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INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
2 CONCEPÇÕES DE HOMEM................................................................... 7
4 PERÍODOS DA FILOSOFIA.................................................................. 12
10 ÉTICA .................................................................................................... 21
11 MORAL ................................................................................................. 23
Prezado aluno,
Bons estudos!
1 ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
Esse ramo do conhecimento pode ser caracterizado de três maneiras: seja pelo
conteúdo ou temas abordados, seja pelo seu papel na cultura, seja pela forma como
trata esses temas.
Em termos de conteúdo, a filosofia contemporânea lida com conceitos como
bem, beleza, justiça e verdade. Mas a filosofia nem sempre trata de temas
selecionados, como os indicados acima. Originalmente, na Grécia, a Filosofia tratava
de todos os assuntos, pois até o século XIX não havia separação entre ciência e
filosofia, integrava todos os saberes.
No entanto, a Filosofia abriu as portas para uma nova forma de abordar os
temas que passou a cobrir, determinando a mudança na compreensão do mundo até
então.
A filosofia em sua trajetória histórica busca respostas para questões cognitivas
e a cada vez elas são respondidas a partir de diferentes reflexões formando correntes
ou escolas de pensamento. Platão (427 - 347 a.C) e Aristóteles (384 - 322 a.C) deram
à filosofia uma de suas melhores definições.
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Eles veem a filosofia como um discurso que é admirado e maravilhado por todo
o mundo. A filosofia faz isso, segundo a concepção tradicional que apareceu em
Platão e Aristóteles, ou seja, levanta certas questões que nos obrigam a ver o trivial
como não mais trivial. Assim, a filosofia é o vocabulário que colocamos à custa de
coisas triviais.
Tudo a que estamos acostumados torna-se motivo de dúvida, tudo o que é
trivial fica sob o olhar da expressão irado, e aí já não nos aceitamos como
acostumados às coisas a que estamos acostumados.
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Também direcionamos nossas ações para objetivos e fins que valorizamos. A
ética, ou filosofia moral, em seu sentido mais abrangente, busca articular, lógica e
sistematicamente, as regras ou princípios subjacentes.
Na prática, a ética se limita aos aspectos éticos do comportamento e, em geral,
tende a ignorar a maioria das ações que tomamos por razões de eficiência ou
prudência, como se fossem demais elementares para garantir a devida consideração.
2 CONCEPÇÕES DE HOMEM
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Toda concepção de mundo e forma de agir partem de uma ideia de homem. As
teorias humanísticas sustentam-se procurando compreender um conceito de homem.
Por isso é importante nas práxis educativas que se tenha claramente tematizada a
questão antropológica. Selecionamos, então, como temática primeira de nossos
encontros as concepções de homem, de modo bastante sucinto, mesmo porque o ser-
humano – o animal que pensa – é o grande garimpeiro de uma longa atividade de
escavação que é a filosofia.
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educação inspira-se numa metodologia que enfatiza a rigorosa programação dos
passos para se adquirir o conhecimento (behaviorismo/psicologia
comportamentalista). Tentativa de adequar a metodologia das ciências humanas ao
método das ciências da natureza (experimentação, controle e generalização).
Contrapõem-se às teorias humanistas.
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Ao interpretar e transformar a realidade, os humanos encontram outros seres
humanos engajados na mesma tarefa, é o que chamamos de confrontar outros atores.
Na medida em que uma pessoa fala e aceita as palavras da outra, ela alcança um
reconhecimento mais profundo do outro como sujeito. A partir do momento em que o
homem reconheceu o outro e com ele dialogou em busca do sentido da existência no
mundo, nasceu a história.
Assim para SCARIOTTO (2007) uma boa filosofia, influência de forma favorável
à política, gerando uma prosperidade que é incapaz de ser alcançada sob a égide de
uma filosofia inferior.
4 PERÍODOS DA FILOSOFIA
A filosofia possui um grande valor para as pessoas que vivem nesse mundo
complicado. Muitas delas não têm fundamentos ou crenças que norteiem suas vidas.
A filosofia pode fornecer-lhes uma estrutura racional, com a qual podem pensar. Ao
aceitar uma determinada corrente filosófica, o homem tem possibilidade de começar
a buscar certos objetos e dirigir seu comportamento. Por exemplo, um estoico tenta
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dominar suas emoções; um epicurista busca a felicidade através do prazer; o
racionalista tenta chegar ao conhecimento através da razão; o cristão luta pela
salvação através da graça e dos ensinamentos de Jesus Cristo.
Cada conjunto de crenças leva a um determinado modo de pensar e a um
comportamento diferente. A filosofia também examina fundamentos de outros
estudos. Pergunta ao cientista social o que acredita ser a natureza do homem. Indaga
ao físico por que utiliza o método científico. A filosofia procura organizar as conclusões
das várias ciências para mostrar os diversos modos como estão relacionadas.
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pessoal. Isto seria característica do momento seguinte: o filosófico. Platão e
Aristóteles assinalam como princípio da filosofia o desejo de saber, inato no ser
humano, excitado pela admiração e curiosidade frente aos fenômenos da natureza.
5 FILOSOFIA OCIDENTAL
6 FILOSOFIA PRÉ-SOCRÁTICA
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Os físicos da Jônia, como Tales de Mileto (625-546 a.C), Anaximandro (611-
547 a.C), Anaxímenes, (570-547 a.C) e Heráclito4 (544-480 a.C), procuram explicar o
mundo pelo desenvolvimento de uma natureza comum a todas as coisas e em eterno
movimento. Heráclito afirma a estrutura contraditória e dinâmica do real. Para ele, tudo
está em constante modificação. Daí sua frase "Não nos banhamos duas vezes no
mesmo rio", já que nem o rio nem quem nele se banha são os mesmos em dois
momentos diferentes da existência.
Os pensadores de Eléa, como Empédocles (483-430 a.C), Parmênides (530-
460 a.C) e Anaxágoras (499-428 a.C), ao contrário, dizem que o ser é unidade e
imobilidade e que a mutação não passa de aparência. Para Parmênides, o ser é ainda
completo, eterno e perfeito. Já Zenon (510-? A.C) conceituou os paradoxos lógicos
(no campo da lógica e da matemática designa uma conclusão aparentemente
contraditória derivada de uma proposta com premissas válidas), enigmas intelectuais
que filósofos e lógicos de todas as épocas posteriores tentariam resolver. O interesse
dos eleáticos pelo problema da coerência racional propiciou o desenvolvimento da
ciência da lógica.
Os atomistas, como Leucipo e Demócrito (460-370 a.C), (a quem se atribui o
primeiro esboço mais completo de um materialismo determinista) sustentam que o
Universo é constituído de átomos eternos, indivisíveis e infinitos reunidos
aleatoriamente.
Por volta de fins do século V a.C., os sofistas passaram a ter um importante
papel na evolução das cidades - estado gregas. A famosa máxima de Protágoras (490-
410 a.C), “o homem é a medida de todas as coisas”, é representativa da atitude
filosófica desta escola. Os sofistas, como Protágoras e Górgias (485-380), são
educadores pagos pelos alunos. Pretendem substituir a educação tradicional,
destinada a preparar guerreiros e atletas, por uma nova pedagogia, preocupada em
formar o cidadão da nova democracia ateniense. Com eles, a arte da retórica – falar
bem e de maneira convincente a respeito de qualquer assunto – alcança grande
desenvolvimento.
Pitágoras (582-500 a.C) afirma que a verdadeira substância original é a alma
imortal, que preexiste ao corpo e no qual se encarna como em uma prisão, como
castigo pelas culpas da existência anterior. O pitagorismo representa a primeira
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tentativa de apreender o conteúdo inteligível das coisas, a essência, prenúncio do
mundo das ideias de Platão.
7 FILOSOFIA CLÁSSICA
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religião; a salvação e a felicidade passam a ser vistas como possíveis de alcançar de
forma individual e subjetiva.
8 FILOSOFIA MEDIEVAL
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escolástica, cujo método foi dialético ou discursivo. O interesse pela lógica do discurso
levou a importantes avanços, tanto em lógica quanto em teologia.
Avicena (980-1037), médico, filósofo, astrônomo e físico árabe do século XII,
integrou o neoplatonismo e as ideias aristotélicas à doutrina religiosa muçulmana. O
teólogo francês Pedro Abelardo (1079-1142) propôs um compromisso entre realismo
e nominalismo, que ficou conhecido como conceitualismo. O jurista hispano-árabe
Averroes contribuiu para que a ciência e o pensamento aristotélico tivessem grande
influência no mundo medieval, graças a seus lúcidos e eruditos comentários sobre a
obra de Aristóteles. Porém, a maior figura intelectual da Era Medieval foi, sem dúvida,
São Tomás de Aquino (1225-1274), que uniu a ciência aristotélica e a teologia
agostiniana num amplo sistema de pensamento, que se transformaria na filosofia
escolástica autorizada da Igreja católica. Aquino elabora a síntese entre o cristianismo
e o pensamento aristotélico, estabelecendo os fundamentos filosóficos para a teologia
cristã.
9 FILOSOFIA MODERNA
A partir do século XV, a filosofia moderna tem estado caracterizada por uma
contínua interação entre sistemas de pensamento, fundada em uma interpretação
mecanicista e materialista do universo, e os que se baseiam na fé no pensamento
humano como única realidade última.
Esta interação reflete o efeito crescente das descobertas científicas e das
transformações políticas na especulação filosófica. À religiosidade medieval, a
filosofia moderna apresenta-se leiga, profana, crítica e encontra na razão sua
fundamentação.
Para compreender a si e o mundo, o homem moderno debruça-se ainda mais
sobre o conhecimento: quer entender a sua própria capacidade de entender, de
conhecer. A teoria do conhecimento pode ser entendida como a investigação acerca
das condições do conhecimento verdadeiro.
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Conhecer é representar cuidadosamente o que é exterior à mente, a
representação é o processo pelo qual a mente torna presente diante de si a imagem,
a ideia ou o conceito de algum objeto.
Portanto, para que exista conhecimento será necessária a relação entre dois
elementos básicos: um sujeito conhecedor (nossa consciência, nossa mente) e um
objeto (a realidade, o mundo, os fenômenos). Só haverá conhecimento se o sujeito
conseguir apreender o objeto, isto é, conseguir representa-lo mentalmente. É possível
o conhecimento verdadeiro ou tudo é incerteza? Na realidade, o conhecimento é a
fabricação do ideal sobre a terra.
10 ÉTICA
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impulsiona o exercício crítico e reflexivo das bases moralistas, na busca da elucidação
dos fatos morais. Desta forma, é notável que a Ética, na Filosofia, não oferece um
código de normas, apenas incentiva o homem, como ser racional e social, a praticar
o senso crítico e auto avaliativo, em suas atitudes e modo de agir.
Este é o principal pilar da diferenciação entre Moral e Ética, pois, para ela, toda
moral é normativa, enquanto designada a ditar aos sujeitos os padrões de conduta,
assim como os valores e costumes das sociedades das quais participam. Já a ética
não é necessariamente normativa, e vem, em seguida, sistematizando a subdivisão
de ética em normativa e não normativa, sendo que, normativa seria a ética de deveres
e obrigações; e não normativa, seria a ética que tem como objeto de estudo as ações
e paixões humanas, embasadas no ideal da felicidade, de acordo com o critério da
relação razão - vontade – liberdade.
(...) entre as tarefas da ética como filosofia moral são essenciais as que
seguem: 1) elucidar em que consiste o moral, que não se identifica com os
restantes saberes práticos (com o jurídico, o político ou o religioso), ainda
esteja estreitamente conectado com eles; 2) tentar fundamentar o moral; ou
seja, inquirir as razões para que haja moral ou denunciar que não as há.
Distintos modelos filosóficos, valendo-se de métodos específicos, oferecem
respostas diversas, que vão desde afirmar a impossibilidade ou inclusive a
indesejabilidade de fundamentar racionalmente o moral, até oferecer um
fundamento; 3) tentar uma aplicação dos princípios éticos descobertos aos
distintos âmbitos da vida cotidiana. (CORTINA, 2010. apud. SILVA, 2016).
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Características axiológicas: Nota-se na atividade axiológica três características
fundamentais, a experiência:
1) É sempre concreta. “Os valores são sempre vividos por um sujeito numa
situação concreta”.
2) Nunca existe sem um sujeito responsável envolvido nela. “Os valores
nunca podem atingir-nos sem intermediário (testemunha), direto ou indireto”.
3) Não acaba com a descoberta dos valores, mas é uma abertura a novas
perspectivas de ação.
A valoração sempre se refere a uma situação em que estamos envolvidos e
que já está repleta de significações, daí que os valores escapam de um relativismo
subjetivo; nossa tomada de consciência valorativa, crítica e criativa obriga-nos a uma
definição em relação aos outros e não somente sobre nós mesmos.
Os valores indicam ao mesmo tempo: os limites em relação aos quais podemos
medir as nossas possibilidades e as limitações a que devemos nos submeter.
Estruturam o campo de nossa atuação. A valoração abre as seguintes perspectivas
para a educação:
1. Exigirá a participação ativa tanto do aluno como do professor (a valoração
não tem como finalidade exprimir um juízo sobre algo, mas ser um trabalho que defina
algo).
2. Obrigará aos dois elementos da dupla aluno-professor a se abrirem um ao
outro na intersubjetividade (diálogo/trabalho em comum).
3. Fundamentará o projeto comum de dar sentido ao nosso mundo. Professor
e aluno devem se submeter ao mesmo valor: a verdade. Assim a autoridade do
professor será justa e aceitável, logo, legítima, se estiver servindo a este valor
universal.
Se o educador não gozar mais, a priori, de autoridade, isto não significa que
ele não seja mais um mestre, mas sim, que ele pode manifestar a sua
capacidade de demonstrar autoridade pela sua competência e pelo seu
empenho profissional. (FURTER, 1972. apud. BRANCO, 2004).
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11.2 A filosofia e os princípios éticos
12 POLÍTICAS EDUCACIONAIS
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de educação geralmente estão associadas aos momentos históricos de um país e do
mundo e à interpretação de poder de cada época.
No Brasil, elas são estabelecidas por um processo pedagógico nacional, no
qual são discutidas as temáticas necessárias para garantir uma educação de
qualidade, e apoiadas pela legislação. Exigem, ainda, a participação da sociedade
como um todo — educadores, alunos, pais e governo.
Normalmente, as políticas educacionais têm origem nas leis votadas pelo Poder
Legislativo nas esferas federal, estadual e municipal, embora membros do Poder
Executivo também possam propor ações nessa área. Aos cidadãos cabe participar
dos conselhos de políticas públicas, que são espaços de discussão de demandas.
Dessa forma, as políticas educacionais podem ser entendidas como um meio
de construção de valores e conhecimentos que possibilitam o pleno desenvolvimento
do educando, incluindo sua capacidade de se comunicar, compreender o mundo ao
seu redor, defender suas ideias e exercer a cidadania.
Ao estabelecer modelos educacionais concebidos pelos cidadãos e pelo
governo, essas políticas públicas viabilizam a criação de uma sociedade apta para
trabalhar, questionar e contribuir com o crescimento da nação — por isso, são de
extrema importância para o país.
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Dentro do projeto de sociedade do modo de produção capitalista, marcado pela
contradição, as políticas sociais simbolizam as forças antagônicas da luta de classes.
A classe dominante, que detém os modos de produção, beneficia-se do poder para
explorar a classe trabalhadora, utilizando-se das políticas como:
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Já no Brasil a história das políticas da infância e adolescência teve início no
período em que ainda era colônia de Portugal (1500-1822), tendo sua estrutura
econômica e política vinculada a metrópole portuguesa, sendo o poder mantido por
meio da união entre os representantes da corte e da igreja católica. Das primeiras
preocupações com o cuidado das crianças desprovidas de recursos originaram-se as
casas de recolhimento, fundadas pelos jesuítas, com a finalidade de cuidar das
crianças índias, batizando-as e preparando-as para o trabalho.
Com a cultura escravocrata surgiram novas dificuldades relacionadas as
crianças, uma vez que o custo de sua criação era maior do que a importação de mão
de obra escrava adulta. Sendo o problema agravado pelos filhos ilegítimos nascidos
dos senhores com suas escravas ou índias (relações estas consideradas imorais),
predestinando essas crianças ao abandono. Para sanar o problema, em 1726 foi
proposto a estratégia de coletar esmolas na comunidade para acudir e internar essas
crianças, sendo instalada em 1726, na Bahia a “Roda dos Expostos”, grande roda
giratória para onde eram levadas às crianças abandonadas, mantendo os pais no
anonimato.
Durante os séculos XIX e XX a ideologia de caridade foi substituída pela
ideologia filantrópica com a criação dos primeiros "institutos de atenção à criança".
Sendo fundado em 1899, o Instituto de Proteção e Assistência à Infância no Rio de
Janeiro, pelo Dr. Arthur Moncorvo Filho e o Instituto Disciplinar de São Paulo, criado
em 1902. O Estado passou a ter papel ativo no atendimento a crianças e adolescentes
privados de assistência que deveriam então submeter-se às suas determinações, para
que não ameaçassem a sociedade, mas a família era responsabilizada pelo
abandono.
Em 1927 instituiu-se o primeiro Código de Menores que tratou de questões
referentes a higiene da infância, bem como da delinquência, estabelecendo sobre a
infância vigilância pública, classificando os menores em abandonados e delinquentes.
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Ao findar da Segunda Guerra Mundial a necessidade de combater injustiças,
despertou o desejo de uma nova ética social. Este aspecto fez com que as nações se
organizassem na Assembleia Geral em 1948, que originou a Declaração Universal
dos Direitos Humanos, base de uma ideia que hoje tem extraordinária importância
para toda a humanidade – a de democracia.
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Neste período no Brasil, passou a vigorar o Estatuto da Criança e do
Adolescente - ECA, Lei n° 8.069/90 este teve como fundamento os princípios
adotados pela Doutrina de Proteção Integral, defendida pela Organização das Nações
Unidas e pela Declaração Universal dos Direitos da Criança, de 1959 — crianças e
adolescentes passaram a ser projetados como sujeitos em desenvolvimento, tendo
direito à proteção integral devendo ser-lhes assegurados oportunidades e facilidades,
para facultar seu desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em
condições de liberdade e de dignidade. De acordo com o artigo 227 de nossa
Constituição Federal:
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inserção social. O sucesso e/ou fracasso do indivíduo determinam sua inserção nos
grupos sociais.
A maneira mecânica e instrucionista como o currículo se organiza, com
grande volume de matérias e conteúdos associada a ministração reprodutiva,
tem trazido resultados insatisfatórios, sendo que “essa barbaridade,
condenada frontalmente pelas atuais teorias de aprendizagem, não é, porém,
questionada, porque se tornou cultura. Está na alma da escola e do professor”
(DEMO, 2004. apud. GRACIANO, 2017).
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Inclusão significa ‘escola para todos’, Direito que toda criança possui e que
requer empenho e articulação de todas as instâncias da sociedade. Educação
Inclusiva exige o atendimento de Necessidades Especiais, não apenas dos
portadores de deficiências, mas de todas as crianças. Implica trabalhar com
a diversidade, de forma interativa - escola e setores sensíveis. Deve estar
orientada para o acolhimento, aceitação, esforço coletivo e equiparação de
oportunidades de desenvolvimento. Requer que as crianças portadoras de
necessidades especiais saiam da exclusão e participem de classes comuns.
Para isso, é necessário um diagnóstico cuidadoso que levante as
necessidades específicas de cada criança. (SCOTTO, 2005. apud.
GRACIANO, 2017).
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processos, para alcançarmos uma inclusão social efetiva e a melhoria da qualidade
da educação.
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Com relação ao pensamento pedagógico brasileiro liberal: Na década de 1930,
quatro projetos de qualificação do Magistério se afirmaram, entre eles o Instituto de
Educação da Universidade de São Paulo, criado por Fernando de Azevedo, em 1934,
e a Escola de Educação da Universidade do Distrito Federal, no Rio de Janeiro, em
1935.
No entanto, o golpe de Estado pôs fim aos projetos que se referiam ao curso
de Pedagogia como formador de professores, consolidando a criação da
Universidade do Brasil em 1937, resultando, a partir desse projeto, na criação
da Faculdade de Filosofia. Nesse período, o curso se destinava à formação
de quadros técnicos administrativos para a educação e de professor para as
escolas normais (LIMA, 2018).
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A educação até o final deste século tornou-se permanente e social. No entanto,
mesmo com o desenvolvimento de algumas das teorias, métodos e subsídios
conceituais formulados pelos grandes pensadores pedagógicos do Brasil, a prática
educativa e a educação em geral no Brasil ainda sofrem marcadas por ações que não
correspondem às necessidades ou resultados atuais. Educação.
Na boa medicina, os tratamentos e remédios são prescritos com base nas
melhores pesquisas disponíveis. Por que, na educação, o ensino é baseado na
intuição e na tradição e não na pesquisa existente? Esse parece ser um dos motivos
do baixo desempenho das escolas. Para José Guilherme Merquior, citado por Castro
(2013):
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