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Tubarão
2021
TIAGO CORREA DE SOUZA
Tubarão
2021
TIAGO CORREA DE SOUZA
______________________________________________________
Professor e orientador Juliano Frederico da Rosa Cesconeto, Me.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Prof. Jasper José Zanco, Dr.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Prof. Júlio Cesar de Oliveira Nunes, Me.
Universidade do Sul de Santa Catarina
Dedico esse trabalho a minha família, em
especial aos meus pais, e a minha noiva.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, por me guiar em minha jornada, ajudar a subir cada degrau
da minha vida e vencer cada obstáculo.
A Universidade do Sul de Santa Catarina por abrir suas portas e permitir minha
jornada acadêmica e a transferência de conhecimento.
Em especial aos meus pais José e Inês, que durante minha vida sempre me apoiaram
e incentivaram a seguir em frente.
A minha noiva Renata Vitorassi, pela compreensão durante o curso, apoio e
incentivo.
A minha irmã Cintia e seu Esposo Idalino, por me incentivarem e fazerem parte da
minha jornada.
A minha colega e amiga Sabrina Toreti, pela oportunidade e espaço cedido em sua
propriedade, para que fosse possível a realização deste trabalho.
Ao meu orientador e professor Juliano da Rosa Cesconeto, pela disponibilidade em
me orientar e contribuir com esse trabalho.
Aos demais professores, que fizeram parte da minha jornada acadêmica e pelo
conhecimento transmitido durante o curso.
Aos demais colegas e amigos que fiz durante o curso, pela troca de conhecimento
e convívio diário que tornaram esses anos do curso agradáveis.
“O esforço dirigido a um objetivo tem sempre por prêmio, com a consecução
daquilo a que se aspira, a satisfação que o triunfo proporciona.” (Thomas Wittlam Atkinson).
RESUMO
O trigo (Triticum aestivum L.) é um dos cereais mais cultivados no mundo apresentando amplo
uso na alimentação humana e animal, e em sistemas conservacionistas do solo, em rotação e
sucessão de culturas durante o inverno. A região sul de Santa Catarina não está inserida no
zoneamento agroclimático para o cultivo de trigo, e apresenta como principal atividade agrícola
a rizicultura irrigada por inundação, onde durante a entressafra essas áreas ficam sem utilização
agrícola. O objetivo desse trabalho é avaliar a produtividade de trigo na região Sul de Santa
Catarina em diferentes sistemas de cultivo. O experimento foi conduzido em blocos ao acaso,
no munícipio de Forquilhinha, as áreas experimentais do cultivo ocorreram em terras baixas de
várzea sistematizadas para arroz irrigado, terras baixas de sequeiro e sistema de plantio direto.
As variáveis avaliadas foram, altura de planta, comprimento de raiz, número de espigas por
planta, massa de mil grãos, comprimento de espiga, número de grãos por espiga, análise de
impureza e umidade, produtividade e produção estimadas. Os resultados submetidos a análise
de variância e teste Tukey para comparação de médias com o software Biostat®. As áreas
experimentais apresentaram diferença estatística entre si, sendo que o experimento em terras
baixas de sequeiro obteve os melhores resultados de produção e produtividade, em sistema de
plantio direto e terras baixas de várzea apresentaram menores médias. A produção de trigo na
região Sul Santa Catarina apresentou resultados satisfatórios com médias de produção e
produtividade acima da nacional e estadual em todas as áreas experimentais, sendo uma
alternativa de cultivo de inverno para a região, e em sucessão no cultivo pós safra de arroz.
Wheat (Triticum aestivum L.) is one of the most cultivated cereals in the world and is widely
used in human and animal food, and in soil conservation systems, in rotation and crop
succession during the winter. The southern region of Santa Catarina is not included in the
agroclimatic zoning for the cultivation of wheat, and its main agricultural activity is flood-
irrigated rice farming, where during the off-season these areas are without agricultural use. The
objective of this work is to evaluate wheat productivity in the southern region of Santa Catarina
in different cropping systems. The experiment was carried out in randomized blocks, in the
municipality of Forquilhinha, the experimental areas of cultivation occurred in lowlands
systematized for irrigated rice, lowland dry land and no-tillage system. The variables evaluated
were plant height, root length, number of ears per plant, mass of a thousand grains, ear length,
number of grains per ear, impurity, and moisture analysis, estimated yield and yield. The results
were submitted to analysis of variance and Tukey test to compare means with the Biostat®
software. The experimental areas showed statistical difference between them, and the
experiment in dryland lowlands obtained the best results in terms of production and
productivity, in no-tillage system and lowland lowland plains had lower averages. Wheat
production in the southern region of Santa Catarina showed satisfactory results with average
production and productivity above national and state levels in all experimental areas, being an
alternative for winter cultivation for the region, and in succession in the post-harvest rice crop.
Tabela 1- Histórico de produção de trigo por região no Brasil, safras 2012 a 2021 ................ 17
Tabela 2- Características agronômicas da cultivar TBIO SOSSEGO. ..................................... 20
Tabela 3- Reação a doenças da cultivar TBIO SOSSEGO. ..................................................... 21
Tabela 4- Avaliação morfológica da planta de trigo (Triticum aestivum L.). Variáveis altura de
planta, comprimento de raiz e número de espigas por planta. .................................................. 27
Tabela 5- Avaliação dos componentes de produtividade da planta de trigo (Triticum aestivum
L.). Variáveis comprimento de espiga, número de grãos por espiga e massa de mil grãos. .... 29
Tabela 6- Resultados da análise de impurezas e umidade das áreas experimentais. ................ 30
Tabela 7- Produtividade e produção obtidas por estimativa das áreas experimentais.............. 30
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 12
2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 13
2.1 GERAL ............................................................................................................................ 13
2.2 ESPECÍFICOS ................................................................................................................. 13
3 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 14
3.1 HISTÓRICO DA CULTURA.......................................................................................... 14
3.2 BOTÂNICA E MORFOLOGIA DA PLANTA DE TRIGO ........................................... 14
3.3 FENOLOGIA DA PLANTA DE TRIGO........................................................................ 15
3.4 SITUAÇÃO ECONÔMICA DO TRIGO ........................................................................ 17
4 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 19
4.1 LOCALIZAÇÃO ............................................................................................................. 19
4.2 MATERIAL GENÉTICO UTILIZADO ......................................................................... 20
4.3 PRÁTICAS CULTURAIS ............................................................................................... 21
4.3.1 PREPARO DO SOLO ................................................................................................ 21
4.3.2 SEMEADURA E ADUBAÇÃO ................................................................................. 22
4.3.3 TRATAMENTOS FITOSSANITÁRIOS.................................................................. 22
4.4 PROTOCOLO DE AMOSTRAGEM .............................................................................. 23
4.4.1 ALTURA DE PLANTA .............................................................................................. 24
4.4.2 COMPRIMENTO DE RAIZ...................................................................................... 24
4.4.3 NÚMERO DE ESPIGAS POR PLANTA ................................................................. 24
4.4.4 COMPRIMENTO DE ESPIGA................................................................................. 24
4.4.5 NÚMERO DE GRÃOS POR ESPIGA...................................................................... 24
4.4.6 MASSA DE MIL GRÃOS .......................................................................................... 25
4.4.7 ANÁLISE DE IMPUREZAS...................................................................................... 25
4.4.8 ANÁLISE DE UMIDADE .......................................................................................... 25
4.4.9 DETERMINAÇÃO DA PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO ............................... 25
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................................ 27
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 32
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 33
ANEXOS ................................................................................................................................. 37
ANEXO A – Relatório de análise química do solo .............................................................. 37
.................................................................................................................................................. 37
12
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
2.2 ESPECÍFICOS
3 REFERENCIAL TEÓRICO
O trigo (Triticum aestivum L.) é uma planta pertence à família Poaceae, originada
através de uma hibridação natural entre um tetraploide (Triticum turgidum) e uma gramínea
selvagem (Aegilops squarrosa) (SCHEEREN; DE CASTRO; CAIERAO, 2015).
A planta possui características morfológicas semelhantes aos demais cereais de
inverno, tais como a cevada, triticale, e o centeio. Ela pode ser estrutura morfologicamente em
raízes, colmo, folha e inflorescência (BORÉM; SCHEEREN, 2015).
O sistema radicular do trigo é do tipo fasciculado, formado por dois grupos de
raízes: as seminais que se desenvolvem a partir do primórdio da semente e as permanentes que
são originadas das gemas da coroa (ANDERSON; GARLINGE, 2000).
A planta adulta consiste em um caule central que vai até a espiga, do qual emergem
as folhas em lados opostos. É composto por segmentos repetidos chamados de fitômetros, que
15
contêm um nó e um entrenó oco. A bainha da folha tem sua origem no entrenó e envolve o
caule fornecendo suporte para o broto (AUSTRÁLIA, 2008).
A folha é composta por bainha, lâmina, lígula e aurículas, sendo disposta as folhas
alternadas, formando ângulos de 180° entre uma folha e outra, até a última que é chamada de
folha bandeira. Normalmente pode ocorrer uma variação de três a oito folhas na planta,
correspondendo assim ao número de nós (BORÉM; SCHEEREN, 2015).
A inflorescência é uma espiga, que é composta por duas fileiras de espiguetas
dispostas alternadamente na raque central (EL TRIGO, 2021). A espigueta é constituída por
flores e fica presa a ráquila. Na base das espiguetas ficam as glumas que tem a função de
proteger as flores da espigueta, cada flor é formada por um lema e uma pálea, e entre estas
encontram-se o gineceu e o androceu (BORÉM; SCHEEREN, 2015). O grão é a unidade de
reprodução do cereal, chamado de cariopse, ele é um fruto seco, formado a partir da fecundação
de apenas uma flor (ANDERSON; GARLINGE, 2000).
Tabela 1- Histórico de produção de trigo por região no Brasil, safras 2012 a 2021
Produção em mil toneladas
Região 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Norte - - - - - - - - - -
Nordeste - - - - 18.00 30.00 30.00 14.40 17.10 34.20
Centro-Oeste 68.20 59.60 85.80 88.10 120.30 103.00 141.20 208.60 186.00 210.40
Sudeste 162.40 210.60 354.60 507.80 459.40 491.50 401.90 442.40 500.60 433.40
Sul 4148.90 5257.70 5530.70 4939.00 6129.10 3637.60 4854.50 4489.30 5530.90 7913.30
Brasil 4379.50 5527.90 5971.10 5534.90 6726.80 4263.50 5427.60 5154.70 6234.60 8591.30
Produtividade em Kg/ha
Norte - - - - - - - - - -
Nordeste - - - - 6000 6000 6000 4800 5700 5700
Centro-Oeste 2750 3386 3682 3363 3657 3229 3261 3365 3224 2255
Sudeste 3036 2390 2717 3247 2852 2996 2571 2675 2917 2710
Sul 2283 2499 2124 2179 3190 2122 2641 2480 2622 3247
Brasil 2311 2502 2165 2260 3175 2225 2657 2526 2663 3187
Área em mil ha
Norte - - - - - - - - - -
Nordeste - - - - 3.00 5.00 5.00 3.00 3.00 6.00
Centro-Oeste 24.80 17.60 23.30 26.20 32.90 31.90 43.30 62.00 57.70 93.30
Sudeste 53.50 88.10 130.50 156.40 161.10 164.50 156.30 165.40 171.60 159.90
Sul 1817.10 2104.10 2604.20 2266.20 1921.40 1714.60 1837.80 1810.10 2109.20 2436.90
Brasil 1895.40 2209.80 2758.00 2448.80 2118.40 1916.00 2042.40 2040.50 2341.50 2696.10
Fonte: Elaborado pelo autor, 2021. Fonte de dados: Conab, 2021.
18
4 MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 LOCALIZAÇÃO
A semeadura foi realizada no dia 5 de junho de 2021, nas três áreas experimentais, com
semeadora hidráulica Baldan modelo SHB-E 3000 arrozeira, 17 linhas de semeadura, e
espaçamento de 17 cm entre linhas. A densidade de semeadura foi de 330 sementes viáveis por
m², com aproximadamente 55 plantas por metro linear, e profundidade de semeadura de 3 cm.
Na área de terras baixas de várzea foi realizado uma ressemeadura a lanço manualmente no dia
25 de junho, devido ao solo estar encharcado impedindo a entrada de maquinários. Esta etapa
foi necessária devido ao grande volume de chuva que ocorreu no período pós semeadura, em
torno de 147 mm, inviabilizando a germinação de grande parte das sementes.
A adubação foi realizada em sulco na semeadura com 100 Kg/ha da formulação 05-
20-20 que possui 5% de N, 20% de P2O5 e 20% de KCl. Em cobertura foi realizado adubação
nitrogenada com trator autopropelido equipado GHRE57, dividida em duas aplicações. A
primeira na fase de afilhamento, na quantidade de 100 Kg/ha de ureia (46% de N) e a segunda
aplicação na fase de elongação, na quantidade de 150 Kg/ha de ureia (46% de N).
tratamentos foram feitos com trator autopropelido GHRE57, com pulverizador acoplado com
barra hidráulica de 20 metros.
O experimento foi conduzido em blocos ao acaso, com uma área de 900 m² (60 x
15 m) para cada experimento, eliminando-se as bordaduras. Cada área experimental foi dividida
em três repetições de 60 x 5 m. A Figura 3 ilustra a disposição das áreas onde foram conduzidos
os experimentos. As amostragens iniciaram trinta dias após o espigamento, que é o período em
que a planta atingi seu ápice no crescimento. Foram analisadas as variáveis: altura de planta,
comprimento de raiz, número de espigas por planta, número de grãos por espiga, comprimento
de espiga, massa de mil grãos, análise de umidade e impureza, produtividade e produção
estimadas. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância e teste Tukey para
comparação de médias, com uso do software BIOSTAT®
A altura de planta foi obtida com a coleta de 12 amostras por área. Para realização
dessa amostragem foi utilizado um quadro amostrador, que consiste em um quadro feito em
madeira com a dimensão de 25 x 25 cm, sendo lançado aleatoriamente na área experimental, as
plantas que ficaram dentro do quadrado foram mensuradas com uma trena desde o solo até o
ápice das espigas, excluindo se as aristas (BORÉM; SCHEEREN, 2015).
O comprimento da raiz foi determinado com a coleta de 12 amostras por área. Foi
utilizado o quadro amostrador de dimensão 25 x 25 cm, sendo lançado aleatoriamente na área
experimental, as plantas que ficaram dentro do quadrado foram retiradas do solo, e mensurado
o comprimento radicular desde o colo da planta até a extremidade da raiz.
O número de grãos por espiga foi obtido através da coleta de 18 amostras aleatórias
com quadro amostrador com dimensão 25 x 25 cm, para cada amostra foi selecionado duas
25
espigas aleatórias, às cegas, onde posteriormente foi realizado a contagem dos grãos
manualmente de cada espiga.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 4- Avaliação morfológica da planta de trigo (Triticum aestivum L.). Variáveis altura de
planta, comprimento de raiz e número de espigas por planta.
Altura de planta Comprimento de Número de espigas/
Área experimental
(cm) raiz (cm) planta
Terras baixas de
89.92 b 9.34 a b 3.86 a
sequeiro
demais, de comprimento inferior, justificando assim, maior média estatística. Em terras baixas
de sequeiro e SPD as plantas apresentaram o comprimento radicular uniforme, e um número
maior de raízes por planta quando comparadas a terras baixas. Segundo Taiz e Zeiger (2004),
solos encharcados como os de ambientes de terras baixas de várzea, causam estresses abióticos
em plantas não adaptadas a esse ambiente, restringindo assim absorção de nutrientes,
crescimento e expressão do potencial genético da planta. Ainda sobre o efeito de solos alagados
Pierret et al. (2007), relata que essa condição causa impactos sobre o desenvolvimento da
biomassa radicular, e consequentemente no desenvolvimento vegetativo das plantas.
Com relação a variável número de espigas por planta não houve diferença estatística
entre os tratamentos avaliados (Tabela 4). Contudo, pode se observar que a maior média de
número de espigas por planta foi no SPD com 4,23 espigas por planta; em terras baixas de
sequeiro e terras baixas de várzea as médias foram de 3,86 e 3,36 espigas por planta,
respectivamente. De acordo com Zagonel et al. (2002), o número de espigas por planta está
relacionado com a densidade de semeadura e a capacidade do trigo em emitir perfilhos com
espigas férteis. Com isso pode se observar que o SPD foi o experimento onde ocorreu maior
perfilhamento com espigas férteis entre os tratamentos avaliados.
Figura 4- Plantas de trigo das áreas experimentais. Área de sistema de plantio direto (SPD) 1,
terras baixas de várzea, sistematizadas para arroz irrigado 2, e terras baixas de sequeiro 3.
1 2 3
Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.
29
O número de grãos por espiga apresentou maior média em terras baixas de sequeiro,
com 36,03 grãos por espiga, seguido pelo SPD com 34,89 grãos por espiga, ambas as áreas
diferiram estatisticamente da área de terras baixas de várzea com a média de 21,92 grãos por
espiga (Tabela 5). Entre terras baixas de sequeiro e SPD não foi observado diferença estatística,
porém em terras baixas de sequeiro foi observado um número de grãos por espiga 3,27% maior
que em sistema de plantio direto.
A variável massa de mil grãos apresentou diferença estatística entre os
experimentos conforme os resultados apresentados na Tabela 5. A área de terras baixas de
sequeiro obteve a maior massa de mil grãos, com a média de 33,92 g, em área de SPD com
31,70 g e área de terras baixas de várzea com 27,85 g.
Na Tabela 6 consta em porcentagem, os dados de impureza das amostras obtidas
através da análise de impureza. Nela foram retirados da amostra, palha, materiais inertes e os
grãos falhados, que comprometem a qualidade tecnológica, se o material for destinado a
indústria. Em terras baixas de sequeiro a quantidade de impurezas foi de 0,15%, próximo ao de
SPD com 0,16%, já em área de terras baixas de várzea a quantidade de impurezas foi maior que
as demais áreas, com 0,62%, foi observado nessa amostra uma quantidade maior de grãos
30
falhados que não completaram seu enchimento, isso pode estar relacionado ao período chuvoso
no mês de setembro de 2021, que coincidiu com o final de ciclo da cultura, influenciando na
absorção de nutrientes para o enchimento de grãos.
A produção em área de terras baixas de sequeiro foi a que obteve maior média com
5750 kg/ha, sendo superior as demais, diferindo das áreas de terras baixas de várzea com a
média de 3503 kg/ha e sistema de plantio direto com a média de 4445 kg/ha (Tabela 7). Entre
31
terras baixas de várzea e SPD não houve diferença estatística entre os tratamentos. Com relação
a produtividade e produção, embora a área de terras baixas de sequeiro ter apresentado melhores
resultados a campo, as demais áreas também obtiveram médias superiores as nacionais que
ficam em torno de 3187 kg/ha e 53 sc/ha (CONAB, 2021), e superiores à média de Santa
Catarina com produção de 3374 kg/ha e produtividade de 56 sc/ha (INFOAGRO, 2021), não se
descartando assim o cultivo de trigo nas demais áreas.
32
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BORÉM, A.; SCHEEREN., P. L. Trigo: do plantio a colheita. Viçosa: UFV, 2015. 260 p.
CANAL RURAL (Brasil). Produção de trigo no Brasil deve ser recorde em 2021, projeta
Safras. 2021. Disponível em: https://www.canalrural.com.br/noticias/brasil-safra-trigo-
recorde-2021/. Acesso em: 15 set. 2021.
LARGE, E. C. Growth stages in cereal: Illustration of the Feekes scale. Plant Pathology,
New York, v. 3, p. 129, 1954.
MORI, C.; ANTUNES, J. M.; FAÉ, G. S.; ACOSTA, A. da S. Trigo- O produtor pergunta,
a Embrapa responde: coleção 500 perguntas e 500 respostas. Brasília: Embrapa, 2016. 314
p.
SAFRAS & MERCADO. Mercado recebe estimativas de safra e segue atento a clima
para o trigo. 2021. Disponível em: https://news.safras.com.br/mercado-recebe-estimativas-
de-safra-e-segue-atento-a-clima-para-o-trigo/. Acesso em: 15 set. 2021.
SALTON, J. C.; HERNANI, L. C.; FONTES, C. Z. Plantio Direto. Brasília: Embrapa, 1998.
248 p.
Santa Catarina. Safra de trigo em SC deve atingir 290 mil toneladas na próxima colheita.
Governo de Santa Catarina. 2021. Disponível em:
https://www.sc.gov.br/noticias/temas/agricultura-e-pesca/santa-catarina-deve-colher-safra-
recorde-de-trigo. Acesso em: 20 set. 2021.
36
TAIZ L, ZEIGER E., (2004) Fisiologia vegetal. Porto Alegre: Artmed, 3: 719.
USDA. United States Department of Agriculture. World wheat and coarse grains: supply
and demand. Disponível em:
https://apps.fas.usda.gov/psdonline/app/index.html#/app/downloads. 2020. Acesso em: 08 set.
2021.
USDA. United States Department of Agriculture. World wheat and coarse grains: supply
and demand. Disponível em:
https://apps.fas.usda.gov/psdonline/app/index.html#/app/downloads. 2021. Acesso em: 08 set.
2021.
ANEXOS