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INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

Processamento Analógico de Sinais

Tema Análise Espectral AT- 11


Séries de Fourier
• Trigonométrica;
• Exponencial;
Sumário
• Representação de uma função periódica pela
SEF em todo intervalo −   t  + 100min
• Espectro complexo de Fourier

Objectivos Analisar a aproximação de sinais contínuos no tempo

LATHI, B. P. Sistemas de Comunicação. Editora


Guanabara Dois;
Bibliografia
OPPENHEIM, A. V.; WILLSKY, A. S.; YOUNG, I. T. Signals
and systems. Editora Prentice-Hall

PAS-2022 Doutor Engº. VbN I31, I32, I33 1


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Série Trigonométrica de Fourier

Já demonstramos que as funções sen( 0 t ) , sen(2 0 t ) , etc., formam um


2
t + t0
conjunto ortogonal em qualquer intervalo de até
0 . Entretanto,
0

esse conjunto não é completo pelo facto de que da função cos(n 0 t ) ser
ortogonal à sen(n 0 t ) no mesmo intervalo. Por isso para completarmos o
conjunto, temos que incluir as funções seno e cosseno.

Pode-se demonstrar que um conjunto de funções cos(n 0 t ) e sen(n 0 t ) ,


para (n = 0,1, 2, 3, ...) formam um conjunto ortogonal completo.

Observe que, para n = 0 sen(n 0 t ) = 0 e cos(n 0 t ) = 1 . Assim temos um


conjunto ortogonal completo, representado pelas funções
1, cos( 0 t ), cos(2 0 t ), ..., cos(n 0 t ), ... ; sen( 0 t ), sen(2 0 t ), ..., sen(n 0 t ), .... etc.
Portanto, segue-se que qualquer função f (t ) pode ser representada
2
em termos dessa função em qualquer intervalo de t0 até t 0 + :
0
f (t ) →  sen(n 0 t ); cos(n 0 t );
Assim:
f (t ) = a0 + a1 cos(0 t ) + a2 cos(20 t ) + ... + an cos(n0 t ) + ...
+ b1 sen(0 t ) + b2 sen(20 t ) + ... + bn sen(n0 t ) + ...

2
Isto é valido para todo t 0  t  t 0 +
0 .

2
Por conveniência, indicaremos = T . Então a equação anterior pode
0
ser expressa como:
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f (t ) = a0 +  an cos(n0 t ) + bn sen(n0 t ) ;
n =1

t0  t  t0 + T
Esta é a representação da série trigonométrica de Fourier para a função
f (t ) no intervalo t 0  t  t 0 + T .

Para o cálculo dos coeficientes da série de Fourier podemos usar:

t 0 +T t0 +T

 f (t )cos(n t )dt
0  f (t )sen(n t )dt0

an =
t0
bn =
t0
t 0 +T t0 +T

 (n 0 t )dt  (n0t )dt


2 e 2
cos sen
t0 t0

Se fizermos n = 0 , na expressão de a n termos:

t0 +T

 f (t )dt
1
a0 =
T t0

Onde a 0 - e o valor médio de f (t ) no intervalo t0 ; t0 + T

Também termos
t0 +T t0 +T

 (n0t )dt =  (n0t )dt =


2 2 T
cos sen
t0 t0
2

Portanto:
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t0 +T

 f (t )sen(n t )dt
t0 +T 2
bn =
 f (t ) cos(n t )dt
2
an = 0 e 0
T t0
T t0

Também podemos representar a Série Trigonométrica de Fourier (STF) de


forma compacta como:

f (t ) =  cn cos(n0t + n )
n =0

Onde:

c n = a n2 + bn2

 bn 
 n = −tg  −1

 an 

Particularidades da Série Trigonométrica de Fourier (STF)

Se a função f (t ) tiver uma paridade determinada, simetria específica,


podemos desenvolve-la por uma série reduzida, dependendo da paridade.
Assim:

➢ Se f (t ) for par f (t ) = f (− t ) , o seu desenvolvimento é apenas por


cosenos:

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bn = 0 ; f (t ) = a0 +  an cos(n0t ) ;
n=1
t0  t  t0 + T

➢ Se f (t ) for impar f (t ) = − f (− t ) , o seu desenvolvimento é apenas


por senos:
a0 = 0 
f (t ) =  bn sen(n0t ); t0  t  t0 + T
an = 0 ; n=1

Exemplo 2
Consideremos a função rectangular mostrada na figura abaixo.

Esta função pode ser representada pela série trigonométrica de Fourier:


f (t ) = a0 +  an cos(n0 t ) + bn sen(n0 t ) , no intervalo
n =1

2
t0  t  t0 + T ; 0 =
T

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Portanto, temos que determinar primeiro:


2

 f (t )dt ;
1

a0 =
T 0

2

 f (t ) cos(nt )dt ;
2

an =
T 0

2

 f (t )sen(nt )dt ;
2

bn =
T 0

Determinação do coeficiente a 0 :

2  2
1   1
a0 =
1
 f (t )dt =  1dt −  1dt =  − (2 −  ) = 0
T 0
2  0   2
Determinação do coeficiente a n :

2  2
1  
f (t ) cos(nt )dt =  cos(nt )dt −  cos(nt )dt  = 0
2
an =
T 
0
2  0  
Determinação do coeficiente bn :

2  2
1  
f (t )sen(nt )dt = ( ) ( )
2
bn =
T 
0
2  0
 sen nt dt −  sen nt dt 

 4
 ; n impar
bn =   n
0; n par

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Portanto:

  4  1
f (t ) = 0 +  0  cos(nt ) + sen(nt ) =  sen(nt )
4
n =1    n   n=1 n

n =1 n=3 n=5

f (t ) = ( ) ( ) ( ) sen(5t ) + ...
4 1 4 4 4

 n=1 n
sen nt 

sen t +
3
sen 3t +
5

No Matlab podemos inserir os


comandos:

>> t=1:.01:2*pi;
>> A=4/pi;
>>
x=A*sin(t)+(A/3)*sin(3*t)+(A/5)*sin(5
*t);
>> plot(t,x)

Série Trigonométrica de Fourier de um sinal dente de serra

Seja dado um sinal dente de serra:

Portanto:
f (t ) = At ; 0  t  1; T = 1 →  0 = 2

Temos que determinar:

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1 1
f (t )dt = A t  dt =
1 A 21 A
a0 =
T 
0 0
t =
2 0 2

2 A
1 1
f (t ) cos(n0t )dt = t  cos(2    n  t )dt = 0
2
an =
T 
0
T 0

2 A
1 1
f (t )sen(n0t )dt = t  sen(2    n  t )dt = −
2 A
bn =
T 
0
T 0   n

Portanto:
A A  1
f (t ) = −  sen(2    n  t )
2  n=1 n

No Matlab, para A = 1 temos:

1 1 
f (t ) = − sen(2    t ) + sen(4    t ) sen(6    t ) + ...
1 1
2  2 3 

>> t=-1:.01:3;
>> A=1;
>> x=(A/2)-(A/pi)*(sin(2*pi*t)+(1/2)*sin(4*pi*t)+(1/3)*sin(6*pi*t));
>> title('STF de dente de serra');
>> plot(t,x)

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Série Exponencial de Fourier

Pode ser facilmente demonstrado que um conjunto de funções


jn t
exponenciais e 0 , para (n = 0,  1,  2,...) , é ortogonal em um intervalo
2
t0  t  t0 + . Podemos demonstrar a ortogonalidade desse conjunto de
0
funções exponenciais considerando a integral seguinte:
2
I =
t0 +

t0
0 (e )(e
jn0t jm0t 
) dt
Não se esqueça que e ( jn0 t 
) significa conjugado do número complexo
e jn0t e que é igual à e − jn0t . Portanto, a integral acima fica definido da
seguinte maneira:

2 2
t0 + t0 +
I = 0 e jn0t  e − jm0t dt =  0 e j0t (n−m )dt
t0 t0

Nesta integral, duas situações podem ocorrer com n e m :

• Se n = m :
2
t0 + 2
I = 0 e j0t (0 )dt =
t0 0

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• Se n  m :
2 2
t0 +
j 0 ( n − m ) 1 j 0 ( n − m ) t 0 + 
I = 0 e dt = e 0 =
t0 j 0 (n − m ) t 0

1
j 0 (n − m )

e j0 (n −m )t0 e j 2 (n −m ) − 1 
Uma vez que, tanto n quanto m são números inteiros, a expressão
e j 2 (n − m ) é igual unidade e, por isso, a integral é nulo:
I=
1
j0 (n − m)

e j0 (n−m ) e j 2 (n−m ) − 1 = 0 
Assim:
 2
 ; n=m
2
I =
t0 +
0 (e )(e
jn0t
)
jm0t 
dt =  0
0; n  m
t0

Não se esqueça que:


2
=T
0

Portanto, a partir da equação de I podemos verificar a ortogonalidade do


jn t
conjunto de funções exponenciais e 0 (n = 0,  1,  2,...) no intervalo
t 0  t  t 0 + T . Além disso podemos demonstrar que esse é um conjunto
completo. Dai que é possível representar uma função arbitrária f (t ) por
uma combinação linear de funções exponenciais em um intervalo
t0  t  t0 + T :

y (t ) = F0 + F1e j0t + F2 e j 20t + F3e j 30t + ... + Fn e jn0t +


F−1e − j0t + F−2 e − j 20t + F−3e − j 30t + ... + F−n e − jn0t
Esta é a forma expandida. Também podemos representar a função y(t ) na
forma compacta, dentro do mesmo intervalo t 0  t  t 0 + T :

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+
y(t ) =  n
F e jn0t

n=−

A representação da função f (t ) pela série exponencial de Fourier é


conhecida como representação da série exponencial de Fourier de f (t ) no
intervalo t 0  t  t 0 + T . Os vários coeficientes nessa série exponencial de
Fourier podem ser avaliados (lembre-se das aproximações de sinais e de
funções) como:
2 2


t0 +
0 (
f (t ) e jn0t 
) dt 
t0 +
0 f (t )e − jn0t dt 1 t 0 + 0
2
Fn = = =  f (t )e − jn0t dt
t0 t0
2 2


t0
t0 +
0 (e jn0t
)(e ) dt 
jn0t 
t0 +

t0
0 e jn0t e − jn0t dt
T t0

Portanto:
2
1 t 0 + 0
Fn =  f (t )e − jn0t dt
T t0
Em resumo podemos dizer que, qualquer função f (t ) pode ser expressa
jn 0 t
como uma soma discreta das funções exponenciais e (n = 0,  1,  2,...) no
intervalo t 0  t  t 0 + T .
+
y(t ) =  n
F e jn0t

n=−
Onde:
t0 +T
f (t )e − jn0t dt
1
Fn =
T t0

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Caro(a) estudante, é importante notar que, as séries trigonométricas e


exponenciais de Fourier não são dois tipos diferentes de séries, porém,
duas formas diferentes de expressar a mesma série. Os coeficientes de
uma das séries podem ser obtidos a partir dos coeficientes da outra série:
a 0 = F0

a n = Fn + F− n

bn = j (Fn − F− n )
e

Fn =
1
(a n − jbn )
2

Representação de uma função periódica pela SEF em todo intervalo


−   t  +

Caro(a) estudante, até aqui representamos uma determinada função f (t )


pela série de Fourier no intervalo finito t 0  t  t 0 + T . Fora desse intervalo, a
função f (t ) e a série não precisam ser iguais. Entretanto, se a função f (t )
for periódica, poderá ser demonstrada que a representação da série se
aplica a todo o intervalo −   t  + . Isso pode ser facilmente observado,
considerando uma função f (t ) qualquer e a sua representação na série
exponencial de Fourier em um intervalo t 0  t  t 0 + T :

+
y(t ) =  n
F e jn0t

n =−

Os dois membros da equação que acabamos de escrever não precisam


ser iguais fora desse intervalo. Entretanto, é fácil de ver que o membro
0
direito da equação é periódico, com período T = . Isso deriva do facto de
2
que:
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e jn0t = e jn0 (t +T ) para T =


0
2

Portanto, é óbvio que, se f (t ) é periódica com período T , então a


+
igualdade na equação y(t ) = F e n
jn0t
se manterá em toso o intervalo, de
n = −

−  até +  . Deste modo, a função periódica y (t ) será:

+
y(t ) = F e n
jn0t
( −   t  + )
n = −
Onde:
t0 +T
f (t )e − jn0t dt
1
Fn =
T 
t0

Espectro complexo de Fourier;

Uma expressão em série de Fourier de uma função periódica é realmente


equivalente à decomposição da função em termos das suas componentes
de várias frequências.

Uma função f (t ) periódica com período T tem componentes de frequências


angulares  0 , 2 0 , 30 ,…, n 0 , etc, onde 0 = 2 T . Desta forma, a função
periódica f (t ) possui o seu espectro de frequência centrado nas
frequências n 0 .

Se a função f (t ) for conhecida podemos encontrar o seu espectro de


frequência, analogamente se o espectro de frequência for conhecido
podemos encontrar a função f (t ) correspondente. Isto significa que temos
dois modos para especificar uma função periódica f (t ) :

• Representação no domínio de tempo – onde a função f (t ) é


expressa como uma função do tempo;

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• Representação no domínio de frequência – onde a função f (t ) é


expressa como uma função de frequência, onde o espectro ou
seja, os coeficientes das várias componentes de frequência são
especificados.

É extremamente importante realçar que o espectro apenas existe em


 =  0 , 2 0 , 3 0 ,... etc. Isto significa que o espectro de frequência não é uma
curva contínua, mas existe apenas em alguns valores discretos de  .
Sendo valores discretos, o espectro é várias vezes chamado de espectro
discreto ou espectro de linha.

Podemos representar graficamente o espectro discreto, traçando linhas


verticais nos pontos  =  0 , 20 , 3 0 ,... , com altura proporcional ao
coeficiente da componente de frequência correspondente. Dessa forma, o
espectro discreto de frequência aparece em um gráfico como sendo uma
série de linhas verticais igualmente espaçadas, com alturas proporcionais
ao coeficiente da frequência correspondente.

Caro(a) estudante, voçê pode representar o espectro discreto de frequência de


uma função periódica f (t ) , usando a Série Trigonométrica de Fourier (STF) ou
a Série Exponencial de Fourier (SEF).

É claro que, para o nosso estudo, a SEF mostra-se ser a mais útil ao
nosso estudo pois, nela, a função periódica é expressa com sendo uma
soma das funções exponenciais de frequência 0,   0 ,  2 0 ,  3 0 ,...,  n 0 .

É importante notar que os componentes da frequência podem ser


negativos. Isso significa que os dois sinais e jt e e − jt oscilam na
frequência  . Entretanto, eles podem ser considerados fasores que giram
em direcções opostas e que, quando somados produzem uma função real
do tempo, isto é:

e jt + e − jt = 2 cost

Caro(a) estudante, para uma função periódica f (t ) , a sua representação


pela SEF é dada por:

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y (t ) = F0 + F1e j0t + F2 e j 20t + F3e j 30t + ... + Fn e jn0t +


F−1e − j0t + F−2 e − j 20t + F−3e − j 30t + ... + F−n e − jn0t

Deste modo temos as frequências 0, 0 , − 0 , 20 , − 20 , 30 , − 30 ...n0 , − n0 ,
etc, e os coeficientes dessas componentes da frequência são,
respectivamente F0 , F1 , F−1 , F2 , F−2 , ... Fn , F−n ... , etc.

Os coeficientes Fn são normalmente complexos e, por isso, podem ser


descritos por uma amplitude e uma fase.
Fn = a + jb = r

Onde:
r = a 2 + b 2 - amplitude;
b
 = tg −1 - fase.
a

Isso faz com que, para representação no domínio de frequência de uma


função periódica seja necessários dois espectros de linha, um espectro de
amplitude e outro espectro de fase.

Na maioria dos casos, os coeficientes das componentes da frequência são


reais ou imaginários e, assim, é possível descrever a função apenas por
um espectro.

Voltemos ao exemplo anterior de uma função sinusoidal rectificada dada


por f (t ) = Asen(t ) , no intervalo 0  t  1 e de T = 1 . Certamente que voçê se
lembra que, a função aproximada a SEF é dada por:

− 2A +
y(t ) =
1

 4n
n = −
2
−1
e j 2nt

A forma expandida da SEF é a seguinte:

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y (t ) =
2A 2 A j 2t 2 A j 4t 2 A j 6t
−e − e − e − ...
 3 15 35
2 A − j 2t 2 A − j 4t 2 A − j 6t
− e − e − e − ...
3 15 35

O espectro existe em  = 0,  2 ,  4 ,  6 ,... , etc, e os coeficientes


correspondentes são: 2 A , − 2 A 3 , − 2 A15 , − 2 A 35 , ...
Certamente que voçê já observou que todos os coeficientes são reais e,
consequentemente, é necessário plotar apenas um espectro.

É evidente que o espectro é simétrico em relação ao eixo vertical que


passa pela origem. Podemos demonstrar essa simetria através do
coeficiente Fn que é dado por:

1 T2
( )
T −T 2
− jn0t
Fn = f t e dt
e
F−n = −T f (t )e jn0t dt
1 T2
T 2

Para estas duas equações, é evidente que os coeficientes Fn e F− n são


complexos conjugados um do outro, ou seja:

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F−n = Fn logo F−n = Fn


*

Portanto, segue-se que o espectro de amplitude é simétrico em relação ao


eixo vertical que passa pela origem e é, por isso, uma função par de  .

Se Fn é real, então F− n também é real e Fn é igual a F− n . Se Fn é complexo,


seja:

Fn = Fn e j n
Então:
F−n = Fn e − jn

A fase de Fn é  n , entretanto a fase de F− n é −  n . Por isso, está claro que o


espectro de fase é anti-simétrico ou é uma função impar e o espectro de
amplitude é uma função par em relação ao eixo vertical que passa pela
origem.

Exemplo
Faça a expansão da função porta periódica f (t ) da figura abaixo pela série
exponencial de fourier  .
 A; (−  / 2  t   / 2)
f (t ) = 
0; ( / 2  t  T −  / 2)

Por conveniência, vamos escolher de −  / 2 até T −  / 2 como os limites de


integração. Vamos determinar os coeficientes Fn :

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T − / 2
f (t )e − jn0t dt
1
Fn =
T 
− /2

1 T − / 2
Fn =  f (t )e − jn0t dt
T − / 2
1  /2
=  Ae − jn0t dt
T − / 2
 /2
− A − jn0t
= e
jn0T − / 2

2A  e jn0 / 2 − e − jn0 / 2 
=  
n0T  2 j 
sen(n0 / 2)
2A
=
n0T
Vamos parar por aqui por enquanto.

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Processamento Analógico de Sinais

Tema Aproximação de Funções AT- 12


Série de Fourier
• Função de Amostragem (Sampling)
Sumário • Propriedades;
• Potência de um sinal. 100min
• Teorema de Parseval

Objectivos Analisar a aproximação de sinais contínuos no tempo

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Guanabara Dois;
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Função de Amostragem (Sampling)

É uma função que desempenha um papel muito importante na teoria de


comunicações. Esta é uma função que nos permite adotar uma
nomenclatura conveniente para o tratamento de espectros de frequência e
que aparece muito comumente no tratamento espectral de sinais digitais. É
uma função que tem a forma senx x . Portanto, a função Sampling é dada
por:

Sinc(x)
1

-3 -2 -1 1 2
0 3

Caro(a) estudante, observe que a função de amostragem oscila com um


período 2 , com amplitude que decresce em ambas as direções de x , e
tem zeros em x =  ,  2 ,  3 ,  4 ,... etc. Voltemos ao exemplo anterior;

Exemplo anterior
Faça a expansão da função porta periódica f (t ) da figura abaixo pela série
exponencial de Fourier  .
 A; (−  / 2  t   / 2)
f (t ) = 
0; ( / 2  t  T −  / 2)

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Por conveniência, vamos escolher de −  / 2 até T −  / 2 como os limites de


integração. Vamos determinar os coeficientes Fn :

T − / 2
f (t )e − jn0t dt
1
Fn =
T 
− /2

1 T − / 2
Fn =  f (t )e − jn0t dt
T − / 2
1  /2
=  Ae − jn0t dt
T − / 2
 /2
− A − jn0t
= e
jn0T − / 2

2A  e jn0 / 2 − e − jn0 / 2 
=  
n0T  2 j 
sen(n0 / 2)
2A
=
n0T

Então, a expressão de Fn é:

sen(n0 / 2)
2A
Fn =
n0T

Vamos plotar o espectro de frequência para a mesma função. Não se


esqueça que toda a função de amostragem deve ser do tipo

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Portanto, na expressão de Fn :

sen(n0 / 2)
2A
Fn =
n0T

Vamos multiplicar e dividir Fn por  / 2 :

A
Fn = sen(n0 / 2)
 / 2n0T
A  sen(n0 / 2)
=  
T  n0 / 2 

Portanto, a parte que se encontra dentro de parênteses retos representa


uma função de amostragem. Assim podemos reescrever:

Desta forma a função aproximada a SEF será:

É evidente que Fn e real e, por isso, precisamos apenas de um espectro


para representação no domínio da frequência. Também, uma vez que
é uma função par, é obvio que:

Fn = F−n

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2
A frequência fundamental é  0 = .
T

O espectro de frequência é uma função discreta e existe apenas em


 = 0,  2 / T ,  4 / T ,  6 / T ,... etc, e tem amplitudes , , ,
…, etc. A largura do pulso  será tomada como 1 / 20 de segundo e o
período T como 1/ 4 de segundo, 1/ 2 de segundo, e 1 segundo,
sucessivamente.

Para  = 1/ 20 e T = 1/ 4 de segundo os coeficientes Fn são dados por:

2
A frequência fundamental é  0 = = 8 . Assim, o espectro existe em
T
 = 0,  8 ,  16 ,  24 ,... etc, como na figura abaixo:

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Para  = 1/ 20 e T = 1/ 2 de segundo os coeficientes Fn são dados por:

O espectro é mostrado na figura abaixo e existe nas frequências


 = 0,  4 ,  8 ,  12 ,... :

Para  = 1/ 20 e T = 1 de segundo os coeficientes Fn são dados por:

O espectro é mostrado na figura abaixo e existe nas frequências


 = 0,  2 ,  4 ,  6 ,... :

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Caro(a) estudante, é evidente que, à medida que o período T se torna


2
maior, a frequência fundamental  0 = se torna menor e, por isso, há
T
cada vez mais componentes de frequência em um determinado intervalo
de frequência.

Os espectros de amplitude e de fase são duas funções também discretas:

• Espectro de amplitude

com zeros nas frequências:

• Espectro de fase

Cn

fo

n fo

n

n fo

-2/ 2/
-1/ 1/

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Lembrando que:

Propriedades das séries de Fourier para sinais contínuos

Linearidade
Suponha que:
x1 (t ) é um sinal com período T e tem coeficientes de Fourier Fn '
x2 (t ) é um sinal com período T e tem coeficientes de Fourier
Fn ' '

e que:
y(t ) = x1 (t ) + x2 (t )

então, podemos mostrar que a função y(t ) tem período T , ou seja, y(t ) tem
2
frequência fundamental  0 = e que os coeficientes de Fourier são dados
T
por:

Fn = Fn '+ Fn ' '

Translação ou deslocamento no tempo (“time shifting”):

Suponha agora que x(t ) é um sinal com período T e tem coeficientes de


Fourier Fn

e que:
y (t ) = x(t − t 0 )

ou seja, y(t ) é o sinal x(t ) com uma translação (shift) no tempo de t 0 .


Então, podemos mostrar que a função y(t ) tem período T , ou seja, y(t ) tem
2
frequência fundamental  0 = e que o coeficiente de Fourier é dado por:
T

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 2 
~ − j  t0
Fn = Fn  e  T 

 2 
− j  t0
É importante notar que e  T 
é uma constante. Como e j = 1,  , resulta
que:

~
Fn = Fn

Sinal reflectido em relação à origem ou reversão no tempo (“time


reversal”)

Suponha agora que x(t ) é um sinal com período T e tem coeficientes de


Fourier Fn

e que:
y(t ) = x(− t )

Então, podemos mostrar que a função y(t ) tem período T , ou seja, y(t ) tem
2
frequência fundamental  0 = e que o coeficiente de Fourier é dado por:
T

Fn = F−n

Como consequência desta propriedade pode-se concluir que:

Se x(t ) é um sinal par  os coeficientes de Fourier Fn são, eles próprios,


pares, isto é:
Fn = F−n

Se x(t ) é um sinal ímpar  os coeficientes de Fourier Fn são, eles próprios,


ímpares, isto é:
Fn = − F−n

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Escalonamento no tempo (“time scaling”)

Suponha que x(t ) é um sinal com período T e tem coeficientes de Fourier


2
Fn . Isso significa que ela tem frequência fundamental  0 = e que:
T

y(t ) = x(t )

então, podemos mostrar que a função y(t ) tem período


T
ou seja:

2
y (t ) tem frequência fundamental  0 = e, além disso,
T

+ +  2 
jn  t
y(t ) = F e n
jn0t
= F e n
 T 

n =− n = −

Caro(a) estudante, é importante notar que a série de Fourier muda por causa
da mudança da frequência fundamental (e do período). Entretanto os
coeficientes Fn não mudam.

Multiplicação

Suponha que:
x1 (t ) é um sinal com período T e tem coeficientes de Fourier Fn '
x2 (t ) é um sinal com período T e tem coeficientes de Fourier
Fn ' '
e que:

y(t ) = x1 (t )  x2 (t )

então, podemos mostrar que a função y(t ) tem período T , ou seja, y(t ) tem
2
frequência fundamental  0 = e que os coeficientes de Fourier são dados
T
por:

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+
Fn =  F 'Fi n −i ' ' = F ' (n)  F ' ' (n)
i =−

Ou seja, Fn é a convolução entre os sinais discretos Fn ' = F ' (n ) e Fn ' ' = F ' ' (n ) .

+
Fn =  F 'F
i = −
i n −i ''

= F0 'Fn ' '+ F1 'Fn−1 ' '+ F−1 'Fn+1 ' '+ F2 'Fn−2 ' '+ F−2 'Fn+ 2 ' '+...

Conjugação

Suponha agora que x(t ) é um sinal com período T e tem coeficientes de


Fourier Fn

e que:

y(t ) = x(t )

Então, podemos mostrar que a função y(t ) tem período T, ou seja, y(t ) tem
2
frequência fundamental  0 = e que o coeficiente de Fourier é dado por:
T


F n = F −n

Caro(a) estudante, como consequência desta propriedade podemos


concluir que:

Se x(t )  R , então os coeficientes de Fourier



F−n = F n
F0  R
e
Fn = F−n

Além disso, as relações acima permitem mais uma vez concluir que:

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Se x(t ) Î R é um sinal par  os coeficientes de Fourier Fn = F n e Fn = F− n .


Portanto, os coeficientes de Fourier são eles próprios “pares”

Se x(t ) Î R é um sinal impar  os coeficientes de Fourier Fn são imaginários


puros, dai que F0 = 0 e Fn = − F−n . Portanto, os coeficientes de Fourier são eles
próprios “ímpares”

Translação na frequência (“frequency shifting”)

Suponha agora que x(t ) é um sinal com período T e tem coeficientes de


Fourier Fn , e, para um m inteiro, constante, consideremos agora os
coeficientes:

F n = Fn−m

ou seja F n são os coeficientes Fn desfasados de m .

Então, podemos mostrar que o sinal:

y (t ) = x(t )  e jm0t

tem os coeficientes de Fourier F n .

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Caro(a) estudante, é importante notar que esta propriedade é dual da


translação no tempo (time shifting). Agora a translação (shift) foi aplicada aos
Fn e não no tempo t .

Outro detalhe importante, como e j = 1,  , então:

F n = Fn n = 0,  1,  2, ...

Convolução no período

Suponha que:
x1 (t ) é um sinal com período T e tem coeficientes de Fourier Fn '
x2 (t ) é um sinal com período T e tem coeficientes de Fourier
Fn ' '

e que y(t) é a convolução (tomada no período T):

y (t ) = x1 (t )  x 2 (t )
=  x1 ( )x 2 (t −  )d
T

=  x1 (t −  )x 2 ( )d
T

Então, podemos mostrar que a função y(t ) tem período T, ou seja, y(t ) tem
2
frequência fundamental  0 = e que o coeficiente de Fourier é dado por:
T

Fn = T  F ' n F ' ' n
Derivada

Suponha agora que x(t ) é um sinal com período T e tem coeficientes de


Fourier Fn , e que:
y (t ) =
dx
dt

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Então, podemos mostrar que a função y(t ) tem período T , ou seja, y(t ) tem
2
frequência fundamental  0 = e que o coeficiente de Fourier é dado por:
T

 2 
F ' n = jn0 Fn = jn  Fn
T 

Para o caso de derivadas de ordem 2 ou mais, pode-se aplicar esta regra


sucessivas
vezes. Por exemplo, no caso da segunda derivada, se

d 2x
y (t ) = 2
dt

Os coeficientes de Fourier de y(t) são:

 2 
2

F ' 'n = jn0 F 'n = −n  2


 Fn
 T 

Integral

Suponha agora que x(t ) é um sinal com período T e tem coeficientes de


Fourier Fn , e que:
t
y(t ) =  x(t )dt
−

Então, podemos mostrar que a função y(t ) tem período T , ou seja, y(t ) tem
2
frequência fundamental  0 = e que o coeficiente de Fourier é dado por:
T

1 1
F 'n = Fn = Fn
jn0  2 
jn 
T 

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No caso de F0 = 0 , esta propriedade só é válida para sinais x(t ) periódicos e


com valores finitos.

Para o caso de integrais duplas, triplas, etc., pode-se aplicar esta regra
sucessivas
Vezes.

Potência de um sinal

A potência de um sinal temporal é sempre uma caracterização importante


deste, pois conduz-nos à ideia do espectro de potência do sinal, no qual
determinamos a potência de cada harmónica em f (t ) .

Define-se potência de um sinal P associada ao sinal periódico f (t ) como:


T
P =  2T f 2 (t )dt
1
T −2
+

Seja a série exponencial de Fourier y(t ) = F e n


jn0t
dado que
n=−

e jn0t n = 0;1;2... é um modelo completo de funções ortogonais entre si,

conclui-se que
+
f 2 (t )dt =
T

 F T
2 2
−T n
2 n = −

+
f (t )dt =
1 T

 F
2 2 2
−T n
T 2 n =−

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A potência em f (t) pode ser calculada como:

P = ... + F−n + ... + F−1 + F0 + F1 + ... + Fn + ...


2 2 2 2 2

Sendo:
- a potência do sinal f(t) na componente n 0 e
2
Fn

- a potência do sinal f(t) na componente − n0 .


2
F−n

2 2
Sabemos que Fn=F-n então Fn = F−n ; assim a potência em f(t) da n-

énsima harmónica é dada por:


P = Fn + F−n = 2  Fn
2 2 2

Teorema de Parseval
A potência média de um sinal periódico f(t) ou x(t) pode ser avaliada a
partir dos coeficientes Cn da série de Fourier do sinal x(t):

Exemplo:
No trem de pulsos da figura, encontre percentagem da potência que está
associada aos primeiros cinco harmônicos do sinal x(t).
T0 = 1 ms
X(t)
1

-To/2 To/
To/2
2

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Solução:
 = To/2 , então:

To / 2 To / 4
1 1 To / 2
P=  =  (1) 2 dt = = 1/ 2
2
x (t ) dt watt
To −To / 2
To −To / 4
To

5
P (5 primeros harmónicos) = Co + 2  Cn
2 2

n =1

Os coeficientes:

Então:

Cn

Co

C1 C3
C5
C2 C6
nf0

0 f0 2f0 3f0 4f0 5f0


6f0

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