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Biossegurança e Bioética

Profª: Esp. Stellen Guimarães


CENTRO TECNOLÓGICO DE LAVRAS - CETEC
“Quem faz CETEC faz a diferença”
2020
Histórico profissional
 Técnica em Patologia Clinica pelo Impacto Escola de Saúde/ Lavras- MG.
 Graduada em Estética e Cosmética pelo Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS/
Varginha- MG.
 Pós-graduada em Estética e Saúde pelo Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS/
Varginha- MG.
 Pós-graduada em Metodologia Ativa pelo Centro Universitário do Sul de Minas –
UNIS/ Varginha- MG.
 Cursando Mestrado em Gestão Planejamento e Ensino na Universidade Vale do Rio
Verde – UNINCOR/ Três Corações- MG.
 Atualmente atua como docente nos cursos técnicos (Estética e Enfermagem) do Centro
Tecnológico de Lavras- CETEC/ Lavras- MG.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Data das Provas

 P2- 14/09/2020
 P3-17/11/2020
Sempre antes de cada prova iremos fazer uma revisão.

 E-mail e Classapp: stellen.ceteconline@gmail.com

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
O que é biossegurança?
 A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) define biossegurança como
condição de segurança alcançada por um conjunto de ações com o objetivo de prevenir,
controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a
saúde humana, animal e o meio ambiente.
 É um conjunto de ações, procedimentos, técnicas, metodologias, equipamentos e
dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes as atividades de pesquisa,
produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem
comprometer a saúde do homem, dos animais, meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos
desenvolvidos.
 O princípio básico da biossegurança é o controle de riscos, sendo um elemento
considerável do esforço gradual da busca de proteção contra as ameaças à vida humana.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
...

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Existem duas vertentes da biossegurança no
Brasil: a legal e a praticada.
 Legal: está voltada à manipulação de organismos geneticamente modificados
(OGMs) e a de células tronco.
 Praticada está relacionada aos riscos químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e de
acidentes encontrados nos ambientes laborais, amparada pelas normas
regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Resoluções da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA), entre outras.
 O objetivo é prevenir os riscos gerados pelos agentes químicos, físicos e
ergonômicos, relacionados com processos onde o risco se encontra presente ou não.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
“A maioria dos acidentes ou exposição ao risco ocorre porque alguma norma
de segurança, conduta ou procedimento que deixou de ser observado.”

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
O que é risco?
 Riscos podem comprometer a saúde do Homem, dos animais, do meio ambiente ou a
qualidade dos trabalhos desenvolvidos Profissionais de enfermagem, o foco principal
desta disciplina está na prática assistencial da profissão.
 O profissional de saúde entra em contato com material biológico (sangue, secreções e
excreções tipo vômito, urina, fezes, sêmen, leite materno, escarro, saliva e outros
fluidos corporais).

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
 Estes materiais biológicos alojam microrganismos, por isso consideramos estes
fluidos de pacientes ou os equipamentos e ambiente que tiveram contato com
eles, como potencialmente contaminados por germes transmissíveis de
doenças

 Por não sabermos se os germes estão ou não presentes nestes equipamentos,


vamos sempre considerá-los Contaminados Desta forma devemos estar
conscientes da importância de nos protegermos ao manipularmos materiais,
artigos, resíduos e ambiente sujos de sangue e/ou secreções

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
 Cabe ao profissional consciência de sua responsabilidade quanto à prática da
biossegurança em todos os seus procedimentos de trabalho e também junto
aos seus pacientes para que, protegendo-se, possa garantir suas boas
condições de saúde para, assim, estar apto ao cuidado com o próximo.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
 Para ser considerada infecção hospitalar, o paciente precisa estar internado a
pelo menos 72 horas.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
 Na atualidade o termo mais apropriado e utilizado no Brasil e infecção
relacionada á assistência á saúde (IRAS).
 É difícil identificar o modo exato de aquisição de Infecção Relacionada à
assistência a saúde, que pode ser:
 Endógena (interno): oriunda da própria microbiota do paciente. Alguns
procedimentos contribuem para alteração do equilíbrio entre a microbiota e
mecanismos de defesa do hospedeiro.
 Exógena (externo): oriunda de reservatórios e através de vetores como o próprio
paciente, equipe de saúde e artigos hospitalares.
 A infecção exógena pode ser seguida de infecção endógena, onde o
hospedeiro adquire primeiro a microflora hospitalar, como parte de sua
microbiota endógena e através de processos que suprimem seus mecanismos
de defesa, ocorrendo a IRAS (infecção relacionada á assistência á saúde)
endógena.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Tipos de Infecção
 A infecção resultada interação do agente infeccioso com o hospedeiro,
formando-se cadeia de infecção: agente-transmissão-hospedeiro.
 O controle de infecção visa a quebrar essa cadeia.
 Dentre os agentes infecciosos, as bactérias são as mais prevalentes (90%),
seguidas pelos fungos, os vírus e parasitas. O hospedeiro é representado
principalmente pelo paciente, e seu estado imunológico influencia
diretamente na infecção (MARTINS,2001).

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Infecções mais frequentes
Infecções
 Infecções urinárias,
em torno de (40); 15

 As sepses (10);
10 40
 As cirúrgicas (25);
 As pneumonias (10);
25
 As outras infecções
10
correspondem a uma
proporção de (15).
Urinária Sepses Cirúrgicas Pneumonias Outras

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Infecção Respiratória
 O mecanismo de defesa do sistema respiratório, durante a hospitalização, pode sofrer
redução na sua eficiência, por causa de sua patologia ou das medicações utilizadas no
tratamento.
 Patologia da infecção respiratória: Pneumonia.
 Agente etiológico: Stophytococcus aureus, Haemophilus influenzae, Streptococcus
pneumoniae.

Infecção do trato urinário-ITU


 80% das ITU estão relacionado ao cateterismo vesical de demora.
 Fatores de risco:
 Assepsia inadequada/irregular;
 Colonização do meato uretral (por bactérias potencialmente patogênicas);
 Duração do cateter.
 Agente etiológico: E. coli (90%), Proteus sp, Enterobacter sp.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Prevenção de Infecção Hospitalar
 Os profissionais que atual diretamente na assistência ao paciente devem
seguir as recomendações básicas para prevenção e o controle da infecção.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Medidas Gerais de Prevenção e Controle das
Infecções
 Controle do uso de antimicrobianos.
 Ação eficiente do profissional de saúde referente a:
 técnicas de procedimento,
 treinamento em serviço,
 número adequado de pessoal para assistência,
 medidas adequadas de precauções e isolamentos,
 controle de serviço de nutrição e dietética,
 lavanderia e limpeza;

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
MÉTODOS DE DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO
Não existe esterilização eficiente se a limpeza não for eficiente.
 LIMPEZA: processo que remove fisicamente a contaminação por
microorganismos e material orgânico. Remoção da sujidade visível reduzindo
sua carga microbiana.
 DESCONTAMINAÇÃO: remoção de microrganismos patogênicos na forma
vegetativa de objetos e superfícies contaminados com matéria orgânica
fazendo com que os mesmos fiquem seguros para serem manuseados durante
o processo de limpeza manual. O processo pode ser químico (soluções
germicidas) ou físico (lavadoras automáticas).
 ANTISSEPSIA: Inativação ou redução do número de microrganismos presentes
em um tecido vivo, com substâncias antissépticas.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
 DESINFECÇÃO: Inativação ou redução do número de microrganismos
presentes em um material inanimado, não implicando na eliminação de todos
os microrganismos viáveis.
 ASSEPSIA: Impede a entrada de microrganismos em áreas de trabalho.
 ESTERILIZAÇÃO: Eliminação de toda e qualquer forma de vida presente em
um determinado material ou ambiente.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
LAVAGEM DAS MÃOS
Técnica de Lavagem de Mãos
 Antes de iniciar qualquer uma dessas técnicas, é necessário retirar joias
(anéis, pulseiras, relógio), pois sob tais objetos podem acumular-se
microrganismo.
 No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilize
papel toalha.
 O uso coletivo de toalhas de tecido é contraindicado, pois estas permanecem
úmidas, favorecendo a proliferação bacteriana.
 Deve-se evitar água muito quente ou muito fria na higienização das mãos, a
fim de prevenir o ressecamento da pele.

A lavagem de mãos é
tradicionalmente o ato mais
importante para a prevenção e o
controle das infecções hospitalares.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
 Foi comprovada sua importância por Semmelweiss e merecido atenção das
publicações clássicas mais importantes sobre infecções hospitalares.
Semmelweiss reduziu as taxas de infecções puerperais através do ato de
lavagem das mãos com solução germicida, antes do atendimento a partos, em
1848.
A lavagem das mãos é o simples ato de lavar as mãos com água e sabonete,
visando à remoção de bactérias transitórias e algumas residentes, como também
células descamativas, pêlo, sujidades e oleosidade da pele e é utilizada em áreas
não críticas.

Finalidades da lavagem das mãos


• Prevenir infecções;
• Evitar contaminação;
• Manter a higiene pessoal;
• Não contaminar outras pessoas.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Tipos de lavagens das mãos
 • LAVAGEM COMUM – remoção de sujidade e redução da flora transitória;
 • ANTISSEPSIA – remoção e destruição de flora transitória;
 • ANTISSEPSIA ‐ PREPARO CIRÚRGICO – remoção, destruição da flora transitória
e redução da flora permanente;

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Secagem das mãos
• Não usar toalhas de tecido de rotina onde há atendimento a pacientes.
• Utilizar compressas esterilizadas no preparo cirúrgico.
• Secagem com ar quente. Apesar de menor número de microorganismos, o
processo é ruidoso e demorado, além de levantar sujeira do piso.
• Toalhas de papel. A qualidade é importante para que não solte partículas. O
papel pode ser reciclado apenas se garantida a ausência de microorganismos pelo
processo de tratamento.
Cuidar do local de colocação do suporte.
• A limpeza do suporte de toalha também deve ser sistemática Antissépticos
• ÁLCOOL(60% A 90%): etílico, n‐propílico, isopropílico
• GLUCONATO DE CLOROHEXIDINA (0,5% c/álcool; 2%; 4%)

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Finalidade
Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota
residente, além de proporcionar efeito residual na pele do
profissional.
 As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser
de cerdas macias e descartáveis, impregnadas ou não com
antisséptico e de uso exclusivo em leito ungueal e subungueal.
Para este procedimento, recomenda-se:
• Antissepsia cirúrgica das mãos e antebraços com
antisséptico degermante.
• Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira
cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subsequentes (sempre
seguir o tempo de duração recomendado pelo fabricante).

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Mas, quando devemos lavar as mãos?
- Após utilizar o banheiro, fumar e espirrar;
- Após tocar seus cabelos, rosto ou roupas;
- Antes e após comer, beber ou manipular alimentos;
- Após mexer com lixo;
- Toda vez que mudar de tarefa, indo de uma coisa a outra;

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Pacientes Internados

Fonte: Manual de Processos de Trabalho da SEÇÃO DE EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR, UNICAMP (2019)

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Pacientes Ambulatórias

Fonte: Manual de Processos de Trabalho da SEÇÃO DE EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR, UNICAMP (2019)

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Pacientes Hemodiálise

Fonte: Manual de Processos de Trabalho da SEÇÃO DE EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR, UNICAMP (2019)


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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Mas como fazer corretamente?
• Molhe suas mãos com água potável corrente;
• Passe sabão líquido e esfregue entre os dedos,
nas costas das mãos, punhos e sob as unhas. Lave
por, pelo menos, 20 segundos;
• Seque as mãos. Use folhas de papel
descartáveis ou secador de mãos elétrico;
• Use uma toalha de papel quando fechar a
torneira e tocar a maçaneta de portas (banheiro)
para evitar novamente a contaminação.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Luvas Estéreis
 As luvas devem ser usadas durante todas as atividades de
assistência ao paciente que podem envolver exposição a
sangue ou fluidos corporais.
 Além disso, as luvas podem ser usadas em procedimentos que
incluam contato com material potencialmente infeccioso que
não seja sangue tais como membranas mucosas e pele não
intacta ou durante as situações de surto conforme
recomendado o uso de EPI.
 O uso desnecessário de luvas em situações não recomendadas
representa um desperdício de recursos sem que ,
necessariamente, leve à redução de transmissão cruzada de
microrganismos, e também pode resultar em perda de
oportunidade para a higienização das mãos.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
É importante que os profissionais de saúde estejam aptos a selecionar
corretamente o tipo mais adequado de luvas a ser usado e a diferenciar as
situações clínicas específicas em que devem ser usadas e trocadas e aquelas
em que o seu uso não é recomendado.
• As luvas são eficazes para prevenir a contaminação das mãos de profissionais
de saúde e para ajudar a reduzir a transmissão de agentes patogênicos.
• As luvas não fornecem proteção total contra a contaminação das mãos.
• Os profissionais de saúde devem ser lembrados de que uma remoção incorreta
das luvas pode contribuir para a transmissão de microrganismos.
• Se a integridade das luvas estiver comprometida (p.ex., furos), elas devem ser
trocadas assim que possível.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Os profissionais de saúde devem ser capacitados no planejamento da sequência
de procedimentos de forma racional, que limite o uso de luvas e no uso máximo
de técnicas sem contato na assistência á saúde Deve-se enfatizar a minimização
da necessidade de uso e de troca de luvas;
• Em alguns estudos publicados, as luvas de vinil apresentaram mais defeitos do
que as luvas de látex, sendo a diferença maior após o uso.
• É necessário ter disponibilização de mais de um tipo de luva.
• O uso de loções e cremes para as mãos à base de vaselina pode afetar
adversamente a integridade das luvas de látex e algumas preparações alcoólicas
para a higienização das mãos podem interagir com pós remanescentes nas mãos
dos profissionais de saúde.

Deve-se evitar o uso desnecessário de luvas em situações não recomendadas.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Importante
1. O uso de luvas não substitui a necessidade de higienização das mãos com preparação
alcoólica ou água e sabonete.
2. Use luvas quando puder ser prevista a ocorrência de contato com sangue ou outro
material potencialmente infeccioso membranas mucosas ou pele não intacta.
3. Remova as luvas após auxiliar um paciente. Não use o mesmo par de luvas para assistir
mais de um paciente.
4. Quando estiver usando luvas, troque-as ou remova-as nas seguintes situações: ao
mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao
paciente; após tocar um local ou superfície contaminada e antes de tocar um local
limpo ou o ambiente de assistência.
5. Evite usar, novamente, o mesmo par de luvas. Se as luvas forem reprocessadas, é
necessário desenvolver um método adequado e validado de reprocessamento para
garantir a integridade das luvas e a descontaminação microbiológica.
6. O uso de duas luvas é considerado uma prática adequada em países com alta
prevalência de HBV, HCV e HIV para procedimentos cirúrgicos longos (>30 minutos),
para procedimentos com contato com grandes quantidades de fluidos corporais e para
alguns procedimentos ortopédicos de alto risco.
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“Quem faz CETEC faz a diferença”
...
 USO DE LUVAS NÃO SUBSTITUI LAVAGEM DAS MÃOS Segundo a NR-32, item
32.2.4.3.2, o uso de luvas não substitui o processo de lavagem das mãos, o
que deve ocorrer, no mínimo, antes e depois do uso das mesmas.
 A higienização das mãos é considerada uma das principais medidas na redução
do risco de transmissão de agentes biológicos.
 Tem sido constatado que o uso das luvas é um dos fatores que faz com que o
profissional de saúde não realize a higienização das mãos.
 No entanto, a perda de integridade, a existência de microfuros não
perceptíveis ou a utilização de técnica incorreta na remoção das luvas,
possibilitam a contaminação das mãos.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
CENTRO TECNOLÓGICO DE LAVRAS - CETEC
“Quem faz CETEC faz a diferença”
Técnica de calçar luvas
Calçando luva estéril
 O procedimento de calçar um par de luvas estéril requer técnica
correta, para evitar a contaminação da luva, fato este que pode
ocorrer com facilidade, por isso requer muita atenção.
 As luvas estéreis devem ser utilizadas sempre que ocorrer a
necessidade de manipulação de áreas estéreis. Existem vários
procedimentos que exigem a utilização de luvas estéreis, entre eles
os procedimentos cirúrgicos, aspiração endotraqueal, curativos
extensos, que se tornam difíceis realizar somente com o material de
curativo.
 Resumindo, em qualquer ocasião que for necessário o auxílio manual
em locais estéreis ou em lesões, usa-se as luvas esterilizadas.
 Podem ser encontradas nos tamanhos P, M ou G, ou até mesmo em
tamanhos numerados como 6.0, 6.5, 7.0 até 9.0. E pode variar de acordo
com o fabricante.
Após realizar a lavagem correta das mãos, abra o pacote de luvas sobre
uma superfície limpa, à altura confortável para sua manipulação.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Como calçar luva estéril.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Gerenciamento dos Resíduos dos Serviços de Saúde-
PGRSS

 O gerenciamento dos resíduos dos serviços de saúde é uma atividade complexa, pois envolve
tanto o manejo interno (estabelecimentos geradores) de resíduos , como o externo (serviços
de limpeza pública).
 Esta atividade dá-se em função de escolhas de alternativas possíveis e/ou mais convenientes
de coleta, acondicionamento, transporte e disposição pelos estabelecimentos de saúde e/ou
empresas responsáveis por sua destinação final.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
 Além dos aspectos de ordem técnico-operacional, outros elementos importantes que precisam
ser observados neste gerenciamento são as responsabilidades dentro do sistema e as formas de
controle e avaliação.
 Em geral, os serviços municipais de limpeza só têm atribuição de coletar e dispor os resíduos
sólidos comuns, mas, em alguns municípios, efetuam também a coleta e a disposição os
resíduos dos serviços de saúde.
 No entanto, são poucos os municípios brasileiros nos quais observa-se coleta diferenciada e um
gerenciamento satisfatórios desses resíduos.
 O gerenciamento corretos desses resíduos significa não só controlar e diminuir os riscos, mas
também alcançar a minimização desde o ponto de origem, permitindo, com isso, controlar e
reduzir os riscos à saúde associados aos resíduos sólidos.
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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Classificação
 Podemos usar a seguinte classificação para este tipo de resíduo ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas):
• Infectantes - resíduos perigosos gerados durante as diferentes etapas de atendimento de
saúde que contêm agentes patogênicos (Como: sangue, perfurantes ou cortantes, animal
contaminante, etc). Esses resíduos representam diferentes níveis de perigo potencial.
• Especiais - resíduos gerados durante as atividades auxiliares dos estabelecimentos de
saúde. Podem ser divididos em três tipos: rejeito radioativo; resíduos farmacêutico; resíduo
químico perigoso.
• Comuns - resíduos gerados pelas atividades administrativas, auxiliares e gerais. Não
representam perigo à saúde e suas características são similares as dos resíduos domésticos.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Segregação
 Segregação: É uma das operações fundamentais para permitir o
cumprimento dos objetivos de um sistema de manuseio de resíduos
e consiste em separá-los ou selecioná-los apropriadamente.
 Consiste na coleta diferenciada dos resíduos nos centros cirúrgicos,
unidades de internação, quartos de pacientes, setor administrativo e
cozinha, e a separação rigorosa dos resíduos não-infectados
daqueles considerados infectantes ou químicos perigosos.
A segregação na origem apresenta algumas vantagens:
• diminuir gastos;
• reduzir os riscos para a saúde e o meio ambiente;
• reciclar diretamente alguns resíduos que não requerem tratamento ou
acondicionamento prévios.
 Todos os materiais descartado por médicos, enfermeiros, técnicos
de laboratório, etc. nas unidades de serviços especializadas devem
ser classificados e separados em recipientes para cada tipo de
resíduo.
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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Coleta na Origem
 A coleta consiste em transferir os resíduos de forma rápida e
segura das fontes de geração até o local destinado para seu
armazenamento temporário.
 Dentro do estabelecimento, essa coleta compreende duas etapas:
a interna e a externa.
 Interna: é aquela realizada dentro da unidade, que consiste no
recolhimento do lixo das lixeiras, no fechamento dos sacos e do seu
transporte até um ponto de acumulação apropriado.
 Externa: consiste no recolhimento do lixo armazenado nos pontos de
acumulação internos e seu transporte até o local definido para
armazenamento externo, a partir do qual os resíduos terão tratamento
prévio ou serão apresentados à coleta municipal.
Alguns resíduos perigosos ou que apresentam risco elevado
demandam de um serviço de coleta especial.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Acondicionamento
 Segundo a legislação, o acondicionamento dos resíduos
separados deve ser feito por tipo e categoria.
 O resíduo infectante deve ser acondicionado em sacos plásticos
brancos e identificados com a simbologia de material infectante.
 O material perfuro-cortante deverá ser acondicionado em
embalagens rígidas de plástico, papelão ou metal.
 No caso de resíduo especial, a embalagem depende de suas
características fisícoquímicas e periculosidade.
 O resíduo comum não-contaminado deve ser embalado em saco
plásticos pretos ou separados de acordo com o material se for
um resíduo reciclável.
 O acondicionamento adequado dos resíduos na origem
possibilita controlar os riscos impostos à saúde e facilitar as
operações de coleta, armazenamento externo e transporte.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Transporte
 O transporte é uma operação que geralmente se realiza fora do estabelecimento de
saúde, por entidades ou empresas especializadas no tratamento e disposição final desses
resíduos.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Tratamento
 Existem várias alternativas disponíveis no mercado, porém quase todas apresentam
inconvenientes, tanto do ponto de vista sanitário/ambiental quanto do ponto de vista
econômico.
 Autoclavagem - apresenta custos de instalação e de operação elevados. Consiste na aplicação de
vapor saturado sob pressão superior à atmosférica, com a finalidade de se obter esterilização. É
comumente utilizada para esterilização de vidrarias, instrumentos cirúrgicos, roupas, etc.
 Tratamento por microondas - esse tratamento desinfeta o material por aquecimento em
temperaturas entre 95 e 100º C, por cerca de 30 minutos e o volume diminui em cerca de
80%. Esta opção nem sempre é bem vista porque depois de desinfectados os resíduos são
dispostos em aterros sanitários, e existe a dúvida em relação ao elementos viróticos
resistentes a temperaturas superiores a 100º C, se eles não poderão causar problemas
futuros à população.
 Incineração - queima controlada a temperaturas entre 800 e 1000º C. Do ponto de vista
sanitário, está tecnologia é interessante pois elimina os microorganismos patogênicos e
demanda um espaço físico pequeno para suas instalações. Entretanto, devem ser
analisados alguns aspectos econômicos e ambientais, tais como: investimentos, presença
de resíduos perigosos e lançamento de compostos perigosos na atmosfera.
 Outros métodos: esterilização fracionada, por radiação ionizante e não-ionizante, por
aquecimento a seco, fracionada, por substâncias químicas na forma líquida, por gases ou
vapores químicos; encapsulamento.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Disposição dos Resíduos Sólidos
 A questão da disposição final dos resíduos sólidos dos serviços de saúde merece
destaque prioritário no que se refere ao saneamento básico.
 Hospitais e serviços de saúde geram uma enorme quantidade de resíduos que requerem
disposição adequada.
 Uma parcela desse resíduo oferece riscos ao ser humano, devendo, portanto, ser
armazenada e disposta de maneira apropriada para proteger a população, as pessoas que
manuseiam os resíduos e ao meio ambiente.
 O que muitas vezes acontece é a disposição inadequada desses resíduos, motivada pela
falta de informação da população e dos profissionais de saúde. Essa disposição
inadequada em lixões a céu aberto, ou próximos a cursos d'água , proporciona a
contaminação de mananciais de água potável e a proliferação de doenças por
intermédio de vetores

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
...
 Outro problema sanitário grave é a questão dos catadores, pois além de apresentarem
um risco direto à sua própria saúde, os alimentos e os materiais encontrados por eles
podem ser comercializados como matéria-prima para diversas atividades.
 A solução mais adequada para a disposição final desse resíduos seria os aterros
sanitários (quando devidamente controlados).

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
TIPOS DE LIMPEZA
 No hospital serão realizadas limpezas e desinfecções de acordo com as necessidades
das áreas específicas.

ATENÇÃO!! Recolher o lixo, antes de qualquer


tipo de limpeza. As latas de lixo deverão ser
esvaziadas ao atingir 2/3 de sua capacidade.
Lavar as latas e tampas de lixo sempre que
necessário e pela equipe destinada para este
fim.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Limpeza diária
 É aquela realizada diariamente utilizando água, sabão e fricção mecânica, após a
retirada do lixo.

Limpeza concorrente
 É aquela realizada nas dependências, durante a ocupação dos pacientes.
 Deve-se:
- retirar o lixo e resíduos em saco plástico, recolher jornais e revistas;
- - recolher a roupa suja em saco plástico e encaminhá-la para lavanderia;
- - retirar o pó dos móveis com pano úmido. Secar com pano seco e limpo;
- - passar pano úmido com água e sabão no chão, após, secar com pano limpo e seco;
limpar o banheiro; organizar a unidade.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Limpeza terminal
 É aquela realizada após alta do paciente, transferência, óbito .Utiliza-se água, sabão e
desinfetante. Compreende a limpeza de superfícies horizontais, verticais e a desinfecção
do mobiliário.
 O uso de soluções desinfetantes é restrito ao mobiliário, mesas auxiliares, colchões,
macas, focos, bancadas, etc..., o seu uso é desnecessário em pisos, paredes e tetos.

Limpeza e desinfecção dos artigos hospitalares


 Os artigos hospitalares são manejados dentro do hospital como ferramentas para
realização de diagnósticos e tratamentos, ou apoio para esses procedimentos.
 Necessitam de controle apurado para o manejo, a fim de não comprometer a vida do
paciente, disseminando a infecção hospitalar.
 As ações que se realizam com estes artigos dependem de sua área de contato e do tipo
de artigo hospitalar, realizando as limpezas simples, desinfecções e esterilizações.
 As desinfecções de artigos hospitalares são realizadas de acordo com a classificação
feita por SPAULDING, há mais de 2 décadas, os artigos hospitalares são classificados
em: Críticos, Semicríticos e Não-críticos, baseado no grau de risco de infecção do uso
destes itens.

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“Quem faz CETEC faz a diferença”
Precaução Padrão (PP)
 São parte das normas de biossegurança e consistem em atitudes que devem ser tomadas
por todo trabalhador de saúde frente a qualquer paciente, com o objetivo de reduzir os
riscos de transmissão de agentes infecciosos, principalmente veiculados por sangue e
fluidos corpóreos (líquor, líquido pleural, peritoneal, pericárdico, sinovial, amniótico,
secreções e excreções respiratórias, do trato digestivo e geniturinário) ou presentes em
lesões de pele, mucosas, restos de tecidos ou de órgãos.

Fonte: Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).


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“Quem faz CETEC faz a diferença”
“O segredo do sucesso não é fazer o
que se gosta, mas sim gostar do que
se faz.”

Cecília Meireles

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