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Panorama de consumo energético em Portugal

Em Portugal o consumo energético é dominado pelos setores do transporte e da indústria

Se isolarmos a energia elétrica então o cenário muda, passando o consumo a destinar-se


principalmente aos edifícios (uso doméstico e não doméstico) e ao setor industrial.

Usos/Serviços da energia
 Calor para preparar refeições
 Aquecer água (outros usos domésticos)
 Aquecer/arrefecer ambiente
 Iluminação interior e exterior (quer de edifícios quer da via pública)
 Multimédia
 Gerar o calor necessário aos processos industriais (altas temperaturas, baixas
temperaturas e arco elétrico)
 Movimentar sólidos/fluídos

Uso final das energias nos edifícios


Nota-se um claro destaque da utilização da
energia para aquecimento dos espaços,
seguindo-se o aquecimento de água e outros
usos residenciais.

Figura 1: IEA, 2018

Ao compararmos os usos finais entres os vários


países, vemos que o destino da energia varia
significativamente, o que nos permite tirar
algumas conclusões.

Se compararmos, por exemplo a Suécia com a


Dinamarca vemos que este último consome uma
quantidade drasticamente maior de energia (em
termos relativos), que o primeiro. No entanto, o
clima na Suécia tende a ser mais frio, o que
contradiz o ponto anterior. Isto pode,
possivelmente, ser explicado pelo facto de a Suécia
ter uma eficiência energética bastante superior à
Dinamarca no que diz respeito ao aquecimento de
edifícios.

Utilização de energia na indústria

A nível industrial cerca de 2/3 dos serviços finais são em


energia térmica com clara dominância do consumo de
energia para os processos de aquecimento e sistemas a
vapor.

Isto deve-se em parte às indústrias que dominam o


consumo de energia, que são principalmente a indústria
química e petroquímica e a metalúrgica.
Em Portugal o consumo de energia da indústria não
se encontra fortemente centralizado, espalhando-se
um pouco por várias indústrias.

Utilização nos transportes

Verifica-se que a grande maioria da


energia é consumida na forma de diesel
para veículos que circulam nas estradas.
A eletricidade destinada a veículos de
carris também assume bastante relevo no
panorama geral.

Pelo menos a nível da EU pode-se afirmar


que estes dois representam, por norma,
mais de 50% da energia total destinada
aos transportes.

Quanto ao tipo de transporte, a nível da EU,


verifica-se que o transporte em estradas
representa a grande parte dos consumos
energéticos, seguindo-se o transporte marítimo
e apenas depois sobre carris e restantes.

De salientar que existem variações significativas


quando se passa de uma análise global para uma
que abranja uma região mais específica. Estas
diferenças devem-se a fatores geopolíticos,
económicos, sociais culturais, etc.
Relação Energia e desenvolvimento

Há bastantes evidências que


suportam que o desenvolvimento
está fortemente relacionado com
o consumo energético. Basta ver
que cada vez mais o mudo avança
quer a nível tecnológico e
científico quer a nível social,
sendo que ao mesmo tempo se
verifica um aumento significativo
do consumo energético.

Esta correlação está pode ainda


ser visualizada comparando
regiões. Note-se que os países
desenvolvidos apresentam, por
norma, um consumo energético
relativamente superior quando
comparados com os menos
desenvolvidos.

Contudo, no desenvolvimento de um país distinguem-se duas grandes fases:

Fase inicial: Nesta fase o país encontra-se


em desenvolvimento. Como tal vários
aspetos como o nível tecnológico, a
eficiência energética, os níveis e capacidade
de produção, etc. ainda podem ser alvos de
várias melhorias. Consequentemente, nesta
fase o consumo de energia primária está
acoplado ao crescimento económico, dado
que resulta constantemente em melhorias
e, por isso, crescimento económico.

Fase desenvolvida: Nesta fase o país já


atingiu o auge do que até ao momento é
possível, em termos de desenvolvimento.
Assim sendo, por mais que aumente o
consumo de energia primária, será difícil
que haja alguma melhoria/benefício
resultante desse aumento. O consumo de
energia primária está quase desacoplado do
crescimento económico.

PIB vs. Eficiência energética


Pode-se verificar que a relação entre o PIB de um país e a sua eficiência, ainda que
estejam interligados, não se relacionam linearmente. No entanto, há padrões que se podem
verificar.

 Países como as Filipinas ou o Bangladesh que a nível de energia estão muito pouco
desenvolvidos apresentam grandes eficiências energéticas. Isto deve-se ao facto de
nestes países a força humana ser das principais senão a principal fonte de energia
aquando da produção.

 Países como os EUA e o Canada que são desenvolvidos apresentam uma fraca
eficiência energética. Um dos grandes responsáveis é o fator económico. Dado que
estes são grandes produtores de energia nomeadamente a nível do petróleo estes têm
acesso a energia barata. Assim sendo, não são forçados a investir na eficiência
energética, que tem custos elevados, de modo a conseguirem competir com outros
mercados, que é o caso de países a Suíça, o Japão, a Alemanha, o Reino Unido, etc.

Links

Usos/Serviços da energia
https://www.eea.europa.eu/data-and-maps/daviz/energy-consumption-by-end-uses-3#tab-
chart_1

PIB vs. Eficiência energética


https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gdp-energy-efficiency.jpg

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