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Aspectos de inovação no design de embalagens

Conference Paper · October 2013


DOI: 10.13140/RG.2.1.3996.8886

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Ricardo Marques Sastre Marcia Santana Fernandes


Universidade Federal do Rio Grande do Sul Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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André Luis Marques da Silveira


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IX SEPesq – Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-graduação
Centro Universitário Ritter dos Reis

Aspectos de inovação no design de embalagens

Ricardo Marques Sastre


Mestrando em Design
Centro Universitário Ritter dos Reis
ricardosastre@terra.com.br

Dra. Marcia Santana Fernandes


Doutora em Direito
Centro Universitário Ritter dos Reis
marciasantanafernandes@gmail.com

Dr. André Luis Marques da Silveira


Doutor em Informática
Centro Universitário Ritter dos Reis
andre@um.pro.br

Resumo: O presente artigo tem como objetivo analisar a amplitude da embalagem,


apontando as possibilidades e a aplicabilidade de aspectos inovadores em sua
concepção. A busca por novidades que atendam a um mercado competitivo torna-se
indispensável, levando a pesquisas contínuas de aperfeiçoamento, que envolvem
diversas áreas em toda a cadeia produtiva da embalagem. O ponto central da
pesquisa é apontar em quais possibilidades as embalagens podem mostrar-se
inovadoras.

1. Introdução

Através dos tempos a embalagem acompanhou o processo evolutivo da


humanidade e grandes mudanças foram ocorrendo na sua concepção,
percorrendo todas as etapas de sua amplitude e promovendo inovação em
diversos aspectos orientados pelas necessidades do mercado.

Inovações expandem mercados, tornam os produtos mais rentáveis e as


empresas mais competitivas. Uma embalagem pode revelar-se inovadora em
diversas situações, desde em aspectos relacionados a custos, proteção e
segurança, sustentabilidade, aplicação de novas tecnologias em suas matérias-
primas, e também promovendo diferenciais competitivos com o foco em encantar
o consumidor e a finalidade de promover o consumo dos produtos a serem
embalados.

A inovação é propulsora da competitividade, mas atualmente deixou de ser


uma questão de promoção de melhorias e passou a ser uma obrigação para a

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sobrevivência das empresas que atuam nesse mercado competitivo.

A finalidade deste artigo é verificar quais aspectos podem ser inovadores na


concepção das embalagens, conceituar inovação e mostrar um panorama geral
sobre a embalagem e o seu design.

Os procedimentos metodológicos utilizados foram pesquisa do tipo


exploratória para apontar os aspectos de inovação aplicados nas embalagens e
pesquisa bibliográfica para coleta de dados, referenciando e dando subsídios ao
trabalho.

2. Inovação

A inovação é uma expressão ampla e aberta muito utilizada para definir


diversas situações, mas ser inovador e promover inovação em alguma instituição
envolve uma série de questões. Algumas características de quem quer ser
inovador foram sugeridas por (SCHERER, 2009, p. 04), quais sejam: inovar
significa tolerar erros; assumir riscos; inovar leva tempo; significa valorizar as
pessoas; inovar significa mudar e tudo isso tem que levar a resultados positivos.

Em resumo, inovação não é simplesmente algo novo. É algo novo


que traz resultados para a empresa. A inovação é a exploração de uma
nova ideia com sucesso, resultando em grande retorno. Nesse sentido,
inovação não deve ser vista somente como o desenvolvimento de um
novo produto. Pode também estar vinculada a novos modelos de
negócio, mercados e serviços, a novas fórmulas de gestão, ao
desenvolvimento de uma marca, à criação de plataformas tecnológicas
e, até mesmo, à formação de canais de distribuição. (SCHERER, 2009,
p.08).

Outro aspecto para ser inovador, segundo (BEZERRA, 2008, p. 21), é ver as
coisas sob várias perspectivas, vários ângulos e aspectos. É importante e
fundamental para inovar que tenhamos uma visão ampla passando por diversas
dimensões do conhecimento.

Por mais colaborativo e coletivo que seja um determinado processo, a


inovação passa por um plano individual conforme relata (BEZERRA, 2011, p. 09),
envolve uma mente, esta máquina de razão e emoção que todos nós temos para
processar informações. Inovar requer intelecto e atitude, inteligência e motivação.
Ideias inovadoras são nada mais que o resultado do funcionamento perfeito de
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nossas mentes. São exemplos do melhor que podemos vir a ser.

Para garantir a sobrevivência no mercado, segundo (BEZERRA, 2011, p. 20),


é preciso se diferenciar; se a diferenciação tiver sucesso, ela trará atenção; se a
atenção tiver sucesso, trará aceitação; e se houver aceitação, haverá futuro.
Assim, somos quase condenados a nos diferenciar. Sobrevive quem está mais
preparado para mudanças, o mais adaptável, e este é o melhor caminho para
pessoas e empresas interessadas em inovar.

Existem alguns tipos de inovação e (TIDD, 2008, p. 30), propõe os ¨4Ps¨da


inovação, que são eles: a inovação em produto, mudanças nas coisas (produto
ou serviço) que uma empresa oferece; inovação em processo, mudanças na
forma em que os produtos e serviços são criados e entregues; inovação de
posição, mudanças no contexto em que os produtos ou serviços são introduzidos
e a inovação de paradigma, que são as mudanças nos modelos mentais
subjacentes que orientam o que a empresa faz.

A inovação promove algumas vantagens estratégicas no mercado, como


lançar algo que ninguém ofereceu ainda, podendo ser difícil de imitar e
promovendo a vantagem de poder ser registrado primeiro, como forma de
proteção. Oferece ainda a base para que uma determinada categoria de produto
possa atuar, organizando e ditando as regras para preços, qualidade, variedade
e fornecimento, dentre outros. A inovação pode inserir um elemento já conhecido
em mercados diferentes.

No mercado de embalagens devemos promover inovação em seus múltiplos


aspectos em que podemos nos diferenciar, procurando sempre buscar a
excelência e a busca de novos mercados como fonte de manutenção e conquista
de novos clientes, buscando sempre respeitar e promover ações de
sustentabilidade.

A inovação nas embalagens produz resultados tangíveis nos negócios


em termos de maior visibilidade, aumento nas vendas, consciência de
marca e fidelização. Inovação significa romper os padrões, o que muitas
vezes custa dinheiro. Deverá ficar claro para o cliente qual o retorno
previsto para esse investimento em função da inovação feita. Os
designers também deverão estar preparados para testar a embalagem
de design inovador, em seus aspectos de engenharia, antes de se
comprometerem com a versão final produzida. (RONCARELLI, 2010,
p.48).

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Conforme sugere (PELTIER, 2009, p. 04), a inovação mobiliza as forças vivas


de todas as empresas que operam em setores extremamente concorrentes e de
grande consumo. Para os especialistas em marketing, quando aparece a palavra
¨novo¨ em alguma embalagem, é uma fórmula mágica que faz quebrar a
resistência em comprar um determinado produto. Ele nos diz ainda que, para as
habituais formas de consumo, a embalagem representa a parte visível da
inovação.

3. Sustentabilidade aplicada na embalagem

Atualmente em praticamente todas as áreas do conhecimento o assunto


sustentabilidade está sendo aplicado como forma coletiva de preocupação com
as questões ambientais do nosso mundo. Estamos todos preocupados em
preservar e recuperar tudo o que durante décadas foi explorado e perdido no
meio ambiente, através de ações que conservem o planeta.

Em um sentido mais amplo sustentabilidade refere-se, segundo (MANZINI,


2005, p. 27), às condições sistêmicas, segundo as quais, em nível regional e
planetário, as atividades humanas não devem interferir nos ciclos naturais, ao
mesmo tempo, não devem empobrecer o seu capital natural, que será
transmitido às gerações futuras. Em um sentido ético, ele afirma que cada
pessoa tem direito ao mesmo espaço ambiental, isto é, à mesma disponibilidade
de recursos naturais do globo terrestre.

A preocupação da opinião pública obrigou os governos a implantarem


legislações rigorosas sobre as embalagens para reduzir o seu impacto ambiental.
Segundo (RONCARELLI, 2010, p. 110), as implicações mais importantes são:
restrição a determinados materiais, uso de materiais reciclados e redução de
matérias-primas virgens; rotulagem indicativa sobre que tipo de matéria prima
está sendo utilizada e o responsável pelo descarte.

No design, essa preocupação é latente porque a proliferação de novos


artefatos é constante e cabe ao profissional desenhar de forma consciente. Um
dos mais renomados escritórios de design do Brasil propõe o uso de materiais
reciclados nos produtos projetados, segundo (CAMPANA, 2009, p. 97), a
embalagem pode orientar o consumidor a fazer um segundo uso do produto ou
sugerir ideias de como consertar pequenos reparos que venham acontecer,
evitando o descarte imediato.

O papel do designer de embalagens no debate ambiental, segundo (CALVER,


2009, p. 64), estará sempre influenciado pelo cliente, pelo custo e pela
responsabilidade individual e, essencialmente pelo briefing, que é a síntese das
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informações necessárias à qualquer projeto de design. É necessário que os


profissionais influenciem os envolvidos para desenvolver projetos sustentáveis.

Os designers não controlam políticas públicas, não comandam as


redes de fabricação e nem são responsáveis pelo desenvolvimento de
novos materiais e tecnologias. Além de descartar menos e reciclar mais
– algo que está ao alcance de qualquer indivíduo, independente de sua
profissão – pode parecer que há muito pouco a ser feito na hora de
projetar. Um outro profissional pode se negar a gerar novos artefatos,
alegando que não quer contribuir para o acúmulo de coisas no mundo,
mas isso não vai impedir que outras pessoas o façam. Contudo, existem
sim contribuições importantes que podem ser feitas na etapa do projeto,
contando que se entenda o ciclo de vida do produto de modo mais
abrangente. (CARDOSO, 2012, p. 156-157).

Para que possamos pensar em sustentabilidade no setor de embalagens,


precisamos primeiramente conhecer o seu ciclo de vida que inicia na extração e
produção de matéria-prima e finaliza na reciclagem. Vejamos na figura abaixo o
caminho completo que a embalagem percorre.

Figura 01: Ciclo de vida das embalagens

Fonte: (PELTIER, 2009)

A concepção sustentável aplicável nas embalagens, segundo (PELTIER,


2009, p. 98), baseia-se na fórmula dos ¨3Rs¨, que consiste em Reduzir, Reutilizar
e Reciclar. Reduzir o consumo e a extração de recursos naturais, reutilizar as
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embalagens depois de usada com a mesma função ou outra utilidade e reciclar


ajudando os consumidores na identificação dos materiais e incentivando a
separação do lixo.

No campo das certificações ambientais, segundo (CAMILO, 2011 p.165)


existe a ISO 14000 e o selo FSC, porém com funções bem distintas. A ISO
14000 atua no sistema de gestão ambiental das empresas, enquanto o FSC
certifica o produto específico.

Uma embalagem sustentável passa por alguns requisitos conforme escreveu


(CAMILO, 2009, p. 161), ela deve ser benéfica, segura e saudável para os
indivíduos e a comunidade, por todo o seu ciclo de vida; deve ser pesquisada,
manufaturada, transportada e reciclada usando energia renovável; maximizar o
uso de materiais renováveis e recicláveis, e ser desenhada para aperfeiçoar o
uso de materiais e energia a fim de completar de maneira efetiva todo o seu ciclo
de vida.

4. Embalagens

As embalagens estão presentes na sociedade desde o dia em que se


descobriu a necessidade de proteger, conter e transportar mercadorias.
Inicialmente conforme relata (CAVALCANTI, 2006, p.13), o homem começou a
lançar mão das folhas de plantas, do couro e da bexiga de animais. Passou pela
cerâmica e o vidro, para os tecidos e a madeira, chegou ao papel e ao metal até
atingir a sua maturidade com o alumínio e o plástico.

Ao longo dos anos a embalagem desempenhou diversos papéis,


(MESTRINER, 2002, p.04), propõe a amplitude da embalagem, aonde agrega
diversas funções desempenhadas por elas:

 Funções primárias – conter, proteger, transportar;


 Econômicas – componente no valor de custo dos produtos;
 Tecnológicas – novos materiais, conservação de produtos;
 Mercadológicas – chamar a atenção, transmitir informações, despertar
desejo de compra;
 Conceituais – construir a marca do produto, formar conceito ao fabricante;
 Comunicação e marketing – oportunidade de comunicação do produto;
 Sociocultural – expressão cultural e de desenvolvimento da sociedade;
 Meio ambiente – importante componente do lixo urbano.

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Segundo (PEREIRA, 2003, p.14), as embalagens se dividem em dois grandes


grupos: as embalagens de consumo e as embalagens de transporte. A primeira
são aquelas que mantêm contato direto com o consumidor, estando dispostas
nas gôndolas de supermercado e exercem um papel persuasivo na decisão de
compra do produto embalado. As embalagens de transporte servem para
proteger um conjunto de embalagens de consumo, podendo embalar produtos
individualmente ou a granel.

A embalagem seduz à medida que chama atenção do consumidor. O


volume e variedade vêm crescendo ano após ano, acompanhados de
uma parafernália tecnológica, design, maquinários e afins. Do outro lado
está o consumidor, cada vez mais exigente que busca soluções que
facilite sua vida. Ou seja, além de bela e com informações que permitam
um raio-X do produto e fabricante precisa ser atraente e, sobretudo,
funcional. (CAMILO, 2011, p. 27, apud FERRADOR).

O processo evolutivo da embalagem está em constante movimento, passando


por constantes melhorias nos processos produtivos e no aperfeiçoamento de
novas matérias-primas obtidas através da mistura de materiais e principalmente
pelo seu design. Explorar todas as possibilidades de inovação disponíveis em
sintonia com um excelente projeto visual é uma tarefa que deve ser
desempenhada pelo designer de embalagens.

4.1 Design de embalagens

Desenhar embalagens é trabalhar integrado em um mundo complexo que


envolve o produto, a indústria e o marketing. Isso faz com que o profissional
responsável pelo design esteja atento a todas as etapas do processo e do ciclo
de vida das embalagens, apontando todos esses detalhes na concepção do
projeto.

Segundo (MESTRINER, 2012, p. 07), o design de embalagens tem como


principais diferenciais o conhecimento dos hábitos e atitudes dos consumidores
em relação aos produtos, tornando-se uma poderosa ferramenta de marketing e
sendo um excelente suporte de vendas, principalmente nas pequenas empresas
que não dispõe de outro tipo de comunicação com o cliente.

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No inicio do século XX, os cientistas perceberam que os alimentos


embalados com estanho tinham uma durabilidade maior. Os fabricantes
de alimentos perceberam que os alimentos enlatados venderiam mais se
tivessem o seu nome na embalagem. Com o avanço do marketing e das
técnicas de impressão, os designers começaram a atentar para os
efeitos da tipografia e do design decorativo sobre as vendas do produto,
e ficaram muito satisfeitos com o resultado. (RONCARELLI, 2010, p. 08).

O design de embalagens poderá ser dividido em design estrutural e design


gráfico, mas, por os dois estarem inseridos no mesmo projeto, fica difícil pensar
nessa separação. Ambos envolvem a habilidade de design e os aspectos
criativos, mas a experiência e os conhecimentos são específicos de cada área
podendo então ser considerados separadamente.

O design estrutural, bem como a escolha da matéria-prima, é executado em


primeiro lugar, mas dependendo do projeto, o design gráfico deve estar
participando do processo para que o produto final fique coerente. Segundo
(STEWART, 2010, p. 85), o designer precisa saber o suficiente para entender o
que é possível fazer com os materiais.

O design gráfico é responsável pela comunicação da embalagem com o


consumidor e para isso se utiliza de diversas ferramentas para concepção do
projeto. Os elementos gráficos que compõem uma embalagem podem ser
divididos, segundo (CALVER, 2009, p. 116), em diversos aspectos que devem
ser analisados separadamente.

O primeiro elemento é a marca, isto é, a assinatura do produto, a identificação


de quem está produzindo. A tipografia utilizada na comunicação com o
consumidor também é analisada, pois cada família de fonte transmite um
significado a quem está lendo. As fotografias são a base de muitas embalagens,
porque elas são imediatas, poderosas e duradouras. Escolher uma boa imagem
que represente o produto direta ou indiretamente é considerado uma boa
estratégia.

As cores têm várias aplicações no design de embalagens, elas podem ser


utilizadas como parte da identidade de uma marca, ajudando a defini-la
visualmente. Organizam os produtos em categorias e definem uma linguagem
visual para cada tipo de segmento. Podemos também, utilizar as cores para
diferenciar produtos distintos para uma mesma linha de produtos.

É importante eleger uma hierarquia de informações para que a leitura da


embalagem seja direcionada aos itens mais importantes, para que os menos
importantes fiquem em segundo plano. Escolher uma linguagem clara também é
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um aspecto relevante que deve ser observado na concepção do projeto.

Informações obrigatórias devem ser bem observadas em uma embalagem


para evitar que haja prejuízos para a indústria com multas e até mesmo o
recolhimento dos produtos do mercado. Todas as embalagens devem conter
informações relacionadas a peso, medidas, código de barras e para cada tipo de
produto existem legislações específicas que regulamentam sua comercialização.
Grandes espaços são utilizados nas embalagens para que se cumpram todas as
exigências legais, tornando o trabalho do designer mais complexo.

O design é um espaço aberto para inovação e os inovadores. As


soluções de engenharia dão o tom no material e no tipo da embalagem –
vidro, lata, caixa, cartucho, madeira, plástico, bisnaga, cartão, e assim
por diante. Mas, na estética, na comunicação, na conveniência,
predominam a criação que vem do design. A embalagem do perfume,
em sua história secular, se resume ao frasco e à tampa. O que dá tanto
glamour à história desse produto? A forma, a cor, o design gráfico e as
embalagens. (CAVALCANTI, 2006, p. 171).

Para entender o funcionamento e orientar para um bom projeto de designer


de embalagens onde nenhuma etapa do projeto fique sem ser pensada ou
executada, (MESTRINER, 2012, p. 11), sugere dez pontos chave para o design
de embalagens:

Conhecer o produto a ser embalado; conhecer o consumidor que irá utilizar o


produto; conhecer o mercado de atuação; conhecer a concorrência; conhecer
tecnicamente a embalagem a ser desenhada; conhecer os objetivos
mercadológicos; elaborar uma estratégia para o design; desenhar de forma
consciente com todas as etapas do projeto e o ciclo de vida da embalagem;
trabalhar integrado com a indústria para conhecer os métodos de produção e,
por último, fazer uma revisão final do projeto após a embalagem estar inserida no
ponto de venda.

5. Aspectos de inovação na embalagem

A tecnologia existe para atender às necessidades dos consumidores, segundo


(CAMILO, 2011, p.63), o novo cenário mundial de crises econômicas, invasão de
mercados e novos hábitos de consumo, tornou fundamental a busca por
inovações como alavanca para expansão e crescimento. A ordem é inovar para
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competir.

A inovação é o propulsor da competitividade, pois deixa de ser uma questão


de promoção de melhorias e passa a ser um programa de sobrevivência no
mercado competitivo.

Algumas variáveis tornam-se importantes no processo de melhoria e inovação


de embalagens, influenciando na concepção das melhorias, conforme podemos
destacar abaixo:

5.1 Custos da embalagem

A embalagem é um componente importante na formação de preço do


produto, pois para muitas empresas é considerada uma matéria-prima. Segundo
(NEGRÃO, 2008, p.35), o preço tem um valor intangível no processo de venda,
enquanto o custo é um valor tangível, palpável. Ou seja, o preço se estabelece
pelas leis de mercado de oferta e procura, mas o custo baseia-se nos valores
concretos de produção de um determinado produto.

Precisamos sempre nos preocupar com os custos de uma embalagem, pois


uma empresa tem que gerar lucro. Na concepção de uma embalagem temos
diversos tipos de custos que deverão ser calculados, tais como: custo do projeto,
do processo de produção da embalagem, dos itens que podem acompanhar uma
embalagem (berço, envoltório plástico, desumidificador...). Além desses citados
acima, existem ainda a distribuição e os custos de venda do produto.

Segundo (CARVALHO, 2008, p.41), dependendo do produto, o custo dos


itens que compõem a embalagem varia de 1 a 30% do custo total do produto.
Para produtos da área de cosméticos, o custo pode chegar a 80% do total.

Geralmente quando falamos em custo em uma indústria estamos nos


referindo somente à redução de preços, mas podemos também agregar valor ao
produto desenvolvendo uma embalagem inovadora, investindo em projetos mais
arrojados, utilizando matéria-prima de ótima qualidade e acabamentos
sofisticados.

Um bom projeto de embalagem irá influenciar na redução de custos ou no


aumento das vendas, podendo trazer vantagens em seu uso, transporte e
manuseio. Uma embalagem que comunica é um vendedor silencioso no ponto de
venda e muitas empresas possuem somente a embalagem como suporte para
comunicação.

5.2 Aumento de proteção e segurança

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Existem dois aspectos relevantes que devemos apontar quanto à proteção e


segurança das embalagens. O primeiro é a preocupação quanto aos cuidados
necessários ao produto que está sendo embalado já que ele percorre um longo
caminho até o ponto de venda. No caso de produtos frágeis como o vidro, por
exemplo, as embalagens fazem um papel fundamental para evitar prejuízos à
indústria e para o cliente evitando receber produtos lascados ou trincados.

O aumento da vida útil de produtos passou pelo processo evolutivo da


embalagem, como as embalagens de leite que podem armazenar o líquido por
mais de um ano sem que se percam as suas propriedades devido a sua mistura
de materiais: papel, plástico e alumínio formam barreiras de luz, calor e umidade.

O segundo aspecto que devemos apontar é a segurança do usuário que está


em contato com a embalagem. Frascos invioláveis, tampas com bicos dosadores
adequados, aspectos ergonômicos como espaços para encaixar a mão para
pegar uma garrafa d´agua, por exemplo, a abertura de fácil e rápido manuseio
também contribui para o conforto e segurança do usuário.

Podemos citar, como exemplo negativo, as embalagens de biscoitos


acondicionadas em pequenas porções aonde existem uma fita envoltória em
uma das extremidades utilizadas para abertura do pacote que não são bem
sinalizadas e, no momento do consumo, a pontinha que serviria de início está na
maioria das vezes grudada e, quando puxada, a cordinha de abertura acaba não
rasgando, o que ocasiona o esfarelamento do produto.

Os sachês de mostarda, maionese e catchup são outros exemplos comuns de


embalagem que não interage com o usuário. Quando se consome algum lanche,
geralmente segura-se com a mão esquerda e a mão direita fica disponível. Existe
um pré-corte em uma das pontinhas da embalagem que, se cortada em excesso,
rompe a embalagem, mas se pouco cortada deixa inviolável o produto: abrir uma
embalagem dessas somente com uma das mãos torna praticamente impossível
sua utilização.

Por outro lado, já estão disponíveis no mercado mundial, embalagens de


excelente funcionalidade e interação com o usuário. Segundo (CAMILO, 2011,
p.74), existem embalagens de medicamentos que emitem um aviso sonoro no
horário correto de ingerir a medicação. Outro exemplo inovador são as latas de
café que acionam automaticamente um dispositivo que se encontra no entorno
da embalagem, que aquece o café no exato momento de sua abertura.

Na fase de desenvolvimento da embalagem o fabricante deve realizar


diversos testes e ensaios para garantir a proteção do produto e a segurança do
usuário. Segundo (CARVALHO, 2008, p. 208), existem três regras de segurança

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que nunca falham no cumprimento de suas funções e que devem ser observadas
antes mesmo de serem feitos os testes.

O melhor amortecedor é o ar, quanto maior o espaço entre a embalagem


externa e o produto maior a proteção. Quanto menos embalagem melhor, pois
quando são encostados muitos materiais no produto, aumentam-se os riscos de
transmissão de impactos. A causa de uma falha da embalagem pode estar no
produto, pois nem sempre o produto apresenta as melhores condições de ser
embalado.

Os principais testes realizados nas embalagens, segundo (CARVALHO, 2008,


p. 209), são: acelerômetros, que medem os níveis de impacto entre a
embalagem e o produto. Vibração para validar a integridade da embalagem e do
produto. Impacto, que serve para medir a capacidade da embalagem em
proteger o produto. Compressão, que mede a capacidade da embalagem em
resistir a esforços quando empilhada. Existem também outros testes específicos
como o levantamento de caixas e testes de levantamento de embalagens pelas
alças, dentre outros.

5.3 Novas tecnologias em matérias-primas

Conforme a embalagem foi evoluindo, as matérias-primas utilizadas também


foram sendo aperfeiçoadas. Atualmente novas tecnologias estão sendo
desenvolvidas com a mistura de diversos materiais, que possibilitam avanços
expressivos no desenvolvimento de embalagens.

Uma inovação relevante nos últimos anos que possui uma vantagem
significativa por ser menos nociva ao meio ambiente segundo (CAMILO, 2011, p.
93, apud, CREMM) são os Biopolímeros, extraídos de fontes renováveis (milho,
cana de açúcar, celulose, soro de leite, e etc) que, além de serem 100%
reciclados, demoram muito menos que o plástico derivado do petróleo para se
decompor.

Cada material de embalagem tem suas propriedades e características


próprias e com isso se adaptam aos diversos tipos de produtos a serem
embalados. O mercado fornece diversas possibilidades de materiais, cabe ao
profissional responsável pelo desenvolvimento da embalagem escolher a melhor
aplicação.

Segundo (TWEDE, 2010, p.144), existem algumas variáveis na escolha da


melhor matéria-prima para um determinado produto. A diversidade da forma
representa a versatilidade dos materiais, a capacidade de atender as diversas
necessidades do mercado. Os plásticos são os que têm a maior capacidade de

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adaptação podendo ser produzidos em qualquer formato e tamanho.

O custo é outro fator relevante na escolha da matéria-prima, pois existem


diferenças significativas no valor de cada uma que influenciam diretamente no
preço do produto. Também é importante destacar a logística dos materiais. O
vidro, por exemplo, é o material mais difícil de transportar pelo volume que ocupa
e por sua fragilidade.

Alguns produtos criam identidade própria baseados em suas matérias-


primas, como os refrigerantes de dois litros que são embalados em garrafas PET,
a sardinha que é envazada em latas, dentre outras. Alguns materiais utilizados
em embalagens podem exercer uma função decorativa, como no caso das latas
de biscoitos ou edições limitadas alusivas a datas comemorativas.

O desempenho técnico em alguns aspectos de cada material também é um


fator decisivo na escolha da matéria-prima, conforme sugere (TWEDE, 2010, p.
146), abrangendo uma utilização mais geral do ponto de vista técnico de cada
material. São eles: resistência química do material, tolerância à água,
selabilidade, desempenho de barreira, estabilidade térmica, versatilidade de
conformação, resistência mecânica e proteção. Não faremos o aprofundamento
desses itens por não serem relevantes para este artigo.

Todo o desenvolvimento na descoberta de novas matérias-primas está


baseado nas características do produto a ser envasado, respeitando as
propriedades individuais, fornecendo uma solução mais adequadas, e
respeitando todas as variáveis do ciclo de vida da embalagem.

5.4 Usabilidade

A embalagem deve interagir com o público fornecendo todas as condições


para que isso seja feito da forma mais harmoniosa possível e, para isso, o
designer deve compreender quais aspectos ergonômicos poderão contribuir para
esse processo.

No design estrutural, podemos ter diversas oportunidades de incrementar os


benefícios da embalagem para o consumidor, (STEWART, 2010, p. 90),
considera alguns itens mais importantes quais sejam: a facilidade de abertura, de
fechamento e de vedação; habilidade de efetivamente servir o conteúdo;
facilidade do manejo; oportunidade de ver e sentir o produto antes da compra;
facilidade de descarte após o uso e evidência de falsificação, segurança e
integridade do produto.

O design gráfico deve ser agradável aos olhos do consumidor e atraente ao

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mesmo tempo, a hierarquia de informações deve estar bem definida para que a
comunicação seja efetiva. A legibilidade das informações também deve estar ao
alcance do consumidor, proporcionando uma leitura agradável com uma clareza
nos textos, fontes legíveis e organização dos dados.

A integração do design estrutural e gráfico pode ser uma fonte inesgotável de


aplicação de inovação na embalagem, proporcionando ao usuário vantagens
relevantes e ocasionando o aumento das vendas do produto.

5.5 Diferenciais competitivos

Para que possamos promover inovação nas embalagens e criar diferenciais


competitivos com o objetivo de conquistar o consumidor, devemos primeiro
identificar o nosso público-alvo e em seguida procurar esgotar o conhecimento
sobre ele, buscando suas características, hábitos de consumo e outras
informações relevantes.

Existem algumas estratégias utilizadas para chamar a atenção e interagir com


o consumidor no ponto de venda, segundo (RONCARELLI, 2010, p. 58), a
embalagem tem que criar uma ligação emocional com o consumidor, tendo a
oportunidade de oferecer a melhor experiência emocional, mexer com os
sentidos e antecipar emoções, como satisfação, orgulho, felicidade, prazer,
confiança e entusiasmo.

Podemos ainda desenhar uma embalagem que tenha alguma história para
contar ao consumidor, inserir aspectos lúdicos para um determinado público,
aplicar metáforas e parábolas, podendo inserir elementos artísticos. Uma
embalagem bem humorada também pode chamar a atenção do público alvo,
mas acima de tudo um bom projeto de design deve ser informativo, evitando
qualquer dúvida na hora de consumir o produto.

A embalagem segundo (MESTRINER, 2002, p. 95), pode se tornar uma


poderosa ferramenta de marketing, servindo de suporte para diversas ações
promocionais, tais como: promover a promoção de outros produtos através de
propagandas inseridas em algum espaço disponível; promoções do tipo pague
dois, leve três; sorteios, vale-brinde, cupons de descontos e campanhas
institucionais de utilidade pública.

Elas podem ser colecionáveis, como as latas de cerveja, as empresas podem


criar séries promocionais com edição limitada ou até mesmo patrocinando um
evento. A empresa Coca Cola, por exemplo, recentemente promoveu uma
inovação na interação da embalagem com o consumidor que foi a aplicação de
nomes de pessoas nas latas. O resultado foi surpreendente fazendo com que as

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pessoas procurassem seus nomes, tirassem fotos das latas e publicassem em


redes sociais.

5.6 Gestão centrada no design de embalagens

Como é possível perceber, a importância do papel que a embalagem


desempenha no mundo e a sua complexidade, as empresas estão começando a
organizar as suas gestões centradas no design de embalagens, que atua como
um diferencial competitivo através da agregação de valor ao produto, fidelização
de clientes e da aproximação com o processo estratégico da empresa, com base
na gestão de design.

Gestão de design é aqui definido como o uso deliberado do design


como ferramenta de gestão e planejamento, produção e comercialização
de bens, de modo a traduzir os objetivos estratégicos da empresa em
produtos e serviços que representam diferenciais e melhorem a
performance organizacional; seja ela performance de processo, produto,
operacional, de materiais, da percepção do cliente ou financeira.
(WOLFF, 2012, p. 39).

As embalagens encontradas em supermercados e lojas são o resultado da


ação de um sistema complexo e multidisciplinar, segundo (MESTRINER, 2007, p.
15), é a consequência da atuação de diversos especialistas que desenvolvem
uma série de atividades complementares a fim de integrar o objeto acabado,
conduzindo-o até o seu destino final.

A promoção de inovação no método organizacional centrado no design é uma


importante ferramenta que auxilia na promoção e desenvolvimento de um bom
projeto de embalagem, trazendo vantagens competitivas para todos os
envolvidos no processo e principalmente ao consumidor, que estará recebendo
uma embalagem bem projetada e com vantagens positivas.

6. Considerações finais

Para obter êxito no desenvolvimento do design de embalagens é preciso


observar diversos itens e estar atento ao seu ciclo de vida, para que seja possível
desenvolver um bom projeto gráfico que beneficie todas as partes envolvidas no
processo.

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A aplicação da inovação no desenvolvimento do design de embalagens é


considerada um item obrigatório para a sobrevivência no mercado e promove
uma diferenciação, transformando em resultados positivos em toda a sua
amplitude, conquistando novos espaços e clientes satisfeitos.

A sustentabilidade também se mostra um aspecto obrigatório e de extrema


importância no desenvolvimento de embalagens, sendo elas consideradas uma
das principais responsáveis pelo lixo do planeta. Promover inovação voltada para
as questões ambientais é uma forma de ajudar a preservar o meio ambiente e
conquistar novos mercados.

Em um projeto de embalagens, é importante levar-se em conta aspectos


inovadores para a redução de custos, utilizando-se materiais mais econômicos e
ecológicos, aperfeiçoando-se processos produtivos e procurando um melhor
aproveitamento de recursos. Promover embalagens inéditas e sofisticadas para
agregar valor ao produto é outra forma de otimizar os resultados de uma
empresa através da embalagem.

Oferecer soluções quanto à proteção e segurança das embalagens é estar


focado no produto e no usuário. Manter a integridade do produto é uma função
primária da embalagem, que deve ser obedecida até seu destino final, que é o
consumo do produto. A embalagem deve interagir com o consumidor de forma
harmoniosa, funcional e segura e, por isso, a realização de pesquisas nessa área
deve ser constante.

A inserção de novas tecnologias, através da mistura de materiais, proporciona


o aumento de opções para melhorar o acondicionamento de produtos, dando ao
profissional responsável pelo designer de embalagens maiores possibilidades de
implantação de um projeto inovador. A descoberta dos biopolímeros extraídos de
fontes renováveis foi uma grande descoberta para a preservação do meio
ambiente.

Aspectos ergonômicos bem resolvidos ajudam a vender o produto e a


integração entre o design estrutural da embalagem, respeitando aspectos como
abertura, fechamento e inviolabilidade. O design gráfico harmonioso, legível e
explicativo é fundamental para o sucesso do projeto.

Conhecer os hábitos de consumo do nosso público-alvo facilita a aplicação de


ações promocionais nas embalagens e a criação um vínculo emocional com o
consumidor. A embalagem pode ser uma poderosa ferramenta de marketing
quando explorada de forma criativa, aproveitando o canal de comunicação
existente entre a empresa e o consumidor.

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A organização das informações para a aplicação de estratégias competitivas


no design de embalagens é uma inovação latente que envolve todas as etapas
do processo com a finalidade de promover estratégias mais efetivas e de
minimizar eventuais perdas de tempo e dinheiro nas empresas.

Conclui-se que a embalagem proporciona ao designer uma extensa variedade


de possibilidades para que possa promover inovações voltadas a todas as
etapas do processo produtivo, mas, principalmente às questões ambientais, que
atualmente são essenciais em qualquer projeto de produtos ou serviços.

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