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1 – INTRODUÇÃO
a N
da f
da f
∫ dN = A.(∆K )m
⇒ ∫ = ∫ dN
ai A.(∆K )
m
Ni
Se − ∆K = Y.∆σ.(π.a )1 / 2
af N a
da f
1 f
da
⇒ ∫a A.(Y.∆σ)m .πm / 2 .a m / 2 N∫
= dN ⇒ ∆N =
A.(Y.∆σ ) .π
m m/2 ∫ m/2
.
ai a
i i
af
1− m
1 a 2 1 m m
⇒ ∆N = . ⇒ ∆N = .af 1− 2 − ai 1− 2
A.(Y.∆σ ) .π m / 2
m m m
1 − A.(Y.∆σ ) .π m / 2 . 1 −
m
2 ai 2
Essa dedução acima permite o cálculo por partes da propagação de um defeito, somente
sendo necessário o estabelecimento de um incremento no tamanho do defeito
(geralmente na ordem de 1% do tamanho inicial) e calcular-se o número de ciclos
correspondente.
σ
σ máx
σa
σm ∆σ
Carregamento
σ mín
Tempo
Kmáx
K
∆K
∆a1
Kmín
Descarregamento
∆a2
Tempo
Carregamento Kmax = Y(σ max ) πa
Kmin = Y(σ min ) πa
Descarregamento ∆K = Y(∆σ ) πa
σ min Kmin ∆K
R= = =1−
σ max Kmax Kmax
Esquematização da propagação de um defeito
CURSO DE AVALIAÇÃO DE INTEGRIDADE
CAPÍTULO VIII – Introdução à Critérios de Avaliação – Fadiga de Componentes Trincados pg.4
A região III apresenta uma taxa de propagação elevada, e portanto não deve ser
alcançada tal condição quando do projeto ou avaliação de um componente.
CURSO DE AVALIAÇÃO DE INTEGRIDADE
CAPÍTULO VIII – Introdução à Critérios de Avaliação – Fadiga de Componentes Trincados pg.5
∆K describes
this region
crack size
number of cycles
Crack Length, a
da
Slope =
dN
Number of Cycles, N
Tensão
σmáx
σmín
Tensão
σmáx
σmédia
Tensão
σmáx
σmédia
σmín
0 ≤ R ≤ 1 : Carga Trativa
90
80
70
Pressão [Kgf/cm2]
60
50
40
30
20
10
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Eventos
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CAPÍTULO VIII – Introdução à Critérios de Avaliação – Fadiga de Componentes Trincados pg.7
O documento BS-7910 utiliza a chamada “Lei de Paris”, que é descrita pela equação
abaixo.
da
= A (∆K )
m
dN
Onde :
da/dN - taxa de propagação do defeito
A ,m - constantes do material que dependem do material, condições de aplicação da
carga, incluindo meio e freqüência do carregamento.
∆K - range de fator de intensificação de tensões ao longo do ciclo de carregamento,
calculado para o tamanho instantâneo do defeito.
∆K = Y(∆σ ) πa
(Y.∆σ)p = M.fw .[ktm .Mkm .Mm .∆Pm + ktb .Mkb .Mb .[∆Pb + (km − 1).∆Pm ]]
Cada tamanho de trinca obtido após um ciclo de carregamento ao longo de todo o período
analisado deve ser comparado com a dimensão crítica de defeito para a estrutura, obtida
pela análise segundo um dos níveis de avaliação do BS-7910.
Dessa forma o limite de propagação do defeito será o que for mais restritivo, ou o
tamanho crítico do defeito ou o número de ciclos estabelecido para o componente.
Para aços carbono e carbono manganês em ar e água do mar, com 97,7% de probabilidade
de sobrevivência do espécime, o valor de ∆Ko recomendado pelo BS-7910, é o seguinte :
σ R + σ min
Reff =
σ R + σ max
m=3
A = 5,21 x 10-13
m=3
A = 2,3 x 10-12
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CAPÍTULO VIII – Introdução à Critérios de Avaliação – Fadiga de Componentes Trincados pg.10
Tais valores são orientativos devendo, sempre que possível serem confirmados com
dados específicos sobre o material e o meio utilizado. As tabelas a seguir apresentam
valores recomendados pelo BS-7910 para taxas de propagação de trincas.
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CAPÍTULO VIII – Introdução à Critérios de Avaliação – Fadiga de Componentes Trincados pg.11
A Lei de Paris permite a combinação de diversos ciclos que possuem números totais de
ocorrência e range de tensões diferentes. Esta combinação procura transformar todos
os ciclos atuantes ao longo da vida útil do equipamento ou pelo período de análise em
ciclos equivalentes que possuam a mesma variação entre tensões máximas e mínimas.
ciclo 1 : ∆σ1; N1
ciclo 2 : ∆σ2; N2
ciclo 3 : ∆σ3; N3
m = 3,0
∑ ∆σ i
m
.Ni = ∆σ13 .N1 + ∆σ23 .N2 + ∆σ33 .N3 = ∆σ1 3 .Nequiv1 = ∆σ23 .Nequiv2 = ∆σ33 .Nequiv3
Partindo do fato de que estruturas, principalmente soldadas, possuem defeitos que são
detectados ou não, a depender apenas da sensibilidade do ensaio utilizado, o
dimensionamento de componentes críticos utilizando-se conceitos de propagação de
trincas está sendo implementada naturalmente.
TAMANHO DE
TRINCA
aOP
aTH
PRESSÃO DE
FALHA
t
TEMPO
PTH
POP
1.0
0.9
d/t (normalised defect depth)
0.8
0.7
0.6
0.4
0.1
0.0
Em relação este fato as perguntas para resposta do projetista passam a ser : Qual o
tamanho máximo de defeito que posso deixar após fabricação do componente de maneira
a não comprometer sua vida útil ? Qual o tipo de ensaio e sensibilidade necessária para
que seja detectado defeitos acima do valor máximo determinado ? Quais as
propriedades de material necessária para atender à estas condições de projeto ? Qual a
freqüência de inspeção necessária para manter o componente operando em segurança ?
2.5
Dimensão do defeito, a
Iniciação Propagação
2.0
1.5
Região 1 Região 2 Região 3
1.0
0.5
0.0
A sensibilidade das variáveis na vida útil do componente podem ser avaliadas pêlos
exemplos abaixo.
ao = 1,0 mm e af = 34,0 mm
Nf = 6,8 x 104 ciclos
Conclusão :Uma grande variação na vida útil à fadiga ocorre com a modificação da
amplitude de tensões atuantes no ciclo. Cuidados devem ser tomados na determinação
das tensões máxima e mínima, considerando-se todas as concentrações de tensões e
carregamentos existentes.
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CAPÍTULO VIII – Introdução à Critérios de Avaliação – Fadiga de Componentes Trincados pg.15
5 – EXERCÍCIOS
Determinar o número de ciclos necessários para que seja alcançado o tamanho crítico de
defeito do componente, sabendo-se que :
tamanho inicial de defeito : ao = 0,3 in
tensão máxima no ciclo : σmax = 45 Ksi
tensão mínima no ciclo : σmin = 25 Ksi
Solução do problema :
O tamanho crítico do defeito pode ser realizado através de uma análise de diagrama
FAD ou pela comparação entre o valor da tenacidade aplicada e a tenacidade do
material.
2 2
KIc 150
acr = =
= 2,8 in
1,12. π .σ max 1,12x πx 45
3.0
Tamanho limite de defeito = 2,8 in
2.5
Dimensão do defeito, a [in]
2.0
Início da propagação
1.5
1.0
0.5
0.0
-40000 -20000 0 20000 40000 60000 80000
Número de Ciclos, N