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República de Angola

Tribunal Provincial de Luanda- Palácio D. Ana Joaquina


8ª Secção da Sala dos Crimes Comuns
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QUESITOS

1- Está provado que, por volta das 17horas, do dia 01 de Dezembro de 2012,
mediante denuncias, uma brigada de efectivos da polícia nacional, afectos ao
Departamento Nacional de Combate ao Narcotráfico da DNIC deslocou-se ao
município de Viana, Bairro Santa fé numa micro-operação, posto no local,
depois de um trabalho aturado surpreenderam e detiveram o réu Albano
Gouveia, em posse e a traficar 25 pacotinhos revestidos em papel prateado,
uma substância que pelas suas características e cheiro se presumia ser droga?

PROVADO.

2- Está provado que, depois de apreendida, pesada e submetida a exame


directo e pericial no laboratório Central de Criminalística, confirmou-se
corresponder a 2,2g de Crack, produto derivado da cocaína destinado a
comercialização?

PROVADO.

3-Está provado que, o réu aceita a prática do seu acto?

PROVADO.

4- Está provado que, o réu recebeu o referido produto do cidadão que apenas
conhece por Afonso?

NÃO PROVADO

Luanda, 14 de Maio de 2015


República de Angola
Tribunal Provincial de Luanda- Palácio D. Ana Joaquina
8ª Secção da Sala dos Crimes Comuns

ACÓRDÃO

EM NOME DO POVO ACÓRDÃO O MERITISSIMO JUÍZ DE DIREITO E OS


ILUSTRES ASSESSORES DA 8ª SECÇÃO DA SALA DOS CRIMES
COMUNS DO TRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA.

O Digno Magistrado do Ministério Publico junto desta secção promove que seja
chamado a julgamento, em Processo de Querela, o réu Luís Albano Gouveia
t.c.p “ Do Coro”, solteiro, Ajudante de pedreiro, de 22 anos de idade, nascido
em 07 de Setembro de 1992, natural de Malange, município de Kalandula, filho
de Albano Gouveia e de Catarina Luís Samba, residente antes de preso nesta
cidade de Luanda, Município de Viana, Bairro da Boa fé casa s/n. Porquanto:

Por volta das 17 horas, do dia 01 de Dezembro de 2012, mediante denuncias,


uma brigada de efectivos da polícia nacional, afectos ao Departamento
Nacional de Combate ao Narcotráfico da DNIC, deslocou-se ao município de
Viana, Bairro Boa fé, numa micro-operação.

E postos no local, e depois de um trabalho aturado, surpreenderam e detiveram


o réu, em posse e a traficar 25 pacotinhos revestidos em papel prateado, uma
substância que pelas suas características e cheiro se presumia ser droga.

Depois de apreendida, pesada e submetida a exame directo e pericial no


laboratório Central de Criminalística, confirmou-se corresponder a 2,2g de
Crack, produto derivado da cocaína destinado a comercialização.
Ouvido em auto de interrogatório, o réu confessa os factos e alega ter recebido
o referido produto do cidadão que apenas conhece por Afonso.

Com o comportamento e conduta descrita incorreu o réu, num crime de Tráfico


de menor gravidade p.p, nos termos do art.º 8º al. a) da Lei 03/99 de 06 de
Agosto.

Agrava a responsabilidade criminal do réu a circunstância:1ª(premeditação),


todas do artigo 34º do Código Penal.

Atenuam a sua responsabilidade criminal as circunstâncias: 1ª (bom


comportamento anterior); 9ª (espontânea confissão do crime);e 23ª (baixa
condição cultural, económica e social, ambas do artigo 39.º do Código Penal.

O Tribunal é competente, as partes legítimas, o processo é o próprio e não


enferma de nulidades, excepções ou questões prévias que obstem ao
conhecimento do mérito da causa.

Iniciou-se o julgamento com observância das formalidades legais.

O réu, representado pelo seu Defensor Oficioso, não apresentou contestação.

TUDO VISTO E PONDERADO

Discutida a causa, resultou provado que por volta das 17 horas, do dia 01 de
Dezembro de 2012, mediante denuncias, uma brigada de efectivos da polícia
nacional, afectos ao Departamento Nacional de Combate ao Narcotráfico da
DNIC, deslocou-se ao município de Viana, Bairro Boa fé, numa micro-
operação.

E postos no local, e depois de um trabalho aturado, surpreenderam e detiveram


o réu, em posse e a traficar 25 pacotinhos revestidos em papel prateado, uma
substância que pelas suas características e cheiro se presumia ser droga.
Depois de apreendida, pesada e submetida a exame directo e pericial no
laboratório Central de Criminalística, confirmou-se corresponder a 2,2g de
Crack, produto derivado da cocaína destinado a comercialização.

Porém, não ficou provado que o réu recebeu o referido produto do cidadão que
apenas conhece por Afonso.

Com o comportamento e conduta descrita incorreu o réu, num crime de Tráfico


de menor gravidade p.p, nos termos do art.º 8º al. a) da Lei 03/99 de 06 de
Agosto.

Agrava a responsabilidade criminal do réu a circunstância:1ª(premeditação) do


artigo 34º do Código Penal.

Atenuam a sua responsabilidade criminal as circunstâncias: 1ª (bom


comportamento anterior); 9ª (espontânea confissão do crime);e 23ª (baixa
condição cultural, económica e social, todas do artigo 39.º do Código Penal.

Nestes termos,

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