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Modelagem é a arte de dar forma a qualquer matéria prima modelável.

Cerâmica e a denominação dada a todos objectos produzidos com argila, submetidos a


cozedura através de elevadas temperaturas.

E um material artificial mais antigo produzido pelo Homem. Do grego ‘’keramos’’ (‘’terra
queimada’’ ou ‘’argila queimada’’), é material de grande resistência frequentemente
encontrado em escavações arqueológicas.

Pesquisas apontam que a cerâmica é produzida a cerca de 10-15 mil anos.

Quando saiu das cavernas e se tornou um agricultor, o Homem encontrou a necessidade de


buscar abrigo, mas também notou que precisaria de vasilhas para armazenar a água, alimentos
colhidos e sementes para a próxima safra.

A cerâmica é muito antiga, sendo que pecas de argila cozida foram encontrados em diversos
sítios arqueológicos. No Japão as pecas de cerâmica mais conhecidas por arqueológicos foram
encontradas na área ocupada pela cultura Jomon há cerca de oito mil anos ( ou mais).

Antes do final do período Neolítico (ou da Pedra Polida), que compreendeu,


aproximadamente, de 26.000 AC até por volta de 5.000 AC, a habilidade na manufactura de
pecas de cerâmica deixou o Japão e se espalhou pela Europa e pela Ásia, não existindo
entretanto, um consenso sobre como isto acorreu. Na China e no Egípto, por exemplo, a
utilização da cerâmica remonta a mais de cinco mil anos. Nas tumbas dos faraós do antigo
Egipto, vários vasos da cerâmica continham vinho, óleos e perfumes para fins religiosos.

Um dos grandes exemplos da antiga arte cerâmica chinesa está expressa pelos guerreiros de
Xian. Lá, em 1974, os arqueólogos encontraram o túmulo do imperador Chi-huand-di, que
nasceu por volta do ano 240 AC. Para decorá-lo, foi feita a réplica em terracota de um
exemplo de soldados em tamanho natural.

Apesar do termo cerâmica reter o sentido original de produtos feitos com argila, ao longo dos
tempos começou a abranger outros produtos processados de forma idêntica (Carter e Norton
2007) .

As primeiras cerâmicas datam do final Paleolítico (Boch e Nièpce 2007). Os exemplos mais
antigos de barro cozido, que incluem mais de 1000 fragmentos de estatuetas foram
descobertos na Morávia, actual República Checa.
A primeira evidência da produção de cerâmica de olaria remonta a 10000 AC com a
descoberta de fragmentos perto de Nagasaki, no Japão. Esta cerâmica produzida a partir da
argila, fibras orgânicas e mica, era denominada de ‘’Jamon’’ devido os motivos traçados no
seu padrão . Estes vasos, assim como os produzidos no próximo oriente, há cerca de 10 000
anos, eram queimados a baixa temperatura (Carter e Norton 2007) .

Durante o período final da idade da pedra (Neolitico) a arte de vasos cozidos tornou-se uma
actividade importante (Carter e Norton 2007).

Na Mesopotâmia há vestígios de fragmentos cerâmicos de artefactos que datam de 8 000 anos


AC (Margueron 1991). Revestimentos de piso e de parede em ladrilho e estruturas de
calcário e gesso foram encontrados na Palestina (8300-7600 AC) e depois no Iraque, Síria,
Anatólica e Jericó (Kingery e tal 1992).

Por volta de 7000-6000 AC, especialmente no próximo oriente, foi observado um grande
impulso na cerâmica , resultante da sedentarização das populações (Boch e Nièpce 2007). As
primeiras cerâmicas eram muito porosas e grosseiras e os artesãos depressa perceberam que
existia necessidade de alterar as propriedades da matéria-prima (Boch Niepce 2007). Assim
eram adicionadas partículas não plásticas para construir o esqueleto do artefacto (partículas
minerais, orgânicas e fragmentos de cerâmica). Em cerca de 6400 AC a olaria já era
relativamente desenvolvida, existindo um melhor aperfeiçoamento nas técnicas de decoração
e processamento térmico. Por exemplo, já se dominava o controlo das atmosferas de oxidação
e redução requeridas durante a queima dos produtos cerâmicos (Carter e Norton 2007).

As primeiras decorações eram inclinações e marcas feitas por paus, ossos e unhas. Mais tarde
as cerâmicas passaram a ser pintadas com base em pigmentos de origem mineral podendo ser
executados antes ou após o fogo. Investigações recentes revelam o aparecimento de vidrados
no norte no Iraque e no nordeste da Síria em cerca de 1600-1500 AC (Boch Niepce 2007).
Esta técnica foi depois estendida no médio oriente na decoração arquitectónica, olaria e
estatuária. Apenas no final do século XVIII, com a melhor compreensão científica da
cerâmica (analise química da matéria-prima) aliado ao impulso proporcionado pela revolução
industrial, a produção e processamento da cerâmica sofreu um grande desenvolvimento
(Carter e Norton 2007.)
Albino Mahumana
Nascido aos 21 de Outubro de 1970, começou a pintar ainda criança por influencia do seu pai
Mankew.mas como profissional destacou-se mais em fotografia, e, sempre se dedicando a
pintura e musica nos momentos livres. Em fotografia foi editor fotográfico de jornais como
Dossiers Factos 2013-2016 Revista MAIS2003-2006 e semanário DEMOS1995-2003.de
1990 a 1995 trabalhou como ilustrador e fotojornalista no Instituto nacional de investigação
agronomica-INIA
Partir de 2017 dedica-se intensamente na pintura, tendo no ano seguinte participado ganho o
2º Premio do concurso:"PONTE QUE LIGA VIDAS"Maputo-Katembe, na categoria de
pintura, organizado pelo centro cultural mocambicano-alemao.
»» MATXAKHOSA.
Reinata Sadimba que é uma mulher muito particular. Brilha numa profissão dominada
por homens, assume também a função de homem nas lides domésticas e até em
momentos de lazer. O seu forte carácter é fácilmente perceptível na objetividade dos seus
discursos, na tomada de pequenas decisões e principalmente nas suas obras.
Os objetos de barro desta escultora moçambicana são inconfundíveis. Mas na hora de
moldar o barro, os homens não têm grande espaço nas suas mãos. "Gosto mais de
representar a mulher, não gosto de representar homens porque eles não gostam de mim
porque sou velha", revela a artista em meio de gargalhadas. Apesar de tudo, Reinata
garante que gosta deles.
O trabalho artístico de Reinata Sadimba é muito determinado pelas suas experiências
pessoais. Os maus tratos que terá sofrido do marido, e consequente separação, atiraram-
na para o barro. E daí nunca mais saiu.
Reinata Sadimba nasceu na província nortenha de Cabo Delgado e pertence à etnia
makonde, uma das mais fechadas do país. Depois de adulta viveu na Tanzânia por alguns
anos, na companhia da sua irmã.
É escultora também, mas a sua paixão é mesmo a cerâmica. Quando os momentos de
inspiração batem à sua porta, ela não hesita em recebê-los, mesmo que sejam duas da
manhã, aliás, hora em que mais gosta de trabalhar. O sonho já foi o motor de Reinata:
"Quando sonhava, de manhã concretizava os meus sonhos no barro.

Modelagem

A modelagem existe desde os primórdios da humanidade. Na antiguidade, moldavam o barro


e transformavam em pecas utilitárias e representativas. Mesmo nas civilizações anteriores a
modelagem sempre esteve presente em vasos, mascaras, objectos decorativos e muito mais.

Neste caso, hoje ela é definida como um processo mecânico onde são obtidas peças utilizando
matéria-prima não sólida. Esta pode estar em formato de pó ou argila. Quando a matéria
prima é em pó a solidificação pode ser feita através da adição de um líquido aglomerante ou
por aquecimento.

A habilidade em modelagem depende da experiência, conhecimento, intuição, julgamento,


percepção e imaginação. A construção de um modelo é baseada num modo específico de
olhar para o objecto, isto é, para a realidade. (SANTOS, 2002, p.2).

Modelagem de barro

Barro é uma matéria argilosa, moldável quando se junta com a água e se esfrega directamente
ao se colocar a água e é composto de base de silicato. Tem como propriedades a plasticidade,
a resistência, a impermeabilidade e sonoridade.

Na modelagem do barro usam-se materiais ou ferramentas seguintes: teques, garrotes, rolo,


esponja, pano.

Alem disso, na modelagem com barro basea-se nas técnicas a seguir:

_ Técnica de bola;

_ Técnica de rolo;

_ Técnica de engode;

_ Técnica de lastra;

_ Técnica de acabamento e decoração

Todavia, na antiguidade, modelavam o barro e transformavam em peças utilitárias e


representativas. Peças estas que eram aplicadas na utilidade doméstica e quotidiana na vida
dos antepassados e mesmo nas civilizações posteriores a modelagem sempre esteve presente
em vasos, máscaras, objectos decorativos e muito mais.

Modelagem de papel

Conhecer o processo de fabricação do papel e reflectir sobre a tridimensionalidade da imagem


através de um trabalho que reaproveita material reciclável e objectos da vida quotidiano, que no
caso desta actividade foram os brinquedos, pode apontar o valor da imaginação para a observação
e transformação das formas que nos rodeiam e para a transformação do seu meio ambiente.

Assim sendo para a obtenção desses objectos é necessário que se transforme o papel em pasta.
A pasta de papel é preparada a partir de papel que se rasga em bocadinhos pequenos e se
coloca dentro de água bem quente, de molho, durante algumas horas. Depois de amolecido
tira-se, escorre-se, envolve-se por um pano e aperta-se muito bem, para fazer sair o máximo
da água.

Deitando o papel sobre uma mesa coberta com um plástico, junta-se-lhe cola de madeira
(também pode ser farinha previamente diluída em água e ligeiramente cozida ao lume) e um
pouco de vinagre (para que a massa não apodreça posteriormente). Amassa-se bem, até ficar
homogénea e maleável.

Modelam-se as peças que se desejar e deixam-se secar. Lixam-se, impermeabilizam-se,


pintam-se e envernizam-se.
Alberto B. Sousa; materiais e técnicas de modelagem

Fonte: http://www.anfacer.org.br/historia-ceramica

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