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Universidade Federal do Tocantins

Eletromagnetismo I: Resumo e exercício em relação a carga elétrica, lei


de Coulomb, campo elétrico e potencial eletrostático.
Professor: Sergio Gobira
Aluno: Victor Alexandre Guimarães Souza
Data: 23/03/2022
Observações: Levando em conta que o livro nos apresenta os vetores
em negrito, este resumo segue os mesmos exemplos do livro, pois foi
baseado no mesmo.

Carga Elétrica
A carga é uma propriedade fundamental e uma das características que
compõe a matéria, sendo toda matéria composta de prótons, nêutrons e
elétrons, sendo duas partículas destas possuem a propriedade de carga
elétrica. Há dois tipos de carga elétrica (positiva e negativa), os prótons
possuem carga elétrica positiva e os elétrons possuem carga elétrica negativa.
Quando falamos que um objeto está carregado, pode dizer que ele tem um
excesso de cargas, podendo tender a um excesso de elétrons quanto de
prótons. Pela observação experimental, sabe-se que a carga não pode ser
criada nem destruída, a carga total de um sistema não pode variar, mas podem
ser reagrupadas e combinadas de modos diferentes.

Lei de Coulomb
Com o desenvolvimento das técnicas da ciência experimental,
permitiram que fossem realizadas observações em relação as cargas elétricas.
Os resultados obtidos na época podem ser resumidos em três fatos, que só
existem duas espécies de carga elétrica, como positiva e negativa, que duas
cargas pontuais exercem, entre si, forças ao longo de uma linha que as une e
é inversamente proporcionais ao quadrado da distância entre elas e que estas
forças são também proporcionais ao produto das cargas, sendo repulsivas as
cargas de mesmo sinal e atrativas as cargas de sinais opostos. Com as últimas
afirmativas ficaram reconhecidas como a Lei de Coulomb, as quais para
cargas pontuais podem ser formuladas deste modo:
𝑞1 𝑞2 𝒓12
𝑭1 = 𝐶 2 𝒓
𝑟12 12

𝒓12 = 𝒓1 − 𝒓2
Como mencionado, temos que 𝑭𝟏 é a força que age sobre 𝑞1 , 𝒓𝟏𝟐 é o
vetor que vai de 𝑞𝟐 a 𝑞1 , 𝒓𝟏𝟐 é o módulo de 𝒓𝟏𝟐 e 𝐶 é uma constante de
proporcionalidade a qual tem o valor de 𝐶 = 8,9874 𝑥 109 𝑁 . 𝑚2 /𝐶 2 ou
buscando um modo de resumir a constante, 𝐶 = 1/4𝜋𝜖0 , sendo 𝜖0 =
8,854 𝑥 10−12 𝐶 2 /𝑁 . 𝑚2 .
Dentro dos parâmetros a lei de Coulomb aplica-se a cargas pontuais, a
qual trata-se de uma carga com dimensões desprezíveis, também se aplica às
interações de partículas elementares, como prótons e elétrons.
Considerando um sistema de N cargas, a força na carga de índice i será
dada por:
𝑁
𝑞𝑗 𝒓𝑖𝑗
𝑭𝑖 = 𝑞𝑖 ∑
4𝜋𝜖0 𝑟𝑖𝑗3
𝑗≠𝑖

𝒓𝑖𝑗 = 𝒓𝑖 − 𝒓𝑗
Deste modo, a soma à direita se entende sobre todas as cargas, exceto à de
índice i, esta é justamente o propósito da superposição de forças, que diz que
a fora total que atua sobre um corpo é a soma vetorial das forças individuais
que atuam sobre ele. Entende-se então que N cargas pontuais interagentes
consiste na interação de uma carga pontual com uma distribuição contínua
de cargas, a qual pode-se se descrever a distribuição como uma função
densidade de carga, definida como o limite da carga por unidade de volume
quando o volume se torna infinitesimal. Buscando um segmento de carga
pudesse ser subdividido indefinidamente e descrever a distribuição de cargas
por meio de funções pontuais, temos que a densidade de carga volumétrica
∆𝑞
pode ser definida por 𝜌 = 𝑙𝑖𝑚 e uma densidade de carga superficial
∆𝑉→𝑜 ∆𝑉
∆𝑞
definida por 𝜎 = 𝑙𝑖𝑚 .
∆𝑆→𝑜 ∆𝑆

Se a carga estiver distribuída num volume V, com uma densidade 𝝆 e,


na superfície S, que limita V com uma densidade 𝝈, a força exercida por esta
distribuição de cargas sobre uma carga pontual será encontrada pela seguinte
formula:
𝑞 𝒓 − 𝒓′ ′ )𝑑𝑣 ′
𝑞 𝒓 − 𝒓′
𝑭𝒒 = ∫ 𝜌(𝒓 + ∫ 𝜎(𝒓′ )𝑑𝑎′
4𝜋𝜖0 𝑉 |𝒓 − 𝒓′ |3 4𝜋𝜖0 𝑉 |𝒓 − 𝒓′ |3

Campo Elétrico
O campo elétrico num ponto é definido como sendo o limite da razão
entre a força sobre uma carga teste, colocada no ponto, pela carga da carga
teste, sendo o limite tomado para o valor da cagar teste tende a zero. O
símbolo que empregamos para o campo elétrico é E, e temos a seguinte
formula como:
𝑭𝒒
𝑬 = 𝑙𝑖𝑚
𝑞→0 𝑞

O limite está incluído para assegurar que a carga não afete a


distribuição produzidas por E. Temos como exemplo, se uma carga positiva
for distribuída pela superfície de um condutor, trazendo então a carga para a
vizinhança deste, a carga sobre o condutor se redistribuirá. Deste modo, se o
campo elétrico for cálculo, utilizando a razão de força e a carga, o campo
será aquele devido à carga redistribuída, ao invés de ser o de distribuição de
carga original.
Conclui-se que, o campo elétrico, pode ser calculado em cada ponto
do espaço na vizinhança de um sistema de cargas ou de uma distribuição de
cargas. Então E=E(r) é uma função vetorial pontual, ou um campo vetorial.
Dentro dos conformes, com a estrutura do campo elétrico associados com
uma distribuição particular de carga, pode se introduzir o conceito de linhas
de força, a qual é uma linha imaginária traçada de tal forma que sua direção
e sentido em qualquer ponto sejam os do campo elétrico naquele ponto. Se
considerarmos, por exemplo, a estrutura do campo elétrico associado a uma
carga pontual positiva, as linhas de força são linhas radiais que se dirigem
para fora, e de que forma semelhante, se associarmos a uma carga pontual
negativa o seu sentido vai ser para dentro.
Potencial Eletrostático

Ao se recordar dos assuntos passados, que se o rotacional de um vetor


se anular, o vetor pode ser expresso como o gradiente de um escalar. Uma
vez que utilizamos isso para o campo elétrico, demonstramos que o
rotacional do campo elétrico é zero.
𝒓 − 𝒓′
𝛁𝑥 =0
|𝒓 − 𝒓′ |3
Deste modo, a equação acima indica que existe uma função escalar
cujo gradiente é o campo elétrico.
𝑬(𝒓) = −𝛁𝜑(𝒓)
Pode-se observar que é convencional a inclusão do sinal negativo, e a
denominação de 𝜑 para o potencial eletrostático, e com isso é fácil encontrar
o potencial eletrostático devido a uma carga pontual 𝑞1 :
1 𝑞1
𝜑(𝒓) =
4𝜋𝜖0 |𝒓 − 𝒓1 |
Temos então que, o potencial eletrostático 𝜑 pode ser obtido
diretamente assim que admita sua existência, por meio de uma integral a qual
temos ref representando um ponto de referência em que 𝜑 seja nulo, e logo
após temos a definição do gradiente e a qual se converte na integral de um
diferencial e fica facilmente resolvida.
𝒓 𝒓
∫ 𝑬(𝒓 . 𝑑𝒓 = − ∫ 𝛁𝜑 . 𝑑𝒓′
′) ′
𝑟𝑒𝑓 𝑟𝑒𝑓

𝛁𝜑 . 𝑑𝒓′ = 𝑑𝜑
𝒓 𝒓
− ∫ 𝛁𝜑 . 𝑑𝒓 = −𝜑(𝒓) = ∫ 𝑬(𝒓′ ) . 𝑑𝒓′

𝑟𝑒𝑓 𝑟𝑒𝑓

Se o campo elétrico devido a uma carga pontual for usado na equação


acima e o ponto de referência ou limite inferior da integral for considerado
como infinito, o potencial sendo nulo, o resultado será:
𝑞
𝜑(𝒓) =
4𝜋𝜖0 𝒓
Outro aspecto importante e útil que devemos mostrar é a íntima
relação do potencial eletrostático com a energia potencial associada à força
eletrostática conservativa. Onde temos a energia potencial associada a uma
força conservativa arbitrária:
𝒓
𝑈(𝒓) = − ∫ 𝐅(𝒓′ ) . 𝑑𝒓′
𝑟𝑒𝑓

A qual temos U(r) sendo a energia potencial em r relativa ao ponto de


referência em que a energia potencial é arbitrariamente considerada zero.
Uma vez que no caso eletrostático 𝑭 = 𝑞𝑬, segue-se que se o mesmo ponto
de referência for escolhido para o potencial eletrostático e para a energia
potencial, então o potencial eletrostático será somente a energia potencial
por unidade de carga.
Demos citar também a unidade utilizada para o potencial eletrostático,
sendo a unidade do potencial o joule/coulomb, ou como também já
conhecemos, o especial volt(V).
Problema 2.1

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