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Equipe Técnica:
Tatiana d’Aboim Inglez Sanchez
Adriana Fernandes de Mello Esteves Rodrigues
Renato Quintes França
William Figueiredo
Guilherme Mercês
Bernardo Pelka (estagiário)
Luciano Moura (estagiário)
Elaboração do Estudo
DDE - Diretoria de Desenvolvimento Econômico
GPE - Gerência de Estudos e Pesquisas
DECON - Divisão de Estudos Econômicos
..........................................................................
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1
SUMÁRIO
Resumo Executivo..................................................................................................01
Introdução.............................................................................................................05
Áreas de Desenvolvimento....................................................................................17
I. Emprego&Renda......................................................................................17
II. Educação................................................................................................18
III. Saúde....................................................................................................19
Anexo Metodológico..............................................................................................20
2
Resumo Executivo – IFDM 2006
• De acordo com os dados, quatro capitais figuraram entre os 100 primeiros colocados
do ranking em 2006: Vitória, São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte, contra apenas
duas (Curitiba e Vitória) em 2005. O aumento de capitais nesta faixa não significou
retrocesso do processo de interiorização do desenvolvimento brasileiro observado no
início da década. Na lista dos 100 primeiros colocados constaram 79 municípios com
menos de 300 mil habitantes2.
1
A defasagem temporal de três anos entre o IFDM e sua divulgação decorre do fato de serem utilizadas apenas
estatísticas oficiais. Com efeito, somente em 2009 foi possível reunir concomitantemente dados dos Ministérios
da Educação, da Saúde e do Trabalho para o ano sob análise.
2
Conforme Contagem da População de 2007, realizada pelo IBGE.
1
• Dos 500 maiores IFDMs de 2005, 77% continuaram entre os 500 maiores de 2006,
indicando pouca movimentação dos municípios em termos do grau de
desenvolvimento apresentado no ano anterior. As regiões Sul e Sudeste foram juntas
responsáveis por 95,2% dos municípios na seleção dos 500 maiores IFDMs de 2006.
O estado de São Paulo continuou com o maior número de participações (303
municípios), seguido do Paraná (39), Minas Gerais (37), Rio Grande do Sul (35),
Santa Catarina (32), Rio de Janeiro (17) e Espírito Santo (13). A média dos 500
IFDMs mais altos de 2006 atingiu 0,8041 (contra 0,8035 em 2005), mostrando uma
parcela do país situada na classificação de alto desenvolvimento, acima da linha de
0,8 pontos.
• Dos 500 menores IFDMs de 2005, 64% continuaram dentre os mais baixos em 2006,
apresentando, portanto, mudanças mais significativas na redistribuição das
colocações dos municípios. Entretanto, apesar de um número maior de municípios ter
saído desta parte do ranking, as regiões Norte e Nordeste continuaram com as
maiores participações nesta listagem: 96,2% dos municípios menos favorecidos são
oriundos dessas regiões. A Bahia prosseguiu com o maior número de representantes
(188 municípios), seguido de Maranhão (92), Piauí (50) e Pará (44). A média dos 500
IFDMs mais baixos foi 0,4171 (contra 0,3974 em 2005), muito próxima da linha de
0,4 pontos, indicando a existência de uma parcela significativa do país ainda no limite
inferior do desenvolvimento regular.
• Entre as capitais brasileiras, a liderança do ranking do IFDM 2006 não variou muito
em relação a 2005, tendo havido troca entre as primeiras posições: Vitória (0,8642)
passou a ocupar o 1º lugar substituindo a capital paranaense. São Paulo (0,8568)
passou da 3ª para a 2ª posição, ficando Curitiba (0,8546 pontos) em 3º lugar. Belo
Horizonte (0,8417) deu um salto da 8ª para a 4ª posição. Um movimento também a
ser ressaltado foi a entrada em 2006 de Porto Alegre (9º) e Goiânia (10º) no grupo
das capitais com IFDM de alto desenvolvimento (acima de 0,8).
• Na comparação com 2005, o índice médio das capitais elevou-se 2,1%, abaixo dos
3,5% da média do país, denotando continuidade do processo de interiorização do
desenvolvimento observado no início da década.
3
A metodologia do IFDM permite a geração do índice por estado, através de dados oficiais estaduais.
2
colocados entre os 100 maiores indicadores de emprego e renda. Assim, o estado de
São Paulo sobressaiu-se pela primeira colocação no ranking IFDM-Emprego&Renda
estadual (com 0,8890 pontos), seguido por outros estados do Sudeste: Rio de
Janeiro (0,8872) e Minas Gerais (0,8696). Considerando as capitais, houve grande
mudança do perfil dos municípios encontrados em relação a 2005, com Manaus
(0,9215), Belo Horizonte (0,9191) e Vitória (0,9097) passando à liderança.
IFDM
0,7576
0,7376
0,7129
0,7120
0,6960
0,6850
0,6787
0,5954
0,5854
0,4889
• Por fim, a análise do desenvolvimento entre os anos acompanhados indica outro fato
alentador. Além do processo de interiorização observado desde o início da década,
ressalta-se aumento da concentração de municípios com índices na faixa entre 0,5 e
0,7 pontos, migrados, sobretudo, de faixas inferiores. Com efeito, se em 2000,
48,5% dos municípios brasileiros apresentavam índices na faixa de 0,5 a 0,7 pontos,
3
em 2005, este percentual saltou para 54,5%, tendo havido um avanço adicional em
2006 para 59,1%. Isto significa que quase dois terços dos municípios brasileiros
apresentaram índices de desenvolvimento nesta faixa, como ilustrado pelo gráfico a
seguir. Este resultado evidencia um claro movimento de tendência de redução da
desigualdade de desenvolvimento entre os municípios brasileiros.
31,4%
27,7%
IFDM 2000
29,0%
IFDM 2005
26,0%
25,5%
25,3%
19,5%
22,5%
IFDM 2006
22,0%
15,0%
16,8%
15,9%
4,0%
7,6%
2,1%
1,4%
0,2%
0,1%
0,0%
3,6%
0,3%
3,9%
0,0%
0,1%
0,0%
0 - 0,2 0,2 - 0,3 0,3 - 0,4 0,4 - 0,5 0,5 - 0,6 0,6 - 0,7 0,7 - 0,8 0,8 - 0,9 0,9 - 1
4
Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal
IFDM 2006
Introdução
O IFDM distingue-se por ter periodicidade anual, recorte municipal e abrangência nacional.
Por ter recorte municipal, na escolha das variáveis foram privilegiados os aspectos básicos
indispensáveis ao desenvolvimento local. Contudo, cabe ressaltar que o olhar municipalizado
do desenvolvimento de uma região não recai exclusivamente sobre as responsabilidades de
suas prefeituras, mas sim – e sobretudo – de ações conjuntas e responsáveis das três
esferas de governo, bem como do setor empresarial e da sociedade civil organizada.
Os cenários econômico e social no qual estes municípios estão inseridos também devem ser
considerados nas análises derivadas da divulgação destes resultados. As realidades distintas
existentes no Brasil devem fazer parte da leitura dos dados. Assim, a ênfase da leitura do
Índice não deve apenas se restringir a uma questão de posição no ranking, mas sim de se
verificar se, de fato, houve progresso num determinado município ou região em dado
período de tempo. Isto é, mais do que melhorar uma colocação, é desejável que se melhore
o patamar de um índice que reflete o grau de desenvolvimento local.
4
A publicação do Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro está disponível no site
www.firjan.org.br.
5
A existência de defasagem temporal de três anos entre a divulgação do resultado e o ano a que se refere o
índice decorre do fato de serem utilizadas apenas estatísticas oficiais. Com efeito, somente em 2009 foi possível
reunir concomitantemente os dados dos Ministérios da Educação, da Saúde e do Trabalho para o ano de 2006.
5
Ademais, não obstante o recorte municipal, através da divulgação oficial das variáveis
componentes por estados, foi possível agregar os resultados por Unidades da Federação,
inclusive gerar o resultado nacional.
Abaixo, encontra-se o quadro resumo das variáveis que compõem o cálculo do Índice
FIRJAN de Desenvolvimento Municipal e, no final desta publicação, em anexo, um resumo
da metodologia.
IFDM
6
Cenários Econômico e Social em 2006
O ano de 2006 foi marcado pela reeleição presidencial, transição nas administrações
estaduais e um balanço positivo do cenário econômico nacional, a começar pela menor
inflação (IPCA) dos oito anos precedentes. Na Educação, houve uma grande mudança na
legislação que rege o Ensino Fundamental, com impacto também na Educação Infantil e de
grande relevância para o IFDM-Educação. Na Saúde, dados sobre atenção básica da mulher
e da criança mostraram melhora da situação brasileira em relação ao passado recente.
A expansão real do PIB em 2006 foi de 4,0% (contra 3,2% em 2005), calcada sobretudo no
forte crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (9,8%). Ou seja, foi um ano de
expansão da produção e de investimentos em máquinas, equipamentos e infra-estrutura,
alavancando a capacidade produtiva do país. Outros resultados extremamente favoráveis
foram obtidos no período, em especial, a redução dos juros (Selic) para 13,25% ao ano –
piso histórico até aquela data. Ademais, o risco-país, um dos principais termômetros dos
investidores na economia brasileira, alcançou um mínimo histórico em dezembro daquele
ano (193 pontos) e o dólar recuou 8,7%, encerrando 2006 cotado a R$ 2,14.
No front externo, também houve motivos para celebrar. O saldo da balança comercial
brasileira fechou o ano de 2006 com recorde positivo de US$ 46,5 bilhões. A melhora nos
termos de troca brasileiros permitiu aumento do saldo comercial a despeito da
desaceleração no volume das exportações. Além disso, o ano foi marcado por intensa
remessa de lucros e dividendos (US$ 16,4 bilhões), expressivo acúmulo de reservas
internacionais (aumentaram US$ 32,0 bilhões), forte ingresso de investimentos diretos
estrangeiros (US$ 18,8 bilhões) e saldo significativo de investimentos em carteira (US$ 9,1
bilhões). Assim, o Brasil, através da manutenção do tripé da política macroeconômica
(câmbio flutuante, metas de inflação e de responsabilidade fiscal), desfrutava da elevada
liquidez internacional da época e do aumento da propensão ao risco de países
desenvolvidos.
7
ano consecutivo – fato inédito na série histórica. Cabe ressaltar o desempenho positivo da
indústria nacional, responsável por 69 mil postos a mais do que em 2005, e da agropecuária,
que passou de uma situação de demissões líquidas no ano anterior para 6.574 admissões
em 2006. Na abertura da geração de empregos formais por região, foi possível observar que
o Sudeste liderou com 773.048 mil novos postos de trabalhos gerados, representando
62,9% do total de novos empregos criados no país em 2006, mantendo praticamente
constante sua participação no total.
No âmbito da Educação foi sancionada a lei n° 11.274 em 2006 que regulamentou o Ensino
Fundamental de 9 anos e instituiu que a criança com seis anos deve estar no primeiro ano
do ensino fundamental, e não mais no infantil. A legislação determinou que Municípios,
estados e Distrito Federal devam estar enquadrados até 20106. Neste sentido, respeitando o
prazo legal de adequação, o IFDM-Educação incorporará esta mudança da legislação
educacional somente em 2010. Cabe ressaltar que o maior impacto desta alteração legal
ocorrerá nas redes públicas do país, pois a pré-escola passará a ser obrigatória.
6
http://portal.mec.gov.br/seb
8
Resultados IFDM 2006
Municípios Brasileiros
A análise dos indicadores municipais de 2006 mostrou avanço do desenvolvimento em
relação a 2005. Houve incremento no índice geral, sinalizando uma melhora no
desenvolvimento municipal, sobretudo na vertente de emprego e renda.
Em 2006, a média brasileira do IFDM consolidado totalizou 0,7376 pontos, tendo o máximo
sido atingido novamente por um município do estado de São Paulo: São Caetano do Sul com
0,9524 pontos e o mínimo novamente por um município da Bahia: Santa Luzia com 0,2928
pontos7.
Os gráficos abaixo evidenciam que, apesar da evolução positiva do IFDM ao longo dos anos
(gráfico à direita) e da tendência de redução da desigualdade, conforme será evidenciado a
seguir, ainda há clara distinção de desenvolvimento entre as regiões. Sul, Sudeste e Centro-
Oeste apresentaram indicadores superiores (coloração predominantemente azul na
ilustração à esquerda) aos de Norte e Nordeste (coloração amarela e vermelha).
IFDM
2000 2005 2006
0,7699
0,7642
0,7576
0,7376
0,7129
0,7120
0,6960
0,6850
0,6787
0,5954
0,5854
0,4889
O histograma a seguir ilustra a evolução do IFDM das cidades brasileiras com os dados dos
IFDM três anos da série. O gráfico distribui os municípios segundo o valor de seus índices entre os
2006 níveis indicados. Percebe-se uma grande e desejável variação entre 2000 e 2005/2006 – o
Brasil apresentou efetiva melhora de seu desenvolvimento na primeira parte da década. Ao
mesmo tempo, a variação menos intensa entre os anos consecutivos de 2005 e 2006 era
7
Dos 5.564 municípios brasileiros, apenas quatro (Figueirão-MS, Ipiranga do Norte-MT, Itanhangá-MT, Aroeiras
do Itaim-PI) não participaram do ranking IFDM 2006, por não estarem disponíveis as estatísticas oficiais para o
cálculo do índice.
9
esperada. Isto sinaliza a tendência de mudança gradual, porém consistente dos indicadores
de desenvolvimento – como é comum em todo processo sustentável de desenvolvimento.
Reforça-se aqui que o desenvolvimento está muito mais análogo a uma maratona do que a
corridas de cem metros. Por isso, tem-se, como esperado e desejado, uma movimentação
8
lenta e gradual, sustentável no longo prazo .
IFDM 2000
29,0%
IFDM 2005
26,0%
25,5%
25,3%
19,5%
22,5%
IFDM 2006
22,0%
15,0%
16,8%
15,9%
4,0%
7,6%
2,1%
1,4%
0,2%
0,1%
3,6%
0,3%
3,9%
0,0%
0,1%
0,0%
0,0%
0 - 0,2 0,2 - 0,3 0,3 - 0,4 0,4 - 0,5 0,5 - 0,6 0,6 - 0,7 0,7 - 0,8 0,8 - 0,9 0,9 - 1
Analisando os padrões de desenvolvimento entre 2005 e 2006, verificou-se que 87,3% dos
municípios brasileiros apresentaram variação de até 10% para mais ou para menos.
8
Movimentos bruscos de colocações em anos consecutivos acendem uma luz de alerta e devem ser analisados
isoladamente por seus governantes e acompanhados pela sociedade civil organizada. Um exemplo é a entrada do
município de Capão Alto (SC) na lista dos 500 municípios com menor IFDM em 2006. Estando em 2005 na 3339ª
colocação, observou-se na análise individual deste município que, dentre as três esferas analisadas, a que mais
impactou no resultado final em 2006 foi a pontuação obtida em Saúde. Mais especificamente, a variável ligada a
óbitos de menores de 5 anos por causas evitáveis. Se até 2005, a média trienal neste município era de 24,8
óbitos a cada 1000 nascidos vivos, em 2006 passou para 88,2 a cada 1000 nascidos vivos. Ou seja, deste
resultado infere-se que há um problema a ser resolvido e cuja causa deve ser investigada.
10
Registrou-se também, que, as maiores variações, tanto positivas quanto negativas, se
concentraram nos municípios cujos IFDMs alcançaram no máximo a pontuação 0,6. Ou seja,
em municípios com nível de desenvolvimento regular havia mais “espaço” para grandes
variações relativas. Dos 532 municípios que tiveram variação acima de 10%, 404 possuíam
IFDM abaixo de 0,6 pontos. Do mesmo modo, dos 174 municípios com variação negativa
maior do que 10%, 137 pertencem ao grupo dos municípios com IFDM menor que 0,6
pontos.
O gráfico abaixo retrata a variação percentual dos índices ocorrida entre 2005 e 2006,
distribuída conforme o patamar do índice observado em 2006. Do gráfico, derivam-se
informações interessantes sobre o comportamento dos municípios através de sua
distribuição em quadrantes9. A melhor situação é dos 1.570 municípios cujas variações
encontram-se no quadrante AZUL, que agrupa casos em que, além de ter apresentado nível
de desenvolvimento de moderado a alto, houve crescimento do índice de um ano para o
outro. No quadrante AMARELO, estão os 1.246 municípios que merecem atenção, pois
sinaliza que, embora estejam em uma faixa de desenvolvimento de moderado a alto,
apresentaram recuo de seus índices de desenvolvimento. Em uma situação inversa, estão
1.725 municípios localizados no quadrante VERDE, que apesar de estarem classificados em
nível de desenvolvimento baixo e regular em 2006, apresentaram melhoria de seus
indicadores e devem prosseguir nesta direção de desenvolvimento. Por fim, na pior situação,
no quadrante VERMELHO, estão os 1.019 municípios de baixo grau de desenvolvimento que
ainda registraram piora em seus índices na comparação anual, ou seja, deram um passo
para trás. Dispersão da Variação 2005 x 2006
Variação Percentual dos IFDM por Intervalo Indicado
1
IFDM 2006
AMARELO AZUL
1.246 municípios 1.570 municípios
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
VERMELHO VERDE
1.019 municípios 1.725 municípios
0,2
-50% -40% -30% -20% -10% 0% 10% 20% 30% 40% 50%
Variação 2005 - 2006
9
É valido atentar também que o movimento ideal no acompanhamento anual deste gráfico de dispersão é que o
triângulo formado pelas linhas tracejadas de laranja esteja cada vez mais à direita e com uma base mais estreita,
indicando assim um movimento de aumento contínuo dos IFDMs, ainda que em diferentes níveis de
desenvolvimento.
11
Ao replicar esta análise para as regiões do país, projetando-se os municípios de cada região
sobre a amostra total em azul escuro, observam-se padrões específicos que retratam a
tendência de desenvolvimento de cada região geográfica brasileira. As regiões Sudeste e Sul
possuem a maioria expressiva de seus municípios com IFDM 2006 superior a 0,6 pontos
(75,6% e 89,2% de suas amostras, respectivamente), localizados nos quadrantes superiores
- AMARELO e AZUL. Ao mesmo tempo, quase metade de suas amostras (43,4% e 45,8%)
conjugou nível de desenvolvimento acima de 0,6 com aumento do mesmo entre os anos de
2005 e 2006, encontrando-se no quadrante AZUL.
1,0 1,0
32,2% do SE 43,4% do SE 43,4% do S 45,8% do S
0,9 0,9
0,8 0,8
0,7 0,7
0,6 0,6
0,5 0,5
0,4 0,4
0,3 0,3
10,4% do SE 14,0% do SE 5,9% do S 4,9% do S
0,2 0,2
-50% -40% -30% -20% -10% 0% 10% 20% 30% 40% 50% -50% -40% -30% -20% -10% 0% 10% 20% 30% 40% 50%
Dispers ão Re gião NORTE Dis persão Região NORDESTE Dispers ão Re gião CENTRO-OESTE
A análise dos maiores e menores IFDMs constitui uma forma alternativa de captar as
diferenças regionais. É possível notar que os municípios das regiões Sul e Sudeste
apresentaram predominância nos 500 maiores e os de Norte e Nordeste, nos 500 menores.
12
O gráfico a seguir, à esquerda, evidencia aumento da concentração do Sudeste entre os 500
municípios com maior IFDM, passando a responder por 74,0% (ou 370 municípios) das
posições frente a 71,8% no ano anterior. Neste particular, São Paulo continuou com o maior
número de participações (303 municípios), seguido de Minas Gerais (37), Rio de Janeiro (17)
e Espírito Santo (13).
74,0%
71,8%
82,6%
80,4%
2005 2006 2005 2006
24,2%
21,2%
15,8%
14,0%
3,0%
3,2%
3,2%
3,0%
1,4%
0,4%
0,6%
0,2%
0,6%
0,2%
0,0%
0,2%
CO N NE S SE CO N NE S SE
Ao mesmo tempo, houve redução da participação da região Sul entre os maiores IFDMs,
respondendo por 21,2% dos municípios em 2006 (ou 106 municípios), frente a 24,2% em
2005. Da região Sul, constaram do grupo de 500 maiores, Paraná (39 municípios), Rio
Grande do Sul (35) e Santa Catarina (32). Cumpre salientar o espaço ganho pela região
nordestina mais que dobrando sua participação entre os 500 maiores, de 0,6% para 1,4%,
apesar da modesta representatividade no total. O Centro-Oeste, por sua vez, apresentou
participação de 3,2%, com 16 municípios – sendo 8 de Goiás, 6 do Mato Grosso, 1 do Mato
Grosso do Sul, além de Brasília. Por fim, a região Norte decresceu sua participação, com
apenas Belém figurando entre os 500 primeiros na 451ª posição em 2006.
Na outra ponta, na lista dos 500 menores IFDMs 2006, as regiões Norte e Nordeste
continuaram com o maior número de municípios nesta listagem: 96,2% (ou 481 municípios)
dos municípios menos favorecidos são oriundos dessas regiões. Foi possível observar,
todavia, alguma movimentação de 2005 a 2006: redução da participação do Nordeste de
82,6% para 80,4%, ao mesmo tempo em que o Norte apresentou avanço de 14,0% para
15,8%. Deste grupo de 500 menores, a Bahia obteve o maior número de representantes
(188 municípios), seguida pelo Maranhão (92), Piauí (50) e Pará (44).
Considerando os 100 maiores, entre 2005 e 2006, foram observadas algumas alterações na
presença dos estados neste ranking. São Paulo, que apresentava 87 municípios em 2005,
teve uma redução para 81 em 2006, ao passo que Santa Catarina e Minas Gerais
conseguiram aumentar sua participação, de 3 para 7 no primeiro caso e de 1 para 4 no
segundo. No caso dos 100 piores, as mudanças mais relevantes foram o aumento do
número de municípios da Bahia de 27 para 34 e do Amazonas de 3 para 9, com redução do
Piauí de 24 para 10.
13
O gráfico a seguir ilustra os valores médios observados em cada ranking. A média dentre os
500 IFDMs mais baixos totalizou 0,4171, muito próxima à linha de 0,4 pontos, indicando a
existência de uma parcela significativa do país ainda no limite inferior do desenvolvimento
regular. Ainda mais alarmante é a situação dos cem menores IFDMs, cuja média foi de
0,3736, classificados portanto como de baixo desenvolvimento.
500 maiores x 500 menores - IFDM 2006
Média dos IFDM por Grau de Desenvolvimento Apresentado
0,8699
alto 0,8041
0,7376
moderado
baixo
Capitais
14
desenvolvimento (acima de 0,8), ambas determinadas também pelo bom desempenho em
emprego e renda.
Na comparação com 2005, o índice médio das capitais elevou-se 2,1%, abaixo dos 3,5% da
média do país, denotando continuidade do processo de interiorização do desenvolvimento
observado no início da década. A maioria destes municípios apresentou crescimento do
índice, com destaque para Belo Horizonte, que já possuía um IFDM considerado alto em
2005 e, ainda assim, conseguiu dar um salto expressivo de 4,6%; e em Cuiabá (alta de
9,2%) deixando a capital mato-grossense mais próxima da linha de alto desenvolvimento.
Três das cinco maiores variações anuais do IFDM das capitais ocorreram em municípios que
configuraram nas posições mais baixas do ranking – Porto Velho, Rio Branco e Macapá – o
que pode indicar uma diminuição, ainda que tardia, das diferenças dos graus de
desenvolvimento entre as capitais brasileiras. Das sete capitais que registraram variação
negativa, apenas Boa Vista e Palmas tiveram queda significativa acima de 1%. Outro
destaque foi Brasília, cujo IFDM recuou 0,9%, fazendo com que a capital federal caísse da
5ª para a 8ª posição do ranking.
Estados
Os avanços mais significativos ocorreram nos estados de menor IFDM, como Maranhão
(7,4%), Piauí (5,6%) e Amapá (4,3%), melhorando o panorama de seu desenvolvimento,
mas ainda permanecendo na zona de desenvolvimento regular ao final do ranking. Na faixa
superior do ranking, Minas Gerais e Rio de Janeiro, também se destacaram pela significativa
variação percentual entre 2005 e 2006.
10
O resultado estadual não é a média simples dos IFDM de seus municípios, mas sim dos resultados agregados
pelos Ministérios da Educação, da Saúde e do Trabalho.
15
Dos sete estados com variação negativa, ESTADOS BRASILEIROS IFDM 2006 IFDM 2005 var.
Brasil 0,7376 0,7129 3,5%
quatro foram maiores do que 1% –
SP São Paulo 1º 0,8637 0,8499 1º 1,6%
cabendo à Bahia o recuo mais PR Paraná 2º 0,8074 0,8035 2º 0,5%
acentuado, da ordem de 4,2%. Esta RJ Rio de Janeiro 3º 0,8035 0,7793 4º 3,1%
SC Santa Catarina 4º 0,7915 0,7847 3º 0,9%
movimentação da Bahia é preocupante
MG Minas Gerais 5º 0,7911 0,7663 5º 3,2%
na medida em que este estado já se RS Rio Grande do Sul 6º 0,7521 0,7329 8º 2,6%
encontrava num patamar de ES Espírito Santo 7º 0,7517 0,7525 6º -0,1%
DF Distrito Federal 8º 0,7382 0,7492 7º -1,5%
desenvolvimento moderado em 2005 e GO Goiás 9º 0,6961 0,7090 9º -1,8%
foi rebaixado para desenvolvimento MS Mato Grosso do Sul 10º 0,6938 0,7001 10º -0,9%
regular em 2006, passando da 18ª para MT Mato Grosso 11º 0,6545 0,6504 11º 0,6%
SE Sergipe 12º 0,6486 0,6456 12º 0,5%
a 22ª colocação. PE Pernambuco 13º 0,6394 0,6281 15º 1,8%
RN Rio Grande do Norte 14º 0,6375 0,6268 16º 1,7%
Na comparação anual entre os avanços RO Rondônia 15º 0,6336 0,6177 19º
2,6%
TO Tocantins 16º 0,6321 0,6365 14º -0,7%
do IFDM dos estados e das capitais, foi CE Ceará 17º 0,6319 0,6212 17º 1,7%
observada maior sincronia de capitais e RR Roraima 18º 0,6302 0,6424 13º -1,9%
AM Amazonas 19º 0,6101 0,5909 20º 3,2%
estados, apesar de ainda existirem
AC Acre 20º 0,5993 0,5751 23º 4,2%
algumas discrepâncias nas variações das PB Paraíba 21º 0,5949 0,5815 21º 2,3%
duas esferas geográficas de 2005 para BA Bahia 22º 0,5925 0,6183 18º -4,2%
AP Amapá 23º 0,5923 0,5678 24º 4,3%
2006. Nota-se que doze estados
PA Pará 24º 0,5899 0,5767 22º 2,3%
apresentaram crescimento percentual PI Piauí 25º 0,5828 0,5521 25º 5,6%
equivalente ao de suas capitais, com MA Maranhão 26º 0,5720 0,5325 27º 7,4%
AL Alagoas 27º 0,5615 0,5518 26º 1,8%
diferenças de no máximo um ponto
percentual, para mais ou para menos. A maior diferença a favor da capital foi no Mato
Grosso com variação positiva de 0,64%, contra 9,16% de Cuiabá. Por outro lado, a favor do
estado, a maior diferença encontrada foi entre as variações do Maranhão (7,42%) e de sua
capital São Luís (3,70%).
Novamente, pelo segundo ano seguido, o único estado que apresentou IFDM maior do que
sua capital foi São Paulo, muito embora o crescimento do índice tenha sido maior na capital
do que no estado.
16
Áreas de Desenvolvimento
I. Emprego&Renda
IFDM - Em prego&Renda
2000
2005
1,0000
0,9881
2006
0,9043
0,7642
0,6960
0,4889
0,3868
0,3833
0,3591
0,0321
0,0409
zero
IFDM
E&R
Brasil Mediana Máxim o Mínim o 2006
O ritmo acelerado do mercado de trabalho foi ditado, mais uma vez, pelas cidades de São
Paulo: 48 municípios paulistas (6 a mais do que no ano anterior) estão colocados entre os
100 maiores indicadores de Emprego&Renda – notadamente oito municípios da região
metropolitana de Campinas e 13 da Grande São Paulo. Assim, o estado paulista ficou com a
primeira colocação no ranking IFDM-Emprego&Renda estadual (com 0,8890 pontos),
seguido por outros estados do Sudeste: Rio de Janeiro (0,8872) e Minas Gerais (0,8696).
Considerando as capitais, houve grande mudança do perfil dos municípios encontrados.
Enquanto que em 2005 o Nordeste destacou-se com as três primeiras posições (Salvador,
Aracaju e Natal), em 2006, Manaus (0,9215), Belo Horizonte (0,9191) e Vitória (0,9097)
passaram para a liderança.
17
II. Educação
O IFDM-Educação foi idealizado para captar tanto a oferta quanto a qualidade da educação
nos municípios brasileiros, em escolas públicas e privadas, de acordo com as competências
constitucionais dos municípios. Deste modo, apesar de não ser viável ou eficiente esperar
que haja uma universidade em todo município brasileiro – nem mesmo ensino médio, que é
de competência estadual – pode-se exigir que todo município apresente um ensino
fundamental de qualidade.
IFDM - Educação
2000
2005
1,0000
1,0000
0,9695
2006
0,6850
0,6787
0,6517
0,6468
0,5854
0,5494
0,1586
0,2742
0,2735
IFDM
Educação
Brasil Mediana Máxim o Mínim o 2006
11
Parte deste movimento flat decorreu da utilização do valor de 2005 para compor o índice de 2006. A taxa de
abandono escolar em 2006 não foi divulgada pelo INEP/MEC, por conta de mudanças no processo de coleta de
informações do Censo Escolar pelo próprio INEP e, desta forma, foi utilizado o recurso de repetir a taxa
apresentada no ano anterior. Para o cálculo de atendimento à educação infantil foi realizada a estimação da
população na faixa etária através de uma interpolação linear de Lagrange com os dados do Censo 2000 e os
microdados da Contagem da População de 2007, ambos do IBGE. Além disto, é importante notar que não é
razoável esperar-se alterações bruscas em índices como o de educação de um ano para o outro.
18
III. Saúde
No que tange ao IFDM-Saúde, a média brasileira cresceu em 2006 e atingiu novo patamar
de 0,7699 pontos. Em 2006, um número maior de municípios (3 a mais do que no ano
anterior) atingiu a nota máxima: Flórida-PR (pelo segundo ano consecutivo), Marapoama-SP,
Rondinha-RS, Saldanha Marinho-RS e Alto Alegre-RS. Entre as unidades da federação não
houve mudança significativa no ranking e os primeiros colocados mostraram evolução
positiva de seus índices. O Paraná despontou novamente em primeiro lugar com 0,8662
pontos, emplacando 22 cidades na lista dos 100 maiores IFDM-Saúde, seguido de São Paulo
(0,8637) com 15 municípios. Do mesmo modo que em 2005, o Rio Grande do Sul, apesar de
terceiro lugar no ranking estadual em saúde de 2006 com 0,8411 pontos, obteve o maior
número de municípios nesta área de desenvolvimento: 53 entre os 100 primeiros, 10 a mais
do que no ano anterior. Entre as capitais, os melhores resultados continuaram sendo
auferidos pelas mesmas de 2005 a saber: Curitiba (0,9294), Campo Grande (0,8899),
Goiânia (0,8820), Porto Alegre (0,8723) e Vitória (0,8700). Ao mesmo tempo, as últimas
colocações em 2006, com leve alternância de posições, continuaram com Manaus (0,6974),
Porto Velho (0,6951), Rio Branco (0,6931), Fortaleza (0,6910) e Macapá (0,6419).
IFDM - Saúde
2000
2005
1,0000
1,0000
0,9887
2006
0,7699
0,7576
0,7539
0,7352
0,7120
0,6573
0,3608
0,3470
0,0331
IFDM
Saúde
2006
Brasil Mediana Máxim o Mínim o
19
Anexo Metodológico*
A defasagem temporal de três anos entre o IFDM e sua divulgação decorre do fato de serem
utilizadas apenas estatísticas oficiais. Com efeito, somente em 2009 foi possível reunir
concomitantemente dados dos Ministérios da Educação, da Saúde e do Trabalho para o ano
sob análise.
20
* A íntegra da metodologia do IFDM está disponível em www.firjan.org.br
A primeira área abordada pelo IFDM é o emprego formal e a renda da população
empregada. O emprego formal possui um efeito multiplicador de maior qualidade e impacto
sobre a economia como um todo relativamente ao emprego informal, gerando aumento da
movimentação da renda criada, melhoria do acesso ao crédito e da circulação legal de
mercadorias e serviços. Além disso, locais onde há alta formalização do mercado de trabalho
apresentam maior recolhimento de tributos, melhores condições de trabalho e respeito às
leis trabalhistas, bem como empresas elegíveis à atuação em mercados nacional e
internacional competitivos. Conforme apontado pelo Índice do Emprego Formal do BNDES12,
há clara relação direta entre a qualidade de vida de uma localidade e sua taxa de emprego
formal, resultado da relação entre o número de empregos e a população em idade ativa de
determinado município, gerando, inclusive, impacto positivo sobre as condições do trabalho
informal.
IFDM - Emprego&Renda
Área Emprego Formal (50%)
Geração de Ordenação Média Trienal Ordenação
Saldo Saldo Saldo
Indicadores Emprego t / da Geração da Geração das Médias
Absoluto t Absoluto t-1 Absoluto t-2
Estoque t-1 Negativa de Emprego Negativas
Pesos 7,5% 2,5% 7,5% 2,5% 15,0% 10,0% 5,0%
Área Salário Médio Mensal (50%)
Ordenação Ordenação
Crescimento Valor Corrente
Crescimento Crescimento Crescimento
Indicadores Real / Média
Real Anual Anual Trienal do Salário t
Trienal
Negativo Negativo
Pesos 5% 2,5% 5% 2,5% 35%
O indicador do emprego formal é composto por três indicadores, que possibilitam dar uma
visão mais ampla das condições de geração de emprego. A primeira vertente considerada
para a construção deste índice foi a taxa de crescimento do emprego propriamente dita
(Taxa de Geração de Emprego Formal sobre o Estoque de Empregados), com peso de 10%
no indicador final de Emprego&Renda. A segunda, também com peso de 10%, é a média de
criação de emprego nos últimos três anos, o que permite lançar um olhar de
sustentabilidade da variação do emprego. Por fim, para dar uma visão mais completa do
mercado de trabalho, foi levado em consideração o estoque de emprego dos últimos três
anos (Saldo Anual Absoluto de Geração de Empregos). A este último foi dado peso de 30%,
privilegiando os dados mais recentes13.
O indicador do salário médio mensal também foi construído por três outros indicadores, que
possibilitam avaliar as condições de renda e poder de compra da população de cada
12
Emprego Formal, Qualidade de Vida e o Papel do BNDES em: REVISTA DO BNDES, RIO DE JANEIRO, V. 14, N.
27, P. 5-26, JUN. 2007.
13
Para o ano t, o peso foi de 15% e para os anos t-1 e t-2, 10% e 5%, respectivamente.
21
município. A primeira vertente considerada para sua construção foi a taxa de crescimento do
salário médio (peso de 7,5%). A segunda, o crescimento médio do salário nos últimos três
anos (peso de 7,5%), visando medir a tendência. De forma a captar o poder de compra
propriamente dito, o valor corrente do salário nos últimos três anos foi incluído com peso de
35%.
A segunda área do IFDM, a educação, é sempre apontada como um dos principais pilares do
desenvolvimento de um país. Países que conseguiram dar um salto no desenvolvimento
realizaram grandes reformas em seus sistemas educacionais. Com efeito, uma população
com educação de qualidade está mais apta a receber investimentos produtivos na economia,
pois possui mão-de-obra mais qualificada ou mais facilmente qualificável às novas
tecnologias e exigências do mundo moderno e dinâmico. Em última análise, expande-se o
nível de empregabilidade da população. Do mesmo modo, o retorno de uma educação de
qualidade não se restringe ao aluno, ou à escola, mas, sobretudo, à comunidade onde a
escola se insere, dando as principais diretrizes da conduta da vida em sociedade, com
valores morais, éticos e sociais, com externalidades positivas em diversas áreas.
22
ultrapasse os 98%. Desta forma, muito mais do que investigar quantos vão à escola, a
verdadeira questão que se impõe é o quanto se aprende na escola. Desta forma, foram
selecionados os seguintes indicadores: Taxa de Distorção Idade-série; Percentual de
Docentes com Curso Superior; Número Médio Diário de Horas-Aula; Taxa de Abandono
Escolar; e, Resultado Médio no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.
Ao ensino fundamental foi atribuído peso de 80% no IFDM-Educação, distribuído entre seus
cinco indicadores: 55% para indicadores-meio e 25% para indicadores-fins15. O residual de
20% do IFDM-Educação foi alocado para o ensino infantil, por seu poder de influenciar a
aprendizagem futura.
A terceira e última área considerada no IFDM foi a saúde. Analisar a saúde através das
estatísticas disponíveis é sempre um desafio pela falta de consenso entre os pesquisadores
sobre quais os melhores indicadores da situação do serviço público, principalmente se
considerarmos as mais variadas realidades brasileiras. A principal dificuldade está em
encontrar dados restritos e fidedignos a uma determinada localidade. Primeiramente, pela
própria característica do sistema de saúde, capilar e de atendimento nos municípios-pólos,
ou seja – atendimento em município diferente do de residência. Em seguida, pela baixa
qualidade dos registros, mesmo os obrigatórios e municipalizados, como os da atenção
básica, onde é muito freqüente a sub ou super notificação.
IFDM - Saúde
Área Atenção Básica
Percentual de Mais de 6 Taxa de Obito de
Óbitos de Causas Mal
Indicadores Consultas pré-natal por menores de 5 anos por
Definidas
nascido vivo causas evitáveis
Pesos 33,3% 33,3% 33,3%
15
Referente ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
16
O SIM (SIM/SVS/MS) foi criado pelo Ministério da Saúde em 1975 para a consolidação de dados sobre
mortalidade, com abrangência nacional, sendo alimentado pelas secretarias municipais e estaduais de saúde com
base na Declaração de Óbito (DO).
23
está relacionado ao acesso aos serviços de saúde, bem como permite inferências sobre a
qualidade da atenção médica, que, segundo pesquisas do Ministério da Saúde e da
FIOCRUZ, em geral, varia na mesma direção das variações da qualidade do preenchimento
das declarações de óbito. Finalmente, dados sobre morte evitável podem constituir
indicadores sensíveis à qualidade da atenção básica à saúde, e, conseqüentemente, derivar
medidas de resultado ou de impacto da ação pública.
24
25