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ESCOLA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL ANA NERI

COQUELUCHE +
DIFTERIA +
HANSENÍASE

DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
DOCENTE: IARA LIMA
NATAL/RN
2022
COQUELUCHE (TOSSE
COMPRIDA)
• Descrição
Doença infecciosa aguda e transmissível que
compromete especificamente o aparelho respiratório
(traqueia e brônquios).
A letalidade é mais acentuada entre os lactentes
(concentra mais de 50% dos óbitos).
A evolução
Fase se faz emFase
catarral trêsparoxística
fases sucessivas:
Fase de convalescença
a) Fase catarral:
• Com duração de uma ou duas semanas,
inicia-se com manifestações
respiratórias e sintomas leves (febre
pouco intensa, mal-estar geral, coriza e
tosse seca), seguidos pela instalação
gradual de surtos de tosse, cada vez mais
intensos e frequentes, até que passam a
ocorrer as crises de tosses paroxísticas.
b) Fase paroxística:
❑ A manifestação típica são os paroxismos de
tosse seca (durante os quais o paciente não
consegue inspirar e apresenta protrusão da
língua, congestão facial e, eventualmente,
cianose com sensação de asfixia), finalizados
por inspiração forçada, súbita e prolongada,
acompanhada de um ruído característico, o
guincho, seguidos de vômitos.

❑ Os episódios de tosse paroxística aumentam


em frequência e intensidade nas duas
primeiras semanas e, depois, diminuem
paulatinamente. Nos intervalos dos
paroxismos, o paciente passa bem.
c) Fase de

convalescença
Os paroxismos de tosse desaparecem e dão lugar a
episódios de tosse comum; esta fase pode persistir
durante mais algumas semanas. Infecções
respiratórias de outra natureza, que se instalam
durante a convalescença da coqueluche, podem
provocar reaparecimento transitório dos
paroxismos.

❑ Lactentes jovens (menores de 6 meses) são


propensos a apresentar formas graves, muitas
vezes letais.

❑ Indivíduos inadequadamente vacinados podem


apresentar formas mais atípicas da doença.
• AGENTE ETIOLÓGICO:
Bacilo Bordetella pertussis.

• MODO DE TRANSMISSÃO
Transmitida da pessoa doente para a pessoa
suscetível através das secreções nasofaringes
eliminadas pela tosse, espirro ou fala, e pelo
contato com objetos recém contaminados por
secreções.
• PERÍODO DE INCUBAÇÃO
De 5 a 10 dias.

• PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
Desde o final do período de incubação até 3
semanas após o início da tosse (fase paroxística),
contados 7 dias após o contato.
• COMPLICAÇÕES
Pneumonias, enfisema, pneumotórax, ruptura do diafragma,
convulsões, coma, hemorragias (intracerebrais, subconjuntivais,
nasal), hérnicas, desidratação e/ou desnutrição (devido a vômitos
frequentes pós-crise).

• TRATAMENTO
A Eritromicina (de preferência o estolato) é o antimicrobiano de
escolha para o tratamento da coqueluche, por ser mais eficiente e
menos tóxico.
CUIDADOS GERAIS

✔ Evitar contatos na escola por 2 semanas;


✔ Isolamento do paciente por 2 semanas e repouso
relativo;
✔ Evitar mudanças bruscas de temperatura
(desencadeantes das crises de tosse);
✔ Oferecer dieta;
✔ Evitar movimentação excessiva e emoções fortes
(raiva, etc);
✔ Administrar medicação prescrita e anotar
procedimentos e anormalidades no relatório de
enfermagem;
✔ Repor líquidos eliminados (através de soros);
✔ Fazer desinfecção concorrente e terminal para
eliminar os bacilos do ambiente;
✔ Administrar oxigênio após crise em criança com
cianose;
MEDIDAS DE CONTROLE

❖ Vacinação de bloqueio (a vacinação é a medida


mais eficaz e adequada de prevenção e controle
da população infantil);

❖ Quimioprofilaxia;

❖ Isolamento e desinfecção concorrente e terminal.


• DIFTERIA

Caracteriza-se por formação de


placas pseudomembranosas,
branco-acinzentadas aderentes
que se instalam nas amídalas,
podem se localizar na faringe,
laringe e nas fossas nasais.

• DEFINIÇÃO
Popularmente conhecida como Crupe, é uma
doença transmissível aguda, infecciosa.
❑ A manifestação típica é a presença de placas
pseudomembranosas branco-acinzentadas
aderentes que se instalam nas amídalas e invadem
estruturas vizinhas.

❑ Essas placas podem se localizar na faringe, laringe


e fossas nasais.

❑ Prostração, palidez.

❑ A dor de garganta é discreta e a febre


normalmente não muito elevada (37,5º e 38,5º).

❑ Nos casos mais graves, há intenso edema do


pescoço e aumento dos gânglios linfáticos dessa
área.

❑ Pode ocorrer asfixia mecânica aguda no paciente,


o que muitas vezes exige imediata traqueostomia
para evitar a morte (dependendo do tamanho e
localização da placa pseudomembranosa).
• AGENTE ETIOLÓGICO
É o bacilo Corynebacterium diphetheriae,
produtor da toxina diftérica.

• PERÍODO DE INCUBAÇÃO
É geralmente curto. Em média, de 1 a 6 dias, podendo ser
mais longo.

• PERÍODO DE TRANSMISSÃO
✔ Em média até duas semanas após o início dos sintomas.
✔ A conduta mais correta é manter o paciente isolado até que
2 culturas de material da naso e orofaringe tenham o
resultado negativo (colhidos 24 e 28 horas após a suspensão
do tratamento).
✔ O portador crônico não tratado pode transmitir a infecção
por 6 meses ou mais e é extremamente importante na
disseminação da doença.
• MODO DE
TRANSMISSÃO
• COMPLICAÇÃO
▪ Miocardite;
▪ Obstrução das vias
respiratórias;
▪ Nefropatia tóxica;
▪ Insuficiência renal aguda.
• TRATAMENTO

Soroterapia antidiftérica (SAD): finalidade de inativar a toxina


circulante o mais rápido possível;

Antibioticoterapia (medida auxiliar do SAD);


Repouso, equilíbrio hidroeletrolítico, nebulização, aspiração de
secreções.
CUIDADOS GERAIS
❑ Promover repouso e isolamento;
❑ Administrar medicamentos em hora e dose certas;
❑ Manter a higiene oral e narinas desobstruídas;
❑ Observar respiração (O2 SN);
❑ Paciente traqueostomizado – aspirar e fazer higiene
da cânula sempre que necessário;
❑ Desinfecção concorrente dos objetos contaminados
com secreção do paciente;
❑ Banho no leito, movimentando pouco o paciente
(arritmias miocardite);
❑ Anotar todos os procedimentos e anormalidades no
relatório de enfermagem;
❑ Corrigir e promover posição anatômica e
confortável;
❑ Oferecer dieta prescrita estimulando o paciente a
aceitar.
MEDIDAS DE CONTROLE
❑ Esquema vacinal básico;
❑ Vacinação de bloqueio;
❑ Quimioprofilaxia dos portadores tem indicação
restrita;
❑ Isolamento do doente até 2 culturas negativas;
❑ Controle dos comunicantes;
❑ Vacinação após a alta (doença não confere
imunidade) de acordo com os esquemas
preconizados.
❑ Desinfecção concorrente e terminal.
HANSENÍASE
• DESCRIÇÃO:
Também conhecida como “Mal de Hansen” ou “lepra”,
doença infectocontagiosa, crônica, curável, causada pelo
bacilo de Hansen.
▪ Esse bacilo é capaz de infectar grande número de
pessoas (alta infectividade), mas poucos adoecem
(patogenicidade).
▪ Atinge a pele e os nervos, podendo também localizar-
se em órgãos internos.
▪ Quando atinge os nervos pode causar incapacidade
física, gerando deformidades.
• FORMAS CLÍNICAS

❑ (HI) baciloscopia ❑ (HT) - baciloscopia negativa,


negativa, paucibacilares, paucibacilares, até 5 lesões
até 5 lesões de pele de pele.

❑ (HD) – baciloscopia ❑ (HV) – baciloscopia positiva


positiva ou negativa multibacilares mais de 5
multibacilares, mais de 5 lesões da pele.
lesões da pele.
• OBSERVAÇÕES:
A baciloscopia negativa não afasta o diagnóstico
de Hanseníase.
Os aspectos morfológicos das lesões cutâneas e
classificação clínica nas quatro formas devem
ser utilizados por profissionais especializados e
em investigação científica.

AGENTE ETIOLÓGICO
Mycobacterium leprae.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Em média 2 a 7 anos, podendo ir de 7 meses
a 10 anos.
TRANSMISSÃO

❑ Através das gotas eliminadas pelo ar,


pela tosse, espirro e fala e também do
contato direto com as lesões da pele de
uma pessoa com hanseníase, sem
tratamento.

❑ O contato direto e permanente com o


paciente em ambiente fechado, com
pouca ventilação e ausência de luz solar,
representam maior chance de outra
pessoa ser infectada com o bacilo de
hanseníase.

❑ Ele penetra através das vias


respiratórias, percorre o organismo e se
instala preferencialmente na pele e
• PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
Os pacientes multibacilares podem transmitir hanseníase,
antes de iniciar o tratamento específico.

• DIAGNÓSTICO
É feito através do exame clínico (manchas pálidas, esbranquiçadas
ou avermelhadas em qualquer parte do corpo e que perdem a
sensibilidade; dormência na pele mesmo sem qualquer mancha
que chame a sua atenção e supercílios; caroços ou inchações
principalmente no rosto e nos braços, nas pernas e no pescoço
ocorre formigamento) e laboratorial (baciloscopia).
A pesquisa do bacilo é realizada em material colhido das manchas
ou nódulo da pele.
• Tratamento
Esquema recomendado:
Poliquimioterapia – OMS.
ESQUEMA TERAPÊUTICO
(Paucibacilar)

(Multibacilar)
RESPONDA

▪ Também conhecida como “lepra”, doença infecto-contagiosa,


crônica, curável, causada pelo bacilo de Hansen. Esse bacilo é
capaz de infectar grande número de pessoas (alta
infectividade), mas poucos adoecem (patogenicidade). Atinge
a pele e os nervos, podendo também localizar-se em órgãos
internos. De qual doença o enunciado se refere?
a) Tuberculose
b) Difteria
c) Hanseníase
d) Coqueluche
RESPONDA

• Conhecida como “tosse comprida”, essa doença infecciosa


aguda e transmissível compromete especificamente o
aparelho respiratório (traquéia e brônquios). A letalidade é
mais acentuada entre os lactentes (concentra mais de 50%
dos óbitos). De qual doença o enunciado se refere?
a) Meningite
b) Febre tifoide
c) Difteria
d) Coqueluche

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