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IMPORTÂNCIA DA POLÍCIA
A Polícia, em seu ideal de bem servir, deve ser tranqüila na sua atuação, co-
medida nas suas ações, presente em todo lugar e sempre protetora, velando pelo progresso
da sociedade, dos bons costumes, do bem-estar do povo e pela tranqüilidade geral.
Ela foi instituída para assegurar a execução das leis e das normas de conduta
social, não as infringindo, e assim objetivando garantir a liberdade dos cidadãos (não os
cerceando), salvaguardando a segurança dos homens de bem.
2
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Apostila de Doutrina de Polícia Ostensiva. SP: APMBB, 1995.p.08.
3
MORAES, Bismael B. Polícia, Governo e Sociedade. SP: Sonda, p.24.
4
Ibid. p.25.
5
GALLI, Ítalo - Anais do IV Encontro Nacional dos Delegados de Polícia.SP:Editora São Paulo. 1991.
Espera-se um grau de profissionalismo do policial acima da média dos demais
funcionários do Estado, já que possui conhecimentos, aptidões e senso de equilíbrio ne-
cessários e indispensáveis para o seu campo de atuação, bastante amplo e próximo, diu-
turnamente, da população.
O ato policial deve ser nobre, elevado, moral e revestido de indiscutível conte-
údo ético e moral, com o objetivo de sempre buscar o bem social. O policial é o espelho
da sociedade onde convive e trabalha. Para isso, deve estar acima dos demais servidores
públicos, de forma que, trabalhando mais, erre menos. Deve ser sóbrio e compreensivo
para os humildes e necessitados; forte e inflexível frente aos arrogantes e perversos para,
de algum modo, em razão das necessidades e choques sociais, ter que assumir a posição
de médico, algoz, confessor e amigo quando necessário.
6
DALLARI, Dalmo de Abreu in; O Papel Da Polícia No Regime Democrático. SP: Mageart 1996, p.33.
A valorização e o aperfeiçoamento da defesa, nos dias atuais, tem como efeito
perverso, colocar em risco todas as espécies fazendo com que o impulso pela auto-
segurança seja tão forte que está levando todos os homens, a viverem próximos a um
precipício atômico, o que nos dá saudade das muralhas, ou nos motiva a encontrar
fórmulas de viver em paz.
É preciso observar porém que no Brasil, o policial fardado faz mais do que
prevenir ou reprimir delitos, indo muito além, pois a comunidade associou o Policial
Militar a alguém que presta socorro, dá informações, protege idosos e crianças, fiscaliza
trânsito, protege o meio ambiente, salva, apaga incêndios, enfim é o que se pode dizer “faz
tudo”. “O que ninguém faz, a PM faz”, no dizer do Cel PM Alberto Correa de Carvalho da
PMESP; hoje na reserva. Em outros países, existem concepções diferentes quanto ao
trabalho do policial fardado, assim nos Estados Unidos, há uma preocupação em
direcioná-lo à inibição e combate aos crimes violentos. Em Paris é muito comum avistar-
se nas ruas, grupos de três policiais fortemente armados e protegidos por coletes a prova
de bala, em face de atos de terror.
POLÍCIA COMUNITÁRIA
É preciso deixar claro que “Polícia Comunitária” não tem neste trabalho, o
sentido de instituição policial, mas sim o de solidariedade social. Nessa condição
entendemos, que todas as forças vivas da comunidade devem assumir um papel relevante
na sua própria segurança e nos serviços ligados ao bem comum. Acreditamos ser
necessária esta ressalva, para evitar a interpretação de que estejamos pretendendo criar
uma nova polícia ou de que pretendamos credenciar pessoas extras aos quadros da polícia
como policiais comunitários.
A Constituição Federal no seu Art. 144, define as 5 (cinco) Polícias que tem
existência legal, não deixando qualquer dúvida a respeito.
RELAÇÃO NA COMUNIDADE
COMUNIDADE
Segundo TROJANOWICZ17,
17
Op. Cit. p.05.
Diferenças Básicas do Policiamento Tradicional com o Policiamento Comunitário
POLICIAMENTO TRADICIONAL
• A polícia é uma agência governamental responsável, principalmente, pelo cumprimento da lei;
• Na relação entre a polícia e as demais instituições de serviço público, as prioridades são muitas vezes confli-
tantes;
• O papel da polícia é preocupar-se com a resolução do crime;
• As prioridades são por exemplo roubo a banco, homicídios e todos aqueles envolvendo violência;
• A polícia se ocupa mais com os incidentes;
• O que determina a eficiência da polícia é o tempo de resposta;
• O profissionalismo policial se caracteriza pelas respostas rápidas aos crimes sérios;
• A função do comando é prover os regulamentos e as determinações que devam ser cumpridas pelos policiais;
• As informações mais importantes são aquelas relacionadas a certos crimes em particular;
• O policial trabalha voltado unicamente para a marginalidade de sua área, que representa, no máximo 2 % da
população residente ali onde “todos são inimigos, marginais ou paisano folgado, até prova em contrário”;
• O policial é o de hora;
• Emprego da força como técnica de resolução de problemas;
• Presta contas somente ao seu superior;
• As patrulhas são distribuídas conforme o pico de ocorrências.
POLICIAMENTO COMUNITÁRIO
• A polícia é o público e o público é a polícia: os policiais são aqueles membros da população que são pagos
para dar atenção em tempo integral às obrigações dos cidadãos;
• Na relação com as demais instituições de serviço público, a polícia é apenas uma das instituições governa-
mentais responsáveis pela qualidade de vida da comunidade;
• O papel da polícia é dar um enfoque mais amplo visando a resolução de problemas, principalmente por meio
da prevenção;
• A eficácia da polícia é medida pela ausência de crime e de desordem;
• As prioridades são quaisquer problemas que estejam afligindo a comunidade;
• A polícia se ocupa mais com os problemas e as preocupações dos cidadãos;
• O que determina a eficácia da polícia é o apoio e a cooperação do público;
• O profissionalismo policial se caracteriza pelo estreito relacionamento com a comunidade;
• A função do comando é incutir valores institucionais;
• As informações mais importantes são aquelas relacionadas com as atividades delituosas de indivíduos ou
grupos;
• O policial trabalha voltado para os 98% da população de sua área, que são pessoas de bem e trabalhadoras;
• O policial emprega a energia e eficiência, dentro da lei, na solução dos problemas com a marginalidade, que
no máximo chega a 2% dos moradores de sua localidade de trabalho;
• Os 98% da comunidade devem ser tratados como cidadãos e clientes da organização policial;
• O policial presta contas de seu trabalho ao superior e à comunidade;
• As patrulhas são distribuídas conforme a necessidade de segurança da comunidade, ou seja 24 horas por dia;
• O policial é da área.
Se a resposta for Sim a todas essas perguntas, não peça permissão. Faça-o
CONDIÇÕES BÁSICAS
OS EUA
Com métodos polêmicos, Giuliani reduziu criminalidade e `autorizou' nova-iorquinos a serem insen-
síveis
JAMES TRAUB
The New York Times Magazine
O Antigo Testamento fornece grande número de possíveis metáforas para o reinado, que agora chega
ao fim, do prefeito de Nova York, Rudolph W. Giuliani. O reverendo Calvin Butts, pastor da Igreja Batista
Abissínia do Harlem, sugere a seguinte: "Houve um homem chamado Josias, que se tornou rei. Andavam
vasculhando destroços e encontraram os livros da lei que haviam perdido. E Josias disse: `Leiam-nos para
mim.' E ele depois disse: `É isso que, para todos os efeitos, devíamos estar fazendo?' E ele percorreu o
mundo. Parou em todos os templos dos deuses estrangeiros e matou os sacerdotes que não queriam subme-
ter-se ao Deus único. Foi uma coisa brutal, horrível, mas ele restaurou a ordem, a paz e a lei na terra. Ele
entrou para os anais dos Segundos Reis como um dos maiores reis."
O reverendo Butts é o tipo de clérigo eloqüente, propenso a ser arrebatado pela própria oratória. Ele
tem todo tipo de reservas em relação a Giuliani e não o chama, quando fala em prosa, de grande rei urba-
no. Mas Butts é uma das mais importantes figuras negras de Nova York e, sob a maioria dos aspectos, é
membro dessa entidade amorfa conhecida como elite liberal. Portanto, sua convicção de que o prefeito le-
vou "ordem, paz, lei" à cidade fala com eloqüência da evolução da opinião nos círculos liberais.
Eles precisarão mostrar que entendem como o mundo mudou profundamente desde 1993, mas sem in-
dispor o vasto segmento do Partido Democrata que ainda vê cascos fendidos dentro das reluzentes sandá-
lias pretas de Giuliani.
Valores burgueses - Pode-se argumentar que os nova-iorquinos fizeram as pazes com os valores bur-
gueses sobre os quais o prefeito prega sempre: "Se vocês não acentuarem o respeito às outras pessoas, a
cidade desmorona"; "meu pai tinha a sabedoria de perceber que todo trabalho faz sentido"; etc. Poucos
anos atrás, o crítico cultural John Leonard escreveu que Giuliani havia submetido a cidade ao "treinamen-
to da obediência".
Na verdade, nada dessa boa conduta hiperbólica parece muito duradoura. Tem-se a impressão de que
os garotos vão começar a atirar apagadores assim que o professor sair da sala. No entanto, se os nova-
iorquinos não se tornaram tão obedientes quanto o prefeito gostaria, aceitam trocar energias vitais por
prosperidade e paz.
Veja-se por exemplo no que a Times Square se tornou. Com sex shops e vida urbana agitada, a Times
Square era o símbolo espalhafatoso da festança liberal. Agora ela cedeu lugar à Disney e à megaloja Vir-
gin, a um cinema de 25 telas e a restaurantes temáticos que evocam o estado de espírito da cidade que eles
substituíram. Foi evidentemente a prosperidade econômica que tornou possível a nova Times Square, mas
foi a campanha do prefeito pela qualidade de vida que tornou o local adequado à instalação de empresas.
Essa nova Times Square é o emblema da Nova York de Giuliani, segura, limpa, familiar; o prefeito pre-
sidiu euforicamente o baile de ano-novo.
NOVA YORK - Giuliani foi amplamente ridicularizado quando prometeu que prenderia transgressores
de baixo nível que lidam com drogas, mendigos agressivos e malandros. O senador Daniel Patrick Moyni-
han proporcionou a Giuliani a palavra de ordem perfeita quando cunhou a frase "definindo distorções".
Era exatamente o que aquilo parecia: havíamos criado o hábito de aceitar o inaceitável. Em essência, a
campanha dele foi: "Vocês não precisam aceitar."
Giuliani não fez com que fosse saudável admitir que você não gosta de pichações; também legitimou a
idéia de que você tem direito a um ambiente sem pichações. Mais amplamente, ele legitimou a própria idéia
de direitos coletivos, em vez de individuais. Essa mudança de expectativa estava por sua vez ligada a algo
mais profundo - o pressuposto de que uma cidade e um prefeito conseguem alterar o que parecia inalterá-
vel. Prometendo limpar as ruas e reduzir drasticamente a criminalidade, Giuliani e seu delegado de polí-
cia, William Bratton, estavam prometendo fazer algo que os nova-iorquinos e os especialistas não acredita-
vam ser viável. Mas eles fizeram; nos três primeiros anos de sua administração, o índice de crimes graves
caiu 16%, 14% e 7% respectivamente. Os homicídios caíram mais que a metade.
A base moral do liberalismo urbano é sua antiga e ardente preocupação com os pobres. A contribuição
de Giuliani a esta tradição é algo novo: o melhor meio de ajudar os pobres é reduzir a criminalidade. Giu-
liani fez cortes inéditos nos gastos com o bem-estar social, reduziu o financiamento de instituições como a
Universidade Municipal e tentou privatizar os hospitais públicos de que pobres dependem até para atendi-
mento médico básico. Mas, sempre que é criticado por ser insensível com os pobres, na maioria negros ou
hispano-americanos, o prefeito destaca que milhares desses cidadãos estão vivos por causa da redução da
criminalidade, cujo mérito Giuliani assume.
A criminalidade começou a cair rapidamente quando Bratton adotou táticas agressivas para remover
armas das ruas. Em vez de esperar que um crime ocorresse, um policial abordava na rua alguém que ele
suspeitava, com base numa causa provável, de estar portanto arma ou cometendo outro tipo de crime - e o
revistava. Ou detinha alguém por má conduta, como não pagar passagem no metrô.
Essa política, chamada de "abordagem e revista", conseguiu reduzir drasticamente a violência pratica-
da com armas, mas também submeteu toda uma população da cidade - jovens negros e hispano-americanos
- a buscas freqüentes. Quando personalidades como o pastor Al Sharpton dizem que a polícia de Giuliani é
um exército de ocupação nas comunidades minoritárias, é nessas táticas agressivas que elas estão pensan-
do.
Claro que não se pode pensar na Nova York de Giuliani sem atentar para para a prosperidade vertigi-
nosa que predomina desde meados dos anos 90. O prefeito é apenas um felizardo por estar governando
numa época em que bilhões de dólares circulam por Wall Street, mas ainda assim o boom tem um toque de
Giuliani.
O tesoureiro do município, Alan G. Hevesi, um dos democratas aspirantes a prefeito, diz: "Associo os
37 milhões de turistas em Nova York ao que ele (Giuliani) fez com o índice de criminalidade. Associo os
pedidos de matrículas em nossas universidades, os mais numerosos de todos os tempos, à sensação de que
a cidade está mais segura, mais limpa."
CANADÁ
a. base territorial
e. A organização da polícia.
JAPÃO
O POLICIAL JAPONÊS
O policial é instalado numa casa, juntamente com sua família. Esta casa,
fornecida pela Prefeitura, é considerada um posto policial, existindo mais de 8.500 em
todo o Japão; cada Chuzaisho está vinculado diretamente a um “Police Station”( Cia ) do
distrito policial onde atua.
- atendimento às pessoas;
- recebimento e transmissão de mensagens;
- preenchimento de relatórios de serviço;
- faxina e manutenção do material;
- patrulhamento a pé, de bicicleta ou motocicleta nas áreas abrangidas pelo
Koban;
- visitas às residências, casas comerciais e escritórios de serviço;
- visitas a pessoas idosas, escolas, etc.
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1
No Brasil existem duas propostas na linha de integração com a comunidade: a Po-
lícia Comunitária (tema abordado por este trabalho) e a Polícia Interativa.
18
COSTA, Júlio C. PMES - Diretrizes para Implantação e Implementação da Polícia Interativa, ES:1995.
trolando de modo criterioso o seu desenvolvimento, através da informática.
Para uma maior operacionalização, está sendo incutido nos policiais militares
nova mentalidade no atendimento de ocorrências, por meio da leitura diária de um decálo-
go (POP-COM -Polícia Interativa), fixado na sala de reuniões.
CERTO ERRADO
1- Razão 1- Emoção
2- A força da lei 2- A lei da força
3- A técnica policial militar 3- A violência policial militar
4- Reconhecimento profissional 4- O desgaste profissional
5- A corporação respeitada 5- A corporação denegrida
a) Geral:
b) Específicos: