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MÓDULO I
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde
que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. O conteúdo
desta publicação foi desenvolvido e aperfeiçoado pela equipe pedagógica do CONASEMS
e pelos especialistas do assunto indicados pela Faculdade São Leopoldo Mandic.
Ficha Catalográfica
Este material foi elaborado e desenvolvido pela equipe técnica e pedagógica do Mais
CONASEMS em parceria com a Faculdade São Leopoldo Mandic.
Professor Conteudista – Faculdade São Leopoldo Mandic
André Ricardo Ribas Freitas
Gestor Educacional
Rubensmidt Ramos Riani
Designer Instrucional
Alexandra Gusmão
Web Desenvolvedor
Aidan Bruno
Alexandre Itabayana
Cristina Perrone
Paloma Eveir
Revisão Textual
Gehilde Reis Paula de Moura
Coordenação Geral
Conexões Consultoria em Saúde Ltda.
Olá!
Mas, antes de iniciar, conheça os objetivos de aprendizagem previstos para esta Aula.
Boa leitura!
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
OBJETIVOS
Casos suspeitos
Indivíduo com quadro respiratório agudo, caracterizado por pelo menos dois (2) dos
seguintes sinais e sintomas: febre (mesmo que referida), calafrios, dor de garganta,
dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos (anosmia) ou distúrbios gustativos
(ageusia).
OBSERVAÇÕES
OBSERVAÇÕES
Caso de SG ou SRAG ou óbito por SRAG que não foi possível confirmar por critério
laboratorial e que apresente pelo menos uma (1) das seguintes alterações
tomográficas:
• Imunológico: resultado reagente para IgM, IgA e/ou IgG* realizado pelos
seguintes métodos:
OBSERVAÇÕES
Atenção!
Caso de SG ou de SRAG para o qual não houve identificação de nenhum outro agente
etiológico OU que não foi possível coletar/processar amostra clínica para diagnóstico
laboratorial, OU que não foi possível confirmar por critério clínico-epidemiológico,
clínico-imagem ou clínico.
OBSERVAÇÕES
Para indivíduos com quadro de Síndrome Gripal (SG) - leve a moderado - para os
quais não foi possível a confirmação pelo critério clínico, clínico epidemiológico ou
clínico imagem, e que apresentem resultado de exame laboratorial não reagente
ou não detectável pelo método RT-qPCR ou teste rápido para detecção de antígeno
para SARS-CoV-2, as medidas de isolamento e precaução podem ser suspensas
desde que permaneça afebril sem o uso de medicamentos antitérmicos há pelo
menos 24 horas e com remissão dos sintomas respiratórios.
QUADRO
Observações: testes sorológicos (teste rápido, ELISA, ECLIA, CLIA) para covid-19 não
deverão ser utilizados, de forma isolada, para estabelecer a presença ou ausência da
infecção pelo SARS-CoV-2, nem como critério para isolamento ou sua suspensão,
independente do tipo de imunoglobulina (IgA, IgM ou IgG) identificada.
OBSERVAÇÕES
Definição de contato
• Teve um contato físico direto (por exemplo, apertando as mãos) com um caso
confirmado;
OBSERVAÇÕES
Cenários
Essa estratégia se torna mais efetiva quanto menor for o número de casos no
território porque, em lugares com elevada incidência, os esforços das equipes
de saúde estarão voltados, principalmente, para impedir o esgotamento dos
serviços de saúde. Nessa situação, recomenda-se que o rastreamento, isolamento
e monitoramento de contatos seja realizado conforme a capacidade local,
priorizando-se os aglomerados de casos de covid-19 em lugares bem delimitados
(instituições fechadas, trabalho em ambientes fechados ou confinados, casas
de repouso, penitenciárias, dentre outros) ou quando a curva epidêmica estiver
OBSERVAÇÕES
Quando o nível local verificar que a curva epidêmica está em redução, a rápida
identificação de casos, o rastreamento e monitoramento de contatos se farão
ainda mais necessários, a fim de identificar e interromper, oportunamente, as
possíveis cadeias de transmissão, prevenindo a ocorrência de uma nova onda
de casos.
Rastreamento de contatos
Nas três situações, todos os contatos precisam ser listados com o objetivo de
identificar as pessoas que estiveram com um caso suspeito ou confirmado no
período de transmissibilidade da doença, ou seja, 48 horas antes do início dos
sintomas (para os casos sintomáticos) ou até 48 horas antes da data da coleta
do exame (para os casos assintomáticos) até 10 dias após o início dos sintomas.
Atenção!
• O que fazer se apresentar algum sintoma, incluindo: i) a quem se reportar; ii) como se
isolar e quais precauções adicionais deve tomar (observar sinais de gravidade); e iii)
quais são os serviços de referência para diagnóstico e tratamento que deve buscar;
OBSERVAÇÕES
Uma vez identificados, os contatos devem ser monitorados a cada 2 dias, contudo
essa periodicidade pode ser diária se o município tiver condições operacionais.
Deve-se perguntar sobre o cumprimento das recomendações de isolamento,
aparecimento de sinais e sintomas compatíveis da covid-19 por um período de até
14 dias após a data do último contato com o caso confirmado para covid-19. Com
o monitoramento sendo a cada 2 dias, pode-se coincidir que as ligações sejam no
3º, 5º, 7º, 9º, 11º e 13º dia de sintomas, porém deve-se encerrar o ciclo completo,
sendo necessário realizar também no 14º dia. Os contatos que desenvolverem
sinais ou sintomas sugestivos de covid-19 (sintomáticos), durante o período de
monitoramento, serão considerados como casos suspeitos de covid-19, sendo
orientados a procurar um serviço de saúde mais próximo, para avaliação clínica e
realização de testagem.
Para contatos próximos assintomáticos com resultado não detectável pelo método
RT-qPCR ou teste rápido para detecção de antígeno para SARS-CoV-2, o isolamento
pode ser suspenso, mantendo o automonitoramento de possíveis sinais e sintomas
pelo período de 14 dias do último contato.
O primeiro contato é o mais importante, ele deve ser feito o mais precocemente
possível e durante este contato devem ser dadas todas as orientações de como e
por que deve ser feito o isolamento, e todas as dúvidas devem ser esclarecidas para
aumentar a adesão. No quadro 3, estão listadas as estratégias para monitoramento
de contatos.
Equipe de trabalho
A distribuição das entrevistas por equipe de investigadores pode ser realizada por
proximidade espacial (visitas domiciliares), ou por turnos (telefone ou e-mail).
OBSERVAÇÕES
Grande parte da proteção contra a covid-19 (do inglês: COronaVIrus Disease 2019)
é mediada pela resposta imune dirigida contra esta mesma proteína. Anticorpos
neutralizantes do vírus ligam-se à proteína S, geralmente na região do RBD impedindo
que o vírus se fixe ao receptor ACE-2 das células humanas. Grande parte, se não a
totalidade, das vacinas atualmente em uso ou em estudo se baseiam na indução da
produção de anticorpos direcionados a estes sítios.
Nas últimas semanas, tem surgido no meio científico uma grande preocupação em
relação a três variantes do vírus SARS-CoV-2, conhecidas na nomenclatura dinâmica,
recentemente proposta por Rambaut et al., como: i) B.1.1.7 (ou VUI – 202012/01),
ii) B.1.351 (ou 501Y.V2) e iii) P.1, inicialmente identificadas em pacientes infectados
respectivamente no Reino Unido, na África do Sul e em Manaus no Brasil.
Esta nova linhagem de SARS-CoV-2 esteve ausente nas amostras coletadas entre
março e novembro em Manaus, mas foi identificada em 42% das amostras de
dezembro de 2020 e em 91% das amostras coletadas na mesma cidade em janeiro
de 2021, sugerindo um forte e recente aumento na frequência desta linhagem
associada à segunda e maior onda de covid-19 na cidade. A soroprevalência em
Manaus observada em junho de 2020 era de 52,5% (IC 95%= 47,6–57,5), logo após a
primeira onda epidêmica indicando que esta nova linhagem foi, também, submetida
a uma forte pressão seletiva.
Também merece ser citada, a linhagem brasileira P.2, portadora da mutação E484K,
identificada pela primeira vez em outubro de 2020 que já era a mais prevalente
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DE IMUNIZAÇÃO NOS TERRITÓRIOS MUNICIPAIS
NOVAS LINHAGENS DO SARS-COV E POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS PARA A SAÚDE PÚBLICA
Reinfecções
Vacinas
Estudos sobre a proteção entre pessoas que receberam vacinas contra covid-19
ainda são poucos, mas já demonstram que a resposta a estas linhagens é diferente
das respostas às linhagens originais. Pesquisadores estimaram que a vacina Novavax
foi 95,6% eficaz contra o vírus que circulava originalmente no Reino Unido e 85,6%
contra a linhagem B.1.1.7. De fato, mutação N501Y, associada a esta linhagem,
levantava menos preocupações sobre a capacidade do escape imunológico. Os
estudos realizados com esta vacina na África do Sul demonstram uma eficácia
global de 49,4% contra a linhagem B.1.351, excluindo a população HIV-positiva
desse grupo da análise, a vacina foi 60% eficaz. A atividade de plasma de indivíduos
8 semanas após a segunda dose das vacinas de mRNA Moderna (mRNA-1273) ou
Pfizer-BioNTech (BNT162b2) contra as variantes do SARS-CoV-2 que carregam as
mutações E484K ou N501Y ou a combinação K417N: E484K: N501Y foi reduzida por
uma margem pequena, mas significativa.
As taxas de proteção das vacinas contra as novas linhagens emergentes ainda não
foram total e definitivamente testadas em estudos de fase 3, nem sabemos como
será o comportamento da proteção induzida por qualquer vacina ao longo do tempo.
Finalizamos a Aula 4!
Por tudo o que foi apresentado, acreditamos que o desafio imposto pelo SARS-CoV-2 não
termina com a introdução das vacinas, muito ainda deve ser feito nos próximos meses e anos
em termos de vigilância epidemiológica, virológica e estudos nas áreas de epidemiologia,
clínica, imunologia, virologia e outras áreas do conhecimento para garantir segurança à
população mundial em relação à covid-19.
Você concorda?
FREITAS ARR, Giovanetti M, Alcantara LCJ. Emerging variants of SARS-CoV-2 and its
public health implications. IAJMH. 2021Feb.8; 4. Available from: https://iajmh.com/
iajmh/article/view/181
He, X., Lau, E.H.Y., Wu, P. et al. Temporal dynamics in viral shedding and transmissibility
of COVID-19. Nat Med 26, 672–675 (2020). https://doi.org/10.1038/s41591-020-
0869-5.