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RESENHA DE ARTIGO- Augusto Cesar Fernandes Trucolo

Disciplina: BIOLOGIA

Artigo:
PENA, Sérgio, BIRCHAL, Telma. A inexistência biológica versus a existência social de
raças humanas: pode a ciência instruir o etos social?. Revista USP, São Paulo- SP, n.
68, p. 10-21, Dezembro/Fevereiro 2005/2006.

Através do estudo deste trabalho, a diversidade genética foi analisada e a relação


com o que é comumente chamado de raça humana. E mencionar avanços em genética
molecular e sequenciamento do genoma nos permitem examinar a variação genômica,
herança biogeográfica e a aparência da pessoa. Esses estudos mostram que não há base
genômica significativa para a distinção entre raças. Embora possa ser distinguido
Grupos étnicos fenotipicamente diferentes, nenhuma evidência para essas diferenças
genoma humano.
Conforme mencionado no artigo, em 1972, Richard Lewontin dividiu as
diferentes populações em 8 diferentes "raças" de humanos, africanos, índios
americanos, aborígenes australianos, Mongol, Indiano, Sul Asiático, Oceaniano e
Caucasiano em 17 categorias, além disso, logo após Barbujani, as frequências alélicas
de polimorfismos genéticos foram estudados109 loci autossômicos neutros em
diferentes populações ao redor do mundo. Com a análise, os resultados de duas
pesquisas em que chegaram ao mesmo local sugerem variabilidade. A genética entre
indivíduos da mesma população e "raça" é de cerca de 85%, e a variabilidade. A
genética entre diferentes populações de uma mesma "raça" é de cerca de 8%, a
variabilidade. A genética das diferentes "raças" é de apenas 6%.
Os autores também afirmam que apoiam a visão de que o fato científico de que
"raça" não existe deve ser absorvido pela sociedade e incorporado em suas crenças e
atitudes morais, a fim de fortalecer a oposição a diferentes formas de reivindicações
raciais. Hierarquia entre pessoas ou grupos de humanos, e sugere uma atitude coerente e
desejável que valoriza a singularidade de cada indivíduo, ao invés de identificá-los
como membros de um “grupo de cor”.

Apesar do Brasil se autodenominar uma democracia racial, existe um


preconceito que está relacionado à aparência física da pessoa e favorece características
associadas ao continente europeu. Seguindo essa perspectiva, no Brasil, a cor é avaliada
fenotipicamente com base na pigmentação da pele e dos olhos. No entanto, a aparência
física de um brasileiro não permite tirar conclusões sobre o seu grau de ancestralidade
africana. Em outras palavras, a cor percebida socialmente tem pouca ou nenhuma
relevância biológica.

Assim, a ciência consegue exercer um papel importante na desconstrução de


estereótipos raciais e na promoção da paridade social, fornecendo evidências e
conhecimentos que desafiem noções ultrapassadas e contribuam para uma ética mais
justa e igualitária que demonstre que todos os seres humanos têm a mesma base
genética e as diferenças observadas entre as populações humanas são resultado de
fatores históricos, culturais e ambientais que se tornam superficiais e não determinam
nossas habilidades.

Junto com suporte nas evidências científicas apresentadas, fica cada vez mais
claro que não há base sólida para repartir os humanos em raças biológicas. Estudos
genéticos e antropológicos têm mostrado que a mutabilidade genética entre grupos
populacionais é pequena em comparação com a variabilidade dentro de cada grupo.

Além disso, o documento enfatiza fortemente a responsabilidade dos cientistas


de comunicar clara e amplamente sobre as descobertas que afetam diversas populações.
Também mostra a necessidade de educar as pessoas sobre as implicações sociais dessas
descobertas para que possam conviver e conviver.

Uma crítica útil ao artigo é que ele carece de uma abordagem completa das
questões éticas e políticas que envolvem o ensino de estudos sociais. Embora os autores
resumam o papel dos cientistas nesse processo, é útil explorar mais sobre a política e os
debates que podem surgir na luta contra as questões raciais.

Em resumo, o artigo "Ausência natural versus existência social: a ciência pode


informar a sociedade?" é uma parte importante do debate sobre grupos raciais e seu
impacto na sociedade. Com base em análises robustas e objetivas, os autores
demonstram a importância de combinar descobertas científicas com bom senso para
promover uma sociedade justa e inclusiva.

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