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Câncer de Mama

Sistema Urogenital

Natali Canelli Valim


Professora Assistente - Curso de Medicina
Centro Universitário Barão de Mauá

Introdução

• Neoplasia n o-cut nea mais comum em mulheres


Risco de CA de mama: 1 em cada 8 desenvolvem c ncer de mama até os 90 anos

• Primeira maior causa de morte por c ncer (em mulheres)

• Raro abaixo dos 25 anos; incid ncia aumenta rapidamente ap s os 30 anos

• Maioria das doenças malignas da mama são adenocarcinomas (>95%)








Classi icação

Divididos com base na expressão de receptores hormonais


RE - receptor de estrogênio
RP - receptor de progesterona
HER2 - fator de crescimento epidérmico humano 2
• 3 grandes grupos:
• RE positivo: (HER2 negativo; 50 - 65% dos cânceres)
• HER2 positivo (RE-positivo ou negativo; 10 - 20% dos cânceres)
• Triplo negativo (RE, RP e HER2 negativos; 10 - 20 % dos cânceres)
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Fatores de Risco

• Sexo feminino (99% dos casos)

• História familiar de câncer de mama/ fatores genéticos


• Indivíduos com parentes de 1º grau com CA, de inicio precoce
• Muta o em céls da linhagem germinativa
• Genes:
• Principal: BRCA1 /BRCA2 (genes supressores tumorais)
• Ampli caçao do gene HER2 (estimula proliferação celular)

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Fatores de Risco

• Idade no primeiro parto


• Idade avançada na primeira gravidez
• Nuliparidade
• Idade
• Raro antes dos 25 anos / aumento do risco após os 30 anos
• Idade na menarca
• < 11 anos: risco 20% maior que >14 anos

Fatores de Risco

• Obesidade
• Exposição da mama ao estrogênio produzido pelo tecido adiposo
• Exposi o a estr geno
• Terapia de reposi o hormonal
• Radia o
• Doen a benigna pr via
• Amamenta o: efeito protetor











Fatores Genéticos

12% dos casos s o devido a muta es herdadas

Mutações do BRCA1:
• Risco de c ncer: 40-90%
• Associado tamb m a c ncer de ov rio, c ncer de mama masculino, pr stata,
p ncreas
• Associado a tumores triplo-negativo










Fatores Genéticos

Mutações do BRCA2:
• Risco de c ncer: 30-90%
• Associado a tumores RE-positivos
• Associado tamb m a c ncer de ov rio, c ncer de mama masculino, pr stata,
p ncreas, est mago, ves cula biliar, ducto biliar, faringe, melanoma










Manifestações clínicas

• A maioria dos cânceres de mama é detectada pela paciente como uma massa palpável
• Mulheres jovens: (população não rastreada)
• Maioria já invasivo: Massa palpável de 2 a 3 cm de tamanho
• 50% já se espalharam para linfonodos regionais
• Mulheres com idade mais avançada: (população rastreada)
• 60% são detectados antes de apresentar sintomas
• 20% carcinoma in situ
• Carcinomas invasivos: 1 a 2 cm de tamanho / 15% já com metástase para linfonodos
regionais

Diagnóstico

Exame f sico
Imagem
Anatomopatol gico



Diagnóstico

Exame f sico
• Presen a de n dulo, espessamento ou assimetria
• Caracter sticas do n dulo (localiza o, consist ncia, tamanho, acometimento
de pele e parede)
• A localização mais comum dos tumores de mama é no quadrante superior
externo (QSE) 50%, seguido pela porção central (20%)
• Presen a de descarga papilar
• Avalia o de axila (linfonodos)











Diagnóstico

Exame de imagem
• Mamogra a – rastreamento de les es
• US de mamas
• Diferenciar les es s lidas de c sticas
• Rastreio em pacientes jovens (mama muito glandular)
• RNM – situa es especiais
• Mais sens vel, menos espec ca
• Pacientes com risco aumentado de c ncer de mama (detecção mais precoce)
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Mamogra ia - indicações

Rastreamento

• A partir dos 40 anos – anual (Sociedade Brasileira de Mastologia, American


Cancer Society)

• A partir dos 50 anos – a cada 2 anos (INCA, OMS)


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BI-RADS

Breast Imaging-Reporting and Data System


Padroniza o do laudo de exame de imagem
• Mamogra a, US e RNM
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Condução segundo o BI-RADS

• BI-RADS 0: complementa o (outro exame ou t cnica)


• BI-RADS 1: seguimento anual/a cada 2 anos
• BI-RADS 2: seguimento anual/a cada 2 anos
• BI-RADS 3: seguimento semestral
Se alterar -> sugere malignidade -> bi psia
• BI-RADS 4: recomenda-se bi psia
• BI-RADS 5: necess ria a bi psia







Diagnóstico

Anatomopatol gico
• Adenocarcinoma (>95%)
• Carcinoma (<5%)
• Carcinoma in-situ (30%)
• Con nada ao ducto/l bulo pela membrana basal
• Carcinoma invasivo (70%)
• Penetra o atrav s da membrana basal e crescimento no estroma
• Potencial de invadir vasculatura
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Carcinoma Invasivo

Tr s subtipos moleculares
• Associa o importante com achados cl nicos, resposta ao tratamento e
desfecho

• Baseado em:
• Hipo/hiperexpress o de HER2
• Express o de receptor de estr geno (RE) e de progesterona (RP)







Carcinoma invasivo - subtipos

RE positivo / HER2 negativo


• Maioria dos casos
• Progress o lenta
• Met stase geralmente ssea, ap s ~6 anos de doen a
• Cur vel com cirurgia
• Boa resposta a tratamento hormonal
• Tamoxifeno
• Inibidor de aromatase (anastrazol)






Carcinoma invasivo - subtipos

HER2 positivo
• Mais comuns em mulheres jovens e em n o-brancas
• Met stase precoce
• V sceras e c rebro
• 30% resposta completa a trastuzumab (Herceptin)
• Anticorpo anti-HER2




Carcinoma invasivo - subtipos

RE-negativo / RP-negativo / HER2 -negativo (triplo negativo)


• Met stase precoce
• V sceras e c rebro
• Sobrevida prolongada rara se met stases dist ncia
• 30% respondem a quimioterapia
• Recorr ncia local comum









Tratamento

Tratamento cirúrgico:

Cirurgia conservadora vs mastectomia radical


• Tamanho do tumor
• Tumor multifocal
• Risco gen tico
• Impossibilidade de radioterapia

Referências Bibliográ icas

Jameson J, Fauci AS, Kasper DL, Hauser SL, Longo DL, Loscalzo J. eds. Harrison's
Principles of Internal Medicine, 20e New York, NY: McGraw-Hill

Kumar, V., Abbas, A. K., & Aster, J. C. (2015). Robbins and Cotran pathologic basis of
disease (Ninth edition.). Philadelphia, PA: Elsevier/Saunders

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