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SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

FRANCISCO THALISON CAVALCANTE DE AGUIAR

EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR E LUTAS


PROJETO DE ENSINO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

CAPANEMA - PA
2019
FRANCISCO THALISON CAVALCANTE DE AGUIAR

EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR E LUTAS


PROJETO DE ENSINO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Projeto de Ensino apresentado à Unopar, como


requisito parcial à conclusão do Curso de
Educação Física.

Orientadores: Prof. Mário Carlos Welin Balvedi;


Marcio Teixeira, Lucio Flavio Soares Caldeira,
Eloise Werle De Almeida e Gerson Rosivan De
Lima Paes.

CAPANEMA - PA
2019
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 4
1.1 TEMA DO PROJETO 5
1.2 JUSTIFICATIVA5
1.3 SÉRIE/ANO PARA QUAL O PROJETO SE DESTINA 6
1.4 PROBLEMATIZAÇÃO 6
1.5 OBJETIVOS 7
2. REVISÃO DE LITERATURA 7
3. DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA) 11
4. TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO – CRONOGRAMA 11
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 12
REFERÊNCIAS 13
AGUIAR, Francisco Thalison Cavalcante de. Educação Física Escolar e Lutas.
2019. 15 folhas. Projeto de Ensino (Graduação em Educação Física) – Centro de
Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Capanema-PA, 2019.

RESUMO

A prática da luta, em sua iniciação esportiva, apresenta valores que contribuem para
o desenvolvimento pleno do cidadão, como respeito, disciplina, dentre outros. Além
disso, analisada pela perspectiva da expressão corporal, seus movimentos resgatam
princípios inerentes ao próprio sentido e papel da Educação Física, na sociedade
atual, ou seja, à promoção da saúde; o que a caracteriza como conteúdo curricular
da Educação Física. O tema abordado será a Educação Física Escolar e as Lutas.
As lutas são conteúdos da Educação Física Escolar, porém são vítimas de restrição
nas aulas devido aos preconceitos relacionados a ela, como a associação das lutas
com a violência escolar. Esses preconceitos derivam do senso comum, porém
reflete diretamente nos professores através dos pais dos alunos, que levam em
consideração principalmente a transmissão da violência pela mídia. O projeto
justifica-se a importância de sua inserção nas escolas de modo que, além de dar
acesso a esta prática corporal, a mesma pode ser um elemento canalizador da
violência, podendo melhorar o repertório motor a partir de novos movimentos. O
presente estudo foi desenvolvido por meio de pesquisas bibliográficas, leituras de
acervos literários e consulta em fontes eletrônicas, na internet, onde todo o material
pesquisado é de extrema importância, uma vez que seus conteúdos fornecem
informações necessárias que contribuem para o enriquecimento da pesquisa.

Palavras-chave: Lutas. Ensino. Educação Física. Escola.


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1. INTRODUÇÃO

Observamos que ao longo da história da humanidade o homem reage aos


obstáculos ou problemas de diferentes “espaços” (SANTOS, 2000) ou “territórios”
(SILVA, 1995), por meio da luta. Logo, os distintos espaços, tais como: doméstico,
da produção, de mercado, da comunidade, da cidadania e mundial são todos
perpassados por lutas de poder e de sobrevivência.
Paraná (2006 apud BETTI; SO, 2009, p. 05) cita que “as lutas sempre se
fizeram presentes na história da humanidade”. Assim, as lutas centradas tanto na
materialidade, com o objetivo da sobrevivência e com metas econômicas ou de
proteção de patrimônio, como as lutas subjetivas para atingir o autocontrole,
desenvolvendo o aprendizado e/ou o equilíbrio pessoal ou afetivo, todas estas lutas
emergem da relação entre o homem e o seu meio.
A Educação Física enquanto componente curricular da Educação Básica deve
assumir uma tarefa que ao introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de
movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la
através do gesto motor, habilidades aprendidas e valores trabalhados, durante as
aulas de Educação Física.
A prática da luta, em sua iniciação esportiva, apresenta valores que
contribuem para o desenvolvimento pleno do cidadão, como respeito, disciplina,
dentre outros. Além disso, analisada pela perspectiva da expressão corporal, seus
movimentos resgatam princípios inerentes ao próprio sentido e papel da Educação
Física, na sociedade atual, ou seja, à promoção da saúde; o que a caracteriza como
conteúdo curricular da Educação Física.
As lutas, como ramo na educação física escolar, reúnem conhecimentos e
oportunidades que contribuem para o desenvolvimento integral do educando.
Lançanova (2007) considera que o potencial pedagógico das lutas é um instrumento
de enorme valor, nas mãos do educador, por sua ação corporal exclusiva, sua
natureza histórica e o acervo cultural que traz dos seus povos de origem.
Rufino e Darido (2013a, p. 08) citam que o dicionário Luft define o ato de lutar
(do latim luctari) como: “combater/ pelejar, brigar/ disputar, competir/ trabalhar
arduamente, esforçar-se, empenhar-se”. O substantivo luta no mesmo contesto é
definido como “ação de lutar/qualquer combate corpo a corpo/guerra,
peleja/antagonismo/esforço, empenho”.
5

    Deste modo, podemos entender que o ato de lutar ou de praticar a luta
significa colocar-se em defesa ou em contra algo, seja por sobrevivência ou por
esporte com a obtenção de uma conquista.

1.1 TEMA DO PROJETO

O tema abordado será a Educação Física Escolar e as Lutas referentes às


dúvidas e inquietações sobre conteúdo lutas da disciplina Educação Física Escolar e
sua relação que a sociedade influencia o ambiente escolar.

1.2 JUSTIFICATIVA

O projeto justifica-se pela importância de sua inserção nas escolas de modo


que, além de dar acesso a esta prática corporal, a mesma pode ser um elemento
canalizador da violência, podendo melhorar o repertório motor a partir de novos
movimentos (BREDA et al., 2010; GOMES, 2008; RUFINO; DARIDO, 2015).
Todavia, muitos professores de Educação Física não desenvolvem o
conteúdo lutas. Estes justificam que existem diversos motivos para que isso
aconteça, desde a falta de preparo para ministrar tal conteúdo, a associação das
modalidades pela sua temática a violência, e mesmo pela ausência de roupas e
espaços adequados (BARROS; GABRIEL, 2011; HARNISCH et al., 2017; RUFINO;
DARIDO, 2015).
Os termos esportes, arte-marcial e luta, são de pouco conhecimento dos
professores, pois não diferenciam ou não sabem o significado de cada um dos
termos. Também não precisam ser especialistas em cada modalidade, mas saber
distribuir tamanho conteúdo, assim como a Proposta Curricular onde está inserida
nos conteúdos escolares se refere, falando que todo conteúdo proposto
pedagogicamente deve ser organizado para tematizar no ambiente escolar seus
significados.
Segundo Ferreira (2006) já se pode comprovar que as lutas fazem sucesso
em todas as faixas etárias, elas ajudam muito na liberação da agressividade das
crianças, além de trabalhar nestas atividades todos os fatores psicomotores,
também colaboram quando são exploradas as partes teóricas através do resgate
histórico das modalidades e as relacionando com a ética e os valores. As lutas
6

devem servir como instrumento de auxílio pedagógico ao professor de educação


física, o ato de lutar deve se incluir no contexto histórico social cultural do homem, já
que lutamos desde a pré-história por sobrevivência.

1.3 SÉRIE/ANO PARA QUAL O PROJETO SE DESTINA

O projeto de ensino e pesquisa foi desenvolvido para ser aplicado do 2º ao 9º


ano do ensino fundamental, com a intenção de trabalhar a prática esportiva dando
ênfase a modalidade de lutas.

1.4 PROBLEMATIZAÇÃO

As lutas são conteúdos da Educação Física Escolar, porém são vítimas de


restrição nas aulas devido aos preconceitos relacionados a ela, como a associação
das lutas com a violência escolar. Esses preconceitos derivam do senso comum,
porém reflete diretamente nos professores através dos pais dos alunos, que levam
em consideração principalmente a transmissão da violência pela mídia.
Essa associação entre luta e violência no mesmo contexto deve-se ao fato da
violência ter se tornado fonte de consumo e com isso rentável para a mídia gerando
dinheiro. Tendo também outros problemas, que contribuem para afastar as lutas do
ambiente escolar, como: professores que adotam sistemas repetitivos, práticas
impensadas, rotineiras e mecânicas, má distribuição dos outros conteúdos, e ainda
usá-los fora da grade escolar (atividades extracurriculares).
Como o ambiente escolar retrata o que acontece na sociedade, Betti (1991)
fala que a luta como um conteúdo da educação física vem sofrendo por restrições,
pelos professores não utilizarem essa manifestação.
  A definição de lutas de acordo com os PCN’s, onde os profissionais de
Educação Física buscam fundamentação em suas ações didático-pedagógicas para
maximizar a forma de ensino-aprendizagem de seus alunos, é a de que são:ção
cultural em suas aulas, e ainda agridem o ensino delas.
As lutas de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN’s
(BRASIL, 1998), compõem o rol dos conteúdos de Educação Física para promoção
do ensino-aprendizagem, encontrada nos blocos de conteúdos tais como: “jogos,
brincadeiras, danças, esportes, ginásticas e lutas.”
7

[...] disputas em que os oponentes devem ser subjugados, com técnicas e


estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um
determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa.
Caracterizam-se por uma regulamentação específica a fim de punir atitudes
de violência e deslealdade. Podem ser citados exemplos de luta: as
brincadeiras de cabo de guerra e braço de ferro, até as práticas mais
complexas da capoeira, do judô e do karatê. (FERREIRA, 2006, p. 38).

A justificativa para a negação do trabalho com as lutas, geralmente são


relatos como sendo as lutas de origem violenta. Com base nestas formas reduzidas
de se entender as lutas como modalidade de ensino negativa são originárias de
crenças de que a “luta” “pode aflorar e/ou incentivar ainda mais a violências se o
tema for tratado na escola, pois muitos alunos já demonstram traços de
comportamento violento no cotidiano escolar” (NASCIMENTO; ALMEIDA, 2007, p.
101).

1.5 OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL:

O objetivo geral deste trabalho é refletir sobre questões do ensino de lutas


nas aulas de Educação Física, no ensino fundamental nas series do 2º ao 9° ano.

OBJETIVOS ESPECIFICOS:

 Identificar o interesse e desempenho dos alunos enquanto a prática de


lutas.
 Analisar o grau de contribuição na formação dos alunos no ensino
fundamental através da disciplina de lutas nas aulas de educação física
 Observar os benefícios obtidos através da relação existente entre a
Educação física e o conteúdo LUTAS no processo de ensino aprendizagem.

2. REVISÃO DE LITERATURA

Um dos documentos pioneiros na educação física escolar, no que tangem os


seus conteúdos e as práticas pedagógicas para o seu desenvolvimento, é a obra
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“Metodologia do ensino de Educação Física”, idealizada pelo Coletivo de Autores.


Neste, as lutas não estavam contempladas enquanto um único conteúdo, mas a
capoeira constava como uma das manifestações da cultura corporal de movimento,
juntamente com as ginásticas, danças, jogos e esportes (SOARES et al., 1991).
Para Freitas (2007, p. 132) “tanto a Educação Física quanto as lutas sofrem
influência da mídia na sociedade [...] essa influência é percebida na escola, desde a
vestimenta dos alunos dividindo-os em grupos que se caracterizam como tribos”.
As lutas são reconhecidas como conteúdo da Educação Física nos
Parâmetros Curriculares Nacionais (1998):

“Os conteúdos estão organizados em três blocos, que deverão ser


desenvolvidos ao longo de todo o ensino fundamental. A distribuição e o
desenvolvimento dos conteúdos estão relacionados com o projeto
pedagógico de cada escola e a especificidade da cada grupo [...] Assim, não
se trata de uma estrutura estática ou inflexível, mas sim de uma forma de
organizar o conjunto de conhecimentos abordado, segundo enfoque que
podem ser dados: esporte, jogos lutas e ginástica; atividades rítmicas e
corporais e conhecimento sobre o corpo” (Brasil, 1998)

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1997), formularam conteúdos,


dentre outras sugestões, que norteassem a Educação Física nas escolas brasileiras.
Neste documento, voltado aos ensinos fundamental e médio, os professores
deveriam desenvolver jogos, esportes, ginásticas, atividades rítmicas e expressivas,
conhecimentos sobre o corpo, bem como, as lutas (BRASIL, 1997).
Deste modo, as lutas foram tratadas enquanto:

Disputas em que o(s) oponente(s) deve(m) ser subjugado(s), mediante


técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão
de um determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa.
Caracterizam-se por uma regulamentação específica, a fim de punir atitudes
de violência e de deslealdade (BRASIL, 1997, p. 37).

A Base Nacional Comum Curricular - BNCC, o mais novo documento


norteador da Educação Física, também contempla as lutas, juntamente com as
danças, ginásticas, esportes, brincadeiras e jogos e as práticas corporais de
aventura. Neste, cada conteúdo deve ser desenvolvido de acordo com oito
dimensões: experimentação, uso e apropriação, fruição, uso e reflexão, construção
de valores, análise e compreensão, protagonismo comunitário (BRASIL, 2017).
Quanto ao foco no desenvolvimento do conteúdo lutas, a BNCC:
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...focaliza as disputas corporais, nas quais os participantes empregam


técnicas, táticas e estratégias específicas para imobilizar, desequilibrar,
atingir ou excluir o oponente de um determinado espaço, combinando ações
de ataque e defesa dirigidas ao corpo do adversário. Dessa forma, além das
lutas presentes no contexto comunitário e regional, podem ser tratadas lutas
brasileiras (capoeira, hukahuka, luta marajoara etc.), bem como lutas de
diversos países do mundo (judô, aikido, jiu-jítsu, muay thai, boxe, chinese
boxing, esgrima, kendo, etc.) (BRASIL, 2017, p. 176).

É possível perceber que as lutas, do mesmo modo que os demais conteúdos


devem ser tratados não somente enquanto uma prática a ser reproduzida, mas
também, como um modo de reflexão de sua inserção na comunidade e suas
contribuições para outros aspectos da formação humana, que vão além do âmbito
físico e motor.
Confirma-se assim a relevância de trabalhar com o conteúdo lutas,
amplamente refletidas nos principais documentos que norteiam a Educação Física
Escolar no Brasil. Apesar da, ainda, não obrigatoriedade em seguir as propostas de
tais documentos, compreende-se o quanto estes podem contribuir para os
professores e, consequentemente, para a formação dos alunos que frequentam as
escolas brasileiras.
As lutas fazem sucesso em todas as faixas etárias e podem ajudar e muito na
liberação da agressividade das crianças na educação infantil. No ensino
fundamental o esforço é maior em trazerem excelentes atividades para os alunos,
como a luta do “empurra e puxa” ou o “huga huga” (tirar o colega de dentro do
circulo central).
As lutas devem servir com instrumentos de auxílio pedagógico ao profissional
de educação física, o ato de lutar deve ser incluído dentro do contexto histórico,
social e cultural do homem, já que o contexto da luta surge desde a pré-história
como forma de sobrevivência. As lutas têm um potencial para promover
comportamentos morais e ensinar virtudes da honestidade, do trabalho em equipe,
da lealdade, do autocontrole. As lutas educam porque ensina a criança e jovens a
conviver com a derrota e a vitória, ensinar a respeitar as regras do jogo, ensina a
vencer (no jogo e na vida) através do seu esforço pessoal, ensina a competir.
A inclusão das lutas no currículo real da Educação Física estabelece
dependências com a formação dos professores em relação a esse conteúdo
(MATOS et al., 2015). Todavia, os professores universitários que ministram essa
disciplina na graduação, em sua maioria, tiveram contato com alguma modalidade
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especifica na condição de praticante. Sendo assim, esse professor restringe suas


aulas em apenas uma modalidade, não desenvolvendo o conteúdo de modo que os
graduandos possam compreender os aspectos pedagógicos do ensino das lutas de
forma global no âmbito escolar (DEL VECCHIO; FRANCHINI, 2006).
Para desenvolver este conteúdo no ambiente escolar não é necessário que o
professor tenha amplos conhecimentos sobre modalidades especificas de lutas.
Mas, que possua os conceitos básicos para sentir-se competentes para recriar sua
prática e atuar de maneira transformadora (MATOS et al., 2015; RUFINO; DARIDO,
2015).
Para sanar lacunas em relação à formação inicial de professores para o
trabalho com o conteúdo lutas, sugere-se que estes busquem a formação
continuada, ou seja, o aperfeiçoamento em cursos de extensão universitária, em
momentos oferecidos pelas escolas, secretarias de educação ou até mesmo por
entidades diretamente ligadas às lutas.
É necessário que os professores de Educação Física participem de cursos de
qualificação e aprimoramento da temática “lutas na escola”, pois assim poderão
agregar mais estratégias técnicas e lúdicas de se abordar o conteúdo, esgueirando-
se dos esportes tradicionais, que na maioria das vezes é o olhar principal das aulas
de Educação Física (MAZINI FILHO et al., 2014).
Além de dificuldades oriundas da formação inicial deficitária, outro empecilho
para o desenvolvimento das lutas na escola é a associação deste conteúdo à
violência (BARROS; GABRIEL, 2011). Outro aspecto importante a ser destacado é a
ausência de espaços e materiais adequados.
A importância das lutas como parte da cultura humana, representando um
meio eficaz de educação e um conjunto de conteúdos altamente importante para a
Educação Física escolar, pois, qualquer que seja a modalidade de luta, exige
respeito às regras, a hierarquia e a disciplina, valorizando a preservação da saúde
física e mental de seus praticantes. As lutas, assim como os demais conteúdos da
Educação Física, devem ser abordadas na escola de forma reflexiva, direcionada a
propósitos mais abrangentes do que somente desenvolver capacidades e
potencialidades físicas (OLIVEIRA; REIS FILHO, 2013).

3. DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA)
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O presente estudo foi desenvolvido por meio de pesquisas bibliográficas,


leituras de acervos literários e consulta em fontes eletrônicas, na internet, onde todo
o material pesquisado é de extrema importância, uma vez que seus conteúdos
fornecem informações necessárias que contribuem para o enriquecimento da
pesquisa.
Abaixo estão sugestões de atividades a serem realizadas durante o
desenvolvimento do projeto.
 Ampliar conceitos a partir de debates e socialização,
 Assistir documentários;
 Executar pesquisas relativas a temática abordada;
 Reunião e leitura sobre o tema abordado;
 Construção de painéis temáticos e debates sobre a importância da
modalidade.

4. TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO – CRONOGRAMA

ATIVIDADES/PERÍODO 2018 JAN FEV MAR ABR MAI


Levantamento da leitura x x
Montagem do projeto x x x
Pesquisa Bibliográfica x x x
Entrega do trabalho x
Correção x
Defesa

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Observa-se, portanto, que a maioria dos professores não trabalham essa


disciplina que é de grande importância para a formação do aluno, não tendo
desculpas para não desenvolver atividades que envolva lutas. Não é impossível de
se trabalhar com o conteúdo de lutas nas escolas, mesmo o professor não sendo um
fiel praticante marcial, basta utilizar movimentos de chutes, socos, rasteiras,
projeção ou até mesmo brincadeiras simples e fácies de se realizar, podendo criar
inúmeras atividades das quais podem ser trabalhados nas aulas de Educação
Física, sempre respeitando os limites individuais de cada aluno, bem como seu nível
de aspiração, ou seja, no que diz respeito autoestima, vitórias e fracasso
vivenciados, bem como os objetivos ou metas de uma tarefa.
Quando levado em consideração o conteúdo lutas, que ainda é
menosprezado nas escolas, é de extrema importância que o professor de Educação
Física se envolva com o mesmo, procurando se aprofundar no assunto, superar as
dificuldades de ausência de espaço e vestimenta adequada, bem como da visão do
senso comum que retrata as lutas como sinônimo de violência.
Assim, envolvendo-se na mudança para uma nova realidade. Realidade esta
que, finalmente, atenderá aos documentos que a citam enquanto conteúdo
contemplado dentre as práticas corporais a serem desenvolvidas nas aulas de
Educação Física Escolar.
Por fim, espera-se que com este estudo novas ideias e propostas
pedagógicas para o ensino das lutas no ambiente escolar sejam idealizadas,
testadas e amplamente utilizadas por professores de Educação Física, de modo a
tornar as lutas cada vez mais disseminadas e compreendidas pela sociedade
enquanto manifestação da cultura corporal de movimento.

REFERÊNCIAS
13

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maio de 2019.

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BREDA, M.; GALATTI, L.; SCAGLIA, A. J.; PAES, R. R. Pedagogia do esporte


aplicada às lutas. São Paulo, Phorte, 2010.

DEL VECCHIO, F. B.; FRANCHINI, E. Lutas, artes marciais e esportes de


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física. In: SOUZA NETO, S.; HUNGER, D. (Orgs.). Formação profissional em
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Educação Física – 135(2006) 23-45.

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14

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MATOS, J.; HIRAMA, L.; GALATTI, L. R.; MONTAGNER, P. C. A


presença/ausência do conteúdo lutas na educação física escolar: identificando
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MAZINI FILHO, M. L.; SIMÕES, M. R.; VENTURINI, G. R. O.; SAVÓIA, R. P.;


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15

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