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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

ENGENHERIA ELÉTRICA

ELETROMAGNETIMOS I :
Resumo e exercícios em relação à condutores e lei de Gauss e suas
aplicações

Aluno: Victor Alexandre Guimarães Souza


Professor: Sérgio Gobira
Data: 26/03/2022
PALMAS-TO
Condutores e Isolantes
Os condutores são materiais que contêm um grande número de
elétrons livres, os quais estão livres para vaguear por todo o material assim,
respondem a campos elétricos e continuam a mover sob a ação de um campo.
Esses elétrons livres conduzirão a corrente elétrica quando um campo
elétrico for mantido no condutor por uma fonte externa de energia.
Os dielétricos são materiais que todas as suas partículas carregadas
estão ligadas fortemente às moléculas constituintes. Em presença de um
campo elétrico elas mudam suas posições, mas não se afastam uma das
outras, deste modo, o dielétrico se tem a definição de um isolante o qual não
apresenta nenhuma condutividade em presença de um campo elétrico. Há
então certos matérias que tem propriedades elétricas intermediárias entre as
dos condutores e as dos dielétricos, sendo chamados de semicondutores. Em
relação ao seu comportamento num campo elétrico estático, estes materiais
comportam-se como condutores, mas suas respostas transitórias são mais
lentas, ou seja, precisam de mais tempo para alcançar o equilíbrio de um
campo estático.
Lei de Gauss
A uma relação importante entre a integral da componente normal do
campo elétrico sobre uma superfície fechada e a carga total encerrada pela
superfície, está relação ficou conhecida como lei de Gauss. Tendo um campo
elétrico num ponto r devido a uma carga pontual q localizada na origem é:
𝒒 𝒓
𝑬(𝒓) =
𝟒𝝅𝝐𝟎 𝒓𝟑

Considerando então que a integral de superfície da componente


normal deste campo elétrico sobre uma superfície fechada,
consequentemente, a carga q, a integral é simplesmente:
𝒒 𝒓. 𝒏
∮ 𝑬 . 𝒏 𝒅𝒂 = ∮ 𝟑 𝒅𝒂
𝑺 𝟒𝝅𝝐𝟎 𝑺 𝒓
Sendo a quantidade de (r/r) . n da é a projeção de da sobre um plano
perpendicular a r, sendo esta área projetada dívida por 𝒓𝟐 é o ângulo sólido
subtendi pôr da que é expresso por 𝒅𝜴. Observa-se que o ângulo sólido
subtendido pôr da é o mesmo que de 𝒅𝒂′ , um elemento de área superficial
da esfera 𝑺′ cujo centro está na origem e cujo raio é 𝒓′ , então escrevemos
assim:
𝒓. 𝒏 𝒓′ . 𝒏 ′
∮ 𝟑 𝒅𝒂 = ∮ 𝒅𝒂 = 𝟒𝝅
′𝟑
𝑺 𝒓 𝑺 𝒓

Sendo assim:
𝒒 𝒒
∮ 𝑬 . 𝒏 𝒅𝒂 = 𝟒𝝅 =
𝑺 𝟒𝝅𝝐𝟎 𝝐𝟎
Se q estiver fora de S, é claro, que S poderá ser dividido em duas áreas
𝑺𝟏 𝒆 𝑺𝟐 , subtendendo cada uma o mesmo ângulo sólido em relação à carga
q. Para então 𝑺𝟐 , o sentido da normal se dirige para q enquanto que para 𝑺𝟏
se afasta de q, sendo assim, as contribuições dos dois é para que a integral
total se anula, então a superfície encerra uma carga pontual q, a integral de
𝒒
superfície da componente normal do campo elétrico será , enquanto que se
𝝐𝟎
q estiver fora da superfície a integral será zero. Agora se várias cargas
pontuais, estiverem encerradas pela superfície, então o campo elétrico total
será dado pelo seguinte:
𝑵
𝟏
∮ 𝑬 . 𝒏 𝒅𝒂 = ∑ 𝒒𝒊
𝑺 𝝐𝟎
𝒊=𝟏

Com esse resultado pode ser imediatamente generalizado ao caso de


uma distribuição contínua de cargas, caracterizada por uma densidade de
carga. Se cada elemento desta carga 𝝆𝒅𝒗 for considerado como uma carga
pontual, contribuirá com 𝝆𝒅𝒗/𝝐𝟎 para a integral de superfície da
componente normal do campo elétrico, contando que esteja no interior da
superfície sobre a qual integramos. A integral da superfície total será então a
soma de todas as contribuições desta forma devidas à carga no interior da
superfície, então se S for uma superfície fechada que limita o volume V,
temos que:
𝟏
∮ 𝑬 . 𝒏 𝒅𝒂 = ∫𝝆 𝒅𝒗
𝑺 𝝐𝟎 𝑽
Sendo então as equações acimas como conhecidas como leis de Gauss,
sendo o termo à esquerda, a integral da componente normal do campo
elétrico sobre a superfície S, que é algumas vezes denominado fluxo do
campo elétrico através de S.
A lei de Gauss pode ser ainda expressa de outra forma, usando-se o teorema
do divergente.

∮𝑬 . 𝒏 𝒅𝒂 = ∫𝜵 . 𝑭 𝒅𝒗
𝑺 𝑽

Se o teorema for aplicado à integral de superfície da componente


normal de E, dará que:

∮𝑬 . 𝒏 𝒅𝒂 = ∫𝜵 . 𝑬 𝒅𝒗
𝑺 𝑽

𝟏
∫𝜵 . 𝑬 𝒅𝒗 = ∫𝝆 𝒅𝒗
𝑽 𝝐𝟎 𝑽
Com isso, deve ser válida para todos os volumes, isto é, para qualquer
escolha do volume V. Isso só será verdadeiro, se os integrandos que
aparecerem à esquerda e à direita na equação forem iguais, sendo então, para
qualquer escolha de V implica na seguinte formula, que o resultado pode ser
considerado como a forma diferencial da lei de Gauss.
𝟏
𝜵 .𝑬 = 𝝆
𝝐𝟎

Aplicação da Lei de Gauss


A aplicação da lei baseia-se principalmente na possibilidade de
proporcionar uma forma para facilitar o cálculo dos campos elétricos em
situações suficientemente simétricas. O campo elétrico pode ser calculado
através do uso da lei de Gauss e também por outros procedimentos já citados.
Para que a lei de Gauss seja útil no cálculo do campo elétrico, deve ser
possível escolher uma superfície fechada de forma a que o campo elétrico
tenha uma componente normal que seja nula ou tenha um único valor fixo
em cada ponto da superfície. Por exemplo, em uma longa linha de carga de
densidade de cagar 𝝀 por unidade de comprimento, nisso indica que a
simetria da situação do campo elétrico é radial e independente tanto da
posição do fio como do ângulo em relação ao fio, nesse caso temos uma
superfície cilíndrica de fácil solução a integral da componente normal do
campo elétrico. Então a superfície contribui com 𝟐𝝅𝒓𝒍𝑬𝒓 pois E é radial e
independe da posição da superfície, então a lei de Gauss toma a forma de:
𝝀
𝑬𝒓 =
𝟐𝝅𝝐𝟎 𝒓
Outro ponto importante da lei de Gauss consiste na verificação de que
a cagar de um condutor carregado se localiza em sua superfície externa, pois
o campo elétrico no interior de um condutor se anula, com isso podemos
construir uma superfície gaussiana em qualquer interior do condutor, pela lei
de Gauss, a carga líquida que cada uma dessas superfícies encerra é nula. O
único lugar em que a carga pode estar, sem entrar em contradição com a lei
de Gauss, é na superfície do condutor. Uma vez que não há carga no interior,
parte do material pode ser removida sem se alterar. Dessa forma, a carga de
uma casca condutora deve localiza-se inteiramente na superfície externa. O
campo elétrico na região externa a um condutor carregado de ter a normal à
superfície do condutor, isso ocorre porque a superfície é uma equipotencial,
e 𝑬 = −𝜵𝝋. Sendo a carga de um condutor seja dada pela densidade
superficial 𝝈, se a lei de Gauss for aplicada à pequena superfície S teremos
a seguinte formula:
𝝈
𝑬 ∆𝑺 = ( ) ∆𝑺
𝝐𝟎
Sendo ∆𝑺 a área de uma das bases da caixa de pílulas, portanto, o
campo elétrico na região imediatamente externa a um condutor será:
𝝈
𝑬=( )
𝝐 𝟎
Exercícios

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