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FEUP

DEMM
MIEMM – 2014-2015

Problemas de

Análise Matemática II

MJO – FEVEREIRO 2015

1
ANÁLISE MATEMÁTICA
FORMULÁRIO
Trigonometria:
sin( a ± b ) = sin a cos b ± cos a sin b cos( a ± b ) = cos a cos b  sin a sin b
sin 2x = 2 sin x. cos x cos 2x = cos2x - sin2x sin2x + cos2x = 1
1 - cos 2x 1  cos 2x tg (a)  tg (b)
sin2x = cos2x = tg (a  b) 
2 2 1  tg (a)tg (b)
2tg ( x / 2) 1  tg 2 ( x / 2) 1
sen( x)  cos( x)  sec( x) 
1  tg 2 ( x / 2) 1  tg 2 ( x / 2) cos( x)
1
Logaritmos: cos ec ( x) 
sen( x)
p
log(A.B) = log(A) + log(B) log(A/B) = log(A) – log(B) log(A ) = p log(A)

Derivadas: y = f( x ) => dy = f '(x) dx; z = f (x,y) => dz = fx' dx + fy' dy


( C )’ = 0 ( x )’ = 1 ( C.u )’ = C u’ u(x), v(x), w(x)
u u ' v  uv'
( u+ v - w )’ = u’ + v’ - w’ ( u v )’ = u’ v + u v’ ( )' 
v v2
m m-1 u u u u
( u )’ = m u u’ ( e )’ = e .u’ ( a )’ = a u’ ln a
u' u'
( ln | u | )’ = ( loga | u | )’ =
u u. ln a
( sin u )’ = cos u. u’ ( cos u )’ = - sin u. u’
u'  u'
( tg u )’ = 2
= sec2u.u’ ( cotg u )’ = 2
= - csc2u.u’
cos u sen u
(sec u)’ = sec u. tg u (csc u)’ = - csc u. ctg u
u'  u'
( arc sin u )’ = ( arc cos u )’ =
1 u2 1 u2
u'  u'
( arc tg u )’ = ( arc cotg u )’ =
1 u 2 1 u 2
Integrais especiais:     u.v.dx  u.v   u.v.dx  (Partes)
u m1 u'
 u .udx 
m
 C , m  -1  dx   u 1 .u '.dx  ln | u | C 
m 1 u
u' u u'
 a 2  u 2 dx  arcsin( a )  C  u 2  a 2 dx  ln | u  u  a | C 
2 2

u' 1 u u' 1 au


 a 2  u 2 dx  a arctan( a )  C    a 2  u 2 dx  2a ln | a  u | C 
u 2 a2 u
 a 2
 u 2
.u '.dx  a  u 2
 arcsin( )  C 
2 2 a
2
u 2 a
 u  a .u'.dx  2 u  a  2 ln | u  u  a | C 
2 2 2 2 2

u' 1  sin(u ) u' 1  cos(u )


 cos(u) dx = ln | cos(u) | + C  sin(u) dx = - ln | sin(u) | + C

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Análise Matemática II
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1 – Funções de várias variáveis.


- Domínios.
- Definição de função real de várias variáveis.
- Composição de funções. Gráficos.

R2 = { ( x, y), x  R e y  R } Plano Euclideano


R3 = { ( x, y, z), x  R e y  R, z  R } Espaço Euclideano a 3 dimensões.
R = { ( x1, x2, …, xn), x1  R e x2  R, … xn  R }
n
Espaço Euclideano a n
dimensões. Etc.

Domínio – Conjunto de pontos onde a função está definida – uma parte de Rn .


Domínio Natural – Maior conjunto de pontos onde a função pode ser definida.
Exemplo 1: z = 2xy + x2 , o domínio natural é R2.
Exemplo 2: z= x  y  2 o domínio natural é D = { (x, y), x  0 e y  2}. D é
uma parte de R2

Definição de função:
z = f (x, y)|D u = f(x, y, z)|D o domínio é D
x2  y2
Exemplo3: Calcular f(2, -3) se f(x, y)=
2 xy

2 2  (3) 2 13
Fazendo x = 2 e y = -3 obtemos f(2, -3) = 
2.2.(3) 12
O gráfico de uma função de 2 variáveis é uma superfície por cima do plano xOy,
definida pelos pontos da forma (x, y, f(x,y), com (x, y) em D.

Linhas e superfícies de nível: f(x, y) = C é uma linha de nível da função z = f (x, y).
f(x, y, z) = C é uma superfície de nível da função u = f (x, y, z).

Problemas:
1.1. Obter f(-1,2), f(0, -1), f(1,1), f(2,2), f(3,2), f(4,5), se f(x,y) = x y3 - 6 x2 y +11 x y – 6.
1 x
1.2. Obter f ( ,3), f(1, -1), se f ( x, y )  xy 
2 y
1 1 1 x2  y2
1.3. Obter f(y, x), f ( x, y), f ( , ), se f ( x, y ) 
x y f ( x, y ) 2 xy

3
1.4. Calcular os valores da função f(x, y) = 1 + x – y nos pontos da parábola y = x2 e
construir o gráfico da função F(x) = f(x, x2)

Esboçar o domínio natural das funções:

1.5. z = 1  x 2  y 2 1.6. z = 1   ( x  y) 2

1.7. z = ln(x + y) 1.8. z = 1  1  x 2  1  y 2

y
1.9. z =x + arc cos y 1.10. z = arcsen
x

1.11. z = x2  4  4  y2 1.12. z = ln ( x2 + y)

1.13 . u = x y z 1.14 . u = 1  x 2  y 2  z 2

Esboçar os Gráficos:
1.15 . z = 4  x  y 1.16 . z = 2  x 2  y 2

1.17 . z = 4  x 2  y 2 1.18 . z = x2  y2

1.19 . x 2  y 2  z 2  a 2 esfera centrada em (0, 0,0) de raio a.

x2 y2 z2
1.20 .    1 elipse centrada em (0, 0,0) de semi-eixos a, b, c.
a2 b2 c2
Construir as linhas de nível das funções:
1.17. z = x + y, para z = -1, -3, 0, 1, 2, 6 1.18. z = xy , para z = 0, 1, 2, 6

y y
1.19. z = , para z = -1, -3, 0, 1, 2, 6 1.20. z = , para z = -1, -3, 0, 1, 2, 6
x2 x

1.21. z = ln(x2 + y), para z = -1, -3, 0, 1, 2, 6 1.22. z  f ( x 2  y 2 )

Vários:
x 4  2x 2 y 2  y 4
1.23. Achar os valores da função z = , nos pontos da circunferência
1 x2  y2
x2 + y2 = R2.
y x2  y2
1.24. Achar f(x) se f ( )  , ( xy  0) .
x y
1.25. Achar f(x, y) se f(x + y, x - y) = xy + y2 .
1.26. Seja z  y  f ( x  1) . Determinar as funções f e z se z = x para y = 1

y
1.27. Seja z  xf ( ) . Determinar as funções f e z se z  1  y 2 para x = 1.
x

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2 – Funções de várias variáveis.


- Limites. Continuidade.
- Derivadas parciais.

Limites:
lim f ( x, y)  A , é definido de forma semelhante ao limite da função de uma variável.
( x , y )( a ,b )

Continuidade:
f(x,y) é continua em (a, b) se e só se lim f ( x, y)  f(a,b)
( x , y ) ( a , b )

Derivadas parciais:
Definição de derivada parcial: Se z = f(x, y), se considerarmos que y é constante,
obtemos a derivada
z f ( x  x, y)  f ( x, y)
 lim  f x' ( x, y) ,
dx x 0 x

que se chama derivada parcial de z em relação a x. De forma semelhante se define


derivada parcial de z em relação a y:
z f ( x, y  y)  f ( x, y)
 lim  f y' ( x, y) ,
dy x 0 y

Exemplo 1: -Calcular as derivadas parciais da função z =x3 +y3 – 3 a x y.


z z
Resolução:  3x 2  3ay ,  3 y 2  3ax
dx dy
x
Exemplo 2: -Calcular as derivadas parciais da função z  x.sen( )
y
z x x 1 x x x
Resolução:  sen( )  x cos( ).  sen( )  cos( ) ,
dx y y y y y y
z x x x2 x
 x. cos( ).( 2 )   2 . cos( )
dy y y y y

Problemas:
Calcular as derivadas parciais das funções:
x y
2.1. z =x3 +y3 – 3 a x y 2.2. z 
x y
y
2.3. z = 2.4. z  x 2  y 2
x

5
y
2.5. z = arcsen 2.6. z = x2  4  4  y2
x
2.7. z = ln ( x2 + 3y) 2.8 .u = x3y2z + 2x – 3y + z + 6

2.9 u = x y z 2.10 . u = 1  x 2  y 2  z 2

x
2.11. Achar f x' (2;1) , f y' (2;1) , se f ( x, y )  xy 
y
2
2.12. Achar f (1;3) , f (2;4)) , se f ( x, y)  ( x  2 y)
x
'
y
' 3

z z
2.13.Mostar que x y  2 , se z = ln(x2 + xy + y2)
dx dy

z z
y
2.14. Mostrar que x y  xy  z , se z  xy  xe x
dx dy
z x
2.15. Obter z = z(x,y), se  2
dy x  y 2

Calcular os limites seguintes:


1 sen( xy )
2.16. lim ( x 2  y 2 ) sen . 2.17. lim .
( x , y ) ( 0 , 0 ) xy ( x , y ) ( 0 , 2 ) x
y x
2.18. lim (1  ) x . 2.19. lim
( x , y ) (  , k ) x ( x , y ) ( 0 , 0 ) x y

Achar os pontos de descontinuidade:


1
2.20. z  ln x 2  y 2 2.21. z =
1 x2  y2

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3 – Funções de várias variáveis.


- Acréscimo total e diferencial total
- Aplicações

Acréscimo total:
O acréscimo total duma função z = f(x,y) é definido por:
z  f ( x  x, y  y)  f ( x, y) ,

Diferencial total:
O diferencial total duma função z = f(x,y) é definido por:
z z
dz  df ( x, y)  dx  dy
x y
u u u
Se for u = f(x, y, z) então temos du  dx  dy  dz , etc.
x y z
Verifica-se que dz  z . Por definição dx  x e dy  y .
O diferencial dz é a parte linear do acréscimo z .
Exemplo 1: Calcular o diferencial da função z = x2 + xy – y2.
z z
 2x  y  x  2 y , e então
x y
dz  df ( x, y)  (2 x  y)dx  ( x  2 y)dy .

Aplicações:
f ( x  x, y  y)  f ( x, y)  df ( x, y)
Ejemplo 2: Calcular aproximadamente o valor de 1,023,01 sem usar a calculadora.
Resolução: Consideremos z = xy, como função auxiliar. Fazendo x = 1, y = 3,
x  0,02 , e y  0,01 , o que temos de calcular é f ( x  x, y  y) , a partir de f(x, y).

dz  z  yx y 1x  x y ln x.y  3.1.0,02  1. ln 1.0,01  0,06


f(1,02; 3,01) = f(1+0,02; 3+0,01) = f(1;3) + z = 1 + 0,06 = 1,06

Problemas:
3.1. Para a função f(x, y)= x2 y, calcular o incremento e o diferencial total.
Calcule a diferença entre eles se x  1 e y  2 ; x  0,1 e y  0,2 .

7
3.2.Mostre que para funções u(x,y) e v(x,y) se tem:
u du.v  u.dv
a) d(u+v) = du + dv b) d(u.v) = du. v + u dv c) d ( ) 
v v2

Calcular os diferenciais das funções:


3.3. z = x3 + y3 -3xy 3.4. z = x2y3 - 3xy
x2  y2
3.5. z = 2 3.6. z  sen 2 x  cos 2 y
x  y2
y
3.7. z  ln( x 2  y 2 ) 3.8. z = arcsen
x

3.9. z = x2  4  4  y2

3.10 . u = x y z 3.11 . u = 1  x 2  y 2  z 2

x
3.12. Achar df(1,1) se f ( x, y ) 
y2
3.13. Um rectângulo tem lados a = 6cm e b = 8cm. Qual será a variação da diagonal se
a aumentar 4mm e b diminuir 1mm? E o diferencial?

3.14 Calcular aproximadamente, sem usar calculadora, as expressões seguintes:


a) (1,03)3.(0,98)2.

b) (4,06) 2  (2,95) 2
c) sen32º.cos59º

Comparar os resultados com os da calculadora.

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4 – Funções de várias variáveis.


- Derivada da função composta.
- Derivada da função implícita
- Derivadas de diferentes ordens.

Derivada da função composta.


Se z = f(u, v), u = u(x, y), v = v(x, y), então,
z z u z v z z u z v
   
x u x v x y u y v y

Exemplo 1: Se z = f (x, y), e y = g(x), então,


dz z z dy
  .
dx x y dx

Derivada da função implícita.


F'
F(x , y) = 0  y’ =  x
F'y
z F' z Fy'
F(x, y, z) = 0    x' ,  '
x Fz y Fz

Ejemplo 2: Se x2 + y2 = 5, então,
2x x x
y'     , pois Fx'  2 x , e Fy'  2 y
2y y 5  x2

Derivadas de diferentes ordens.


2z 2z
- derivada segunda em ordem a x, - derivada segunda em ordem a y.
x 2 y 2

2z 2z
, - derivadas segundas em ordem a x e a y.
xy yx
Verifica-se que
2z 2z
 independência da ordem de derivação.
xy yx

Problemas:
Calcular as derivadas das funções compostas.
dz x
4.1. Achar , se z  , em que x = et e y = ln t
dt y

9
du x
4.2. Achar , se u  ln , em que x = 3t2 e y  t 2  1 .
dt y
z z y
4.3. Achar e , se z = f( u) em que, u  xy  ,
x y x
z z
4.4. Achar e , se z = f( u, v) em que u = x2 – y2, v  e xy ,
x y
z z x
4.5. Achar e , se z  arctan em que x = u sen v, y = u cos v,
u  v y
du z
4.6. Achar , se u  , em que x = R cos t, y = R sen t e z = H.
dt x  y2
2

4.7. Mostre que a função z  yf ( x 2  y 2 ) , satisfaz a equação,


1 z 1 z z
  2
x x y y y
Calcular as derivadas das funções definidas implicitamente.
dy
4.8. Calcular , se y  1  y x
dx
dy d 2 y
4.9. Calcular e , se y = x + ln y
dx dx 2
dy d 2 y y
4.10. Calcular e 2
, se ln x 2  y 2  a. arctan , ( a # 0)
dx dx x
z z
4.11. Calcular e , se z2 + x3 + y3 -3xyz = 0, no ponto em que x = 1, y =1 e z = 1.
x y
z z
4.12. Calcular e , se x.cos y + y cos z + z cós x = 1.
x y

Calcular as segundas derivadas da funções:


x
4.13 . Calcular as segundas derivadas da função z  a. arctan .
y
4.114 . Calcular as segundas derivadas da função z  ln( x 2  y)
2z 2z
4.15. Verificar que  , se z  x y .
xy yx
y
4.16. Mostre que a função u  a. arctan , satisfaz a equação de Laplace
x
 u  u
2 2
  0.
x 2 y 2

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5 – Equações Diferenciais
- Definições e exemplos.
- Existência de soluções.

Definição:
1. F(x, y, y’) = 0 Equação diferencial ordinária de 1ª ordem.
2. F(x, y, y’, y’’) = 0 Equação diferencial ordinária de 2ª ordem.
Etc.
Se y = y(x), satisfaz a equação 1. ou 2. etc., diz-se que é uma solução, ou curva integral,
da equação diferencial.

Exemplo 1: Verificar que a função y = sen x é solução da equação diferencial


y’’ + y = 0.
R: De facto y’ = cos x e y’’ = - sen x, e então y’’ + y = - sen x + sen x = 0.

De modo semelhante poderíamos verificar que y = C sen x, também é solução da


mesma equação, do mesmo modo que y = C cos x.

A solução geral duma equação de 1ª ordem, F(x, y, y’) = 0, se existir, é uma família de
curvas y = G( x, C), ou G( x, y, C) = 0, que satisfaz à equação. Atribuindo valores
particulares a C obtemos soluções particulares.

Inversamente, se temos uma família de curvas F(x, y, C) = 0, podemos obter a equação


diferencial dessa família de curvas eliminando C no sistema de equações
dF
F(x, y, C) = 0,  0.
dx
A solução geral duma equação de 2ª ordem, F(x, y, y’,y’’) = 0, se existir, é uma família
de curvas y = G( x, C1, C2), ou G( x, y, C1, C2) = 0, que satisfaz à equação. Atribuindo
valores particulares a C1 e C2 obtemos soluções particulares.

Inversamente, se temos uma família de curvas F(x, y, C1, C2) = 0, podemos obter a
equação diferencial dessa família de curvas eliminando C1 e C2 no sistema de equações
dF d 2F
F(x, y, C1, C2) = 0,  0,  0.
dx dx 2
Etc.

Exemplo 2: Obter a equação diferencial da família de parábolas y = C x2


y y 2y
R: Como y’ = 2 C x , eliminando C entre y e y’ obtemos C  2 , e y '  2 2 x  , ou
x x x
seja x y’ = 2 y

Teorema de existência.

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Dada a equação diferencial y’ = f(x, y) e um ponto (x0, y0) no domínio de f, onde f e f’x,
são contínuas, então existe uma única curva y = y(x), que é solução da equação
diferencial e que passa no ponto (x0, y0).

Problemas:
Verificar se as funções dadas são soluções das equações.

5.1. x y’ = 2 y, y = 5x2.
1
5.2. y’2 = x2 + y2, y  .
x
C 2  x2
5.3. ( x + y) dx + x dy = 0, y  .
2x
5.4. y’’ + y = 0, y  3.sen( x)  4. cos( x) .

d 2x
5.5. 2
  2 x  0 , x  C1 cos(t )  C2 .sen(t )
dt

5.6. y’’ – 2y’ + y =0, a) y  xe x , b) y  x 2 e x

Mostre que as funções dadas são soluções gerais das equações diferenciais.

5.7. (x – 2 y) y’ = 2x – y, x 2  xy  y 2  C 2

5.8. ( x – y + 1) y’ = 1, y  x  C.e y .

Formar as equações diferenciais das famílias de curvas.

5.9. y = C x

5.10. y = C x2.

5.11. y2 = 2 C x

5.12 . y  C1 .e 2 x  C2 .e  x

Determinar as curvas das famílias que satisfazem as condições iniciais.

5.13 . x2 + y2 = C2, y(0) = 5

5.14. y  (C1  C2 x).e 2 x , y(0) = 0, y’(0) = 1.

5.15. y  C1 .e  x  C2 e x , y(0) = 0, y’(0) = 1.

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6 – Equações Diferenciais
- Equações diferenciais de 1ª ordem.
- Equações de variáveis separáveis

Equações diferenciais de 1ª ordem.

A equação diferencial de primeira ordem mais simples é y’ = f(x) que se resolve


integrando:
y   f ( x).dx  C

Equações de variáveis separáveis, são as que se podem reduzir à forma


f(x) dx = g(y) dy, ou f(x) dx - g(y) dy = 0.
Resolvem-se integrando:
 f ( x).dx   g ( y).dy  C ou  f ( x).dx   g ( y).dy  C
dy x
Exemplo 1: Integrar a equação diferencial  .
dx y
R: Separando as variáveis,
y dy = - x dx, integrando:  y.dy    x.dx  C , ou seja,
y2 x2
 C x 2  y 2  2C (família de circunferências)
2 2

Isoclinas
Dada uma equação diferencial y’ = f(x, y), fazendo f(x, y) = C, obtemos uma
isoclina das soluções, isto é uma curva que corta as curvas solução sempre segundo o
mesmo declive C.

Problemas:
6.1. Mostrar que a curva tal que o declive da tangente em cada ponto é proporcional à

abcissa é uma parábola. R: y = a x2 + C

6.2. Determinar a curva que passa no ponto (0, -2) tal que o decliva da tangente em cada

ponto seja igual à ordenada aumentada de 3 unidades. R: y = ex – 3.

Integrar as seguintes equações diferenciais:

C
6.3. y dx + x dy = 0. R: y 
x

6.4. (1 + u) v du + (1 - v ) u dv = 0. R: ln(u v) + u – v = C

13
dx tx x
6.5. (t 2  xt 2 )  x 2  t .x 2  0 . R:  ln  C
dt tx t

6.6. (1  y)dx  (1  x)dy  0 . R: ( 1 + y) ( 1 – x) = C

1
6.7. ( y – a ) dx + x2 dy = 0 R: ( y  a)  Ce x

t a
6.8. z dt – (t2 – a2) dz = 0. R: z 2 a  C
ta

dx 1  x 2 yC
6.9.  . R: x 
dy 1  y 2 1  Cy

6.10. (1  s 2 ).dt  t .ds  0. R: 2 t  arctg (s)  C

6.11. d  .tg ( ).d  0. R:   C. cos( ).

6.12. (1  x 2 ).dy  1  y 2 .dx  0.

6.13 . 1  x 2 .dy  1  y 2 .dx  0.

6.14 . 3e x tg ( y).dx  (1  e x ).sec 2 ( y).dy  0.

6.15. Segundo a lei de Newton, a velocidade de arrefecimento dum corpo qualquer no ar

é proporcional à diferença de temperatura entre o corpo e o meio. Sendo a temperatura

do ar 20º centígrados, o corpo arrefece de 100º a 60º C no espaço de 20 minutos.

Quanto demorará a temperatura a baixar até 30º C?

6.16. A velocidade de desintegração do rádio é directamente proporcional à sua massa

no instante considerado. Determinar a lei de variação da massa de rádio em função do

tempo, sabendo que no instante t = 0 a massa é m0.

14
Análise Matemática II
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7 – Equações Diferenciais
- Equações lineares de 1ª ordem.
- Equações de Bernoulli.

Equações diferenciais lineares de 1ª ordem:


Uma equação diferencial de 1ª ordem diz-se linear se puder ser escrita na forma:
dy
y’ + P(x) y = Q(x), ou  P( x). y  Q( x) .
dx
Resolve-se fazendo a mudança de variável y = u.v.
daqui y’ = u’ v + u v’. Substituindo na equação:
u’ v + u v’ + P(x) u v = Q(x).
Agora agrupamos: u’ v +u ( v’ + P(x) v ) = Q(x) e escolhemos v por forma que
v’ + P(x) v = 0. Então também u’ v = Q(x). Daqui calculamos u(x,C). A solução
geral será y = u(x,C).v
2y
Exemplo 1: Integrar a equação diferencial y '  ( x  1) 3 .
x 1
Resolução: Fazendo y = u v, então y’ = u’ v + u v’. Substituindo
2u.v 2.v
u '.v  uv'  ( x  1) 3 .  u '.v  u.(v' )  ( x  1) 3 .
x 1 x 1
 2.v
v' 0 dv 2.v dv 2.v dv 2.dx
a)  x  1   0     
u '.v  ( x  1) 3 dx x  1 dx x  1 v x 1

dv dx
 v
 2
x 1
 ln v = 2.ln(x+1)  v = ( x + 1)2.

Substituindo em a) obtemos:
x2
u´ ( x + 1) = ( x + 1) . 
2 3
u’ = x + 1 u  xC.
2
A solução geral é
x2
y = u.v = (  x  C ).( x  1) 2 .
2

Equações de Bernoulli.
Uma equação diferencial de 1ª ordem diz-se de Bernoulli se puder ser escrita na forma:
dy
y’ + P(x) y = Q(x). yk, ou  P( x). y  Q( x) yk, com k real.
dx
Resolve-se da mesma forma que as lineares.

15
Problemas:
Integrar as equações diferenciais lineares:
dy 2 y
7.1..   ( x  1) 3 . R: 2 y  ( x  1) 4  C.( x  1) 2
dx x  1
y x 1 x 1
7.2. y 'a  R: y  Cx a   .
x x 1 a a
ds
7.3. cos(t )  s.sen(t )  1 R: s = sen(t) + C cos(t).
dt
ds 1
7.4.  s. cos(t )  sen(2t ) . R: s  sen(t )  1  Ce  sen(t ) .
dt 2
n
7.5. y ' y  ex xn . R: y  x n (e x  C ) .
x
n a
7.6. y ' y n R: y.x n  ax  C .
x x
1
7.7. y ' y  R: y.e x  x  C
ex

7.8. ( x  x 3 ) y'(2 x 2  1) y  a.x 3  0 R: y  a.x  C.x. 1  x 2 .

dy 1  2 x
1
7.9.  y 1  0 . R: y  x 2 (1  Ce x )
dx x2

Integrar as equações diferenciais de Bernoulli:

7.10. y' xy  x 3 y 3 . R: y 2 ( x 2  1  Ce x )  1
2

7.11. (1  x 2 ). y' xy  axy 2  0 R: (C 1  x 2  a). y  1

7.12. 3 y 2 . y'ay 3  x  1  0 R: a 2 y 3  Ce ax  a( x  1)  1

7.13 . ( y. ln x  2). y.dx  x.dy. R: y (C x + ln x+1) = 1

tg ( x)  sec( x)
7.14 . y  y' cos( x)  y 2 cos( x)(1  sen( x)) y
sen( x)  C

16
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8 – Equações Diferenciais.
- Equações diferenciais totais.
- Trajectórias ortogonais.

Equações diferenciais totais:


Uma equação diferencial de 1ª ordem, na forma
P(x, y) dx + Q(x, y) dy = 0
P Q
diz-se total se verificar a condição:  .
y x
Nestas condições existe uma função u = u(x, y), tal que du = P(x, y) dx + Q(x, y) dy.
A solução geral da equação é então u(x, y) = C.
u
A função u(x y) determina-se pela condição  P( x, y )  u   P( x, y).dx   ( y)
x
u
 ( y) determina-se pela condição  Q ( x, y )
y
Exemplo 1: Integrar a equação diferencial (y + x).dx + x dy = 0.
P Q
Resolução: Como 1 , trata-se duma equação diferencial total.
y x

u x2
Então  y  x,  u   ( y  x).dx   ( y)  xy    ( y) .
x 2
u
 Q( x, y)  x   ' ( y)  x   ' ( y)  0   ( y)  C
y

x2 x2
u ( x, y )  xy  C  xy   C é solução geral
2 2
Trajectórias ortogonais:
dy
Dada uma família de curvas ( x, y, C )  0 , cuja equação diferencial é F ( x, y, )  0.
dx
Obtêm-se a equação diferencial das trajectórias ortogonais, substituindo y’ por -1/y’.
1
F ( x, y ,  )  0. Integrando encontramos as trajectórias ortogonais. (Curvas que
y'
cortam as iniciais perpendicularmente).

17
Problemas:
Integrar as equações diferenciais:
x3
8.1.. ( x 2  y)dx  ( x  2 y)dy  0 . R:  xy  y 2  C
3
8.2. ( y  3x 2 )dx  (4 y  x)dy  0 R: 2 y 2  xy  x 3  C .

8.3. ( y 3  x) y'  y R: y 4  4.x. y  C .

 y2 1 1 x2  y xy
8.4.    dx    2 
dy  0 R: ln  C
 ( x  y)
2
x  y ( x  y)  x x y

8.5. 2(3xy 2  2 x 3 )dx  3(2 x 2 y  y 2 )dy  0 . R: x 4  3x 2 y 2  y 3  C .


xdx  (2 x  y )dy x
8.6.  0. R: ln( x  y )  C.
( x  y) 2 x y

 1 3y 2  2 ydy
8.7.  2  4 dx  3 R: x 2  y 2  Cx 3 .
x x  x
x dy  y dx
2 2
xy
8.8. 0 R: C
( x  y) 2 x y
ydx  xdy x
8.9. xdx  ydy  2 . R: x 2  y 2  2arctg C
x  y2 y
Obter as trajectórias ortogonais:
8.10. Obter as trajectórias ortogonais da família de parábolas y = C x2.
x2 y2
R:   C2 .
4 2
8.11. Obter as trajectórias ortogonais da família de parábolas y  2 p.( x   ) . ( é o
2

x

parâmetro) R: y  Ce p
.
8.12. Obter as trajectórias ortogonais da família de curvas x2 – y2 =  .
C
R: y 
x
8.13. Obter as trajectórias ortogonais da família de curvas x2 + y2 = 2 a x.
R: y  C ( x 2  y 2 )

18
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9 – Equações Diferenciais.
- Equações diferenciais de ordem superior a um.
- Equações de 2ª ordem redutíveis.

Equações diferenciais de ordem superior a 1:


1º Caso: Integração directa. Se y(n) = f(x), encontra-se a solução geral integrando
sucessivamente
y ( n1)   f ( x).dx  C1 , y ( n2)   dx  f ( x).dx  C1 x  C2 , etc.

2º Caso: Redução da ordem 1). Se a equação diferencial não contém y explicitamente


F(x, y’, y’’) = 0, então fazendo y’ = p(x), então y’’ = p’(x) e substituindo
obtemos F(x, p, p’) = 0 que é uma equação diferencial de 1ª ordem em p e x.

Exemplo 1: Integrar a equação diferencial


x y’’ + y’ = 0.
Resolução: Fazendo y’ = p(x) obtemos y’’ = p’(x). Substituindo x p’ + p = 0.
E então
dp dp dx C1
x  p    ln p = -ln x + C  p 
dx p x x
dy C1
Assim p    y  C1 ln x  C2 Solução geral.
dx x

Redução da ordem 2) Se a equação diferencial não contém x explicitamente


F(y, y’, y’’) = 0, então fazendo y’ = p(y), e y’’ = p’y’=p’ p
obtemos F(y, p, p’p) = 0 que é uma equação diferencial de 1ª ordem em p e y.

Exemplo 2: Integrar a equação diferencial


y y’’ + y’ = 0.
Resolução: Fazendo y’ = p(y) obtemos y’’ = p’(y)y’. Substituindo
y p’ p + p = 0. Donde p = 0 ou y p’ + 1= 0.
De p = 0 tiramos y’ = 0 y = C.

19
1
De y p’+1 = 0, tiramos p'   e p = - ln y + C1 = y’….
y
dy dy
p
dx
  ln y  C1   ln y  C 1
  dx  C 2  x  C 2

Problemas:
Integrar as equações diferenciais:

y'
9.1.. y ' '  R: y  C1 x 2  C2
x
1
9.2.. y ' '  R: y  x ln | x | C1 x  C2
x
9.3.. y' '2 yy '  0 . R: y  C1tg (C1 x  C2 )

9.4.. y' '  a 2 y . R: y  C1e ax  C2 e  ax


a
9.5. y ' '  R: (C1 x  C2 ) 2  C1 y 2  a .
y3

9.6. y' '  1  y' 2 R: y  ln | e 2 x  C1 |  x  C2

9.7. xy ' ' y'  0 . R: y  C1  C2 ln | x | .


1 2
9.8. x 2 y' 'xy '  1 . R: y  ln | x | C1 ln | x | C 2 .
2

Achar as soluções particulares que satisfazem às condições indicadas:

9.9. (1  x 2 ) y' '2 xy '  0 ; y = 0, y’ = 3 para x = 0 R: y  x 3  3x .

1 2
9.10. 1  y' 2  2 yy ' ' ; y = 1, y’ = 1 para x = 1 R: y  ( x  1)
2

9.11. yy ' ' y' 2  y'3 ; y = 1, y’ = 1 para x = 0 R: y = x + 1

1
9.12. y' ' y 3  1 , y = 1, y’ = 1 para x = R:. 2 y 2  4 x 2  1
2

20
Análise Matemática II
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10 – Equações Diferenciais
- Equações diferenciais lineares de ordem superior a um.
- Propriedades gerais.
- Equações diferenciais lineares homogéneas.

Equações diferenciais lineares: São as equações do tipo:


dny d n1 y dy
n
 a1 n1  ...  an1  an y  f ( x) , em que a1, a2, … são funções
dx dx dx
contínuas de x. Se f(x) = 0, a equação diz-se homogénea ou sem segundo membro.
d2y dy
Para a equação I) 2
 a1  a 2 y  0 , homogénea, valem as propriedades:
dx dx
1) Se y1 e y2 são soluções particulares de I) então y1 + y2 também é solução.
2) Se y1 é solução particulares de I) então Cy1 também é solução.
3) Se y1 e y2 são soluções particulares de I), linearmente independentes, então
y = C1 y1 + C2 y2 é solução geral de I).
y1
y1 e y2 dizem-se linearmente independentes se  Constante.
y2
Exemplo 1: Seja a equação y’’ – y = 0.
Verifica-se facilmente que e-x e ex são soluções particulares, linearmente independentes,
da equação. A solução geral é então
y  C1e  x  C2 e x .
Se os coeficientes p, q são constantes y’’ + p y’ + q y = 0, obtêm-se as
soluções particulares resolvendo a equação característica k2 + p k + q = 0, que admite,
em geral, duas raízes k1 e k2.
1º caso: k1 e k2 são reais e diferentes. Então y1  e k1x e y 2  e k2 x e a solução geral é

y  C1 y1  C2 y 2  C1e k1x  C2 e k2 x .

2º caso: k1 e k2 são reais e iguais a k. Então y1  e kx e y 2  xe kx e a solução geral é

y  C1 y1  C2 y 2  C1e kx  C2 xe kx

3º caso: k1 e k2 são não reais. Então k1    i e k 2    i Então y1  ex cos(x) e

y 2  ex sen(x) e a solução geral é

y  ex [C1 cos(x)  C2 sen(x)]

21
Exemplo 2: Integrar a equação diferencial
y’’ + y’ – 2 y = 0.
Resolução: A equação característica é k2 + k - 2 = 0. Cujas raízes são k1= 1 e k2= - 2
A solução geral é:
y  C1e x  C2 e 2 x .

Problemas:
Integrar as equações diferenciais:

10.1.. y' '  9 y . R: y  C1e 3 x  C2 e 3 x .

10.2.. y' ' y  0 . R: y  C1 cos( x)  C2 sen( x) .

10.3. y' ' y'  0 . R: y  C1  C2 e x .

10.4. y' '12 y  7 y' . R: y  C1e 3 x  C2 e 4 x

10.5. y' '4 y'4 y  0 . R: y  (C1  C2 x)e 2 x .

10.6. y' '2 y'10 y  0 . R: y  e  x [C1 cos(3x)  C2 sen(3x)] .


3x
10.7. 4 y' '12 y'9 y  0 . R: y  (C1  C 2 x)e . 2

x
 3 3
10.8. y' ' y' y  0 . R: y  e [C1 cos(
2
x)  C 2 sen( x)] .
2 2
Integrar as equações diferenciais:

10.9. y IV  5 y' '4 y  0 . R: y  C1e x  C2 e  x  C3 e 2 x  C4 e 2 x

10.10. y' ' '2 y' ' y'2 y  0 . R:. y  C1e x  C2 e  x  C3 e 2 x

10.11. y V  4 y' ' '  0 . R:. y  C1  C2 x  C3 x 2  C4 e 2 x  C5 e 2 x

10.12. y IV  8 y' '16 y  0 . R: y  C1e 2 x  C2 e 2 x  C3 xe 2 x  C4 xe 2 x

10.13. y IV  2 y' '9 y  0 .

R: y  e  x [C1 cos( 2.x)  C2 sen( 2.x)]  e x [C3 cos( 2.x)  C4 sen( 2.x)]

10.14. y IV  y  0 .
x x
 x x x x
R: y  e 2
[C1 cos( )  C 2 sen( )]  e 2
[C3 cos( )  C 4 sen( )]
2 2 2 2

22
Análise Matemática II
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11 – Equações Diferenciais
- Equações diferenciais lineares não homogéneas de 2ª ordem.
- Variação das constantes.

d2y dy
Dada a equação 2
 a1  a 2 y  f ( x) I)
dx dx
A solução geral é y  y0  Y , em que y 0 é a solução geral da equação homogénea

d2y dy
2
 a1  a2 y  0
dx dx
e Y é uma solução particular da equação completa I).
A função Y pode ser obtida pelo método dos coeficientes indeterminados nos casos
seguintes:
1. f ( x)  e ax Pn ( x) , em que Pn (x) é um polinómio de grau n.

Se a não é raiz da equação característica, fazemos Y  e axQn (x) , em que Qn (x) é um


polinómio de grau n com coeficientes indeterminados.
Se a é raiz da equação característica, fazemos Y  x r e axQn (x) , em que r é a
multiplicidade da raiz a.
2. f ( x)  e ax [ Pn ( x) cos(x)  Qm ( x)sen(x)] . Fazemos Y = polinómio do mesmo tipo

com graus iguais ao máximo de P e Q. se   i for raiz da equação característica

multiplicamos por x r , como em 1.


Método de Variação das Constantes. Obtida a solução geral da homogénea
y0  C1 y1  C2 y 2 II)
a solução geral de I) pode ser obtida a partir do sistema:
C1' y1  C2' y 2  0 C1' y1'  C2' y 2'  f ( x) .
Em que se parte do princípio que C1 e C 2 são funções de x. Substituindo em II) temos a
solução geral.
y'
Exemplo 1: Integrar a equação y ' '  x.
x
y' y' y' ' 1
Resolução: Integrando y ' '  0.  y' '   
x x y' x
 ln(y’) = ln(x) +ln (C)  y’ = C x. y = C1 x2 + C2.

23
Agora resolvemos o sistema:
1 1
C1' x 2  C2' .1  0 , 2C1' x  C2' .0  x  C1'  , C 2'   x 2 .
2 2
x _ x3 _
 C1   C1 , C2    C 2 . Substituindo obtemos a solução geral:
2 6
x3
y  C1 x 2  C 2  .
3
Problemas:
Integrar as equações diferenciais:
12 x  7
11.1. y' '7 y'12 y  x . R: y  C1e 3 x  C 2 e 4 x  .
144
11.2. y' ' y'2 y  8.sen(2 x) .
1
R: y  C1e x  C 2 e 2 x  [2 cos(2 x)  6sen(2 x)] .
5
11.3. y' ' y  5x  2 . R: y  C1e x  C2 e  x  5x  2 .
t 1
11.4. s' 'a 2 s  t  1 . R: s  C1e at  C 2 e at  2 .
a
1
11.5. y' '9 y  6.e 3 x . R: y  C1 cos(3x)  C 2 sen(3x)  e 3 x
3
11.6. y' '3 y'  2  6 x . R:. y  C1  C2 e 3 x  x 2
11.7. y' ' '4 y' '5 y'2 y  2 x  3 . R:. y  (C1  C2 x).e x  C3 e 2 x  x  4
11.8. y' '4 y  2sen(2 x) .
x
R: y  C1 cos(2 x)  C 2 sen(2 x)  cos(2 x)
2
Integrar as equações diferenciais pela variação das constantes:

5sen( x)  7 cos( x)
11.9.. y' '7 y'6 y  sen( x) . R: y  C1e x  C 2 e 6 x  .
74
1
11.10.. y ' ' y  .
cos( x)
R: y  C1 cos( x)  C2 sen( x)  x.sen( x)  cos( x). ln(cos( x))

ex
11.11. y ' '2 y ' y  . R: y  (C1  C2 x)e x  x.e x ln | x | .
x
ex
11.12. y ' '2 y ' y  . R: y  (C1  C 2 x)e x  x.e  x ln | x |
x

24
Análise Matemática II
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12 – Equações Diferenciais
- Sistemas de equações diferenciais lineares.

 dy
 dx  ay  bz  f ( x)
Dado o sistema de equações  I)
 dz  cy  dz  g ( x)
 dx

A solução geral pode ser obtida a partir duma equação diferencial de segunda ordem
obtida da seguinte forma:
d2y dy dz
1. Deriva-se uma das equações 2
 a  b  f ' ( x) .
dx dx dx
dz
2. Substitui-se tirado da segunda equação de I).
dx
3. Substitui-se z tirado da 1ª equação de I).
4. Obtida a solução geral y(x, C1, C2) de 1. Substituindo na 1ª equação de I). obtemos
z(x, C1, C2).
Exemplo 1: Integrar o sistema de equações:
 dx
 dt  y  1

 dy  x  1
 dt

Resolução: Derivando a primeira:


d 2 x dy d 2x
  x  1,  x  1 , k2 – 1 = 0 k  1.
dt 2 dt dt 2

x0  C1e t  C2 e t , X = -1, então x = x0 + X

x  C1e t  C2 e t  1 , e

y  C1e t  C2 e t  1 tira-se da 1ª equação.

25
Problemas:
Integrar as equações diferenciais:
 dx
 dt  x  2 y x  C1 cos t  C 2 sin t ,
12.1.  R: 1 1
 dy  x  y y (C1  C 2 ) cos t  (C 2  C1 ) sin t
 dt
2 2

 dx dy
4 dt  dt  3x  sen(t ) x  C1e t  C 2 e 3t ,
12.2.  R:
 dx  y  cos(t ) y  C1e t  3C 2 e 3t  cos t
 dt

 dy
 dx  z  y y  (C1  C 2 x).e 2 x ,
12.3.  R:
 dz   y  3 z z  (C 2  C1  C 2 x).e 2 x
 dx
 dy
 dx  z  0 y  C1e 2 x  C 2 e 2 x ,
12.4.  R: .
 dz  4 y  0 z  2(C1e 2 x  C 2 e 2 x )
 dx
d 2 x
 2  y
dt
12.5.  2 .
d y  x
 dt 2

 d 2 x dy
 2   x  et
dt dt
12.6.  2
 d y  dx  1
 dt 2 dt
 dx
 dt  y  z

 dy
12.7.   x  z
 dt
 dz
 dt  x  y

R: x  C1e t  C2 e 2t , y  C3 e t  C2 e 2t , z  (C1  C3 ).e t  C2 .e 2t

26
Análise Matemática II
MIEMM

13 – Integral duplo.
- Definição e propriedades.
- Cálculo.

Definição: D
f ( x, y).dx.dy  lim  f ( x , y )S
max Si 0
i i i

D é o domínio de integração que é dividido em pequenas áreas S i , onde se calcula


f(xi, yi). Propriedades:
1.- 
D
dx.dy  Área de D.

2.- Se f ( x, y)  0 ,  D
f ( x, y).dx.dy é o volume acima do domínio D e abaixo da

superfície z = f(x, y).


3.- Se D  D1  D2 ,  D
f ( x, y).dx.dy   f ( x, y).dx.dy   f ( x, y).dx.dy
D1 D2

Se D é um domínio regular – A fronteira é cortada em apenas dois pontos por rectas


paralelas aos eixos. Calcula-se,
b 2 ( x )
D
f ( x, y).dx.dy  dx 
a 1 ( x )
f ( x, y)dy , ou

b 2 ( y )
D
f ( x, y).dx.dy  dy 
a 1 ( y )
f ( x, y)dx

1 3
Ex. 1: Calcular 0
dy  ( x  y 2 ).dx
1

1 3 1 x2 1 14
Resolução: 
0
dy  ( x  y 2 ).dx   [
1 0 2
 y 2 x]13 dy   4  2 y 2 .dy 
0 3
1 x2
Ex. 2: Calcular 0
dx  (x 2  y 2 ).dy
0

1 x2 1 y 3 x2 1 x6 26
Resolução: 
0
dx  (x 2  y 2 ).dy   [ x 2 y 
0 0 3
]0 dx   ( x 4  )dx 
0 3 105

27
Problemas:

Calcular os integrais:

1 3 14
13.1. 
0
dy  ( x  y 2 ).dx
1
R:
3

4 2 1 25
13.2.  dx 
3 1 ( x  y) 2
.dy R: ln
24

2 x 3 15
13.3.  dx
1 x
x. y.dy R:
4

2 a 1 2
13.4. 
0
d .
a sin 
rdr R:
2
a

a x x  .a 1
13.5..  dx 
0
x
a x  y2
2
.dy R:
4
 a.arctg
a

a 2y 11a 4
13.6. 
0
dy 
y a
x. y.dx R:
24

b 3 2
13.7. 
0
2 d .b rdr
2
R:
16
b

1 1 x2 
13.8. 
0
dx 
0 1 y2
.dy R:
12

2 x x2 9
13.9. 
1
dx 1
x y2
.dy R:
4

3 5
13.10.  3
dy  2 ( x  2 y).dx
y 4
R: 50,4

 sin(x ) 3
13.11.  0
dx 
0
( x  2 y).dy R:
2

x2
a b 1 a 2b 2
13.12.  0
dx 
0
a2 ( xy ).dy R:
8

28
Análise Matemática II
MIEMM

14 – Integral duplo.
- Estabelecimento dos limites.

Se D é um domínio regular – A fronteira é cortada em apenas dois pontos por rectas


paralelas ao eixo Oy. Calcula-se,
b 2 ( x )
D
f ( x, y).dx.dy  dx 
a 1 ( x )
f ( x, y)dy ,

Neste caso a fronteira do domínio é constituída pelas curvas y  1 ( x) e y   2 ( x) ,


desde x = a até x = b.
A fronteira é cortada em apenas dois pontos por rectas paralelas ao eixo Ox. Calcula-se,

b 2 ( y )
D
f ( x, y).dx.dy  dy 
a 1 ( y )
f ( x, y)dx

Neste caso a fronteira do domínio é constituída pelas curvas x  1 ( y) e x   2 ( y) ,


desde y = a até y = b.

Ex. 1: Calcular D


( x  y)dx.dy , em que o domínio é limitado pelas rectas

x = 0, y = 0 e x + y = 1.
Resolução: Desenhado o domínio
1 1 x 1 y 2 1 x 1 (1  x) 2 1
 D
( x  y)dxdy   dx 
0 0
( x  y).dy   [ xy 
0 2
]0 dx   x(1  x) 
0 2
.dx 
3
Ex. 2: Calcular D
( x  y)dx.dy , em que o domínio é a área interior à semi-

circunferência superior x2  y2  a2
Resolução: Desenhado o domínio
a a2  x2 a y 2 a2  x2
 D
( x  y )dx.dy   dx 
a 0
(x  y ).dy   [ xy 
a 2
]0 dx 

a 1 2a 3
a
( x a 2  x 2  (a 2  x 2 )dx 
2 3

29
Problemas:

Definir os limites de integração para o integral  D


f ( x, y)dx.dy , sendo o domínio

limitado pelas curvas:

3 5
14.1. x = 2, x = 3, y = -1, y = 5 R: 
2
dx  f ( x, y).dy
1

1 1 x 2
14.2. y = 0, y = 1 – x2 R: 
1
dx 
0
f ( x, y).dy

a a2  x2
14.3. x 2  y 2  a 2 R: 
a
dx 
 a2  x2
f ( x, y ).dy

2
2 1
14.4. y 
1 x 2
, y = x2 R: 
1
dx  1 x 2
x2
f ( x, y ).dy .

a y 2a
14.5. y = 0, y = a, y = x, y = x – 2a R: 
0
dy 
y
f ( x, y).dx

Inverter a ordem de integração nos integrais.

2 4 4 2
14.6. 1
dx  f ( x, y).dy
3
R: 
3
dy  f ( x, y).dx
1

1 x 1 3 y
14.7. 0
dx  3 f ( x, y).dy
x
R: 
0
dy  2 f ( x, y).dx
y

1 1 x 2 1 y 2
 dx 
1
14.8.
1 0
f ( x, y).dy R: 
0
dy 
 1 y 2
f ( x, y ).dx

a 2 ay y 2 a a
14.9. 0
dy 
0
f ( x, y).dx R:  dx
0 a a2  x2
f ( x, y).dy

1 1 y
14.10.  dy 
0  1 y 2
f ( x, y).dx
0 1 x 2 1 1 x
R: 
1
dx 
0
f ( x, y).dy   dx 
0 0
f ( x, y).dy
14.11. Calcular  D
x. y.dx.dy , em que D é limitado pelas curvas

1 1 x 2
y = 0 e y = 1 – x2. R: 
1
dx 
0
x. y.dy = 0

30
Análise Matemática II
MIEMM

15 – Integral duplo.
- Coordenadas Polares.
- Cálculo de áreas planas.
- Mudanças de variável.

- Coordenadas Polares: Usam-se se o integral fica mais simples.


 x  r cos 
 y  r sin 

 2
x  y  r
2 2

dx.dy  r.drd

 D
f ( x, y).dx.dy  f (r cos  , r sin  )r.dr.d ,
D

Ex. 1: Calcular  D
( x 2  y 2 )dx.dy , em que o domínio é o semi-circulo superior

x2  y2  a2 .
Resolução: Passando a coordenadas polares,
 a  .a 4
 D
( x 2  y 2 )dx.dy   r 2 .r.dr.d   d  r 3 dr 
D 0 0 4

- Cálculo de áreas planas.


A =  .dx.dy  Área de D
D

Ex. 2: Calcular a área compreendida entre a recta y = x + 2, e a parábola y = x2.


Resolução: Desenhado o domínio
2 x2 2 2
A   dx.dy   dx  2 .dy   [ y ] xx 2 2 dx   x  2  x 2 dx 
D 1 x 1 1
2 3
x x 9
[  2 x  ] 21 
2 3 2
-Mudança de variáveis:
x = x(u,v), y = y(u,v), então o Jacobiano destas funções é
xu' .....xv'
J= e a mudança resulta em
y u' .... y v'

 D
f ( x, y).dx.dy  f ( x(u, v), y(u, v)) | J | .du.dv
D

31
Problemas:
Calcular os integrais passando a coordenadas polares.

a a2  x2 a  .a 3
 dx  a  x  y .dy  d  a 2  r 2 .r.dr 
2 2 2
15.1. R: 2 .
0 0 0 0 6

a a2  y2 a  .a 4
 dy  ( x  y ).dx  d  .r 3 .dr 
2 2
15.2. R: 2 .
0 0 0 0 8

   
 dx  e  d  e r .r.dr 
( x 2  y 2 ) 2
15.3. .dy R: 2 .
0 0 0 0 4

2a 2 ax x 2 2 a cos  .a 2
15.4. 0
dx 
0
dy R: 
0
2 d 
0
.r.dr 
2
.

 
 e  x .dx
2
15.5. R: .
0 2

Áreas.

15.6. Calcular a área da figura limitada pela parábola y2.= 2x e a reta y = x.


2
R: .
3
15.7. Calcular a área da figura limitada pela parábola y2.= 4 a x, a recta x + y = 3a,
10a 2
y=0 R: .
3
1 1 1
15.8. Calcular a área da figura limitada pela curva x 2  y 2  a 2 e os eixos

a2
coordenados. R: .
6
15.9. Calcular a área da figura limitada pelas curvas y = sen x, y =cos x, x = 0
R: 2 1.
15.10. Calcular a área da figura limitada pela curva r  a sin(2 )

 .a 2
R: .
2
15.11. Calcular a área da figura limitada pela curva r  a(1  sin( ))

3 .a 2
R: .
2

32
Análise Matemática II
MIEMM

16 – Integrais Duplos.
- Cálculo de volumes.
- Massas de densidade variável.

- Volumes Se f ( x, y)  0 ,

V= D
f ( x, y).dx.dy  Volume acima de D e abaixo da superfície z = f (x, y)

- Volumes limitados por 2 superfícies z  f1 ( x, y) - inferior e z  f 2 ( x, y) - superior

V=  [ f
D
2 ( x, y)  f1 ( x, y)]dx.dy

Ex. 1: Calcular o volume compreendido entre o plano Oxy, a área limitada pela recta y
= x + 2, e a parábola y = x2, abaixo da superfície z = x2+y2.
Resolução: Desenhado o domínio
2 x2 y 3 x2
2
V   ( x  y )dx.dy   dx  2 ( x  y ).dy   [ x y  ] x 2 dx 
2 2 2 2 2
D 1 x 1 3
2 ( x  2) 3
x 6
639
1 x ( x  2)  3  x  3 dx  ...  35
2 4

Ex. 2: Calcular o volume compreendido entre o plano z = 2 e o parabolóide


z = 6 – x2 – y2.
Resolução: Intersetando as superficies, 2 = 6 – x2 – y2, obtemos D, uma circunferência
x2 + y2 = 4, centrada na origem de raio 2, que define o domínio.

Ou seja, após esboçar a figura,

 [6  x  y 2  2]dx.dy   (4 x 2  y 2 )dx.dy . Passando a coordenadas


2
V=
D D

polares obtemos
2 2 2
V= D
(4  r ).rdr.d   d  4r  r 3 dr  8 .
0 0

- Massas. Se a densidade de uma superfície é variável    ( x, y) , a massa de D é

M=  D
 ( x, y).dx.dy

33
Problemas:

Calcular o volume dos corpos limitados pelas superfícies:

1
16.1. x + y + z = 1 e x = 0, y = 0, z = 0. R:
6

x y z
16.2.    1 , x = 0, y = 0, z = 0.
a b c
abc
R:
6
16.3. z = 0, x 2  y 2  1 , x + y + z = 3.
R: 3
16.4. ( x  1) 2  ( y  1) 2  1, x y = z, z = 0.
R: 
16.5. x 2  y 2  2ax  0 , z = 0, x 2  y 2  z 2 .

32a 3
R:
9
16.6. y  x 2 , x  y 2 , z = 0, z  12  y  x 2 .
569
R:
140
1 2
16.7. x = 0, y = 0, z = 0, 2x + 3 y -12 = 0, z  y .
2
R: 16
16.8. x 2  y 2  a 2 , x 2  z 2  a 2 .
16 3
R: a
3
16.9. Qual é a massa de um corpo circular de raio a, sabendo que a densidade em cada
ponto P é inversamente proporcional à distância ao centro. ( K coeficiente de
proporcionalidade).
R:  .aK

34
Análise Matemática II
MIEMM

17 – Integrais Duplos .
- Centros de gravidade de figuras planas.
- Cálculo de áreas de superfícies.

- Centros de gravidade de figuras planas.


D é uma área plana, e G  ( xG , yG ) é o centro de gravidade (c.d.g.)

xG 
 x.dx.dy
D
yG 
 y.dx.dy
D

 dx.dy
D  dx.dy
D

Se a densidade for variável é necessário multiplicar as funções integrandas pela


densidade    ( x, y) . Se a área tem eixos de simetria o cdg fica sobre esse eixo.

Exemplo 1: Calcular as coordenadas do c.d.g. da área limitada pela parabola


y = 4 – x2 e o eixo Ox.
Resolução: Esboçada a área verifica-se que o eixo Oy é de simetria e portanto xG  0 ,

1 2

4 x 2
(4  x 2 ) 2 dx
2

yG 
 D
y.dx.dy


2
dx 
0
ydy
 2
 2 8
 .
 D
dx.dy 32 32 5
3 3
E portanto G = ( 0, 8/5).

- Áreas de superfícies curvas:

A área da superfície definida por z = f(x, y), interior ao domínio D é dada por
z z
   1  ( ) 2  ( ) 2 .dx.dy
D x y
Em que D é a projecção da superfície sobre o plano Oxy.

Ex. 2: Calcular a área da superfície z = 3 - 2x – 2y, situada no 1º octante.


Resolução: Desenhada área, o domínio D é limitado pela recta 2x + 2y = 3, e pelos
eixos coordenados.
z z
 2 ,  2
x y
27
   1  (2) 2  (2) 2 .dx.dy   3.dx.dy  .
D D 8

35
Problemas:
Calcular o c. d. g. das áreas limitadas pelas curvas:
x y
17.1.   1 , x = 0, y = 0.
a b
a b
R: ( xG  , yG  )
3 3
17.2. y  0 , x 2  y 2  a 2
4a
R: G = (0, )
3
17.3. Determinar o cdg da área definida por y  0 , e por um arco da ciclóide
5a
x = a( t – sen t), y = a ( 1 – cos t). R: G = ( .a, ).
6
17.4. Determinar o cdg da área interior à cardióide r  a.(1  cos  )
5a
R: G = ( ,0)
6
Calcular as áreas das superfícies definidas pelas funções:
17.5. Calcular a área do plano z  12  2 y  3x , situada no 1º octante, interior ao cilindro
16
y = 4 – x2. R:   14
3
17.6. Calcular a área do plano x + y + z = 2 a, interior ao cilindro x2 + y2 = a2.
a 2
R:   3
4
17.7. Calcular a área da superfície do corpo que é formado pela intersecção de dois
cilindros x2 + y2 = a2, e y2 + z2 = a2 R:   16a 2 .

17.8. Calcular a área da superfície do parabolóide z = a2 - x2 - y2, acima do plano z = 0.


3
R: [(1  4a 2 ) 2  1] .
6
17.9. Calcular a área da superfície do parabolóide x2 + y2 = z, interior ao cilindro


3
x2 + y2 =a2. R: [(1  4a 2 ) 2  1] .
6

36
Análise Matemática II
MIEMM

18 – Integral triplo.
- Definição e propriedades.
- Cálculo.

Definição:  V
f ( x, y, z ).dx.dy.dz  lim  f ( x , y , z )V
diam( Vi )0
i i i i

V é o domínio de integração que é dividido em pequenos volumes Vi , onde se calcula


f(xi, yi, z i).
Propriedades:
1.- V =  dx.dy.dz = Volume do domínio V.
V

2.- Se V  V1  V2 ,

 V
f ( x, y, z ).dx.dy.dz   f ( x, y, z ).dx.dy.dz   f ( x, y, z ).dx.dy.dz .
V1 V2

Se V é um domínio regular – A fronteira é cortada em apenas dois pontos por rectas


paralelas aos eixos. Calcula-se,
b 2 ( x )  2 ( x, y )
 V
f ( x, y, z ).dx.dy.dz   dx 
a 1 ( x )
dy 
1 ( x, y )
f ( x, y, z ).dz ,

1 3 2
 dx dy  ( x  y  z ).dz
2
Ex. 1: Calcular
0 1 0

Resolução:
1 3 2 z2 2 1 1 3 3
0 1 0    0 1      (2 x  2 y 2  2)dy 
2 2
dx dy ( x y z ).dz dx [ xz y z ] 0 dy dx
2 0 1

3
1 y 1 64 70
0 [2 xy  2 3  2 y]1 dx  0 (4 x  3 )dx  3
3

Ex. 2: Calcular  V


xyz .dx.dy.dz , em que V é o volume do 1º octante abaixo do plano

x + y + z = 1.
Resolução: Esboçado o volume verifica-se que
1 1 x 1 x  y
 V
xyz .dx.dy.dz =  dx 
0 0
dy 
0
xyz .dz =

1 1 x z 2 1 x  y 1 1 1 x 1 1 1
0
dx  [ xy
0 2
]0 dy   dx  xy (1  x  y) 2 dy 
2 0 0 
24 0
x(1  x) 4 dx 
720

37
Centros de gravidade.
V é um volume., e G  ( xG , yG , z G ) é o centro de gravidade (c.d.g.)

xG 
 x.dx.dy.dz
V
yG 
 y.dx.dy.dz
V
zG 
 z.dx.dy.dz
V

 dx.dy.dz
V  dx.dy.dz
V  dx.dy.dz
V

Se a densidade for variável é necessário multiplicar as funções integrandas pela


densidade    ( x, y, z) . Se o volume tem eixos de simetria o c.d.g fica sobre esse eixo.

Problemas:
a x y
18.1. Calcular 
0
dx  dy  xyz .dz
0 0

a6
R:
48
dx.dy.dz
18.2. Calcular  V ( x  y  z  1) 3
, em que o domínio de integração é limitado pelos

planos coordenados e o plano x + y + z = 1.


ln 2 5
R:  .
2 16
18.3. Determinar o volume do corpo delimitado pelo parabolóide z = 4 - x2 - y2 e o
plano z = 0.
R: 8 .
2 2 2
18.4. Determinar o volume do corpo delimitado pela esfera x + y + z = 4 e o
parabolóide x2 + y2 = 3 z.
19
R: .
6

Calcular os centros de gravidade dos volumes definidos:


x y z
18.5. Pelos planos    1 , x = 0, y = 0, z = 0.
a b c
a b c
R: G  ( , , )
4 4 4
18.6. Pela semiesfera superior x2 + y2 + z2 = a2.
3a
R: G  (0,0, )
8

38
Análise Matemática II
MIEMM

19 – Integral triplo.
- Coordenadas Cilíndricas.
- Coordenadas Esféricas.
- Mudanças de variável.

- Coordenadas Cilíndricas: O mesmo que mudar para coordenadas polares em x e y.


 x  r cos 

 y  r sin 

z  z
x 2  y 2  r 2

dx.dy.dz  r.drd .dz

E então,


V
f ( x, y, z ).dx.dy.dz   f (r cos  , r sin  , z )r.dr.d.dz .
V

- Coordenadas esféricas:
 x  r sin cos 

 y  r sin sin 

 z  r cos 0    2 ; 0    
x 2  y 2  z 2  r 2

dx.dy.dz  r 2 .sen .dr.d .d

E então


V
f ( x, y, z ).dx.dy.dz   f (r sin cos  , r sin sin  , r cos ).r 2 . sin .dr.d.d .
V

-Mudança de variáveis:
x = x(u, v, w), y = y(u, v, w),z = z(u, v, w) então o Jacobiano destas funções é
xu' .....xv' .....x w'
J = y u' .... y v' ..... y w' e a mudança resulta em
z u' .....z v' .....z w'


V
f ( x, y, z ).dx.dy.dz   f ( x(u, v, w), y(u, v, w), z (u, v, w)) | J | .du.dv.dw
V

39
Problemas:

19.1. Calcular  V


( x 2  y 2  z 2 ).dx.dy.dz , em que o domínio de integração é o interior

2 2 2 2 4 .a 5
da esfera x + y + z = a R: .
5

dx.dy.dz
19.2. Calcular  V
a  x2  y2  z 2
2
, em que V é o volume interior à semiesfera

2 2 2 2  2a
superior x + y + z = a . R:
2

19.3. Calcular  V


x 2  y 2  z 2 .dx.dy.dz , em que o domínio de integração é o interior

8
da esfera x2 + y2 + z2 = 2 x R: .
5

19.4. . Determinar o c.d.g. da semiesfera superior x2 + y2 + z2 = a2.

3a
R: G  (0,0, )
8

19.5. Determinar o volume do corpo delimitado pela esfera x2 + y2 + z2 = a2, e exterior

2 2 2 2 .a 3 2
ao cone x + y = z . R: .
3

19.6. Determinar o volume do corpo delimitado pela esfera x2 + y2 + z2 = a2, e interior

 .a 3
ao cilindro x2 + y2 = a x, acima do plano z = 0. R: .
3

40
Análise Matemática II
MIEMM

20 – Integrais de Linha.
- Definição e propriedades.
- Cálculo do Integral de Linha.
- Trabalho.

- Integral de Linha, é um integral do tipo

 P(x, y) dx  Q(x, y) dy ,
L

Em que P(x, y) e Q(x, y) são contínuas e estão definidas num certo domínio D, e L é
uma linha diferenciável traçada nesse domínio.
Se L está definida na forma paramétrica x = x(t) e y = y(t), desde t = a até t = b, então
dx = x’(t) dt, e dy = y’(t) dt, o integral calcula-se
b
 P(x, y) dx  Q(x, y) dy  
L a
P(x(t), y(t)).x' (t).dt  Q(x(t), y(t)).y'(t). dt

Exemplo 1:Calcular  (x  y)dx  (x - y) dy , em que L é o segmento de recta que une o


L

ponto (0, 0) ao ponto (2, 3).


Resolução: A equação da recta que une os dois pontos é y = 3/2 x. Fazendo a
parametrização x = 2t e y = 3t, dx = 2 dt e dy = 3 dt e
1 1 7
L
(x  y)dx  (x - y) dy =  (2t  3t).2.dt  (2t - 3t) 3dt   7t.dt 
0 0 2
.

- Independência do caminho.
Se a expressão du = P(x, y) dx + Q(x, y) dy for uma diferencial total (ou exacta) ou seja
P Q
se verificar a condição:  , então o integral de linha não depende do
y x
caminho. Depende apenas do ponto inicial e final e vale u(x1,y1) - u(x0, y0).
Numa curva fechada o percurso positivo é no sentido anti-horário.

- Trabalho.

O trabalho realizado por uma força vectorial F = (P(x, y) , Q(x, y)), ao longo dum
caminho definido por uma curva derivável L é dado por,
W =  P(x, y) dx  Q(x, y) dy .
L

41
- Integral de Linha a 3 (ou mais dimensões), é um integral do tipo

 P(x, y,z) dx  Q(x, y,z) dy  R( x, y, z)dz


L

Em que L é uma curva no espaço a 3 dimensões. Calcula-se de forma semelhante ao


integral a 2 dimensões.

Problemas:

 y dx  2xy dy , ao longo do círculo x = a cos t, y = a sen t.


2
20.1. Calcular.
L

R: 0

20.2. Calcular  ydx - x dy , ao longo da elipse x = a cos t, y = b sen t.


L

R:  2ab .

x y
20.3. . Calcular.  L x y22
dx  2
x  y2
dy , ao longo do círculo centrado na origem.

R: 0.

y.dx  x.dy
20.4. Calcular.  L x2  y2
, ao longo da recta y = x, desde x = 1 até x = 2.

R: ln 2.

20.5. Calcular  yz.dx  xz dy  xydz , ao longo da hélice x = a cos t, y = a sen t, z = k t,


L

para 0  t  2 . R: 2 .a 2 k .

20.6. Calcular  xdy - y dx , ao longo da ciclóide x = a( t – sen t), y = a (1 - cos t).


L

0  t  2 R:  6 .a 2 .

42

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