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esse conjunto não é completo pelo facto de que da função cos(n 0 t ) ser
ortogonal à sen(n 0 t ) no mesmo intervalo. Por isso para completarmos o
conjunto, temos que incluir as funções seno e cosseno.
2
Isto é valido para todo t 0 t t 0 +
0 .
2
Por conveniência, indicaremos = T . Então a equação anterior pode
0
ser expressa como:
PAS-2022 Doutor Engº. VbN I31, I32, I33 2
INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES
f (t ) = a0 + an cos(n0 t ) + bn sen(n0 t ) ;
n =1
t0 t t0 + T
Esta é a representação da série trigonométrica de Fourier para a função
f (t ) no intervalo t 0 t t 0 + T .
t 0 +T t0 +T
f (t )cos(n t )dt
0 f (t )sen(n t )dt0
an =
t0
bn =
t0
t 0 +T t0 +T
t0 +T
f (t )dt
1
a0 =
T t0
Também termos
t0 +T t0 +T
Portanto:
PAS-2022 Doutor Engº. VbN I31, I32, I33 3
INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES
t0 +T
f (t )sen(n t )dt
t0 +T 2
bn =
f (t ) cos(n t )dt
2
an = 0 e 0
T t0
T t0
Onde:
c n = a n2 + bn2
bn
n = −tg −1
an
bn = 0 ; f (t ) = a0 + an cos(n0t ) ;
n=1
t0 t t0 + T
Exemplo 2
Consideremos a função rectangular mostrada na figura abaixo.
f (t ) = a0 + an cos(n0 t ) + bn sen(n0 t ) , no intervalo
n =1
2
t0 t t0 + T ; 0 =
T
f (t )dt ;
1
➢
a0 =
T 0
2
f (t ) cos(nt )dt ;
2
➢
an =
T 0
2
f (t )sen(nt )dt ;
2
➢
bn =
T 0
Determinação do coeficiente a 0 :
2 2
1 1
a0 =
1
f (t )dt = 1dt − 1dt = − (2 − ) = 0
T 0
2 0 2
Determinação do coeficiente a n :
2 2
1
f (t ) cos(nt )dt = cos(nt )dt − cos(nt )dt = 0
2
an =
T
0
2 0
Determinação do coeficiente bn :
2 2
1
f (t )sen(nt )dt = ( ) ( )
2
bn =
T
0
2 0
sen nt dt − sen nt dt
4
; n impar
bn = n
0; n par
Portanto:
4 1
f (t ) = 0 + 0 cos(nt ) + sen(nt ) = sen(nt )
4
n =1 n n=1 n
n =1 n=3 n=5
f (t ) = ( ) ( ) ( ) sen(5t ) + ...
4 1 4 4 4
n=1 n
sen nt
sen t +
3
sen 3t +
5
>> t=1:.01:2*pi;
>> A=4/pi;
>>
x=A*sin(t)+(A/3)*sin(3*t)+(A/5)*sin(5
*t);
>> plot(t,x)
Portanto:
f (t ) = At ; 0 t 1; T = 1 → 0 = 2
1 1
f (t )dt = A t dt =
1 A 21 A
a0 =
T
0 0
t =
2 0 2
2 A
1 1
f (t ) cos(n0t )dt = t cos(2 n t )dt = 0
2
an =
T
0
T 0
2 A
1 1
f (t )sen(n0t )dt = t sen(2 n t )dt = −
2 A
bn =
T
0
T 0 n
Portanto:
A A 1
f (t ) = − sen(2 n t )
2 n=1 n
1 1
f (t ) = − sen(2 t ) + sen(4 t ) sen(6 t ) + ...
1 1
2 2 3
>> t=-1:.01:3;
>> A=1;
>> x=(A/2)-(A/pi)*(sin(2*pi*t)+(1/2)*sin(4*pi*t)+(1/3)*sin(6*pi*t));
>> title('STF de dente de serra');
>> plot(t,x)
t0
0 (e )(e
jn0t jm0t
) dt
Não se esqueça que e ( jn0 t
) significa conjugado do número complexo
e jn0t e que é igual à e − jn0t . Portanto, a integral acima fica definido da
seguinte maneira:
2 2
t0 + t0 +
I = 0 e jn0t e − jm0t dt = 0 e j0t (n−m )dt
t0 t0
• Se n = m :
2
t0 + 2
I = 0 e j0t (0 )dt =
t0 0
• Se n m :
2 2
t0 +
j 0 ( n − m ) 1 j 0 ( n − m ) t 0 +
I = 0 e dt = e 0 =
t0 j 0 (n − m ) t 0
1
j 0 (n − m )
e j0 (n −m )t0 e j 2 (n −m ) − 1
Uma vez que, tanto n quanto m são números inteiros, a expressão
e j 2 (n − m ) é igual unidade e, por isso, a integral é nulo:
I=
1
j0 (n − m)
e j0 (n−m ) e j 2 (n−m ) − 1 = 0
Assim:
2
; n=m
2
I =
t0 +
0 (e )(e
jn0t
)
jm0t
dt = 0
0; n m
t0
+
y(t ) = n
F e jn0t
n=−
t0 +
0 (
f (t ) e jn0t
) dt
t0 +
0 f (t )e − jn0t dt 1 t 0 + 0
2
Fn = = = f (t )e − jn0t dt
t0 t0
2 2
t0
t0 +
0 (e jn0t
)(e ) dt
jn0t
t0 +
t0
0 e jn0t e − jn0t dt
T t0
Portanto:
2
1 t 0 + 0
Fn = f (t )e − jn0t dt
T t0
Em resumo podemos dizer que, qualquer função f (t ) pode ser expressa
jn 0 t
como uma soma discreta das funções exponenciais e (n = 0, 1, 2,...) no
intervalo t 0 t t 0 + T .
+
y(t ) = n
F e jn0t
n=−
Onde:
t0 +T
f (t )e − jn0t dt
1
Fn =
T t0
a n = Fn + F− n
bn = j (Fn − F− n )
e
Fn =
1
(a n − jbn )
2
+
y(t ) = n
F e jn0t
n =−
+
y(t ) = F e n
jn0t
( − t + )
n = −
Onde:
t0 +T
f (t )e − jn0t dt
1
Fn =
T
t0
É claro que, para o nosso estudo, a SEF mostra-se ser a mais útil ao
nosso estudo pois, nela, a função periódica é expressa com sendo uma
soma das funções exponenciais de frequência 0, 0 , 2 0 , 3 0 ,..., n 0 .
Deste modo temos as frequências 0, 0 , − 0 , 20 , − 20 , 30 , − 30 ...n0 , − n0 ,
etc, e os coeficientes dessas componentes da frequência são,
respectivamente F0 , F1 , F−1 , F2 , F−2 , ... Fn , F−n ... , etc.
Onde:
r = a 2 + b 2 - amplitude;
b
= tg −1 - fase.
a
− 2A +
y(t ) =
1
4n
n = −
2
−1
e j 2nt
y (t ) =
2A 2 A j 2t 2 A j 4t 2 A j 6t
−e − e − e − ...
3 15 35
2 A − j 2t 2 A − j 4t 2 A − j 6t
− e − e − e − ...
3 15 35
1 T2
( )
T −T 2
− jn0t
Fn = f t e dt
e
F−n = −T f (t )e jn0t dt
1 T2
T 2
Fn = Fn e j n
Então:
F−n = Fn e − jn
Exemplo
Faça a expansão da função porta periódica f (t ) da figura abaixo pela série
exponencial de fourier .
A; (− / 2 t / 2)
f (t ) =
0; ( / 2 t T − / 2)
T − / 2
f (t )e − jn0t dt
1
Fn =
T
− /2
1 T − / 2
Fn = f (t )e − jn0t dt
T − / 2
1 /2
= Ae − jn0t dt
T − / 2
/2
− A − jn0t
= e
jn0T − / 2
2A e jn0 / 2 − e − jn0 / 2
=
n0T 2 j
sen(n0 / 2)
2A
=
n0T
Vamos parar por aqui por enquanto.
Sinc(x)
1
-3 -2 -1 1 2
0 3
Exemplo anterior
Faça a expansão da função porta periódica f (t ) da figura abaixo pela série
exponencial de Fourier .
A; (− / 2 t / 2)
f (t ) =
0; ( / 2 t T − / 2)
T − / 2
f (t )e − jn0t dt
1
Fn =
T
− /2
1 T − / 2
Fn = f (t )e − jn0t dt
T − / 2
1 /2
= Ae − jn0t dt
T − / 2
/2
− A − jn0t
= e
jn0T − / 2
2A e jn0 / 2 − e − jn0 / 2
=
n0T 2 j
sen(n0 / 2)
2A
=
n0T
Então, a expressão de Fn é:
sen(n0 / 2)
2A
Fn =
n0T
Portanto, na expressão de Fn :
sen(n0 / 2)
2A
Fn =
n0T
A
Fn = sen(n0 / 2)
/ 2n0T
A sen(n0 / 2)
=
T n0 / 2
Fn = F−n
2
A frequência fundamental é 0 = .
T
2
A frequência fundamental é 0 = = 8 . Assim, o espectro existe em
T
= 0, 8 , 16 , 24 ,... etc, como na figura abaixo:
• Espectro de amplitude
• Espectro de fase
Cn
fo
n fo
n
n fo
-2/ 2/
-1/ 1/
Lembrando que:
Linearidade
Suponha que:
x1 (t ) é um sinal com período T e tem coeficientes de Fourier Fn '
x2 (t ) é um sinal com período T e tem coeficientes de Fourier
Fn ' '
e que:
y(t ) = x1 (t ) + x2 (t )
então, podemos mostrar que a função y(t ) tem período T , ou seja, y(t ) tem
2
frequência fundamental 0 = e que os coeficientes de Fourier são dados
T
por:
e que:
y (t ) = x(t − t 0 )
2
~ − j t0
Fn = Fn e T
2
− j t0
É importante notar que e T
é uma constante. Como e j = 1, , resulta
que:
~
Fn = Fn
e que:
y(t ) = x(− t )
Então, podemos mostrar que a função y(t ) tem período T , ou seja, y(t ) tem
2
frequência fundamental 0 = e que o coeficiente de Fourier é dado por:
T
Fn = F−n
y(t ) = x(t )
2
y (t ) tem frequência fundamental 0 = e, além disso,
T
+ + 2
jn t
y(t ) = F e n
jn0t
= F e n
T
n =− n = −
Caro(a) estudante, é importante notar que a série de Fourier muda por causa
da mudança da frequência fundamental (e do período). Entretanto os
coeficientes Fn não mudam.
Multiplicação
Suponha que:
x1 (t ) é um sinal com período T e tem coeficientes de Fourier Fn '
x2 (t ) é um sinal com período T e tem coeficientes de Fourier
Fn ' '
e que:
y(t ) = x1 (t ) x2 (t )
então, podemos mostrar que a função y(t ) tem período T , ou seja, y(t ) tem
2
frequência fundamental 0 = e que os coeficientes de Fourier são dados
T
por:
+
Fn = F 'Fi n −i ' ' = F ' (n) F ' ' (n)
i =−
Ou seja, Fn é a convolução entre os sinais discretos Fn ' = F ' (n ) e Fn ' ' = F ' ' (n ) .
+
Fn = F 'F
i = −
i n −i ''
= F0 'Fn ' '+ F1 'Fn−1 ' '+ F−1 'Fn+1 ' '+ F2 'Fn−2 ' '+ F−2 'Fn+ 2 ' '+...
Conjugação
e que:
y(t ) = x(t )
Então, podemos mostrar que a função y(t ) tem período T, ou seja, y(t ) tem
2
frequência fundamental 0 = e que o coeficiente de Fourier é dado por:
T
F n = F −n
Além disso, as relações acima permitem mais uma vez concluir que:
F n = Fn−m
y (t ) = x(t ) e jm0t
F n = Fn n = 0, 1, 2, ...
Convolução no período
Suponha que:
x1 (t ) é um sinal com período T e tem coeficientes de Fourier Fn '
x2 (t ) é um sinal com período T e tem coeficientes de Fourier
Fn ' '
y (t ) = x1 (t ) x 2 (t )
= x1 ( )x 2 (t − )d
T
= x1 (t − )x 2 ( )d
T
Então, podemos mostrar que a função y(t ) tem período T, ou seja, y(t ) tem
2
frequência fundamental 0 = e que o coeficiente de Fourier é dado por:
T
Fn = T F ' n F ' ' n
Derivada
Então, podemos mostrar que a função y(t ) tem período T , ou seja, y(t ) tem
2
frequência fundamental 0 = e que o coeficiente de Fourier é dado por:
T
2
F ' n = jn0 Fn = jn Fn
T
d 2x
y (t ) = 2
dt
2
2
Integral
Então, podemos mostrar que a função y(t ) tem período T , ou seja, y(t ) tem
2
frequência fundamental 0 = e que o coeficiente de Fourier é dado por:
T
1 1
F 'n = Fn = Fn
jn0 2
jn
T
Para o caso de integrais duplas, triplas, etc., pode-se aplicar esta regra
sucessivas
Vezes.
Potência de um sinal
conclui-se que
+
f 2 (t )dt =
T
F T
2 2
−T n
2 n = −
+
f (t )dt =
1 T
F
2 2 2
−T n
T 2 n =−
Sendo:
- a potência do sinal f(t) na componente n 0 e
2
Fn
2 2
Sabemos que Fn=F-n então Fn = F−n ; assim a potência em f(t) da n-
Teorema de Parseval
A potência média de um sinal periódico f(t) ou x(t) pode ser avaliada a
partir dos coeficientes Cn da série de Fourier do sinal x(t):
Exemplo:
No trem de pulsos da figura, encontre percentagem da potência que está
associada aos primeiros cinco harmônicos do sinal x(t).
T0 = 1 ms
X(t)
1
-To/2 To/
To/2
2
Solução:
= To/2 , então:
To / 2 To / 4
1 1 To / 2
P= = (1) 2 dt = = 1/ 2
2
x (t ) dt watt
To −To / 2
To −To / 4
To
5
P (5 primeros harmónicos) = Co + 2 Cn
2 2
n =1
Os coeficientes:
Então:
Cn
Co
C1 C3
C5
C2 C6
nf0