Você está na página 1de 41

Instalações II – Prof.

José Denti Filho

CAPÍTULO 7 – FUNDAMENTOS DE ILUMINAÇÃO

7.1 - Técnicas

ABNT – NBR – ISO – 8995-1 / 2013 – Iluminação de Ambientes de Trabalho (veio em substituição à ABNT –
NBR – 5413 / 1992 – Iluminância de Interiores ;

ABNT – NBR – 5382 / 1985 – Verificação de Iluminância de Interiores . (Análise e Diagnose de Iluminação de
Interiores) ;

ABNT – NBR 5461 – TB23 / 1991 – Iluminação

7.2 - Fundamentos - Luz

Luz – é uma radiação eletrmoagnética (com freqüência – f , e comprimento de onda – , característicos)


8
c = 300.000.000 m/s = 3 x 10 m/s → velocidade da Luz no vácuo ;

A sensibilidade do Olho Humano depende do comprimento da Luz .

Diagrama Cromático (Tricromático ou Trângulo das Cores)

Define as cores através de coordenadas , caracterizadas


pelo seus comprimentos de onda . Também fornece a
sensação de temperatura da cor .

A temperatura da cor não corresponde à temperatura física ,


mas se relaciona com a sensação visual das cores emitidas
pelos corpos em diferentes temperaturas . É uma avaliação
das cores emitidas pelas fontes luminosas pelos fabricantes
de lâmpadas .

Figura 3 – Diagrama Cromático

Índice de Rendimento Cromático – IRC : propriedade de uma fonte luminosa (lâmpada por exemplo) para
reprodução de cores .

Ótimo 100% a 85%


IRC Bom 85% a 70%
Razoável 70% a 50%
1
Instalações II – Prof. José Denti Filho

7.3 – Grandezas Luminosas

I) Fluxo Luminoso ( ) - unidade : Lúmen [lm] – é a radiação


total da fonte luminosa na faixa espectral , ou , a quantidade de
luz emitida pela fonte . Também pode ser tomada como a
potência radiante total da fonte luminosa
Efeito Real

Superfície Esféric

Fonte Luminosa

Analogia Hiráulica

II) Intensidade Luminosa (I) - unidade : candela [cd] – é a parte


do fluxo luminoso emitido em uma determinada direção , por uma
fonte luminosa , pelo ângulo sólido * que a contém .
Efeito Real
Ângulo Sólido

2
S=1m

R=1m

= 1 sr Analogia Hiráulica

III) Iluminamento ou Iluminância (E) - unidade : Lux [lx] – é o


fluxo luminoso por unidade de área .
Efeito Real

O Iluminamento , ou Iluminância , não é constante em todos os


pontos da área S , assim deve-se considerar uma “Iluminância
Média - Em” .

Analogia Hiráulica

I I
I.cos

d
h

A B

2
Instalações II – Prof. José Denti Filho

Observação :

Lei da Iluminação (Fontes Luminosas Puntiformes) – o


Iluminamento ou Iluminância é inversamente proporcional ao quadrado
da distância da fonte ao plano iluminado

IV) Luminância (L) - unidade : candela por metro quadrado


2
[cd/m ] – é a sensação de claridade devida à luz refletida por uma
superfície .
Efeito Real

Analogia Hiráulica
Coeficiente de Reflexão ou Reletância

V) Eficiência ou Rendimento Luminoso – é a relação entre o


fluxo luminoso em [lm] produzido pela fonte luminosa e a energia
da fonte primária demandada por essa fonte luminosa para tal , Efeito Real
no tempo .

Analogia Hiráulica

3
Instalações II – Prof. José Denti Filho

Relações :

7.4 – Fontes Luminosas

Fluorescentes LED

Dicróicas

TABELA DE EQUIVALÊNCIAS

Tipos de Lâmpadas ou Fontes Luminosas Incandescentes (em desuso)


Fluorescentes Tubulares
Circulares
Em U
Compactas
Dicróicas
LED
A Descarga Vapor de Sódio
Vapor de Sódio Branca
Multivapores Metálicos
Lâmpadas Mistas

Características a observar nas Lâmpadas ou Fontes Luminosas

4
Instalações II – Prof. José Denti Filho

 Energia Nominal (consumo de energia) ;


 Eficiência Luminosa ;
 Decaimento Luminoso ;
 Vida Média/Útil ;
 Custo ;
 IRC – Índice de Rendimento Cromático ;
 Temperatura da Cor ;
 Dimensões ;
 Necessidade de equipamentos de Partida/Acionamento ;
 Possibilidade de Dimmerização* .

5
Instalações II – Prof. José Denti Filho

Obs.:

Fator de Potência de Lâmpadas LED ;

Até 25 W devem ser superior a 0,70 ( normalmente


encontradas entre 0,75 e 0,80) ;
Acima de 25 W deve ser igual ou superior a 0,92

6
Instalações II – Prof. José Denti Filho

7.5 – Tipos de Iluminação

7
Instalações II – Prof. José Denti Filho

8
Instalações II – Prof. José Denti Filho

CDL – Curva de Distribuição Luminosa

9
Instalações II – Prof. José Denti Filho

7.6 – Projeto Luminotécnico

O Ambiente

O Volume a ser Iluminado

A Localização/Disposição das Luminárias (ou Aparêlhos de Iluminação)

Observar :

Uniformidade da Iluminação ;
Zonas de sombra – Sombreamento ;
Ofuscamento
Harmonia entre Iluminâncias
PISO : PAREDES : TETO

10
Instalações II – Prof. José Denti Filho

1 : 2 : 3
Iluminância do Plano de Trabalho ≥ 0,5 da luminância do objeto observado

11
Instalações II – Prof. José Denti Filho

Sugestão de Distribuição de Fontes Luminosas/Luminárias/Aparêlhos de Iluminação

Os Níveis de Iluminância Aconselhados

12
Instalações II – Prof. José Denti Filho

Requisitos para o Projeto de uma Boa Iluminação

1. Nível de Iluminação (Tabelas de Iluminância – Norma NBR – ISO – 8995-1 / 2013) ;


2. Tipo de Iluninação ;
3. Tipo de Lâmpada/Fonte Luminosa (IRC) ;
4. Distribuição Espacial da Luz ;

Detalhes de Tipos de Instalações de Iluminação

1. Iluminação Estrutural – acentuar detalhes da decoração e/ou da arquitetura ;


2. Tetos Luminosos – proporcionar iluminação uniforme com ausência de sombras ;
3. Iluminação e Ar condicionado – uso de forro integrado ;

Problemas clássicos e suas Causas em Instalações de Iluminação

13
Instalações II – Prof. José Denti Filho

7.7 – Tabelas Importantes para Projeto Luminotécnico

14
Instalações II – Prof. José Denti Filho

Observação :
Analisar as características atribuindo o pêso adequado ;
Somar algébricamente os três pesos obtidos ;
Para o resultado da soma supra igual a : -2 ou -3 usar a iluminância inferior , +2 ou +3 usar
a iluminância superior e nos demais resultados usar a iluminância média

15
Instalações II – Prof. José Denti Filho

16
Instalações II – Prof. José Denti Filho

17
Instalações II – Prof. José Denti Filho

18
Instalações II – Prof. José Denti Filho

19
Instalações II – Prof. José Denti Filho

20
Instalações II – Prof. José Denti Filho

21
Instalações II – Prof. José Denti Filho

22
Instalações II – Prof. José Denti Filho

23
Instalações II – Prof. José Denti Filho

24
Instalações II – Prof. José Denti Filho

25
Instalações II – Prof. José Denti Filho

26
Instalações II – Prof. José Denti Filho

7.8 – Métodos de Cálculo para Projeto Luminotécnico

I. Método da Carga Mínima (NBR 5410) ;


II. Método dos Lúmens ou do Fluxo Luminoso Médio ;
III. Método dos Lúmens ou do Fluxo Luminoso ;
IV. Método das Cavidades Zonais ;
V. Método do Ponto-por-Ponto ;
VI. Métodos de Fabricantes .

I - Método da Carga Mínima – não será abordado .

Estabelece a potência disponibilizada para iluminação por recinto de uma instalação não entrando no mérito
luminotécnico ;

II – Método dos Lúmens ou do Fluxo Luminoso Médio

1º) Determinar o Índice Local ou Índice Médio (K) -

Iluminação Direta , Semi-direta ou Mista :

Iluminação Indireta ou Semi-indireta :

Ou por intermédio das Tabelas de Índice Local

2º) Determinar a Iluminância ou Nível de Iluminamento E [lux] –

Tabelas

3º) Escolha do tipo de Luminária – e os fatores :

 De Utilização (u)
 De Manutenção/ Depreciação (D)

27
Instalações II – Prof. José Denti Filho

Observação : Fator de Utilização : FU = u = Luminária . Recinto

 Luminária – avaliação do fluxo luminoso emitido pela luminária sendo dados de fabricante e disponíveis
em tabelas ;
 Recinto - índice local .

2
4º) Cálculo do Fluxo Luminoso Total – Total , onde S é a área do recinto em [m ]

5º) Determinação do Número de Luminárias – (N)

6º) Determinação da Localização das Luminárias – ajuste devido aos espaçamentos .

III – Método dos Lúmens ou do Fluxo Luminoso

Idem anterior , modificando o cálculo do Fluxo como a seguir , considerando o Fator de Manutenção da luminária
(FM) :

IV – Método das Cavidades Zonais

Considera a transferência de fluxos luminosos , ou Fator de Perdas de Luz .

Do método dos Lúmens tem-se :


dai

Considera-se o FPL (Fator de Perdas de Luz)

Razão de Cavidade do Recinto

Razão de Cavidade do Chão

Razão de Cavidade do Teto

Recintos Irregulares

28
Instalações II – Prof. José Denti Filho

Fator de Perda de Luz

F Fator de Temperatura
FV Fator de Tensão de Alimentação
FR Fator de Reator de Acionamento
FSL Fator de Depreciação da superfície da Luminária
FDS Fator de Depreciação devida a sujeira
FQL Fator de Queima da Lâmpada
FDL Fator de Depreciação dos Lúmens da Lâmpada
FDLS Fator de devido à sujeira daluminária

Tabelas Importantes

29
Instalações II – Prof. José Denti Filho

30
Instalações II – Prof. José Denti Filho

31
Instalações II – Prof. José Denti Filho

32
Instalações II – Prof. José Denti Filho

33
Instalações II – Prof. José Denti Filho

34
Instalações II – Prof. José Denti Filho

35
Instalações II – Prof. José Denti Filho

36
Instalações II – Prof. José Denti Filho

37
Instalações II – Prof. José Denti Filho

38
Instalações II – Prof. José Denti Filho

39
Instalações II – Prof. José Denti Filho

V – Método do Ponto-por-Ponto

Adequado para fontes luminosas pequenas (geométricamente) com relação ao plano a ser iluminado .

É empregado na iluminação de ambientes exteriores .

I I( )
I.cos

d
h

A B

VI – Método de Fabricantes

Não serão abordados . Devem ser verificados caso-a-caso .

Normalmente são baseados num dos métodos supracitados .

40
Instalações II – Prof. José Denti Filho

7.10 – Bibliografia

[1] - ABNT – NBR – ISSO – 8995-1 / 2013 ;


[2] - ABNT – NBR – 5382 / 1985 ;
[3] - ABNT – NBR 5461 – TB23 / 1991;
[4] – Osram – Manual Luminotécnico Prático , https://www.te1.com.br/2011/04/download-curso-luminotecnico-
pratico-osram/ ;
[5] – Manual de Iluminação – PROCEL-EPP , ag0/20111 ;
[6] – Instalações Elétricas – Hélio Creder , 15ª Ed. , LTC , 2007 , ISBN 978-85-216-1567-5 ;
[7] – Eletricista Instalador Predial – Projetos e Instalações , V.C. de Morais , 1ª E. , Ed. Viena , 2014 , ISBN 978-
85-371-0308-1 ;
[8] – Instalações Elétricas e o Projeto de Arquitetura , R. de Carvalho Jr. , 8ª Ed. , Blucher , 2017 , ISBN 978-85-
212-1158-7 ;
[9] – Iluminação Interna – Civil e Industrial , V. Re , Ed. Hemus , 1978 ;
[10] – Iluminação Externa – Cálculo e Realização - V. Re , Ed. Hemus , 1978 .

41

Você também pode gostar