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Desenho Técnico
para Engenharia
2016 V1.0
Sumário
1. INTRODUÇÂO.................................................................................................... 4
PADRONIZAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS ............................................ 5
1.1.1. Normas técnicas brasileiras ..................................................................................... 5
MATERIAIS DE DESENHO TÉCNICO ............................................................. 6
1.2.1. Material básico ......................................................................................................... 6
1.2.2. Material complementar ............................................................................................. 7
EXEMPLO DO MANUSEIO DE ALGUNS MATERIAIS ................................... 7
Durezas de grafites: ......................................................................................... 7
Uso dos esquadros e régua paralela ............................................................. 8
Escalímetros ..................................................................................................... 9
2. FIGURAS GEOMÉTRICAS ELEMENTARES ..................................................... 9
Figuras geométricas planas ............................................................................ 9
Sólidos Geométricos...................................................................................... 10
3. LINHAS E ESPESSURAS ................................................................................ 12
4. FORMATOS DE PAPEL ................................................................................... 14
5. ESCALAS ......................................................................................................... 16
Escalas dos Desenhos .................................................................................. 16
Condições básicas na escolha da escala ................................................... 16
Escalas Numéricas ......................................................................................... 17
Escalas Gráficas ............................................................................................. 18
Escalas recomendadas .................................................................................. 19
6. LETRAS E ALGARISMOS ............................................................................... 19
7. TEORIA DAS PROJEÇÕES ............................................................................. 21
AXONOMETRIA ............................................................................................... 22
7.1.1. Perspectiva cavaleira ............................................................................................. 22
7.1.2. Perspectiva isométrica ........................................................................................... 23
DIEDROS ......................................................................................................... 25
PROJEÇÃO ORTOGONAL ............................................................................. 25
8. COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO .............................................................. 27
Linhas empregadas na cotagem .................................................................. 28
Posicionamento das cotas e dimensões paralelas .................................... 28
Cotas em espaços limitados ......................................................................... 29
Cotas em ângulos e de raios ........................................................................ 29
Uso de eixos de simetria ............................................................................... 30
Cotagem a partir de linha de referência ...................................................... 30
Cotas em desenhos arquitetônicos ............................................................. 31
Modo de cotar desenhos em perspectiva ................................................... 32
9. PLANO DE CORTE .......................................................................................... 33
Indicação dos Planos de Corte ..................................................................... 33
9.1.1. Plano de corte Vertical ........................................................................................... 33
9.1.2. Plano de corte Horizontal ....................................................................................... 34
9.1.3. Plano de corte Transversal .................................................................................... 35
Projeção dos Tipos de Cortes ...................................................................... 36
9.2.1. Corte total na Vista Frontal ..................................................................................... 36
9.2.2. Corte total na Vista Superior .................................................................................. 37
9.2.3. Corte total na Vista Lateral ..................................................................................... 37
9.2.4. Corte Composto ou em desvio ............................................................................... 37
9.2.5. Meio corte............................................................................................................... 38
9.2.6. Corte Parcial........................................................................................................... 39
10. HACHURAS .................................................................................................. 39
11. REFERÊNCIAS ............................................................................................. 41
4
1. INTRODUÇÂO
Para transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica que pode ser
compreendida internacionalmente foi necessário padronizar seus procedimentos de
representação gráfica. As normas técnicas são resultantes do interesse em
estabelecer códigos técnicos que regulem relações entre produtores e consumidores,
engenheiros, empreiteiros e clientes.
Todavia, cada país elabora suas normas técnicas e estas são acatadas em
todo o seu território por todos os que estão ligados, direta ou indiretamente, a este
setor.
No Brasil as normas técnicas (NBR) são aprovadas e editadas pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) fundada em 1940.
As normas técnicas que regulam o desenho técnico são normas editadas pela
ABNT, registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial) como normas brasileiras – NBR e estão em consonância com as
normas internacionais aprovadas pela International Organization for Standardization
– ISO.
Assim, para a realização de um desenho técnico, este é embasado sobre
normativas técnicas elaboradas para distintas situações.
Durezas de grafites:
Pelo fato de muitos desenhos terem linha de 30°, 60° e 45° ou múltiplos ou
submúltiplos. Os esquadros triangulares são constituídos com aqueles ângulos.
Os esquadros podem ser combinados entre si formando ângulos de 15°, 75°,
120° e outros, conforme a Figura 3.
Escalímetros
Figura 4 – Escalímetros.
Sólidos Geométricos
3. LINHAS E ESPESSURAS
Traço forte: As linhas grossas e escuras são utilizadas para representar, nas
plantas baixas e cortes, as paredes e todos os demais elementos interceptados pelo
plano de corte. No desenho a lápis pode-se utilizar a lapiseira 0,5 e retraçar a linha
diversas vezes, até atingir a espessura e tonalidade desejadas, ou então utilizar-se o
grafite 0,9, traçando com a lapiseira bem vertical. Com o uso de tinta nanquim a pena
pode ser 0.6.
Traço médio: As linhas médias, ou seja, finas e escuras, representam
elementos em vista ou tudo que esteja abaixo do plano de corte, como peitoris,
soleiras, mobiliário, ressaltos no piso, paredes em vista, etc. É indicado o uso do
grafite 0,5, num traço firme, com a lapiseira um pouco inclinada, procurando girá-la
em torno de seu eixo, para que o grafite desgaste homogeneamente mantendo a
espessura do traço único. Para o desenho a tinta pode-se usar as penas 0,2 e 0,3.
Traço fino: Para linhas de construção do desenho – que não precisam ser
apagadas – utiliza-se linha bem fina. Nas texturas de piso ou parede (azulejos,
cerâmicas, pedras, etc), as juntas são representadas por linhas finas. Também para
linhas de cota, auxiliares e de projeção. Utiliza-se normalmente o grafite 0,3, ou o
grafite 0,5 exercendo pequena pressão na lapiseira. Para tinta, usa-se as penas 0,2
ou 0,1.
Outros usos:
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4. FORMATOS DE PAPEL
MARGEM ESPESSURA
COMPIMENTO
FORMATO DIMENSÕES LINHAS DAS
ESQUERDA OUTRAS DA LEGENDA
MARGENS
A0 841 x 1189 25 10 175 1,4
A1 594 x 841 25 10 175 1,0
A2 420 x 594 25 7 178 0,7
A3 297 x 420 25 7 178 0,5
A4 210 x 297 25 7 178 0,5
Quadro 1 - Formato da série "A", dimensões em milímetros
De forma geral, na Figura 16 se pode observar uma folha fora de padrão com
suas margens, dobras e legenda.
5. ESCALAS
O desenho de uma peça, por diversas razões, nem sempre poderá ser
executado com as dimensões reais da mesma. Tratando-se de uma peça grande,
teremos que desenhá-la em tamanho reduzido, conservando sua proporção, com
igual redução em todas as medidas. E, quando o objeto a ser representado for muito
pequeno, este deverá ser ampliado, também conservando sua proporção.
Assim, a relação entre as dimensões representadas no desenho e as
dimensões reais do objeto, chama-se ESCALA.
1 : 200
Desenho Real
IMPORTANTE:
O valor indicativo das cotas, refere-se sempre às medidas reais da peça, e
nunca às medidas reduzidas ou ampliadas que aparecem no desenho.
Os ângulos não se alteram pelas escalas do desenho.
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Escalas Numéricas
Ex: A medida real (D) é igual a 35 metros e a medida no papel (d) é igual a 35
cm. Qual é a escala do desenho? 1/E = 0,35/ 35 .............. E = 1:100
Escala Natural
Se uma peça for desenhada com as medidas iguais às da peça real, a
escala do desenho será NATURAL ou REAL ou ainda, Escala 1:1 (escala um para
um).
Escala de Redução
As maiorias dos desenhos são feitos em tamanho reduzido. As normas
técnicas recomendam as seguintes ESCALAS DE REDUÇÃO: 1:2; 1:5; 1:10; 1:20;
1:50; 1:100; 1:200; 1:500; 1:1000, etc. (figura 5.1.2).
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Escala de Ampliação
Peças menores são desenhadas com seu tamanho ampliado. Para
tanto, empregamos as ESCALAS DE AMPLIAÇÃO: 2:1; 5:1; 10:1; etc. (figura 4.1.3).
CATEGORIA ESCALAS
20:1 50:1 10:1
Escalas de ampliação
2:1 5:1
Escala natural 1:1
1:2 1:5 1:10
1:20 1:50 1:100
Escala de redução
1:200 1:500 1:1000
1:2000 1:5000 1:10000
Quadro 2 – Exemplos de Escalas
Escalas Gráficas
Escalas recomendadas
6. LETRAS E ALGARISMOS
AXONOMETRIA
2
30º 𝑧= ∗𝑥
3
1
45° 𝑧= ∗𝑥
2
1
60º 𝑧= ∗𝑥
3
Quadro 3 - Angulo e Fator de correção
DIEDROS
Cada diedro é a região limitada por dois semiplanos perpendiculares entre si. Os diedros
são numerados no sentido anti-horário, isto é, no sentido contrário ao do movimento dos
ponteiros do relógio.
A maioria dos países que utilizam o método mongeano adotam a projeção ortográfica
no 1º diedro. No Brasil, a ABNT recomenda a representação no 1º diedro.
Países, como por exemplo os Estados Unidos e o Canadá, representam seus
desenhos técnicos no 3º diedro.
PROJEÇÃO ORTOGONAL
a) vista frontal;
b) vista superior;
c) vista lateral esquerda;
d) vista lateral direita;
e) vista inferior;
f) vista posterior.
deve ser incluído na legenda. Onde outras unidades devem ser empregadas como
parte na especificação do desenho (por exemplo, N.m. para torque ou kPA para
pressão), o símbolo da unidade apropriada deve ser indicado com o valor.
As linhas de cotas são traços mais finos do que o desenho do objeto e indicadas
de tal modo que as linhas de chamadas não tocam no desenho.
Os ângulos são indicados por 2 dimensões lineares ou por uma medida linear
com o valor do ângulo.
Os arcos são cotados pelo valor do seu raio, podendo ou não constar a letra
“R” junto com a cota.
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Toda figura simétrica leva uma linha de traço e ponto feito com traço fino e que
quando necessária pode ser usada como linha de cota.
Quando necessário as cotas podem ser marcadas a partir de uma “Linha Base”
ou então de uma “Linha Central”.
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9. PLANO DE CORTE
Observe que a vista superior é atravessada por uma linha traço e ponto
estreito, com dois traços largos nas extremidades. Esta linha indica o local por onde
se imaginou passar o plano de corte. As setas sob os traços largos indicam a direção
em que o observador imaginou o corte. As letras do alfabeto, próximas às setas, dão
o nome ao corte. A ABNT determina o uso de duas letras maiúsculas repetidas para
designar o corte: AA, BB, CC etc.
Este corte ainda poderia ter sido representado na vista lateral esquerda
conforme a figura a seguir.
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Segundo a NBR 10067/ 95 no corte parcial apenas uma parte da peça é cortada
para focalizar um detalhe, delimitando-se por uma linha contínua estreita à mão livre
ou por uma linha estreita em zigue-zague, conforme a NBR 8403.
10. HACHURAS
11. REFERÊNCIAS
SCHULER, D.; JORGE FILHO, H. O.; MEULAM FILHO, J. A.. Noções Gerais do
Desenho Técnico: Apostila Técnica - FACULDADE ASSIS GURGACZ – FAG –
2006.