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IFCE - ENGENHARIA DE MECATRÔNICA/LICENCIATURA EM FÍSICA – 2015-2

CÁLCULO II

APLICAÇÕES DA INTEGRAL:
1. Comprimento de arco em coordenadas cartesianas

Se f´ for contínua em [a, b], então o comprimento da curva y= f(x), a ≤ x ≤ b,

2
b ´ (x)]2 dx  b 1   dy  dx
é: L a 1  [f a  dx 
Se x = g(y), com c ≤ y ≤ d,

2
d d  dx 
então: L  
c
1  [g´ (y)]2 dy 
c 
1    dy
 dy 
1 2
1)Calcule o comprimento de arco da curva dada pela função y  x no intervalo [-1, 1].
2
Solução: Calculando a derivada da função, temos que: f ' ( x )  x
Denotando por C o comprimento de arco pelo Teorema anterior sabemos que:
b 1 1
C   1  [ f ' ( x)]2 dx   1  x 2 dx  2 1  x 2 dx
a 1 0
Para calcular esta integral, fazemos uma substituição trigonométrica.
x  tg   dx  sec 2  d
Note que quando x varia de 0 a 1,  está variando de 0 até /4. Substituindo, encontramos que:
 /4  /4  /4
1
2 1  x 2 dx  2  1  tg 2  sec2  d  2  sec  sec2  d  2  sec3  d
0
0 0 0
No estudo das integrais, que são resolvidas pela técnica da Integrando por partes, vimos que:

 sec  d  2 sec   tg   ln | sec  tg  |  k


3 1

Logo,

 
 /4
2  sec3  d  2 
1
sec   tg   ln | sec  tg  |0 / 4  2 1  ln | 2  1 | 1 0  ln | 1  0 | 
0
2
  
2  ln(1  2)  2,2956 unidades de comprimento.
Utilizando o software de computação algébrica Maple, para os cálculos intermediários, temos:
> restart:
> Int(sec(theta),theta)=int(sec(theta),theta);
sec(  ) d ln( sec(  ) tan(  ) )


> Int((sec(theta))^3,theta)=int((sec(theta))^3,theta);
sec (  ) 3 d 1 sin (  )  1 ln ( sec (  ) tan (  ) )
 2 cos (  ) 2 2

> Int((sec(theta))^3,theta=0..Pi/4)=int((sec(theta))^3,theta=0..Pi/4);
1/4 
 1 1
 sec(  )3 d 2  ln( 1 2 )
0 2 2
> > 2*Int((sec(theta))^3,theta=0..Pi/4)=2*int((sec(theta))^3,theta=0..Pi/4);
1/4 
2
 sec(  )3 d 2  ln( 1 2 )
0
Utilizando a rotina escrita no software de computação algébrica Maple, para o cálculo do comprimento de arcos,
temos:
> restart:
1 2
> f:=1/2*x^2;#INFORME A FUNÇÃO f := x
2
> a:=-1;# INFORME O LIMITE INFERIOR a := -1
> b:=1; # INFORME O LIMITE SUPERIOR b := 1
> plot(f,x=a..b);

> dy_dx:=diff(f,x); dy_dx := x


> INTEGRAL_INDEFINIDA:=Int(sqrt(1+(dy_dx)^2),x)=int(sqrt(1+(dy_dx)^2),x);
INTEGRAL_INDEFINIDA := 
1 1
 1 x dx 2 x 1 x  2 arcsinh( x )
 2 2

> COMPRIMENTO:=Int(sqrt(1+(dy_dx)^2),x=a..b)=int(sqrt(1+(dy_dx)^2),x=a..b);
1
COMPRIMENTO := 
 1 x dx 2  ln( 2  1 )
 2
-1
> COMPRIMENTO:=Int(sqrt(1+(dy_dx)^2),x=a..b)=evalf(int(sqrt(1+(dy_dx)^2),x=a..b));
1
COMPRIMENTO := 
 1 x dx 2.295587150
 2
-1
1.Calcule o comprimento de arco da parábola semicúbica y2 = x3 entre os pontos (1, 1) e (2, 2 2 ).
R.: L 
1
27
 
22 22  13 13  2,09

2. Ache a função comprimento de arco para a curva y = x2 – 1/8 lnx tomando P(1, 1) como ponto inicial.
1
R.: s(x)  x 2  ln x  1 .
8
Calcule o comprimento de arco ao longo da curva de (1, 1) a (3, f(3)). R.: s(3) = 8,1373
3. Ache o comprimento das curvas em cada um dos casos indicados:
3 2
a) y  1  6x 2 , 0  x  1 R.: (82 82  1) b) y = ln x , 1 ≤ x ≤ 4 C) 24xy = x4 + 48 R. 17/6
243
4.Achar o comprimento dos arcos das curvas dadas abaixo:
a) y= x3/2 , de x = 0 a x = 5 b) x = 3y3/2- 1 , de y = 0 a y=4
x4 1
c)24xy + 48 , de x = 2 a x = 4 d) y =  2 , de x = 1 a x = 4
8 4x
e)x = t2 , y = t3 , de t = 0 a t=4 f) x =   sen , y  1  cos ,   0 a   2 .

Comprimento de arco uma curva plana dada por suas Equações Paramétricas
Calcular o comprimento de arco de uma curva C, dada na forma paramétrica pelas equações.
x  x ( t )

 y  y( t ), t  t 0 , t 1 
onde x = x(t) e y = y(t) são contínuas com derivadas contínuas e x’(t)  0 para todo t  t 0 , t 1  
Neste caso, conforme vimos, estas equações definem uma função y = f(x), cuja derivada é dada por
dy
dy y '(t)
f '(x)   dt  . Segue então, através de uma substituição, que:
dx dx x '(t)
dt
dy
 y 't  
b t1 t1 2
dx
L  1  f '  x  dx 
  
2 dt
1 .dt  1    x '(t) dt , onde t0 = a e t1 = b.
dx dt  x '(t) 
a t0 dt t0
b

  x '(t)   y '  t  dt .


2 2
Portanto, L
a
1) Ache o comprimento de arco da curva paramétrica x = t³/3 e y = t²/2 no intervalo [0,1].

(Resp. L = (2.2 – 1)/3  0,61 u.c.)

2) Calcular o comprimento de arco da hipociclóide x = 2.sen³t e y = 2.cos³t. (Resp. L = 12 u.c.)

3) Encontre o comprimento de um arco da cicloide x = r(θ – sen θ), y = r(1 – cos θ) R. 8r

4) Calcule o comprimento da curva:


a) x = 1 + 3t2, y = 4 + 2t3 , 0 ≤ t ≤ 1 b) x = et + e-t , y = 5 – 2t , 0 ≤ t ≤ 3

Área de uma região plana na forma paramétrica


b b
Conforme vimos anteriormente a área de uma região plana é dada por: A   f ( x ) dx   y dx .
a a
Fazendo a substituição x = x(t) e dx = x’ (t) dt, obtemos:
t1
A   y( t ).x ' ( t ) dt .
t0

1) Determine a área da região compreendida entre a curva paramétrica x = t³, y = 2t² + 1, - 1  t  1 e o eixo x.
(Resp. A = 22/5 u.a.)
x  2. cos t x  2. cos t
2) Calcular a área entre as elipses  e  . (Resp. A = 6 u.a.)
 y  4sent  y  sent
ÁREA DE UMA SUPERFÍCIE DE REVOLUÇÃO
Quando uma curva plana gira em torno de uma reta no plano, obtemos uma superfície de revolução.
Vamos considerar o problema de determinar a área da superfície de revolução S, obtida quando uma curva C, de
equação y = f (x), x  [a,b], gira em torno do eixo dos x (ver Figura a seguir).

Definição: Seja C uma curva de equação y = f (x), onde f e f ’ são funções contínuas em [a,b] e f (x)  0,  x 
[a,b]. A área da superfície de revolução S, gerada pela rotação da curva C ao redor do eixo dos x, é
definida por
b
A  2. f ( x ). 1  f ' x  dx .
2

a
Se a curva girar em torno do eixo dos y, a área será dada por:
d
A  2. g( y). 1  g' y  dy
2

c
OBS: se x´(t) e y´(t) forem funções contínuas e se nenhum segmento da curva x = x(t), y = y(t),
a ≤ t ≤ b, for traçada mais uma vez, então pode-se mostrar que a área da superfície gerada
b

  x '(t)2   y '  t 


2
fazendo girar esta curva, em torno do eixo x é: A  2y(t) dt
a
e a área da superfície gerada fazendo girar a curva em torno do eixo y é
b

  x '(t)2   y '  t 


2
A  2x(t) dt
a
1. Ache a área da superfície gerada ao girar em torno do eixo x a parte da curva y = x 3 entre x =0 e x = 1.
2. Ache a área da superfície gerada ao girar em torno do eixo y a parte da curva y = x 2 entre x =1 e x = 2.
3. Ache a área do parabolóide, obtido pela revolução do arco de parábola y = x², 0  x  2, em torno
do eixo do x. (Resp. A = 13 / 3 u.a.)
4. Ache a área da superfície gerada pela revolução da curva 3x = y³, 0  x  9, em torno do eixo do
y. (Resp. A  258,8468 u.a.)
5. Determine a área da superfície gerada fazendo girar a curva x = et cost, y = et sent (0 ≤ t ≤ π/2) em torno do
eixo x.

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