FÍSICO-QUÍMICA I

B. Sistemas, Propriedades e
Processos Termodinâmicos

Aula 04
B.1. Premissas Básicas
B2. Conceitos e Definições

Prof. Dr. Kelson Mota T Oliveira

 B.1. CONCEITOS E PREMISSAS
z Premissa Básica:
z Termodinâmica compreende as relações Clássica
entre matéria e energia, na forma de calor,
que podem ser mensuradas visando alguma Apenas aspectos
macroscópicos são
aplicação.
enfatizados
z Trata especificamente:
z calor e trabalho (q e w) Estatística
z características dos sistemas Aspectos
z propriedades dos fluidos termodinâmicos probabilísticos
associados aos
z Definição fundamental: fenômenos são
z Conjunto de teorias físicas e leis que tratam analisados
das transformações da matéria e processos, Processos
nos quais a medida da energia tem papel irreversíveis
fundamental.
Processos fora do
z Em química tem seu foco voltado para as
equilíbrio
energias envolvidas em um processo sem
entrar nos detalhes de estrutura
 B.1. PREMISSAS BÁSICAS
z Aplicação Geral
z Cálculo de grandezas físicas e químicas que não podem ser
diretamente medidas.
z Há três casos específicos onde a termodinâmica tem aplicação
fundamental:
z Balanço Material
z Balanço Energético
z Estabelecimento de relações funcionais
 B.1. PREMISSAS BÁSICAS
z Aplicação Geral
z Balanço Material
z Relações estequiométricas e de equilíbrio
z Relação entre quantidades ponderais e variações energéticas
z Relação entre a quantidade de substâncias no equilíbrio, a
constante de equilíbrio e o potencial químico

∆HAB

A B
µ
∆UCA ∆GBC
C
 B.1. PREMISSAS BÁSICAS
z Aplicação Geral
z Balanço Energético
z Variações de energia em um processo
z Relação entre as etapas e as variações energéticas
z Caracterização de um estado do sistema pelo reconhecimento
das variações energéticas no processo analisado
 B.1. PREMISSAS BÁSICAS
z Aplicação Geral
z Estabelecimento de relações funcionais
z Entre diversas propriedades do processo
z Massa e energia (calor, trabalho, entalpia, energia livre, etc)
z Entre a vizinhança, a fronteira e o sistema
z Caracterização das propriedades de contorno e como
influenciam no sistema estudado

∆H ∆G ∆U
q m SISTEMA T PV
 B.1. PREMISSAS BÁSICAS
z Sistema: parte do universo em estudo
z Composto de:
z Estado do Sistema: situação em que o mesmo se encontra.
z Equilíbrio e Estacionário: uso de descritores:
z Vizinhança ou Ambiente
z Universo: sistema + vizinhança (ou sistema total)

Temperatura
Pressão
Volume
SISTEMA
Massa
Densidade
Coord. Críticas
etc
 B.1. PREMISSAS BÁSICAS
z Estados de Equilíbrio do Sistema:
z Estado em que o sistema não apresenta alteração durante o período
de observação

Equilíbrio Equilíbrio Meta-

Estável Estável

Equilíbrio
Indiferente
 B.2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
z Estado Estacionário do Sistema:
z Estado em que o sistema não está em equilíbrio, mas algumas
variáveis apresentam-se constantes
z Apresenta suas fronteiras abertas
Qual dos estados abaixo está em estado estacionário?

Água sendo derramada Satélite em órbita geo- Gases dentro de um balão

à vazão constante sincrônica de recreio!
 B.2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
z Mais Exemplos de Estados do Sistema

Bebidas líquidas abaixo

do ponto de congelação
 B.2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
z Paredes do Sistema
z São as fronteiras que separam o sistema de sua vizinhança.
z Diatérmicas – permite fluxo de energia entre sistema e vizinhança
z Adiabáticas – não há fluxo de energia (calor q=0)
z Rígidas – mantêm volume constante em uma transformação
z Permeáveis, Semipermeáveis, Impermeáveis – permite o fluxo de
matéria entre sistema e vizinhança: total, parcial ou nulo

(a) Rígida (b) Diatérmica (c) Adiabática (d) Permeável

 B.2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
z Paredes do Sistema
z Quanto ao Fluxo de Calor

(a) Diatérmica (b) Adiabática

 B.2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
z Paredes do Sistema
z Quanto ao Volume

(a) Rígidas (b) Variáveis, Móveis ou Elásticas

 B.2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
z Paredes do Sistema
z Quanto ao Fluxo de Matéria

Permeável

Semipermeável

Impermeável
 B.2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
z Paredes do Sistema

Expansão de célula em solução Célula normal em Rompimento da membrana celular.

com baixa concentração de solução isotônica Solução com grande concentração
soluto (solução hipotônica) de soluto (solução hipertônica)
 B.2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
z Paredes do Sistema - Resumo

(a) Rígida (∆V=0) (c) Diatérmica (fluxo q) (e) Permeável (fluxo m)

(b) Elástica (V variável) (d) Adiabática (q=0) (f) Impermeável (∆m=0)

 B.2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
z Tipos de Sistema de acordo com a Fronteira
z Sistema Aberto
z Livre fluxo de matéria e energia (calor)
z Sistema Fechado
z Apenas o fluxo de energia (calor) é permitido
z Sistema Isolado
z Não há fluxo de matéria ou energia ela
p
o !
tad ça!
e
af han
Quanto às Fronteiras do Sistema é in
o z
Nã vi

(a) Sistema Aberto (b) Sistema Fechado (c) Sistema Isolado

 B.2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
z Tipos de Sistema de acordo com a fronteira
z Exemplos:

R IA
MATÉRIA RI
A
A TÉ
T É M
A
M
ENERGIA
IA
ENERGIA G
E R
EN

(a) Sistema Aberto (b) Sistema Fechado (c) Sistema Isolado

 B.2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
z Quais os dois tipos de sistemas, e suas respectivas
fronteiras/paredes, representados na imagem abaixo?
 B.2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
z Funções de Estado
z Grandezas utilizadas para descrever o sistema em equilíbrio
z Descritores do sistema
z Ao ser designado valores para algumas variáveis de estado, os
valores de todas as demais ficam automaticamente fixados
z Independe do caminho escolhido na observação do sistema
z Ex: pressão, volume, temperatura, massa, número de mols, etc

Propr. Termodinâmica => Não varia com o tempo => Função de Estado

z Quando o estado do sistema muda, a variação dos valores destas

funções só dependem dos estados inicial e final do sistema
z Não importa como se processou a mudança

∆X = Xfinal –Xinicial
 B.2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
z Funções de Estado
z O Estado de qualquer sistema pode ser descrito por algumas
variáveis termodinâmicas. Quanto mais complexo for o sistema,
maior o número de variáveis descritoras.

m = 94 Kg m = 94 Kg
T = 36.5 oC T = 36.5 oC
V = 200 m3 V = 300 m3

(a) Estado 1 (b) Estado 2

 B.2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
z Funções de Estado
z Independem do caminho, somente dependem da diferença entre
os estados inicial e final

∆X = XF –XI

Funções de Estado
∆T
∆p
∆V
 B.2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
z Funções de Estado e Equilíbrio
z Uma função de estado do sistema está sempre ligado ao estado de
equilíbrio estável.
z Há três estados de equilíbrio estável:
z Térmico: sistema com temperatura homogênea
z Mecânico: sistema apresentando a mesma pressão
z Químico: concentração de cada componente é a mesma em cada ponto
do sistema Ö composição do sistema
z Para Uma reação química pode-se falar em mesmo potencial químico

Mesma Temperatura Mesma Pressão Mesma Concentração

30oC 30oC
 B.2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
z Funções de Processo
z Grandezas utilizadas para descrever as alterações no sistema
durante um processo
z Depende do caminho escolhido na observação do sistema
z Exemplo: calor (q) , trabalho (w) (elétrico, mecânico, etc)

0 Note que:

tânci
a d2 ∆d = dF –dI
Di s
9 Entretanto o valor
cia d 1
Di s tâ n de ∆d depende dos
valores iniciais e finais
a d3
i s tânci (caminho d1, d2, d3)
D

9 Logo a distância
aqui não é uma
função de estado!
 B.2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
z Funções de Estado e Processo – Variações Infinitesimais
z Quando se compara as variações infinitesimais em funções de
estado e processo, utiliza-se uma notação matemática específica
z Considere em um sistema : ⇓ Variação infinitesimal

dU = δq + δw
z Sua Energia Interna (U)
z Função de estado
z O Trabalho (w) e o Calor (q)
z Funções de processo
z Em alguns livros a função de processo é simbolizada pelo delta
minúsculo, indicando que sua integral não é exata

Pode-se falar em variação (∆) de uma função de estado (finita ou

infinitesimal), mas não existe variação de uma função de processo!!

∆U = q + w ⇐ Variação finita
 B.2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
z Calor e Temperatura
z Tanto calor quanto temperatura são conceitos de difícil definição
z Calor: Quantidade de energia que se conserva durante uma
transformação ⇒ fluxo de energia observado
z Temperatura: a medida da intensidade desta quantidade de energia
z Só pode ser medida experimentalmente quando dois corpos estão em
contato e quando há fluxo de calor
z Nos informa o sentido do fluxo de calor

Um corpo de >T sempre perderá calor em contato com outro de <T: Equ. térmico
 B.2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
z Calor e Temperatura: Lei Zero da Termodinâmica

“Se A está em equilíbrio térmico com B, e B está em equilíbrio

térmico com C, então A e C estão em equilíbrio térmico”

 Na escala termodinâmica
temos que:

T(K)= Θ(oC) + 273,15

 B.2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
z Calor e Temperatura: Lei Zero da Termodinâmica
z Principal aplicação: termômetros
z A medida do fluxo de calor é sempre comparativa e não um valor
intrínseco à substância
 B.2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
z Calor e Temperatura: Lei Zero da Termodinâmica
z A medida do fluxo de calor é sempre comparativa e não um valor
intrínseco à substância, uma vez que está ligado ao conceito de
energia em trânsito

Considere algum ser Em nosso planeta

alienígena que vivesse em (temperatura média
um planeta com de 24ºC) ele passaria
temperaturas médias em muito, muito frio!
torno de 200ºC