Você está na página 1de 36

ANÁLISE DE SINAIS E SISTEMAS

AULA 3:
OPERAÇÕES BÁSICAS EM SINAIS:
OPERARAÇÕES NAS VARIÁVEIS DEPENDENTES;
OPERARAÇÕES NA VARIÁVEL INDEPENDENTE.

FUNÇÕES ELEMENTARES:
O DEGRAU UNITÁRIO; O IMPULSO UNITÁRIO;
A RAMPA UNITÁRIA; O PULSO UNITÁRIO;
A FUNÇÃO PORTA; O PULSO TRIANGULAR;
A FUNÇÃO SIGNUM.
1
OPERAÇÕES BÁSICAS EM SINAIS

Operações Executadas nas Variáveis Dependentes

Os sistemas processam sinais utilizando uma combinação


de algumas operações básicas.

x(t) SISTEMA y(t)

Entrada do Sistema Saída do Sistema

y(t)= f(x(t))

2
OPERAÇÕES BÁSICAS EM SINAIS

Operações Executadas nas Variáveis Dependentes

Mudança de Escala de Amplitude – o sinal y(t) é definido por:


y(t) = c x(t) para o caso contínuo; x(t) SISTEMA y(t)
y[n]= c x[n] para o caso discreto.
y(t)= c x(t)
Em que c é um fator de escala.

Adição– o sinal y(t) é definido por:

y(t) = x1(t) + x2(t) para o caso contínuo; x1(t)


SISTEMA y(t)

y[n]= x1 [n] + x2 [n] para o caso discreto. x2(t)


y(t) = x1(t) + x2(t)

3
OPERAÇÕES BÁSICAS EM SINAIS

Operações Executadas nas Variáveis Dependentes

Multiplicação – o sinal y(t) é definido por:


x1(t)
SISTEMA y(t)
y(t) = x1(t) . x2(t) para o caso contínuo;
x2(t)
y[n]= x1 [n] . x2 [n] para o caso discreto. y(t) = x1(t) . x2(t)

Diferenciação – o sinal y(t) é obtido a partir da derivada de x(t).


d x(t) y(t)
y(t) = x(t) para o caso contínuo; SISTEMA
dt
y[n] = x[n] - x[n - 1] para o caso discreto. y(t) = x’(t)

4
OPERAÇÕES BÁSICAS EM SINAIS

Operações Executadas nas Variáveis Dependentes

Integração – o sinal y(t) é obtido pela integração de x(t).


t
y(t) =  x(  )d para o caso contínuo;
-

x(t) SISTEMA y(t)

y(t) = ∫ x(t)

n
y[n] =



x[ ] para o caso discreto.

5
OPERAÇÕES BÁSICAS EM SINAIS

Operações Executadas na Variável Independente


Escalonamento Temporal – o sinal y(t) é obtido pela mudança
de escala da variável independente, o tempo t, por um fator a.
y(t) = x(a t), com a >0.

Se a > 1, o sinal y(t) é uma versão comprimida de x(t).

Se 0 < a < 1, o sinal y(t) é uma versão expandida de x(t).


x(t) x(2t) x(t/2)
a=2 a=1/2
1 1 1

-1 1 t -1/2 1/2 t -2 2 t
6
OPERAÇÕES BÁSICAS EM SINAIS

Operações Executadas na Variável Independente

Escalonamento Temporal – para o caso discreto tem-se que:

y[n] = x[kn], com k >0.

x[n] x[2n] x[n/2]


k = 1/2
k=2
1
1 1

1/2 ... ... 1/2 ...

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 n n
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 n 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

7
OPERAÇÕES BÁSICAS EM SINAIS

Operações Executadas na Variável Independente

Reversão Temporal ou Reflexão – o sinal y(t) apresenta uma


versão refletida de x(t) em relação ao eixo de amplitude.

y(t) = x(-t),

x(t) x(-t)

1 1

-a b t -b a t

8
OPERAÇÕES BÁSICAS EM SINAIS

Operações Executadas na Variável Independente

Reversão Temporal ou Reflexão – para o caso discreto tem-se


que.
y[n] = x[-n],

x[n] y[n]=x[-n]
1 1

0,5 0,5
-2 -1 1 2
0 n -2 -1 0 n
1 2
-0,5 -0,5

-1 -1

9
OPERAÇÕES BÁSICAS EM SINAIS

Operações Executadas na Variável Independente


Deslocamento Temporal – o sinal y(t) é uma versão de x(t)
deslocada no tempo. Sendo to o deslocamento no tempo, tem-se
que:
y(t) = x(t -to ),
Se to > 0, então x(t) é deslocada para a direita;
Se to < 0, então x(t) é deslocada para a esquerda;
x(t+2) x(t) x(t-2)

1 1 1

-3 -1 t -1 1 t 1 3 t

10
OPERAÇÕES BÁSICAS EM SINAIS

Operações Executadas na Variável Independente


Deslocamento Temporal – para o caso discreto tem-se que:
y[n] = x[n - m], sendo que o deslocamento m deve ser um número
inteiro positivo ou negativo.
Exemplo: Sendo  1, se n = 1 ou n = 2 ;

x[n] = -1, se n = -1 ou n = -2 ;
Determine y[n]=x[n+3]  0, se n = 0 ou n > 2 .

x[n] x[n+3]
1 1

-3 -2 -1 -6 -5 -4 -3

1 2 3 n -2 -1 1 n

-1 -1
11
OPERAÇÕES BÁSICAS EM SINAIS

Operações Executadas na Variável Independente

Regra de Precedência para Deslocamento e Escalonamento

Seja x(t) um determinado sinal e y(t) =x(at-b).


A obtenção de y(t) a partir de x(t) envolve as operações de
escalonamento e deslocamento.
Em qual sequência devem ser executadas as operações?

12
OPERAÇÕES BÁSICAS EM SINAIS

Operações Executadas na Variável Independente

Regra de Precedência para Deslocamento e Escalonamento

Façamos primeiro o escalonamento e depois o deslocamento:


O escalonamento temporal de x(t) pelo fator a resulta em x(at).
Para se efetuar o deslocamento temporal de x(at) deve-se
substituir t por t-b, resultando em x(a(t - b)) = x(at - ab))  y(t) .
Portanto, esta sequência de operações não é a correta!

13
OPERAÇÕES BÁSICAS EM SINAIS

Operações Executadas na Variável Independente


Regra de Precedência para Deslocamento e Escalonamento

Façamos, agora, o deslocamento e depois o escalonamento:


Para se efetuar o deslocamento temporal de x(t) deve-se
substituir t por t-b, resultando em x(t-b).
O escalonamento temporal de x(t-b) pelo fator a resulta em
x(at-b)=y(t).
Portanto, esta é a sequência correta para se efetuar as
operações!

14
OPERAÇÕES BÁSICAS EM SINAIS

Operações Executadas na Variável Independente


Regra de Precedência para Deslocamento e Escalonamento

Exemplo – Determine x[2n+3] sendo x[n] conforme mostrado


no gráfico abaixo;

x[n] x[n+3] x[2n+3]


1 1 1

-3 -2 -1 -6 -5 -4

1 2 3 n -3 -2 -1 1 2 3 n -3 -2 -1 1 2 3 n

-1 -1 -1

15
SINAIS ELEMENTARES

O Degrau Unitário (contínuo)

Para o caso contínuo Em geral tem-se que:


é definido por:
 1, para t >t0
u(t - t0 ) = 
 1, para t > 0 0, para t < t0
u(t) = 
0, para t < 0
u(t) u(t-t0)

1 1

t t0 t

16
SINAIS ELEMENTARES

O Degrau Unitário (contínuo)


Um pulso pode ser escrito como uma combinação de
degraus.
u(t-t1)

x(t)
1

t1 t

t1 t2 t
u(t-t2)

x(t) = u(t - t1 ) - u(t - t2 ) 1

t2 t
17
SINAIS ELEMENTARES

O Degrau Unitário (discreto)

Para o caso discreto é definido por:


Em geral tem-se que:
 1, para n  0
u[n] = 
0, para n < 0  1, para n  n0
u[n - n0 ] = 
0, para n < n0
u[n] u[n-n0]
n0=3
1
1

... ...

-3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 n 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 n

18
SINAIS ELEMENTARES

O Degrau Unitário (discreto)

Alguns sinais discretos podem ser escritos como uma


combinação de degraus.
 1, para 0  n  6
Exemplo – Um sinal discreto x[n] = 
0, caso contrário
Escrever x[n] como superposição de
x[n]
duas funções degraus.

Resposta:
x[n] =u[n] -u[n -7] -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 n

19
SINAIS ELEMENTARES

O Impulso Unitário (contínuo) - A Função Delta de Dirac




 (t) = 0, para t  0 e
Para o tempo contínuo é definido como:  
 -
  (t)dt = 1
A integral pode 0 δ(t)
ser escrita como: 0-  (t)dt = 1
t
O impulso tem valor infinito em t=0, porém, intensidade
unitária, pois a área sob o mesmo é 1.

O impulso deslocado é expresso por:


δ(t-t0)
 (t - t0 ) = 0, para t  t0 e
 
 t0
 t0-  (t - t0 )dt = 1 t0 t
20
SINAIS ELEMENTARES

O Impulso Unitário (contínuo)

Um pulso retangular, conforme mostrado na figura abaixo,


pode ser usado para se entender melhor a função impulso.
g(t)
Observe que, quando T tende a zero,
1/T
a amplitude do pulso tende a infinito,
enquanto sua largura tende a zero.
-T/2 T/2 t A área é sempre igual a 1.

Dessa forma, o impulso pode ser escrito como:

 (t) =lim g(t)


T 0
21
SINAIS ELEMENTARES

O Impulso Unitário (contínuo)

Exemplo em que aparece um impulso.

Observe que a constante de tempo


(t=RC) é nula (R=0). Isto significa
V0 u(t)
+ que uma carga, Q =CV0, deve ser
- C VC
armazenada no capacitor num
intervalo de tempo infinitesimal. Um
impulso de corrente deve ocorrer em
t=0.
Vc (t) =V0 (1 - e-t/RC )

22
SINAIS ELEMENTARES

Propriedade Seletiva do Impulso



Qual o valor da integral? -
f(t) (t - t0 )dt = ?

Como  (t - t0 ) = 0, para t  t0 a integral é diferente de zero.

somente em t=t0 . Assim, tem-se que:


  

-
f(t) (t - t0 )dt =  f(t0 ) (t - t0 )dt = f(t0 )   (t - t0 )dt = f(t0 )
- -


-
f(t) (t - t0 )dt = f(t0 )

E também f(t) (t - t0 )= f(t0 ) (t - t0 )


23
SINAIS ELEMENTARES

Relação entre a função degrau e a função impulso

Observe os gráficos abaixo:


f(t) O segundo gráfico corresponde à
derivada do primeiro.

1
Quando T tende a zero f(t) tende a u(t)
e df(t)/dt tende a δ(t).
-T/2 T/2 t
Dessa forma, o impulso pode ser visto
df(t)/dt
como a derivada do degrau.
1/T du(t)
 (t) = e
dt
t
t
u(t) =  -  (  )d
-T/2 T/2

0 24
SINAIS ELEMENTARES

O Impulso Unitário (caso discreto) – A Função Delta


de Kronecker

Em tempo discreto, o impulso unitário é definido como:


δ[n]
1

 1, para n= 0
 [n] = 
0, para n  0 n

O impulso deslocado é expresso por.


δ[n-n0]
 1, para n= n0 1

 [n - n0 ] = 
0, para n  n0 n0 n

25
SINAIS ELEMENTARES

Propriedade Seletiva do Impulso (caso discreto)



Qual o valor do somatório?  x[n]  [n - n
-
0 ] ?

Como  [n - n0 ] = 0, para n  n0 tem-se que


 x[n]  [n - n
-
0 ]  x[n0 ]

Observe que, para o caso discreto pode-se escrever:

x[n]  [n - n0 ]  x[n0 ]

26
SINAIS ELEMENTARES

Relação entre o degrau e o Impulso discreto)

Pode-se observar facilmente que: u[n]

 [n] = u[n] - u[n - 1] 1

...

δ[n] -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 n

1
u[n-1]

1
n
...

-3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 n

27
SINAIS ELEMENTARES

Relação entre o degrau e o Impulso discreto

Pode-se observar também que: u[n]


u[n] =   [n - n
n0 0
0 ] 1

...

-3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 n

n0=0 n0=1 n0=2

δ[n] δ[n-1] δ[n-2]


1 1 1
+ + + ...

n 1 n 2 n

28
SINAIS ELEMENTARES

A Rampa Unitária (caso contínuo)


t, para t  0 e
Para o tempo contínuo é definida como: r (t )  
0, para t < 0
Ou simplesmente r(t )  t u(t) r(t)

d r(t)
Observe que u(t ) 
dt 45°

t t
E também que r(t )  
u(  )d
u(t)

t 29
SINAIS ELEMENTARES

A Rampa Unitária (caso discreto)


n, para n  0 e
Para o tempo discreto é definida como: r [n]  
0, para n < 0
Ou simplesmente r[n]  n u[n]
r[n] r[n+1]

3 3
... ...
2 2

1 1

-3 -2 -1 0 1 2 3 n -3 -2 -1 0 1 2 3 n

Observe que u[n] r [n+1] - r[n]


n 1
E também que r[n] =  u[n
n0 1
0 ]
30
SINAIS ELEMENTARES

Exercício - Determine uma expressão analítica para a função


x(t) mostrada no gráfico abaixo.

x(t)
Resposta:
2 x(t )  tu(t) - 3tu(t - 2)+ 2tu(t - 3)+
6[u(t - 2) - u(t - 3)].
2 3 t

31
SINAIS ELEMENTARES

O pulso Unitário

1/ , para 0 < t <  e


É definido por: p(t )  
0, para t < 0 ou t > 

p(t)
Observe que a área do pulso é unitária.
1/τ

0 τ t
-
p(t)dt = 1

32
SINAIS ELEMENTARES

A Função Porta ou Pulso de Porta

Possui amplitude 1.
 
 1, para t < e
t  2
É definido por: ret ( )  
 0, para t  
 2
ret(t/τ)
Quando τ =1. temos a chamada
1 Função Porta Unitária ret(t),
cuja área é 1.

- τ /2 τ /2 t
-
ret(t)dt = 1

33
SINAIS ELEMENTARES

O Pulso Triangular

Possui altura 1.
 t 
 1- 2 para t 
t   2
É definido por: ( )  
 0, para t  
 2

Δ(t/τ)
Quando τ =1. temos a chamada
1
Função Triângulo Unitário Δ(t),
cuja base é 1.
- τ /2 τ /2 t
34
SINAIS ELEMENTARES

A Função Signum ou Função Sinal

1, para t > 0


É definido por: sgn(t)  
-1, para t < 0

sgn(t) Relações úteis: u(t)


sgn(t)  u(t) - u(-t)
1

t sgn(t)  2u(t) - 1
1 1
-1 u(t)   sgn(t) t
2 2

35
SINAIS ELEMENTARES

Exercícios:
1- Determine uma expressão analítica para a função pulso
unitário.
2- Determine uma expressão analítica para a função porta.
3- Determine uma expressão analítica para o pulso triangular
unitário.

36

Você também pode gostar