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INTRODUÇÃO

O propósito deste trabalho está na análise do comportamento dos integrantes do


Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Roraima – CBMRR em relação ao dinheiro
(remuneração). Identificando fatores influenciadores do comportamento na economia,
sociologia e psicologia, tendo como procedimento de estudo a forma de aplicação dos
recursos, as modalidades de investimentos mais utilizadas e as que causam mais receio na
hora de investir, evidenciando quais são os medos, os receios e as preferências adotadas pelos
seus integrantes, bem como identificar as principais características de consumo.

Este estudo pode ser definido como um estudo exploratório que objetiva conhecer e
obter maiores informações sobre o perfil financeiro comportamental dos integrantes do
CBMRR especificamente, relacionando seus resultados empíricos à teoria das finanças
comportamentais e as influências advindas da economia, sociologia e psicologia.

Algumas questões se tornam evidentes, como a falta de conhecimento ou a falta de


informações sobre as formas de investimentos, o que leva as pessoas a irem buscar aplicações
seguras e também menos rentáveis como são os casos das famosas Cadernetas de Poupança e
das aplicações em Renda Fixa, aplicações essas que utilizam de sua segurança para dar
margem de conforto no que se refere à proteção do investimento realizado.

Como campo empírico, se deterá aos integrantes (funcionários) do Corpo de


Bombeiros. Como procedimentos metodológicos pretendem-se levantar a edificação histórica
dos funcionários do CBMRR (Corpo de Bombeiros Militar de Roraima), bem como os
aspectos que contemplam os elementos financeiros comportamentais com base em entrevistas
semi-estruturadas de forma a permitir que os analisados tenham liberdade de respostas ainda
que a retomada do foco se torne imprescindível. Implementando esta ação no momento de
encontro com o grupo em estudo. Tais incidentes serão obtidos com apresentação de situações
para os analisados decidirem. As reações serão identificadas após constatações das respostas
nos formulários específicos.

Portanto, para esse trabalho a situação problema é: Por quê nas finanças o
comportamento é tão influenciado por fatores econômicos, sociológicos e psicológicos?
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2 JUSTIFICATIVA

As finanças comportamentais entram como novo ramo no estudo da moderna


economia buscando compreender o comportamento relacionado ao dinheiro, como aplicações,
consumos entre outros casos. Psicanálise, psicologia econômica, economia comportamental
neuroeconomia e finanças comportamentais são áreas do estudo científico que buscam
identificar como tomamos decisões. As etapas mentais que compõem uma escolha têm
sempre o mesmo objetivo final, afastar-se do desconforto representado pela insatisfação,
buscando o prazer da gratificação.

Toda a economia de um determinado sistema está ligada diretamente ao


comportamento de seus integrantes, tanto na hora de investir como na hora de consumir.
Neste contexto a psicanálise e o behaviorismo se enquadram, com diversos temas voltados
para o comportamento financeiro.

Sabemos que, em se tratando de dinheiro temos uma população que ainda não
aprendeu a economizar, isso se reflete no mau relacionamento que as pessoas possuem a
respeito do dinheiro, podemos citar como exemplo os financiamentos que diminuem o poder
de compra das famílias, as compras por impulso, assim como a má aplicação dos recursos que
sobram no fim do mês. Isso tudo se reflete na falta de informação que as pessoas possuem
quando o assunto está relacionado a dinheiro (formas de investimentos, financiamentos, etc.).

Inseridos neste contexto encontram-se os integrantes do Corpo de Bombeiros, onde


buscaremos identificar a relação destas pessoas com a teoria das finanças comportamentais.
Deste modo, observa-se a importância do estudo da teoria das finanças comportamentais
tendo sua aplicação a determinado grupo, a fim de encontrar respostas a determinados
movimentos que imperceptivelmente são realizados por várias pessoas.

É nesta lógica que o principal foco deste projeto de pesquisa é a relação que os
fatores econômicos exercem com os estudos comportamentais, na qual se torna um fator
determinante para o estudo das decisões financeiras dos indivíduos em estudo, pois existe
uma correlação entre eles.

Assim buscaremos identificar qual é a relação da teoria das finanças


comportamentais com a tomada de decisões das pessoas e como essas mesmas decisões geram
seus impactos nos meios econômicos e sociais.
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3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Analisar e estudar quais comportamentos dos integrantes do CBMRR são


influenciados por fatores econômicos, sociológicos e psicológicos.
Analisar o comportamento dos integrantes do CBMRR, ao referisse ao momento de
aplicar (investir) e gastar (consumir) suas economias, buscando evidenciar seus medos,
receios e preferências. Identificando as modalidades de investimentos mais procuradas e mais
realizadas por estes integrantes, bem como suas principais práticas de consumo, seus níveis de
endividamento com resultados nos devidos efeitos sociais.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Descrever a teoria econômica em estudo;


b) Identificar a influência da teoria em estudo com o comportamento dos funcionários
do CBMRR.
c) Realizar levantamentos de informações relativas ao tema proposto;
d) Pesquisar e identificar o nível de investimentos realizados pelos bombeiros bem
como identificar o grau de endividamento dos funcionários do CBMRR;
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4 FINANÇAS COMPORTAMENTAIS

Finança Comportamental, também conhecida por Economia Comportamental,


representa um novo ramo na teoria financeira que busca incorporar os aspectos psicológicos
dos indivíduos no processo de avaliações e decisões financeiras tanto as voltadas para a
realização de aplicações como também para aquelas que estão ligadas a criação de dívidas por
parte dos indivíduos. Este novo ramo do estudo de finanças tem como objetivos a revisão e o
aperfeiçoamento do modelo econômico-financeiro atual, pela incorporação de evidências
sobre a irracionalidade do investidor.

O homem das Finanças Comportamentais de acordo com Halfeld (2005) não é


totalmente racional; é um homem simplesmente normal. Essa normalidade implica um
homem que age, frequentemente, de maneira irracional, que tem suas decisões influenciadas
por emoções e por erros cognitivos, fazendo com que ele entenda um mesmo problema de
formas diferentes, dependendo da maneira como é analisado. As decisões tomadas de acordo
com a formulação de um problema, em alguns casos, seguem um padrão identificável que
pode e deve ser contemplado por um modelo econômico e financeiro.

O campo de estudos das Finanças Comportamentais é justamente a identificação de


como as emoções e os erros cognitivos podem influenciar o processo de tomada de decisão e
como esses padrões de comportamento podem determinar mudanças no cenário econômico. O
grande desafio para os pesquisadores do tema está em provar que tais anomalias de
comportamento são realmente previsíveis e podem modificar o cenário de forma definida.
Diversos padrões de comportamento (os mais frequentemente citados são a aversão à perda, a
autoconfiança excessiva, os exageros quanto ao otimismo e ao pessimismo e a sobre-reação às
novidades do mercado) foram identificados por diferentes pesquisadores sem que se
conseguisse a formulação de um modelo que englobassem todos eles; os modelos surgidos até
o momento se limitam a explicar uma anomalia em particular e falham na tentativa de
explicar outras, dando argumentos aos opositores das Finanças Comportamentais.

O estudo realizado pelos psicólogos representa a base teórica para a análise do


comportamento, desenvolvendo papel fundamental para o início do desenvolvimento das
Finanças Comportamentais, sendo que ela constitui um novo campo de estudos, que se
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contrapõem ao pressuposto de racionalidade dos tomadores de decisão adotado pelas Finanças


Tradicionais.

Na visão de Thaler (1999), é impossível enriquecer o entendimento do


funcionamento do mercado financeiro adicionando a compreensão do elemento humano.
Thaler afirma que existem duas classes distintas de investidores que são os totalmente
racionais e os quase-irracionais. Os quase racionais tomam boas decisões de investimentos,
mas cometem de maneira comum erros previsíveis, que são resultados de falhas no processo
racional devido a interferências de motivações intrínsecas dos seres humanos.

Os comportamentos dos indivíduos dentro de uma sociedade estão ligados de acordo


com o convívio social por eles apresentados. Durante vários anos, inúmeros pesquisadores
estudaram como são tomadas as decisões por parte dessas pessoas. A psicanálise, a
neurociência entre outros campos de estudo do comportamento humano buscaram durante
todo este tempo resposta a fim de compreendê-los.

Neste mesmo campo de estudo encontramos a teoria das finanças comportamentais,


que surgem em substituição as Finanças Tradicionais. Trata-se de um novo campo de estudo
no qual se busca estudar o comportamento apresentado nas tomadas de decisões. A professora
Eliane de Oliveira sintetiza bem o que é Finanças Comportamentais:

As Finanças Comportamentais constituem um novo campo de estudos, que se


contrapõem ao pressuposto de racionalidade dos tomadores de decisão adotado pelas
Finanças Tradicionais. Conceitos provindos de ciências como economia, finanças e
psicologia cognitiva oferecem subsídios às Finanças Comportamentais com o
objetivo de construir um modelo mais detalhado do comportamento humano nos
mercados financeiros; calcado basicamente na idéia de que os agentes humanos
estão sujeitos a viesses comportamentais que muitas vezes, os afastam de uma
decisão centrada na racionalidade. (OLIVEIRA, 2005, p 02)

No estudo voltado para o mercado de investimentos temos como campo de estudo


das Finanças Comportamentais a identificação de como as emoções e os erros cognitivos
podem influenciar no processo de decisão. Essas mudanças estão atreladas principalmente aos
movimentos especulativos que são tão comuns em mercados de renda variável.
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4.1 BEHAVIORISMO

A psicologia apresenta uma fragmentação conceitual e teórica inusitada para uma


disciplina científica que caminha para a maioridade. A inexistência de uma perspectiva
coerente comum às diversas áreas de interesse dentro da própria psicologia restringe a
interação entre pesquisadores básicos e profissionais de áreas aplicadas, e limita o horizonte
da psicologia quanto à colaboração interdisciplinar, numa época em que grandes progressos
estão sendo feitos nas fronteiras entre disciplinas científicas tradicionais.

Segundo BAUM (1999) é dentro desse cenário que podemos observar um grande
atrativo na abordagem de ciência natural que caracteriza a análise comportamental ao estudar
as relações entre o comportamento e suas variáveis controladoras. A análise comportamental
tem raízes profundas na filosofia da ciência denominada behaviorismo radical. O
behaviorismo radical tem sido muito denegrido e incompreendido, mas continua fundamental
em sua capacidade de concentrar o interesse em variáveis mensuráveis na busca empírica das
causas do comportamento. Essa meta, que à primeira vista pode parecer trivial ou restrita,
mostrou-se de grande valor heurístico: promoveu uma atenção microscópica aos detalhes dos
métodos experimentais e uma abordagem da teoria comportamental em a análise de diversos
problemas (inclusive a experiência interna) é guiada por princípios derivados da observação
direta do comportamento em seu contexto ambiental.

A idéia central do behaviorismo é simples de ser formulada: É possível uma ciência


do comportamento. Os behavioristas têm visões diferentes sobre o sentido dessa proposição, e
especialmente sobre o que é ciência e o que é comportamento, mas todos eles concordam que
pode haver uma ciência do comportamento.

Muitos behavioristas acrescentam que a ciência do comportamento deve ser a


psicologia. Esse ponto não é pacífico, porque muitos psicólogos rejeitam de todo a idéia de
que a psicologia seja uma ciência, e outros que a vêem como ciência consideram que seu
objeto é alguma outra coisa que não o comportamento. Sendo o behaviorismo um conjunto de
idéias sobre essa ciência chamada de análise do comportamento, e não a ciência ela própria, o
behaviorismo não é propriamente uma ciência, mas uma filosofia da ciência.

Os estudos de laboratório de comportamento não-humano forneceram os


fundamentos empíricos iniciais da análise comportamental, identificando um amplo espectro
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de variáveis que influenciam o comportamento. Em laboratórios modernos essas variáveis


também são habitualmente exploradas através de estudos de comportamento humano. Com o
tempo, emergiu um arcabouço conceitual e empírico para a aplicação de princípios
comportamentais derivados do laboratório a problemas práticos e socialmente relevantes da
cultura humana. Nos últimos 50 anos, houve grande progresso no sentido de integrar questões
filosóficas e metodológicas em um corpo de conhecimentos coerente que podem ser
igualmente utilizados em problemas básicos e aplicados. Como resultado, os últimos anos
testemunharam o amadurecimento da análise comportamental, transformando-se em uma
disciplina cujos métodos se expandem para diversas áreas da lida humana, um efeito
rivalizado por poucas outras disciplinas psicológicas.

Behaviorismo é um tópico controverso. Algumas objeções são levantadas a partir de


uma compreensão correta de suas posições, mas as concepções errôneas são inúmeras. Tudo
que é genuinamente controverso sobre o behaviorismo deriva de sua idéia básica, de que uma
ciência do comportamento é possível. Cada ciência, em algum ponto de sua história, teve de
exorcizar causas imaginárias (agentes ocultos) que supostamente existem por detrás ou sob a
superfície dos eventos naturais. Busca-se impedir concepções distorcidas que podem surgir
porque o behaviorismo mudou ao longo do tempo. Uma versão inicial, chamada behaviorismo
metodológico, baseava-se no realismo, visão segundo a qual toda experiência é causada por
um mundo objetivo e real, fora e separado do mundo subjetivo e interno. O realismo pode ser
contrastado com o pragmatismo, que se cala sobre a origem da experiência, mas, em
compensação, aponta a utilidade de tentar entender e buscar o sentido de nossas experiências.
Uma versão posterior do behaviorismo, denominada behaviorismo radical, baseia-se mais no
pragmatismo do que no realismo. A crítica behaviorista do mentalismo exige que se
proponham explicações não mentalistas do comportamento e soluções não mentalistas para
problemas sociais.

De acordo com Thaler e Mullainathan (2000), a Economia Comportamental tem


como objetivo pesquisar como a combinação de características econômicas, sociológicas e
psicológicas do indivíduo pode explicar os fenômenos econômicos que ocorrem no mundo
real. Segundo o autor, a teoria tradicional está estruturada sobre a hipótese de existência de
agentes capazes de operar com uma racionalidade ilimitada e que esta lhes permite tomar
decisões de acordo com a teoria da utilidade esperada, formando expectativas não
tendenciosas sobre o futuro.
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4.2 AVERSÃO A PERDA

Muitos investidores desconhecem a maioria das modalidades de investimentos,


dando neste caso mais importância para aplicações com alto grau de conservadorismo e pouco
retorno sobre os investimentos realizados, como no caso da poupança, que neste exemplo
apresenta mais segurança para o investidor, sendo de comum entendimento que este
conservadorismo está interligado com o desconhecimento em relação às outras modalidades
de investimentos. Outro fator que provoca rejeição a investimentos mais arriscados é a
aversão à perda, considerada como um dos pilares das Finanças Comportamentais. Mauro
Halfeld sintetiza bem o conceito de aversão à perda:

O principal conceito trabalhado pelas Finanças Comportamentais, (...), é a aversão a


perda (...), esse conceito baseia-se na constatação de que as pessoas sentem muito
mais a dor da perda do que o prazer obtido com um ganho equivalente. Essa tese
contraria o preceito microeconômico conhecido como Teoria da Utilidade, o qual
supõe que o investidor avalia o risco de um investimento de acordo com a mudança
que ele proporciona em seu nível de riqueza; (...). O homem normal das Finanças
Comportamentais, por sua vez avalia o risco de um investimento com base em um
ponto de referência a partir do qual mede ganhos e perdas. (HALFELD, 2001, p 66)

Existem casos nos quais não existe a aversão a perda, ou ela está ‘maquiada’, como
exemplo temos os financiamentos realizados por longos períodos, no qual o agente que obteve
o financiamento aceita pagar juros que podem chegar a custar o valor do bem financiado,
somente em termos de juros. Tornam-se situações de perdas não calculadas, pois como é
comum acontecer em financiamentos o bem é imediatamente entregue, causando um efeito
atenuante no agente.

A aversão a perda também gera o medo do arrependimento. Segundo Odean (1998


apud Halfeld e Torres, 2001, p. 67), é muito doloroso para os investidores assumirem seus
erros, fazendo com que eles tenham um comportamento que não proporciona o maior lucro
possível em uma operação somente para evitar reportar uma perda, o que, novamente,
contradiz a Teoria da Utilidade.

Os mercados oferecem diversos produtos financeiros através de bancos e


agenciadores de crédito, dentre todos, um ganhou destaca na presente década, foram os
fundos de investimentos. Esse fato pode ser confirmado de acordo com o estudo de Oliveira
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(2005), no qual segundo ela o medo de sentir arrependimento pode explicar por que tantos
potenciais investidores preferem oferecer a gestão de seu patrimônio a um terceiro, mesmo
sem exigir uma comprovação clara de sua capacidade. Isto parece acontecer porque, em caso
de erro, os investidores podem atribuir culpa a outro. Procurar um culpado pelos erros
cometidos parece ser uma constante para muitos investidores, inclusive alguns considerados
experientes.

4.3 AUTOCONFIANÇA

Em estudos realizados por Skinner (1999) o efeito mais imediato do sucesso é


frequentemente chamado de autoconfiança. Em geral, diz-se que o jogador de tênis que faz
uma série de más jogadas “perde a confiança”, e é comum atribuírem-se seus maus
desempenhos posteriores à perda de confiança. Um lance brilhante “restabelece sua
confiança”, e ele passa a jogar melhor. Em outras palavras, más jogadas extinguem o
comportamento. Alguém que tenha jogado muito mal uma partida pode chegar ao ponto de
desistir completamente, até que um dia de bom desempenho possa “fazê-lo mudar de idéia”,
no sentido de alterar a probabilidade de sua participação em jogos. Se a autoconfiança
granjeada por uma excelente partida estende-se ao repertório como um todo, as melhores
jogadas são mais provavelmente tributadas àquilo que os esportistas chamam de
“concentração” aumentada. Quanto mais a pessoa estiver inclinada a jogar, menor será a
probabilidade de que se distraia.

A teoria econômica tradicional aponta o racionalismo humano e, por consequência, a


maximização de utilidade do “homo economicus1” como a melhor explicação para as decisões
tomadas pelos indivíduos.

Com medo de errar, o investidor passa a evitar informações conflitantes. A isso se


chama “dissonância cognitiva”. Assim, quando toma uma decisão, o investidor evita obter
dados que possam levá-lo a se arrepender. Ou seja, temendo errar, ele, irracionalmente, filtra a
informação recebida depois que tomou a sua decisão. Essa situação é semelhante quando
compramos algo e depois evitamos procurar o valor daquele objeto com medo de constatar

1 Nada mais é do que um pedaço de ser humano, um fragmento, um resto, a sua parcela que apenas produz e
consome, segundo "leis" deduzidas da observação, cujo único critério de verdade apoiava-se na evidência.
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que não tomou a melhor decisão. A pessoa até absorve a informação, mas não atribui a ela a
importância necessária.

Investimento requer certa dose de disciplina, e o investidor que não está adaptado as
oscilações do mercado temem perder muito dinheiro na primeira grande queda que estiver.
Em todo episódio especulativo percebe-se a presença de algum tipo de mudança nos
fundamentos econômicos, a qual provoca a reação exagerada por parte dos investidores. Esse
comportamento, acelerado pela situação de alavancagem financeira, sempre existe ao final de
um período de euforia, levando a um inevitável pânico.

Como o mercado acionário é muito instável criou-se uma situação curiosa que vinha
perdendo destaque, até que a última onda de quebradeira causada pela crise do sub-prime
americano, trouxe a tona, o medo que o investidor tem quando o assunto é bolsa de valores.

Da metade desta década até o mês de fevereiro deste ano os mercados mundiais
viviam tempos de pura euforia com os mercados acionários mundo afora, as bolsas tiveram
seus índices (pontuações) valorizados o que levou, por exemplo, o índice Ibovespa a atingir
mais de 70 mil pontos, marca registrada no inicio do ano de 2008, sendo que a mesma estava
prevista para acontecer somente em 2009. Neste período houve o aumento significativo na
participação do pequeno investidor, que escolheu a bolsa de valores como sua nova forma de
investimento.

4.4 MERCADO FINANCEIRO

O mercado financeiro apresenta-se em ambiente bastante complexo, composto por


agentes orientados à obtenção de resultados, órgãos reguladores orientados ao controle do
risco sistêmico e agentes econômicos, responsáveis pela gestão maior da economia. Na visão
de Osias Brito (2005) este cenário, riscos financeiros e operacionais se apresentam em
decorrência das operações que compõem o portfólio das instituições financeiras. A
necessidade de se conhecer os resultados financeiros também se faz presente, uma vez que os
mesmos evidenciam o impacto financeiro das carteiras e estratégias da instituição,
materializadas através dos diversos instrumentos financeiros utilizados no relacionamento
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com seus clientes e mercados. O conhecimento destes resultados se torna importante como
ferramenta de controle e acompanhamento de consecução dos planos da instituição.

A natureza humana muitas vezes se caracteriza pelo inter-relacionamento lógico


entre comportamentos, atitudes e ações. No mercado financeiro, o comportamento esperado
às vezes torna-se incoerente. Isto pode ser explicado pelo próprio comportamento dos
principais componentes deste mercado, ou seja, os seres humanos. Sentimentos como medo,
angústia, decepção e insegurança tornam, muitas vezes, o comportamento lógico em
comportamento inesperado.

A constituição de cenários alternativos e seus impactos, assim como o uso de


responsabilidade contribuem para neutralizar estes riscos e melhor situar a instituição no
tempo. No mercado financeiro, cada vez mais se faz importante o questionamento dos
fundamentos da dúvida.

O mercado financeiro tem como seu principal expoente o mercado de ações, que na
presente década continua ganhando destaque por apresentar os melhores rendimentos entre as
modalidades disponíveis no mercado nacional. Sendo que este mesmo mercado ainda é
desconhecido pela grande maioria da população brasileira. Porém este mesmo mercado que
em longo prazo aproveita o crescimento econômico apresentado pelo Brasil para lucrar, pode
no curto prazo em meio a uma crise econômica, mostrar perdas acentuadas em seus índices.
Geralmente este fato ocorre nas grandes crises que costumam alastrasse por todo o mundo
atingindo as economias mais vulneráveis.

O mercado de ações é considerado por muitos estudiosos como o financiador da


economia nacional. Diversas empresas captam recursos neste mercado para financiarem o
crescimento de suas atividades. Na prática isto funciona, mas encontra na falta de
conhecimento, em relação a seu funcionamento, um inibidor que gera desconfiança por parte
da grande parte da população. Em épocas de crises este mercado pode apresentar perdas, este
fato amedronta a entrada de novos investidores.

No Brasil algumas entidades buscam levar o conhecimento do mercado de ações à


população em geral (no caso temos o INI – Instituto nacional de Investidores), através de
programas que tentam desmistificar os riscos que podem ocorrer neste tipo de negócio.
Prática bastante comum em economias mais desenvolvidas onde o tema se torna constante na
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formação cultural da sociedade em questão, sendo que este tema é abordado por Milanez
(2005):

Mais nos EUA do que no Brasil, existe grande esforço de disseminação de


informações sobre regras de como operar com ações. Mas não existe nada que alerte
investidores sobre eventuais atitudes erradas que possam cometer ao administrar
suas posições. (...). Além disso, investidores tendem a exibir excessiva confiança em
suas atitudes e ignoram fatos contrários às suas crenças preliminares,principalmente
em momentos de excessivo otimismo (bolhas) ou pessimismo (pânicos). No Brasil,
comparando-se com o que existe nos EUA, há muito poucas informações sobre
como operar em mercados de capitais e nada sobre vieses e eventuais problemas
oriundos da racionalidade limitada. (MILANEZ, 2005, p 38)

4.5 ENDIVIDAMENTO

Um empréstimo é um tipo de dívida. De acordo com o site especializado em


empréstimos: emprestimohoje.com, o empréstimo é em compromisso entre duas partes de que
um determinado bem seja ele um livro ou um valor monetário, será emprestado ao devedor
pelo credor do empréstimo. Pode-se dizer que um empréstimo é um serviço de empréstimo.
Nela é estipulado um prazo de início e um de fim do serviço. O prazo pode ser decidido pelas
partes de forma livre. Geralmente o empréstimo é realizado através da assinatura de um
contrato. O devedor recebe o bem emprestado geralmente após a assinatura do contrato. O
credor cobra um prêmio para a realização do empréstimo, geralmente através de uma taxa de
juros que incide sobre o valor monetário emprestado. As instituições financeiras são as
principais fomentadoras dos empréstimos. Elas são responsáveis pela disponibilização dos
mesmos. Geralmente elas são controladas pelo Banco Central do país, órgão que dita às
principais regras sobre os empréstimos.

As taxas de juros dos empréstimos são definidas através da lei da oferta e da


demanda, na maioria dos países. Algumas modalidades de empréstimos possuem regras
determinadas pelos bancos centrais, que pode estipular uma taxa de juros padrão para alguns
tipos de empréstimos que são oferecidos através de recursos de fundos, como por exemplo,
poupança e FGTS2. Muitos são concedidos pelas instituições financeiras após uma análise

2 Fundo de Garantia por Tempo de Serviço


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detalhada da vida financeira dos possíveis devedores. Porém, existem empréstimos que são
concedidos sem consulta de possibilidades de pagamentos. Estes são empréstimos concedidos
à baixa renda, geralmente denominados micro-crédito.

Historicamente, os empréstimos no Brasil são fornecidos pelos bancos. Os bancos


têm poder decisório sobre a quantia emprestada e os juros que serão aplicados através de
análise da vida financeira do possível tomador do empréstimo. As principais regras sobre
empréstimos são regulamentadas por portarias do Banco Central do Brasil. O papel do Banco
Central do Brasil é cuidar da saúde do sistema financeiro, evitando abusos, fraudes e crises
sistêmicas.

Também existe no mercado de empréstimos no Brasil o famoso "agiota". Esse


cidadão empresta aos "conhecidos" uma determinada quantia e cobra juros extorsivo, porém
não muito acima dos praticados pelos bancos e financeiras, que também são extorsivos. A
vantagem para o tomador do empréstimo é que o "agiota" consulta poucos dados do tomador
do empréstimo, concedendo rapidamente o empréstimo. A prática de "agiotagem" no Brasil é
proibida. Empréstimos somente podem ser concedidos por instituições financeiras. Isso é para
defender o cidadão. Curiosamente as taxas de juros nos empréstimos cobrados pelas
instituições financeiras são abusivas e extorsivas. Alguns empréstimos são concedidos em
condições piores do que o empréstimo concedido pelo agiota.

4.5.1 GRAU DE ENDIVIDAMENTO

O grau de endividamento representa o total de capital (recursos; dinheiro) que


pertencem a uma terceira parte (financeiras, bancos, outros). Quanto maior o grau de
endividamento de uma pessoa menor será suas realizações financeiras. Isto se deve ao fato de
que parte da renda obtida está compromissada para pagamento deste capital de terceiro.

Com o crescimento da economia brasileira aumentou a oferta por crédito no mercado


nacional, levando ao desenvolvimento econômico e a uma busca desenfreada por crédito,
através de financeiras e bancos que buscam emprestar dinheiro a cobrando por elas uma taxa
de juros, no entanto esta oferta de crédito gera um aumento no grau de endividamento da
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sociedade como um todo, gerando um problema futuro que são os elevados índices de
inadimplência e até problemas sociais.

A oferta de crédito ocorre no mercado financeiro, que na visão de Osias (2005)


desempenha diversos papéis na economia. Um deles é o de viabilizar a atividade tradicional
de intermediação financeira, em que agentes superavitários fornecem recursos a agentes
deficitários por intermédio de instituições especializadas e autorizadas, geralmente pelo
Banco Central, que assumem determinado risco e solicitam um prêmio pelo serviço prestado e
por riscos incorridos, caracterizando-se o spread3.

De acordo com Kindleberger (1996), a expansão do crédito é uma das características


pré-crash4. O aumento de crédito é proporcional ao aumento dos preços dos ativos, fazendo
com que, em momentos de euforia, o crédito seja excessivamente aumentado. Ele se comporta
de uma maneira cíclica. Quando o mercado está euforico, abre possibilidades para uma maior
euforia, porém quando o mercado reverte, a alta alavancagem atua a favor da reversão ao
fazer os investidores reagirem exageradamente.

4.6 MERCADO DE JUROS

De acordo com Brito (2005), a taxa de juros permite o estabelecimento de relações


entre o presente e o futuro, constituindo elo fundamental entre o mercado financeiro e o setor
produtivo da economia.

Ainda segundo Brito (2005), a inadimplência, por parte dos devedores, é importante
variável para a formação das taxas de juros. A percepção, pelo credor, da melhor ou pior
condição de pagamento por parte do devedor influencia positiva ou negativamente a taxa de
juros. Essa taxa se refere à praticada no mercado financeiro entre os agentes desse mercado,
tendo-se como piso a taxa básica formada a partir da maior ou menor necessidade do governo
recorrer a financiamentos de instituições financeiras, considerando-se a percepção de risco
por parte de investidores, além das demais variáveis e agentes influenciadores de sua
formação. Uma instituição financeira com maior percepção de risco por parte do investidor

3 Diferença entre o preço de compra (procura) e venda (oferta) da mesma ação, título ou transação monetária.
Por exemplo, se comprarmos uma ação na bolsa de valores a 10 centavos e a vendermos a 1 real, temos um
spread de 90 centavos. Grande parte do lucro obtido pelos corretores de títulos advém desta diferença.
4 Sinais da economia que identificam a possível quebra do mercado com certa antecedência.
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vai pagar maior taxa de juros em suas captações, assim como as instituições financeiras
cobram maior taxa de juros de clientes que apresentam riscos mais elevados.

As taxas de juros que estão embutidas nos empréstimos podem variar de acordo com
a sua modalidade. Atualmente existem duas formas de empréstimo: o consignado e o
convencional. De acordo com o sitio emprestimohoje.com (2010).
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5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

5.1 METODOLOGIA

De acordo com Roesch (1999), os procedimentos metodológicos descrevem quais


tipos de pesquisa, técnicas de coletas e análises de dados serão utilizados no projeto,
definindo assim como este será realizado.

O presente estudo enquadra-se em um estudo de caso que segundo Vergara (2006)


tem caráter de profundidade e detalhamento. Pode ou não ser realizado no campo. Lembrando
que os tipos de pesquisas não são mutuamente excludentes. Uma pesquisa pode ser ao mesmo
tempo, bibliográfica, documental, de campo e estudo de caso.

Com relação à natureza das fontes utilizadas para a abordagem do tema proposto, a
análise será conduzida através da pesquisa bibliográfica, e pesquisa de campo.

A pesquisa bibliográfica na visão de Vergara (2006) é o estudo sistematizado


desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas,
isto é, material acessível ao publico em geral. Fornece instrumento analítico para qualquer
outro tipo de pesquisa, mas também pode esgotar-se em si mesma.

Segundo Severino (2007), na pesquisa de campo, o objeto/fonte é abordado em seu


meio ambiente próprio, tratando-se de uma investigação empírica realizada no local onde
ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-los. A coleta de
dados é feita nas condições naturais em que os fenômenos ocorrem, sendo assim diretamente
observados. Abrange desde os levantamentos, que são mais descritivos, até os estudos mais
analíticos.

Quantos aos objetivos fins, a questão principal deste estudo sugere que seja através
de pesquisa exploratória e descritiva.

De acordo com a definição de Severino (2007) à pesquisa exploratória, é aquela


análise que busca levantar informações sobre determinado objeto, delimitando assim um
campo de trabalho, mapeando as condições de manifestação desse objeto.
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Segundo Vergara (2006) a pesquisa descritiva, expõe características de determinada


população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis
e definir sua natureza. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora
sirva de base para tal explicação.

5.2 DADOS

A amostra deste estudo é composta por 36% (trinta e seis) dos militares do Corpo de
Bombeiros Militar de Roraima, sendo estes integrantes dos setores administrativos e
operacionais. Para coleta de dados fez-se uso de um questionário formado de 16 questões
objetivas, aplicada entre os dias 26 e 28 de outubro de 2010. Objetivando conhecer e obter
maiores informações sobre o perfil comportamental dos integrantes desta instituição nos
assuntos relacionados a investimento e ao grau de endividamento.
28

6 - RESULTADOS OBTIDOS

A pesquisa de campo busca identificar características comuns aos integrantes do


CBMRR em termos de investimentos e graus de endividamento. Uma informação importante
é a renda familiar, (somatório da renda individual dos moradores do mesmo domicílio) que
caracteriza na maioria dos casos o nível do grau de endividamento, sendo que este se encontra
cada vez mais presente nas classes com baixa renda.

Com uma pesquisa objetiva podemos identificar algumas características próprias dos
agentes pesquisados, no caso os funcionários do Corpo de Bombeiros. Do total entrevistado
79% possuem renda familiar que se encontra na faixa que varia de R$ 2.000,00 a R$ 6.000,00,
estes são os representantes da maior parcela dos entrevistados, pois representam na sua
maioria os praças5. Sendo que 47% representam os que ganham entre R$ 2.000,00 à R$
4.000,00 e os 32% restantes representam os detentores de proventos que vão de R$ 4.000,00 à
R$ 6.000,00. Na minoria encontram-se os que recebem acima de 6 mil a 8 mil (11%), os que
ganham acima de 8 mil a 10 mil (5%) e os que ganham acima de 10 mil (5%).

Abaixo podemos identificar a distribuição da renda familiar entre os militares do


Corpo de Bombeiros (figura 1).

6%
11% 5%

47% a 4000
2000
4001 a 6000
6001 a 8000
8001 a 10000
32%
acima 10000

Figura 1: Renda Familiar


Fonte: Questionário de pesquisa, (2010)

De acordo com o nível da renda, é possível estabelecer um ponto em comum, cujo


entendimento é de que no meio social, as famílias que possuem baixa renda familiar, tendem a
obter um número maior de dívidas e um menor número de investimentos. O que difere dos

5 Sinônimo do nível hierárquico inferior a patente de segundo-tenente, comum nas organizações militares
29

que ganham mais, já que teoricamente estariam mais propensos a contrair menos dívidas e a
aplicar em opções de investimentos. Tudo isto é claro vai de acordo com o grau de satisfação
dos integrantes daquela família. Segundo publicação da jornalista Olivia Alonso (2010) do
portal IG, as pessoas das classes C e D gastam em média 32% em alimentação, 25% com
todas as despesas de habitação, 11% com transporte, 10% com saúde e em torno de 5% com
vestuário e calçados. Isso tudo gira em torno de 83% da renda o restante 17% estariam
relacionados com outras despesas e para algumas famílias quitação de dívidas.

Aplicação financeira é a compra de um ativo financeiro, na expectativa de que, no


tempo, produza um retorno financeiro, ou seja, espera-se não só obter o capital investido,
como também um excedente, a título de juros ou dividendos.

No que se refere a aplicações financeiras, 43% dos funcionários do CBMRR citaram


no questionário que realizam alguma espécie de aplicação, o que representa uma nova
tendência no cenário nacional devido à crescente onda de investimentos e desenvolvimento
que atravessa a atual política econômica brasileira.

sim
43%

não
57%

Figura 2: Quantidade de bombeiros que realizam aplicações financeiras


Fonte: Questionário de pesquisa (2010)

O Corpo de Bombeiros apresenta características conservadoras quando o assunto se


refere a aplicações financeiras. A pesquisa identificou que os militares que aplicam alguma
quantia em ativos financeiros, geralmente optam por imóveis ou pela cardeneta de poupança,
por apresentarem menores riscos. A cardeneta de poupança mostrou-se na pesquisa a
modalidade de aplicação mais conhecida pelos militares, justamente por ela apresentar
características típicas dos investidores brasileiros, que é a segurança apresentada, mesmo
sendo uma aplicação com rendimentos mínimos. Segundo o professor Gilberto Hissa (2009),
30

a caderneta de poupança é a aplicação mais simples e popular do Brasil, sendo boa para o
início da formação de um patrimônio ou para quem tem pequenas quantias para investir
periodicamente, tendo como vantagens a liquidez diária, isenção de IOF e de Imposto de
Renda para pessoas físicas, sendo por estes motivos considerados bastante atraentes, apesar da
sua baixa rentabilidade.

Já os imóveis ganharam destaque nos últimos anos, devido ao forte incentivo do


governo federal com programas sociais de moradia que fizeram reacender a procura por esta
aplicação. Desta forma o mercado passou a apresentar altas valorizações, levando os
potenciais investidores do CBMRR a aplicar neste seguimento. Isto se deve ao fato do
mercado imobiliário apresentar baixa volatilidade, e devido a este fato se torna um bom
investimento por apresentar segurança, fugindo dos riscos dos mercados mais voláteis e
vulneráveis. Esta baixa volatilidade gera um desconforto na hora de ter dinheiro em mãos,
pois, é dificílimo colocar um imóvel a venda e obter o dinheiro da venda no mesmo dia.

10%
22%
imóveis
ações
fundo de investimento
2% atividades rurais
7% empréstimos
40% poupança
9% outros

10%

Figura 3: Principais aplicações realizadas pelos bombeiros


Fonte: Questionário de pesquisa (2010)

Existem outras modalidades de investimentos onde os militares entrevistados


realizam aplicações financeiras, porém, em menor número, uma delas são os fundos de
investimento, que ganham força à medida que os mercados evoluem. Os fundos de
investimentos são modalidades para quem prefere passar seus recursos a terceiros para que os
mesmos possam administrar sem a participação do investidor, impossibilitando decisões que
não sejam as do administrador do fundo.
31

6.1 MERCADO ACIONÁRIO

O mercado acionário é considerado por muitos arriscado e desconhecido, é um


mercado vulnerável, onde as atividades econômicas de todo o mundo podem influenciar
positivamente ou negativamente em seus índices financeiros. A aversão à perda constata o
poder que existe ao redor do medo apresentado pelo investidor, pois como definido
anteriormente, o investidor avalia o risco de investimento de acordo com a mudança que a ele
lhe é proporcionado em seu nível de riqueza. Este tipo de mercado não oferece segurança ao
investidor, mesmo as ações de 1.º linha 6, que aparentemente oferecem menos vulnerabilidade
em seus preços, causando menos risco. Assim, eles optam por modalidades mais seguras, no
entanto menos rentáveis.

O mercado acionário ainda não é conhecido por todos os militares entrevistados, na


pesquisa foi identificado que apenas 21% afirmam conhecer o mercado de renda variável
(figura 4). Isto pode ser confirmado pelo fato da mesma pesquisa identificar o baixo número
de pessoas que não realizam aplicações financeiras (figura 2).

sim
21%

não
79%

Figura 4: Bombeiros que conhecem o mercado de ações


Fonte: Questionário de pesquisa (2010)

O restante dos entrevistados que totalizam 79%, informaram que não realizam aplicações
no mercado acionário, muitos por não o conhecerem e outros por o acharem arriscado. Este
mercado ainda não tem ampla divulgação, isso faz com que existam menos investidores (no
caso pessoas físicas) para movimentar a economia.

6 As de primeira linha são ações das empresas mais tradicionais, de grande porte, e que têm maior liquidez.
32

7 - GRAU DE ENDIVIDAMENTO

Na pesquisa com os funcionários do CBMRR, foi identificada uma característica


ligada ao grau de endividamento por renda familiar, pois de acordo com o aumento da renda
familiar há uma diminuição do grau de endividamento, com exceção feita aqueles que se
encontram na faixa de renda que compreende os salários que vão de R$ 8.001,00 à R$
10.000,00. Na pesquisa o grupo com renda familiar de R$ 2.000,00 à R$ 4.000,00 possui um
grau de endividamento de 35%, o que significa dizer, que a cada R$ 100,00 de patrimônio R$
35,00 estariam comprometidos com dívidas. Já os que detêm uma renda familiar acima de R$
10.000,00 apresentaram um grau de endividamento de 14%. Isso mostra claramente que o
aumento do grau de endividamento é proporcionalmente inverso ao aumento da renda
familiar.

Tabela 1: Tabela representativa do grau de endividamento por renda familiar dos bombeiros

Média de Grau de
Renda Familiar Média de dívidas
patrimônio endividamento

2.000,00 a 4.000,00 R$ 66.622,00 R$ 23.169,88 35%

4.001,00 a 6.000,00 R$ 127.275,00 R$ 35.460,59 28%

6.001,00 a 8.000,00 R$ 141.833,34 R$ 23.916,67 17%

8.001,00 a
R$ 97.500,00 R$ 36.125,00 37%
10.000,00

Acima de 10.000,00 R$ 136.667,00 R$ 19.333,34 14%

Média Geral R$ 113.979,47 R$ 27.601,10 24%


Fonte: Questionário de pesquisa (2010)

Com a facilidade da obtenção do crédito, principalmente para a classe dos


funcionários públicos, houve uma verdadeira corrida na busca de financiamentos. Do total de
militares entrevistados, 87% informaram que possuem alguma espécie de dívida (figura 5),
sendo que deste mesmo total 33% estão com seus nomes restritos nas entidades de proteção
33

ao crédito, inviabilizando a tomada de novos empréstimos (figura 6). Com a impossibilidade


de adesão a novos empréstimos e tendo o militar à necessidade por tomar mais um
financiamento, ele assim o faz, porém o realiza em instituições que cobram taxas de juros
mais altas em troca da liberação do financiamento sem a necessidade de consultar os órgãos
de proteção. Desta forma o superavitário (quem empresta) arrisca-se emprestando o dinheiro,
porém impondo altas taxas ao tomador, no caso o deficitário.

não
13%
sim
33%

sim
87%
não
67%

Figura 5: Bombeiros que possuem alguma Figura 6: Bombeiros com o nome restrito
espécie de empréstimo Fonte: Questionário de pesquisa (2010)
Fonte: Questionário de pesquisa (2010)

De acordo com a mesma pesquisa a maioria dos empréstimos tomados pelos


entrevistados são da modalidade dos consignados que é aquele cujo valor da prestação mensal
é debitado automaticamente na folha de pagamento (holerite7) do funcionário. Estudos
realizados pela Associação Brasileira do Consumidor –ABC, demonstram que o principal
agravante do endividamento populacional são decorrentes dos empréstimos consignados, pois
esses são calculados de forma errada pelos agentes financeiros, e concedidos sem critérios
rígidos aos consumidores que os solicitam. Atualmente é a modalidade que possui as menores
taxas de juros devido a sua baixa inadimplência, também é a modalidade mais ofertada pelas
agências de crédito (bancos e financeiras).
Existe uma lei federal que é a de número 4.090 de 13/07/03, que em seu art. 2º § 2º,
inciso I, cita que a soma dos descontos referidos no art. 1o da referida lei, não poderá exceder
a trinta por cento (30%) da remuneração disponível, conforme definida em regulamento; e o

7 Demonstrativo impresso de vencimentos de um trabalhador ou trabalhadora pertencente ao setor público ou


privado, no qual é apresentada a soma final de proventos e descontos, assim como o total líquido a receber.
34

inciso segundo do mesmo parágrafo diz que o total das consignações voluntárias, incluindo as
referidas no art. 1o, não poderá exceder a quarenta por cento (40%) da remuneração
disponível, conforme definida em regulamento. Todas estas definições de margem são
referentes a empregados que poderão autorizar, de forma irrevogável e irretratável, o desconto
em folha de pagamento dos valores referentes ao pagamento de empréstimos, financiamentos
e operações de arrendamento mercantil concedidos por instituições financeiras e sociedades
de arrendamento mercantil, quando previsto nos respectivos contratos. No caso da lei n.º
4.090, ela foi instituída pelo Estado com o objetivo de assegurar uma margem de segurança,
para evitar que os cidadãos tomem empréstimos de forma descontrolada, ultrapassando assim
um limite considerado seguro para que não ocorra o endividamento excessivo, o que poderia
acarretar em grandes problemas sociais para o indivíduo que tem um comprometimento acima
dos 30% da folha salarial somente com pagamento de empréstimos, o que geraria em muitos
casos a tomada de mais financiamentos transformando todo este exemplo acima citado em
uma grande bola de neve.

2.80 12.15 11.21

9.35
Cheque especial
28.04
Cartão de Crédito
Empréstimo consignado
CDC
Empréstimos informais
Sem Empréstimos

81.31

Figura 7: Modalidades de empréstimos mais comuns entre os bombeiros


Fonte: Questionário de pesquisa (2010)

Do total de militares com empréstimos, 81,31% dos entrevistados, informaram que


possuem empréstimo da espécie consignado, lembrando que esta modalidade de empréstimo
não pode ultrapassar o que está estabelecido na lei n.º 4.090 de 13/07/03. Este detalhe
relaciona-se ao fato de que o empréstimo consignado apresenta facilidades em sua tomada,
pois como o pagamento das parcelas são deduzidas diretamente na folha de pagamento, há
uma diminuição no risco dos agentes superavitários8, tornando a obtenção do mesmo com
muita facilidade.
8 Aquele que apresenta superávit.
35

Apesar de o crédito consignado ser mais eficiente que o crédito pessoal, empréstimo
pessoal, cartão de crédito, consórcio e cheque especial, o contratante tem que ter consciência
que se trata de um empréstimo como outro qualquer e deve ser pago, também não pode
esquecer que haverá o comprometimento do orçamento por algum tempo até as coisas se
normalizarem ou quitar todas as dívidas pendentes.
O empréstimo consignado pode e deve ser utilizado para quitar dívidas com juros
mais altos do que o próprio consignado, segundo Hissa (2009) esta modalidade de crédito, por
não oferecer risco para a instituição financeira, é, comparativamente, bastante barato,
devendo-se trocar todas as dívidas pela dívida do crédito consignado

Existe ainda no mercado o chamado Empréstimo Convencional, mais conhecido


como CDC- Crédito Direto ao Consumidor, sendo uma espécie de crédito utilizado para
suprir ‘buracos’ no orçamento ou para pequenas compras/aquisições. O principal erro dos
consumidores acontece quando pega um empréstimo para pagar dívidas de cheque especial ou
cartão de crédito, porque ele acaba contraindo mais uma dívida, e dentro de pouco tempo
volta a dever no cartão de crédito ou na conta-corrente.

Outra modalidade de empréstimo são as dívidas com cartão de crédito (neste caso
chamamos de empréstimo indireto, pois nesta modalidade não há a intenção de sua obtenção,
no entanto ela ocorre de maneira natural, iniciando quando, o titular do cartão falha com seus
compromissos de pagar as faturas devidas em dia, a partir deste ponto passamos a ter dívida
com o cartão de crédito), que possuem juros elevados, considerado como um dos maiores da
economia.

Na pesquisa realizada com os bombeiros pouco mais de 28% dos entrevistados


informaram que possuem dívidas com cartão de crédito, levando-os ao ciclo vicioso em
alguns casos, onde neste ciclo existe apenas o pagamento do valor mínimo, não influenciando
em nenhum momento na diminuição da dívida, porque com a carga de juros, o valor mínimo é
absorvido pelo valor dos juros para o próximo período.
As dívidas com cartão de crédito diferem das outras formas de empréstimos. No
cartão a dívida só é considerada quando ocorre a falta de pagamento da fatura. Existe neste
caso um controle mal planejado das contas a serem pagas, pois é comum as pessoas que
utilizam cartão de crédito realizarem compras de forma parcelada, no entanto essas compras
geram várias parcelas futuras que vencem em um determinado mês, acumulando várias contas
que neste caso extrapola o valor previamente estabelecido para pagamento. Trata-se de uma
36

dívida que cresce com muita facilidade, pois a ela está ligada uma taxa de juros exorbitante
que atinge em média 14% mensais, chegando até a triplicar com juros medianos de 340% ao
ano, levando a uma dívida incontrolável.
O cheque especial também tem sua participação nas modalidades de empréstimos
utilizadas pelos militares do CBMRR, pois 11,21% dos entrevistados afirmaram possuir
dívidas com cheque especial, que em média possuem juros ao redor de 8% a 10%,
dependendo da instituição financeira. O cheque especial é, basicamente, um contrato existente
entre um banco e um consumidor para que este tenha disponível um crédito de um
determinado valor vinculado a sua conta bancária que, caso seja utilizado, deverá ser
devolvido acrescido de juros e outros encargos.
Por fim apenas, 12,15% dos entrevistados informaram que não possuem
empréstimos, número pequeno já que representa pouco mais que 1 (um) militar sem dívida
entre 10 (dez) endividados.

7.1 DESTINO DOS EMPRÉSTIOS TOMADOS

Quando os militares pesquisados adquirem uma dívida, em média 30% dos casos o
dinheiro tomado tem como objetivo o pagamento de faturas de cartão de crédito (30%), assim
como (15%) são destinados para outras faturas em atraso e até para o pagamento de outras
dívidas como mostra a figura 8, onde se inclui ainda o cheque especial e pagamento de
financeiras, que neste último caso é o pagamento de um empréstimo através de outro. Ainda
podemos citar que dos empréstimos tomados 25% não tem como finalidade o pagamento de
dívidas, pois 11% dos entrevistados não utilizam para eliminar dívidas e outros 14% utilizam
para compras em geral ou financiar terceiros. Neste ponto de vista podemos notar que 75%
dos empréstimos são feitos para sanar a saúde financeira dos militares, que por um motivo ou
outro perderam o controle das dívidas, ou como em muitos casos trocam uma dívida mais cara
por uma mais barata que ofereça taxas menores.
37

11% 11%

cheque especial
14% cartão de crédito
outras faturas
banco
4% 30% financeira
empréstimos informais
5% outros
Não elimina
10%

15%

Figura 8: Dívidas eliminadas com a aquisição de empréstimos


Fonte: Questionário de pesquisa (2010)

8 RECURSOS EXTRA-SALARIAIS

Entre os militares é comum a utilização do 13º salário 9 para pagamento de dívidas.


Na pesquisa foi identificado que esta é uma característica de 54% dos entrevistados, que
utilizam o 13º salário apenas para pagar dívidas, outros 27% geralmente utilizam o salário
extra para eliminar dívidas e para investir o que sobrar. Do total apenas 11% disseram que
utilizam o pagamento extra para investir de acordo com as preferências financeiras e 8%
utilizam este salário extra para viajarem.

54%

pagando dívidas
11%
investindo
dividindo
outros
- viagens
8% 27%

9 Pagamento realizado no mês de dezembro correspondente a uma gratificação salarial extra, independente
daquela devida pelo empregado, correspondendo a 1/12 da remuneração, estando esta instituída pela lei 4090 de
13de julho de 1962.
38

Figura 9: Utilização de salários extras


Fonte: Questionário de pesquisa (2010)

Uma característica em comum entre os entrevistados está relacionada com a tomada


de um financiamento. Supondo uma situação na qual ao comprar um veículo o militar tenha
duas opções, sendo que para ambos o veículo custa 35 mil reais, e em ambas há 10 mil reais
como valor de entrada. As duas situações são as seguintes: na situação A, o veículo é entregue
na hora, porém ele tem R$25.000,00 para ser financiado em 60 parcelas de R$ 720,00. Na
situação B o propenso comprador teria que durante 35 meses poupar os mesmos R$720,00,
que geraria R$ 25.200,00 somados aos 10 mil, compraria o carro após todo este período a
vista. Na pesquisa a situação acima foi lançada tendo 78% dos entrevistados optados pela
situação A e apenas 22% pela situação B.

22%
Financia
Poupa

78%

Figura 10: Situação hipotética


Fonte: Questionário de pesquisa (2010)

Isto se deve ao fato de que para os entrevistados o bem, no caso o veículo, se torna
um atenuante de alívio da dívida assumida no caso da situação B, embora que isso só ocorra
no decorrer dos primeiros meses, pois depois que acaba o ‘encantamento’ com o bem
adquirido, sobram as dívidas que vão perdurar por um longo tempo, sendo que este mesmo
bem irá sofrer depreciação. Fica difícil para os consumidores em geral entenderem que o bem
de poupar é muito mais benéfico, pois financiando um veículo como na situação hipotética
apresentada anteriormente, os R$ 25.000,00 financiados transformaram em um montante de
R$ 18.200,00 somente a títulos de juros, quase o mesmo valor do bem financiado. Sendo que
na situação A o consumidor teria que esperar durante 35 meses, poupando mensalmente R$
39

720,00, lembrando que este valor poupado durante este período não seria acrescido de juros
de aplicação, o que reduziria muito mais o tempo de espera dependendo do modelo de
aplicação realizado, pois um fundo de ações em períodos de bonança econômica é muito
melhor que os 6% anuais apresentados pela poupança.
40

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante dos resultados obtidos com a pesquisa pode-se observar que existem inúmeros
fatores que influenciam o comportamento principalmente aqueles que se encontram ligados as
tomadas de decisões por parte dos militares do CBM. Para as Finanças Comportamentais o
estudo das atitudes humanas sofre influências de atividades ligadas à economia, ao meio
social ou até mesmo das questões próprias dos indivíduos, pois em cada análise se extrai uma
gama de conclusões que estão intrinsecamente ligadas ao comportamento.

Com base na pesquisa foi possível identificar características que diretamente


identificam a influencia dos fatores acima citados, ficando evidente que as Finanças
Comportamentais torna-se a principal fonte de estudos da relação que o homem exerce com o
dinheiro.

Com as análises e constatações obtidas nas pesquisas relacionadas com as principais


atividades financeiras realizadas pelos bombeiros, fica evidente a falta de planejamento
financeiro por parte da maioria dos militares na qual caem em total descontrole, aumentando o
grau de endividamento, entrando desta forma em um ciclo vicioso que e o chamado efeito
bola de neve. Fica claro a necessidade de conscientizar os militares da importância de manter
suas dívidas sob controle, buscando eliminá-las da forma que possam trazer mais benefícios,
bem como instruir-los através de palestras as vantagens de se realizar um controle
orçamentário, sem deixar, no entanto de incentivar o investimento de recursos em
modalidades mais rentáveis que a poupança, a fim de obter maiores retornos sobre o capital
aplicado.

Portanto o estudo do comportamento humano deve contemplar fatores ligados a


diversas atividades do meio no qual estão inseridos os militares do CBMRR, visando
identificar os motivos pelos quais eles investem e pelos quais motivos eles se tornam
endividados, pois é de fundamental importância a identificação destes dados visando obter a
melhor qualidade possível dos integrantes da Instituição.
41

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