessoas da FEB,
ela não acredita que seja apenas transtorno
pós-traumático, já que ele apresenta vários feri-
mentos no corpo.
De acordo com a avaliação feita pela douto-
ra até agora, ela acredita que Sandro passou por
tortura e algum tipo de experimento. Ele tem
vários ferimentos recentes de cortes e até sinais
de agulhadas em regiões perto de veias, o que
faz que Renata acredite que algo foi injetado no
soldado, ou extraído dele. Ela também dirá que
já leu alguns relatórios de guerra falando sobre
como os médicos nazistas estão testando suas te-
orias científicas em pessoas, por mais antiético
e horrível que isso seja – ela acredita que talvez
Sandro tenha sido uma dessas vítimas.
Além disso, ela fala que Sandro delirou a
noite descrevendo um lugar que parecia muito
com Lucca, confirmando que esse é o próximo
destino dos personagens. Um teste de Perceber
pode revelar que a doutora está guardando mais
alguma informação, e só um teste bem-sucedido
de Persuadir ou Intimidar fará que ela revele o
que a está preocupando.
Renata confessa ter sido abordada por uma
instituição chamada Agência de Investigações
Especiais (AIE), um grupo do exército estadu-
nidense que investiga atividades ocultistas dos
países do Eixo. Eles tinham suspeitado de que
alguma atividade dessa natureza estava aconte-
cendo nas redondezas do vale, mas não houve
nenhuma confirmação e, com a derrota das for-
ças nazistas na região, a investigação se focou
em outras áreas que ainda estavam ameaçadas.
A médica, porém, receia que Sandro tenha tes-
temunhado algo sobrenatural, por mais que o
general Moraes não acredite no que ele chama
de “bobagem”.
Antes de os soldados partirem para a próxi-
ma parte da aventura, Renata entrega um kit de
primeiro socorros para cada um deles e lhes de-
6
seja boa sorte. Caso algum personagem comen-
te com algum soldado fora do grupo, ou com o
próprio general, sobre a AIE ou as suspeitas da
doutora, no final da aventura os soldados des-
cobrem que ela foi afastada do serviço a mando
do general.
Cena 2 – A Cidade
Depois do Combate
Lucca Não é Amigável
O começo dessa parte da aventura varia
dependendo do que os jogadores fizeram na
última cena. Caso tenham ido para Lucca ime-
diatamente, sem esperar para conversar com a
doutora Renata, o grupo encontrará dois médi-
cos saindo da entrada da cidade, levando uma
maca com um soldado ferido, que acabou de
perder uma perna, porém está com a ferida es-
tancada e sua condição é estável. Um dos médi-
cos vai cumprimentar os soldados e alertá-los de
que há alemães escondidos na cidade esperando
para atacar qualquer grupo menor de soldados
aliados que encontrar. Isso impede que os per-
sonagens dos jogadores sejam pegos de surpre-
sa, pois imagina-se que eles entram na cidade
prestando atenção em seu redor e com as armas
a postos.
Caso os jogadores tenham esperado para fa-
lar com a doutora, os médicos não estão mais
na cidade quando o grupo de soldados chega,
portanto não podem alertá-los sobre a possível
emboscada que está para acontecer. Com isso,
os inimigos ganham uma rodada de vantagem,
a menos que algum dos soldados faça um teste
de Perceber -2 e avise aos colegas de que eles
prestes a ser atacados.
De qualquer forma, alguns momentos de-
pois de entrar na cidade, o grupo é abordado
por soldados alemães, que atacam na primeira
oportunidade. Há um inimigo para cada joga-
dor –portanto, se são cinco jogadores, são cinco
soldados a serem derrotados.
Soldados Nazistas Alemães
• Atributos: Agilidade d6, Astúcia d6,
Espírito d6, Força d6, Vigor d6
• Perícias: Atirar d6, Conhecimento
(Batalha) d6, Lutar d6, Persuadir d6
• Movimentação: 6; Aparar: 5;
Resistência: 5
• Complicações: Nenhuma
• Vantagens: Comando, Patente (Oficial)
• Equipamento: Capacete de aço (+2), +2
 stielhandgranate. Esquadrão: 10x Kar
98K, uma MG34. Em 1943, mude para 9 x
Kar98K, 2 x MG42. Após 1944, adicione
1d6 panzerfausts ao esquadrão.
• Experientes: Astúcia d8, Conhecimento
(Batalha) d8, Persuadir d8, Esquiva,
Mantenha a Posição!
• Elite: Espírito d8, Conhecimento
(Batalha) d10, Reflexos de Combate,
Inspirar
Depois do combate, o grupo pode prestar
mais atenção na cidade. Lucca sofreu com a
guerra, a região foi visivelmente afetada pelo
combate ao longo dos anos, com as edifica-
ções em ruínas e o clima sombrio. As pessoas
correm para as próprias casas quando veem os
personagens dos jogadores, evitando contato
visual. Elas ficam ainda mais receosas depois
do combate com os alemães. A imagem é cada
vez menos convidativa, ainda mais com os
cadáveres recém-dispostos na entrada da ci-
dade.
O grupo terá que gastar algum tempo na ci-
dade se quiser interrogar os cidadãos sobre os
soldados desaparecidos. Uma maneira de agili-
zar o processo é intimidar os cidadãos, mas isso
atrai mais atenção para eles e pode causar con-
sequências para os jogadores.
Existem outras pistas que podem ser en-
contradas em Lucca, mesmo que elas acabem
não resultando em muita coisa. No que cos-
tumava ser o centro comercial da cidade, que
agora foi bombardeado, tem um grupo de ado-
lescentes que rouba qualquer pessoa que pare-
ça ter algo de valor. Um teste de Percepção faz
com que eles sejam pegos. Os adolescentes não
vão saber muito dos soldados desaparecidos e,
caso confrontados com a informação de qual-
quer tipo de experimento ou algo sobrenatu-
ral, eles vão dizer que os nazistas são loucos
mesmo.
Os soldados também podem encontrar uma
mulher procurando por comida nas latas de
lixo, que só vai falar com os soldados se receber
comida ou for intimidada. Porém, ela não tem
muito para dizer, só que ouviu boatos de que os
nazistas capturam soldados para fazer experi-
mentos “do demônio”.
culdade caso os jogadores não falem italiano.
A maioria dos cidadãos vai evitar os soldados,
fugir ou se esconder nas próprias casas. Há al-
guns pontos de interesse que valem a pena ser
notados.
Na rua principal da cidade, eles encontram
um homem bêbado e ferido no braço, um feri-
mento que parece estar gangrenado. Caso os sol-
dados tentem ajudá-lo, o homem dirá que não
precisa, que só quer aproveitar uma última res-
saca antes de partir “dessa para uma melhor”,
porque “até o inferno deve ser melhor do que
essa guerra”.
Ele não sabe nada sobre os soldados brasi-
leiros e mal se lembra da guerra na noite an-
terior, mas pode dizer, dependendo das per-
guntas, que viu monstros andando durante
a noite e matando pessoas, qualquer um era
inimigo. Ele pode estar imaginando coisas
por conta do álcool, mas pelo menos, de seu
ponto de vista, não está mentindo. Seja lá o
que tenha visto durante a noite, ele realmente
acha que são monstros. Caso os soldados per-
guntem onde os viu, ele responderá que foi na
praça principal.
Na praça, os soldados encontram uma mu-
lher ajoelhada e rezando na frente da igreja. Em
um primeiro momento, quando ela perceber os
soldados, vai tentar fugir, mas um teste de Per-

Abordagem Discreta
Os soldados podem escolher descobrir a
informação de que precisam de maneira mais
amigável. É importante lembrar que todas as
rolagens de Persuadir ficam com -4 de difi-

7
 suadir faz que fique um pouco menos descon-
fiada. Ela percebe que os soldados não são do
Cena 3 – Segredos
Eixo. Quando explicarem o motivo de estarem Subterrâneos
investigando Lucca, a mulher vai parecer receo-
sa e vai olhar ao redor antes de falar o que sabe: O Cientista
ela já viu o responsável pelos tais monstros, que De uma forma ou de outra, os personagens
ela acredita serem verdade. A mulher diz para dos jogadores encontram a casa. É um lugar
os soldados seguirem a rua à direita da igreja que parece ter sido pouco afetado pelas últimas
até um beco sem saída, na última casa. Depois batalhas na região, humilde e pouco chamati-
disso, sai apressada e, se questionada, vai dizer vo. Quando eles baterem na porta, ou tentarem
que não quer nada com “aquele demônio”. arrombar a entrada, vão encontrar um menino
brincando com um carrinho de madeira no
Abordagem Grosseira chão. Eles encontram a mesma cena caso tentem
Outra forma de conseguir as informações é espiar por alguma janela ou entrar escondidos.
por meio de intimidação. Isso resolve o proble- O menino se assusta quando percebe a
ma mais rápido, mas também atrai mais aten- presença dos soldados e vai sair correndo para
ção indesejada para os personagens. Qualquer o andar de cima, gritando “Vater” (“Pai”, em
pessoa que eles encontrarem na cidade, seja alemão). Se os soldados decidirem esperar para
arrombando a porta da casa, ou até mesmo o ver se alguém aparece, não resulta em nada,
bêbado da seção anterior, vai ficar em um pri- eles precisam ir atrás da criança para descobrir
meiro momento muito assustada em falar com quem mais está na casa. Do lado de dentro, não
os soldados, mas um teste de Espírito/Intimidar há nada de valor, é um lugar humilde, com pou-
resolve o problema. cos móveis, alguma comida na mesa e um livro
Todos vão dizer a mesma coisa que a mulher ou outro. O que os jogadores talvez percebam,
da última seção, inclusive ela pode ser um dos caso examinem, é que alguns dos livros estão
alvos da intimidação dos soldados: o responsá- em alemão, não em italiano, como se poderia
vel pelos monstros está na última rua do beco esperar.
sem saída à direita da igreja na praça. Todas as
pessoas que forem intimidadas vão revelar que
têm medo dos monstros e implorar para que os
soldados não digam quem deu a informação.
Com essa abordagem, eles atraem uma aten-
ção indesejada. Quando estiverem perto da casa
que estão procurando, serão atacados por três
brutamontes que saem dos esgotos. Eles não
tentam nenhum diálogo com os jogadores, ape-
nas os atacam assim que os veem.
Brutamontes
• Atributos: Agilidade d6, Astúcia d4,
Espírito d8, Força d10, Vigor d10
• Perícias: Atletismo d6, Atirar d6,
Furtividade d6, Intimidar d8, Lutar d8,
Perceber d4
• Movimentação: 6; Aparar: 6;
Resistência: 9.
• Vantagens: Reflexos de Combate
• Equipamento: Kar 98 K (Alcance
24/48/96, Dano 2d8, PA 2), 24 balas de
munição, 1 stielhandgranate 24 (Alcance:
5/10/20, Dano 3d6–2, MME), baioneta
(For+d4).
• Tamanho +2: Brutamontes são maiores
do que pessoas normais.

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 No andar de cima há um corredor com um
quarto no fundo, e a porta está aberta. Ao entra-
rem, os soldados veem o menino se espremen-
do nos braços do pai, um homem baixinho, de
idade avançada. Ele não está assustado com os
soldados, apenas suspira, como se já os estives-
se esperando. Quando ele fala, em português, é
possível perceber um forte sotaque alemão. Ele
se apresenta: seu nome é Hans Fischer, cien-
tista das forças do Eixo. O homem não parece
ter receio em admitir isso, mas demonstra certa
vergonha.
Quando questionado sobre os monstros, ele
diz que é “tudo verdade”. Abaixo de Lucca, no
subterrâneo da cidade, existe um laboratório
nazista, construído para a realização de experi-
mentos em soldados e de testes de novas formas
de criar soldados e até mexer com magia, o que
ele vai chamar de “magia de sangue”. Hans pode
revelar, dependendo das perguntas, que fugiu
do laboratório. As ordens eram para que todos
os que estão trabalhando no laboratório igno-
rassem os combates na superfície, porque estava
tudo sob controle, e continuassem os experi-
mentos. Em um primeiro momento, quando
estavam mexendo com voluntários, Hans não se
incomodou com os experimentos absurdos que
faziam, que envolviam amputação, mistura de
DNA humano com o de animais, sangue e so-
frimento. Ele acreditava que tudo o que estava
sendo feito era pelo bem de sua nação, mesmo
quando os soldados brasileiros capturados fo-
ram levados até o local. Ele fugiu na noite da
batalha, quando uma “força maligna” começou
a atacar o laboratório, e correu para sua casa –
onde estão agora e onde morava com a esposa e
o filho. Hans acredita que todos os que estavam
no laboratório estejam mortos agora. Caso per-
guntem, os jogadores descobrem que a esposa
de Hans foi morta na última batalha. O Mestre
de Guerra deve interpretar o cientista como um
homem arrependido, que espera o julgamento
divino e sabe que sua “alma vai para o inferno”
por seus crimes.
Hans não tem problemas em dizer como os
soldados devem fazer para chegar ao laborató-
rio: eles precisam entrar na igreja e seguir por
uma passagem subterrânea atrás do confessio-
nário. A questão agora é o que os soldados vão
fazer com Hans. Existem algumas opções. Eles
podem matar Hans, mas precisam entender que
isso significa deixar uma criança órfã, ainda
com o agravante de ser uma criança que pode
crescer com o trauma de ter visto o pai morrer.
Podem escolher prender Hans e levá-lo até à
base da FEB, o que também terá consequências
para a criança. Podem ainda deixar Hans livre,
mas, sabendo dos crimes que ele cometeu, essa
opção implica deixar um criminoso livre. Caso
os soldados decidam deixá-lo vivo, Hans vai su-
mir levando o filho. Se o levarem para o acam-
pamento da FEB, ele será preso e o destino do
menino vai ficar nas mãos da FEB.
O Laboratório
Existem outras formas de os personagens
chegarem ao laboratório subterrâneo. Uma de-
las é eles decidirem investigar o lugar antes de
irem até a casa do cientista, o que pula a etapa de
interrogá-lo. Caso um dos soldados entenda que
é possível que a fala de Sandro sobre “os nazis-
tas trouxeram o inferno para a Terra, demônios
escondidos embaixo de anjos” indique a igreja,
eles podem investigar o local primeiro.
Com um teste de Perceber, eles encontram
a passagem atrás do confessionário. Ela está fe-
chada, mas não trancada, então a porta pode ser
aberta. Outra forma indireta é os soldados usa-
rem os esgotos. Talvez os jogadores se pergun-
tem por que brutamontes saíram dos esgotos e
sigam o caminho por onde esses brutamontes
vieram. Isso eventualmente dará no laborató-
rio, já que a passagem da igreja é uma escadaria
estreita (só dá para passar um personagem por
vez) que leva aos esgotos. No caso de irem pe-
los esgotos direto, é preciso fazer um teste de
Sobrevivência para seguir o caminho que os
brutamontes fizeram. O caminho não necessita
de testes.
De qualquer forma, os soldados vão chegar
a uma porta de metal pesada com a maçaneta
quebrada. Para abrir a porta, é preciso um teste
de Ladinagem ou Força. Mais de um soldado
pode ajudar a empurrar a porta.
Do lado de dentro, eles encontram um ba-
nho de sangue. O laboratório está coberto de
cadáveres, com sangue por todo lado e moscas
voando perto do que um dia foram cientistas.
Dentro dos armários daquela primeira sala há
documentos em italiano e alemão. Caso algum
dos soldados entenda esses idiomas, descobrirá
que os documentos contêm técnicas para criar
brutamontes e híbridos através de testes feitos
em pessoas vivas. Há também uma parte que
fala sobre genética brasileira, miscigenação por
conta das imigrações e sobre como os cientis-
tas do Eixo queriam fazer testes nessas “pessoas
imperfeitas, ao contrário dos arianos”, para ve-
9
 rificar como as mudanças genéticas se dariam.
Ao terem conhecimento dessas informações, e
diante da cena que presenciam, todos precisam
fazer um teste de Espírito – quem não passar
perde um ponto de sanidade.
O corredor adiante leva a inúmeras salas.
Algumas possuem partes de corpos de huma-
nos e de outros animais, como macacos, lobos
e aves. Ao que tudo indica, estavam testando
como ficariam os híbridos. Há também pessoas
com o peito aberto, como se tivessem passado
por uma autópsia.
Um teste de Perceber faz que os persona-
gens entendam que, na porta ao fundo, há pes-
soas. Caso o teste seja bem-sucedido, eles escu-
tam pessoas choramingando e, eventualmente,
alguém brigando com os que estão chorando,
dizendo algo em alemão. É a voz de uma mulher
e ela parece estar muito brava.
Quando passarem pela porta, a mulher não
parece ficar incomodada. Ela dá boas-vindas
aos “corajosos soldados brasileiros, que vieram
de tão longe para salvar o dia” e pergunta como
eles estão, como se nada estivesse acontecendo.
A sala é grande, do mesmo tamanho do primei-
ro espaço em que eles estavam, com algumas
pessoas chorando, amarradas em macas. São
quatro dos soldados brasileiros desaparecidos –
um um está sem a perna e outro, sem o braço. Os
outros seis brasileiros estão mortos.
10
A mulher se chama Johanna Klein e, assim
como Hans, fala português com um forte so-
taque alemão, mas consegue se fazer entender
de forma mais clara do que o cientista. Ela não
vai ser amigável com os soldados e não vai dar
maiores informações sobre os experimentos
acontecendo ali.
Johanna tem uma proposta para os persona-
gens. Ela sabe que está em menor número, então
pede que a deixem viver, e ela liberará os soldados
presos. Segundo Johanna, ela trabalhou muito
duro naqueles experimentos e não pode morrer
agora. Caso contrário, os soldados vão “se arre-
pender” de terem a desafiado. Além disso, Johan-
na oferece entregar alguns documentos para os
soldados sobre os experimentos caso eles a deixem
ir, uma informação que pode ser valiosa.
Aqui, os jogadores precisam tomar uma de-
cisão moral. Eles podem deixar Johanna ir em-
bora para que ela libere os soldados brasileiros
que ainda estão presos. Isso, porém, significa
deixar uma criminosa à solta, que não vai parar
de realizar seus experimentos. Os soldados bra-
sileiros que ainda estão conscientes vão gritar
que ela deve morrer, ou o próximo alvo dela será
o general Moraes, ao que ela manda que eles ca-
lem a boca. Caso os jogadores decidam deixá-la
ir, ela abre um compartimento secreto perto das
macas com uma pasta com documentos. Caso
decidam enfrentá-la, terão que procurar os do-
cumentos por conta própria com um teste de
Perceber -4. Neles, é explicado que os cientis-
tas usam algumas bases espalhadas pela Europa
onde buscam aprender artes únicas da magia de
sangue e precisam de algumas pessoas para tes-
tar estudos de modificação humana. Ela já tinha
testado com vários soldados aliados, mas nunca
com brasileiros.
A outra opção é enfrentar Johanna, o que
resultará em uma batalha. Caso esse seja o caso,
ela vai falar um nome em alemão, que fará que
uma energia maligna comece a se movimentar
no lugar. Essa energia, também conhecida como
o monstro Ódio, tomará conta de todos os sol-
dados mortos –um para cada jogador. Eles vão
se soltar das amarras em que os cadáveres esta-
vam presos e atacar. Primeiro, os alvos serão os
quatro prisioneiros brasileiros ainda vivos, que
já estão Incapacitados por conta dos experimen-
tos, ou seja, durante a batalha eles podem mor-
rer. Além disso, os soldados terão que enfrentar
Johanna. Essa opção também acontece se os
soldados decidirem entrar nessa última sala já
atacando, sem conversar.
 Uma terceira opção seria enganar Johanna
(teste de Persuadir resistido por Astúcia), fazê-
-la sair do cômodo em que se encontra e atacá-
-la – assim ela não poderá invocar os soldados
com o Ódio e a batalha fica mais fácil, mesmo
que ela em si ainda precise ser derrotada. Outro
ponto negativo dessa estratégia é que, quando
a batalha começar e até Johanna ser derrotada,
o Ódio vai tentar possuir um dos jogadores. O
Mestre de Guerra deve rolar um dado para cada
tentativa do Ódio de invadir um dos soldados,
para que o ataque seja em um jogador aleatório.
Caso o teste para persuadir Johanna falhe, ela
vai invocar os soldados mortos de qualquer for-
ma para ajudá-la no combate.
Johanna Klein, maga de
sangue
• Atributos: Agilidade d6, Astúcia d8,
Espírito d10, Força d6, Vigor d8
• Perícias: Atirar d6, Atletismo d6,
Conjurar d10, Conhecimento (batalha) d6,
Furtividade d6, Lutar d6, Perceber d8,
Provocar d6,
• Movimentação: 6; Aparar: 5;
Resistência: 6
• Complicações: Excesso de Confiança,
Fanática, Sanguinária
• Vantagens: Antecedente Arcano (Mago
Rúnico), Comando, Fervor, Focada,
Obstinada, Patente (Oficial), Prontidão,
Reflexos de Combate
• Poderes: Aumentar/diminuir atributo,
marionete, medo e raio.
• Equipamento: Pistola Walther P38
(Alcance 12/24/48, Dano 2d6-1), chicote
ou bastão de hipismo, cápsula de cianeto.
Soldados possuídos por Ódio
• Atributos: Agilidade d6, Astúcia d6,
Espírito d10, Força d6, Vigor d10
• Perícias: Perceber d6
• Movimentação: 6; Aparar: 2;
Resistência: 7
• Destemido: Imunes a Medo e
Intimidação.
• Por estarem possuindo soldados, eles
podem ser derrotados por ataques físicos.
• Medo -2: Qualquer um que veja a criatura
deve fazer um teste de Medo -2.
• Manifestação: Quando forçado a se
manifestar, o Ódio preenche um Modelo
Grande de Explosão que pode se mover
com a Movimentação acima. Qualquer
personagem no modelo deve fazer uma
rolagem resistida de Espírito. Com uma
falha, a vítima ataca o alvo mais próximo,
amigo ou inimigo. A vítima faz uma
rolagem resistida de Espírito contra o
Ódio a cada turno para se libertar ou se
liberta automaticamente se não estiver
mais no modelo (isso vale caso seja feita a
opção por enganar Johanna).
Cena 4 –
Consequências
Os sobreviventes da última batalha com
Johanna voltam à base da FEB. Caso algum dos
ex-prisioneiros tenha sobrevivido, conta ao gene-
ral Moraes sobre o laboratório e ele ordena que o
lugar seja destruído, pois é muito maligno para
continuar existindo. Caso nenhum dos prisio-
neiros sobreviva, os personagens dos jogadores
podem escolher falar sobre o laboratório e, se por
algum motivo não falarem, o local continuará lá,
escondido debaixo da igreja na praça de Lucca.
Se, durante o interrogatório inicial, os joga-
dores não conseguiram acalmar Sandro, eles vão
descobrir que o soldado se suicidou enquanto
eles estavam em Lucca, atirando na própria cabe-
ça. Caso ele tenha sido acalmado, a doutora Re-
nata diz que ele está em processo de recuperação,
mas talvez algumas sequelas sejam permanentes.
Os personagens dos jogadores também po-
dem ter escolhido fazer um acordo com Johanna
em troca da vida dos prisioneiros, que não estão
completamente felizes, mas ficam momenta-
neamente gratos por terem sido salvos. Alguns
dias depois, no entanto, o general Moraes será
encontrado morto na frente da igreja de Luc-
ca. Isso fará que os prisioneiros contem que os
personagens dos jogadores deixaram livre uma
cientista nazista. Caso os jogadores não tenham
incomodado os outros soldados da base ou leva-
do broncas do general, a FEB não suspeitará dos
personagens, por serem soldados exemplares e
sempre seguirem as ordens do general. Caso al-
gum conflito tenha acontecido quanto às ordens
e aos outros soldados, eles serão vistos como sus-
peitos e julgados por se aliarem às forças do Eixo.
11
 NOME José Maria Alves dos Santos CENÁRIO WW2

DESCRIÇÃO: brasileiro baixo (1,60), tem sua cabeça completamente raspada, pele
-1

<FERIMENTOS
morena. Um de seus dentes da frente é de ouro, presente de um amigo da família
anos atrás após se envolver em uma briga defendendo o filho pequeno deste conhe-
cido. Alegre e confiante, joão tenta sorrir mesmo nas situações mais difíceis. -2
AGILIDADE ATRIBUTOS DERIV. -3
ATIRAR APARAR RESISTÊNCIA INCAPACITADO
ATLETISMO (*) 2 5

FADIGA>
CAVALGAR -2
DIRIGIR
FURTIVIDADE (*)
MOVIMENTAÇÃO SANIDADE
-1
LADINAGEM
5 6
LUTAR COMPLICAÇÕES
NAVEGAR
PILOTAR
BACKGROUND Heroico

ASTÚCIA José, ou Joma, como é conhecido

pelos amigos, nasceu em uma
ACADEMICISMO
VANTAGENS
família modesta em Natal,
BATALHA seu pai possuía uma pequena
CIÊNCIA mercearia e sua mãe sempre
CIÊNCIA ESTRANHA teve uma saúde muito sensível. Jeitinho Brasileiro, Noção do
CONHEC. GERAL (*) Após o falescimento de sua
perigo
CONJURAR mãe, seu pai entrou em profun-
CONSERTAR da depressão e teve problemas
CURAR com alcoolismo. Virou papel de
Joma cuidar e defender seus
ELETRÔNICA
HACKEAR
irmão e crianças menores da ATAQUES
rua o que o acabava envolvendo
IDIOMAS em confusões diversas. Viu o Desarmado (Natural , For),
JOGAR exército como forma de ajeitar Fuzil (2d8)
NAVEGAÇÃO a sua vida e oferecer melhores
PERCEBER (*) condições para a sua família.
PESQUISAR
PROVOCAR
PSIÔNICOS Treinamento Básico: Exército
SOBREVIVÊNCIA Ocipação Esp.: Batedor EQUIPAMENTO
ESPÍRITO Capacete de Aço, 2 Granadas
MK2, Faca, Fuzil M1 Garand
ENTRETER
FÉ
FOCO
INTIMIDAR
PERSUADIR (*)

FORÇA

VIGOR

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