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Universidade de Sorocaba
História – Contemporaneidade
“O pintor parte do mundo real e trabalha para a abstração, e quando termina uma obra, esta é uma abstração do chamado
mundo real. Ao contrário, o arquiteto parte do mundo abstrato, tende ao mundo real. O arquiteto importante é o único que
quando terminou seu trabalho, está tão próximo da abstração original como foi possível para ele... E isso também é o que
distingue os arquitetos dos construtores.” Hejduk, John, 1974
• Richard Meier Ao encontro de uma
nova abstração formal
• Obra pulcra, branca e depurada
volumetricamente.
• Influência do purismo lecorbusieriano
• Twin parks Northeast, Bronx, Nova Iorque, • Consequências gerais provocadas:
1969 – 1973
• Negação da tradição;
• Rigor da célula da moradia
• Composição lisa da fachada • Negação da topgrafia.
• Casa Douglas, Harbor Springs, Michigan, 1971
– 1974 • Eisenman insistiu na superação de historicismos.
• Levesa formal
“[...] Cada projeto deve mostrar sua autonomia,
• Máxima presença da luz natural coincidindo, se for necessário, com a lógica do lugar.”
• Predomínio da transparência
• É uma arquitetura estritamente baseada na sintaxe;
“Na obra de Richard Meier destaca-se sempre
esta beleza nada arriscada, este mecanismo
• A forma se baseia em si mesma;
da repetição de uma linguagem „moderna‟
assimilada, produzindo uma sensação
agradável, mas ao mesmo tempo com a • Concentra-se no fato de que a arquitetura é pensamento
lógico;
frustração do „já visto‟, de onde sempre pode
ser esperado sem nenhma surpresa”
• Busca mostrar principalmente os processos, as ordens e os
elementos que a resultam.
Assim como Rossi, Álvaro Siza Vieira projeta suas obras • Boullée e Ledoux, arquitetos revolucionários da
como parte de seu entorno. Foca seu olhar na topografia, no França;
formato do terreno e em cada particularidade que possa ter.
• Voysey e Lutyens, britânicos do final do século XIX
• Cada elemento material ou construtivo serve para herdeiros da tradição pitoresca;
conectar a obra ao local, sendo assim, a arquitetura de Siza
é inteiramente adaptável ao contexto. • Le Corbusier e Tessenow, faces controvertidas do
movimento Moderno;
• Possui grande influência de Távora, o que explica o uso
de detalhes construtivos de muros, calhas e coberturas que • Melnikov, nome mportante das vanguardas russas;
Távora aprendeu com a arquitetura popular portuguesa. • Schauron e seu expressionismo;
“Sua arquitetura se baseia sempre em uma emotiva e • E ainda a ideia de casa Uni familiar de Frank Lloyd
realista reinterpretação das formas e detalhes da Wright.
arquitetura tradicional, e no respeito à evolução da
arquitetura moderna. [...]” • Uma de suas obras mais destacadas foi o edifício Urumea,
em San Sebastián, 1970 – 1971
• Graças a Nuno Portas, Siza saiu da marginalidade e
passou a fazer diversos projetos de habitação popular. • Suas formas orgânicas conseguiram criar uma
tipologia e fachada perfeitamente integradas a
• Programa Saal (Serviço de Apoio Ambulatório Local) paisagem da urbanização local.
• As melhores edificações promovidas por esse “O peso dos repertórios históricos que estão por
órgão contaram com a colaboração de Siza, o que lhe trás de cada projeto tenderam a se expressar cada vez
deu um novo olhar para a arquitetura. com maior rigidez. [...]”
Pag. 216 a 229– A obra de arte,
paradigma da arquitetura
Durante a história, a arquitetura buscou referências para se embasar. Seja na natureza,
modelos do classicismo, no bosque nórdico ou na tecnologia.
Novos Paradigmas surgem e com ele o “Estatuto da Arte”. • Aposta em materiais impopulares
No final do século XX a tecnologia tem um crescimento • Arquitetura tátil – Baseada nas texturas dos materiais.
emergente, que possibilita novas técnicas na arquitetura.
“Gehry concebe projetos que sejam uma festa de volumes,
A arquitetura toma um novo rumo: o distanciamento da materiais, texturas, cores e objetos [...}”
produção em série. Encontra então abrigo no campo da
arte contemporânea.
• Camp Good Times, Santa Mônica Mountains, 1984 –
1985:
Busca então, ao contrário da arquitetura moderna, a
valorização de cada obra como sendo única e não apenas
uma peça de produção em série. • Traz referências a ondas de água, barco de cabeça
para baixo, velas, frasco de leite e ainda um
moinho – TODAS REMETEM A LÍQUIDOS, o que faz
Com o alto prestígio dos artistas por parte da população, jus ao local seco que Santa Mônica Mountains é.
o valor da arte subiu e cada vez mais os artistas
valorizavam a posse de um estilo próprio e individualista.
• Frank Gehry tem a intenção de impressionar pela
artisticidade, sentido de uso pelsos usuários,
Na vontade de imitar a autenticidade dos artistas, os instrumentalidade e satisfação, e não pela durabilidade e
arquitetos foram recuperando a autenticidade perdida. monumentalidade.
COOP HEMEBLAU SUPERSTUDIO E NATALINI
Suas obras remetem ao surrealismo, à Obras que se apoiavam na arquitetura e nas artes
desconstrução, à crítica multinacional e simplista. plásticas. De fotomontagens a desenhos
Buscam o contraste entre o tradicional e o novo. industriais, e até arquitetura e urbanismo.
Suas propostas não podem ser entendidas fora de
seu contexto histórico e local.
Fazem referências à literatura, filosofia, ciência,
pintura, fotografia e outras artes visuais
• Cloud – 1968 a 1972 –
• O movimento contínuo de 1969
• Uma estrutura móvel – edifício núvem
• As doze cidaes ideais de 1971
• The Blazing Wing
Por conta dessa tecnologia avançada, surgem grupos utópicos como os britânicos do Archigram, e os japoneses do
Metabolismo.
A tecnologia passou a ser vista com bons olhos, uma vez que possibilitando novidades no meio arquitetônico, ela passa a
integrar-se à arte e a racionalidade que antes era rejeitada por remeter ao Modernismo agora é fortemente agregada.
Contudo, novas linhas de pensamento surgem: uma que, por meio da alta tecnologia, desenvolve desenhos elegantes, e obras
mais agressivas, com presença de elementos estruturais e instalações aparentes.
Nomes importantes dessa nova corrente: • Nem seu artigo, o arquiteto fala sobre o fim de três ficções
Bernard Tschumi, Zaha Hadid, Rem Koolhas, Elia convencionais: a representação, a razão e a história.
Zenghelis. Foram diretamtene influenciados por:
Peter Eisenman.
“Se os primeiros ainda acreditavam em um universo moderno, puro e ordenado,os outros aceitam o hedonismo pós-
moderno e o caos metropolitano como premissas de trabalho.”
Rem Koolhas e OMA Bernard Tschumi
Formação original de Rem Koolhas e Elia Zenghelis. A Concurso para um projeto de um novo parque em La
sigla significa: Office for Metropolitan Architecture. Obteve Villete.
Influencias Iniciais de: Archigram e Superstudio Obras
A proposta era criar um modelo do século XXI.
influenciadoras: “A cidade do globo cativo” (1972), Hotel Sphinx
(1975), Delirious New York (1978). As principais referências Entre tantos concorrentes, Bernard foi o vencedor.
arquitetônicas são as obras construtivistas soviéticas dos autores:
Fontes de inspiração: novelas e cinema, teatro,
Malevich, Melkinov, El Lissitzky e outros. Em seu regresso a Europa,
coreogarfia e fotofrafia.
os arquitetos do OMA criam três ateliês, sendo eles: o de Roterdam,
o de Londres e o de Atenas. Fortemente influenciado por Peter Eisenman,
especialmente por suas casas formadas a partir de cubos.
Teatro Nacional da Dança, Haia, 1984 – 1987.
No parque de La Villete, Tschumi resolveu utilizar três
Nele cada espaço se articula independentemente. A
diferentes elementos geométricos que orientaram o
intenção é dar autonomia para cada peça criando novas ideias de
desenvolvimento de seu projeto: ponto (mais precisamente um ponto
espaço.
quadrado, linha e superfície.
Outras obras importantes de sua carreira é o Centro
Se baseia em Kevin Lynch sobre A imagem da cidade,
de Arte e de Tecnologia de Meios de Comunicação em Karlsruhe e o
que desenvolveu cinco referências geométricas básicas para
terminal de Zeebrugge, ambos de 1989. São edifícios cujo interior
entender a percepção dos habitantes sobre a cidade: As sendas, as
abriga múltiplas funções, formas e circulações. “Elevadores, rampas,
bordas, os bairros, os nós e os marcos.
planos inclinados, espirais e cilindros são as formas interiores
dominantes.”