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1982 TRANSAÇÕES IEEE EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS, VOL. 50, NÃO. 3, MAIO/JUNHO DE 2014

Conversores de Motor AC Modular Multinível com

Torque constante de zero a velocidade nominal
Antonios Antonopoulos, Membro Estudante, IEEE, Lennart Ängquist, Membro, IEEE, Staffan Norrga, Membro, IEEE,
Kalle Ilves, Membro Estudante, IEEE, Lennart Harnefors, Membro Sênior, IEEE e
Hans-Peter Nee, Membro Sênior, IEEE

Resumo—Os conversores multiníveis modulares são mostrados para ter

iu,l Correntes de braço.
um grande potencial na área de acionamentos de média tensão. Quantidades de pu,l =iu,lvcu,l Potência entregue aos braços.
saída de baixa distorção combinadas com baixas frequências médias de
Wÿ = C
cu,l 2N (vÿ cu,l)2 Energia armazenada por braço.
comutação para os dispositivos semicondutores criam um
é =iuÿil Corrente de saída.
combinação para acionamentos de alta eficiência. No entanto, a grande
número de dispositivos e capacitores que têm de conduzir o ic = (iu+il)/2 Corrente circulante.
corrente de frequência fundamental requer um conversor mais complexo vs = (vclÿvcu)/2 Tensão conduzindo a corrente de saída.
técnicas de controle do que sua contraparte de dois níveis. Cuidado especial vc = (vdÿvcuÿvcl)/2 Tensão conduzindo a corrente circulante.
precisa ser levado para partida e operação em baixas velocidades, onde
vcm Tensão de modo comum.
a corrente de baixa frequência pode causar desequilíbrio significativo entre as
icP Componente de sequência positiva no
tensões do capacitor do submódulo e perturbar a saída
formas de onda. Neste artigo, os princípios para operação do conversor com corrente circulante.
alto torque em toda a faixa de velocidade são investigados. Resultados icN Componente de sequência-negativa no
experimentais de um protótipo de conversor de 12 kVA com escala reduzida corrente circulante.
funcionando um motor carregado em várias velocidades entre a parada e
Rá Resistência ativa para corrente circulante
a velocidade nominal também são fornecidas.
ao controle.
Termos de indexação —Torque constante, velocidade variável de potência média ÿs Frequência angular do estator.
drives, conversores modulares multinível (M2Cs).
ÿcm Frequência angular da tensão de modo comum.

NOMENCLATURA
ÿ Ângulo de potência.
Os braços superior e inferior do conversor são indicados com
ÿcm Fase da tensão de modo comum.
os subscritos “u” e “l”, respectivamente. Uma expressão que é
ÿcP Fase do PI .
válido para qualquer um dos braços é indicado com o subscrito “u, l”.
ÿcN ÿ Fase do icN .
N Número de submódulos por braço.
Valor de pico.
C Capacitância do submódulo. ÿ

Quantidade de desvio.
L indutância do braço.
0 Quantidade média/constante.
R Resistência do braço parasita.
vd Tensão de barramento CC pólo a pólo.
I. INTRODUÇÃO
vi
cu,l, i= 1,...,N Tensões individuais dos capacitores.
vÿ Soma/tensão do capacitor disponível em um
cu, l = ÿN i=1vi cu, l
braço. CONVERSOR
faixa de para acionamentos
potência de motores
multimegawatt CA de altamas
são geralmente, potência no
nem sempre,
Índices de inserção. projetado para produzir formas de onda de tensão de saída que têm um
não, l
Tensão do braço inserido. conteúdo harmônico significativamente menor do que inversores padrão para
vcu,l =nu,lvÿ cu, l
acionamentos de motores de indução industriais (IM) na faixa de quilowatts.
Há duas razões para isso. Em primeiro lugar, os prejuízos causados pela
Manuscrito recebido em 26 de abril de 2013; revisado em 13 de setembro de 2013; aceitaram
3 de outubro de 2013. Data de publicação 17 de outubro de 2013; data da versão atual harmônicos causam problemas térmicos muito maiores em alta potência
15 de maio de 2014. Paper 2013-IPCC-197.R1, apresentado no IEEE Energy 2012 acionamentos de motor do que em acionamentos de média potência padrão. Segundo,
Congresso e Exposição de Conversão, Raleigh, Carolina do Norte, EUA, 15 a 20 de setembro,
já que os custos de energia e a consciência ambiental estão aumentando
e aprovado para publicação no IEEE TRANSACTIONS ON INDUSTRY
APLICAÇÕES pelo Comitê de Conversores de Energia Industrial do IEEE
quase monotonicamente, as perdas como tais tornaram-se um
Sociedade de Aplicações da Indústria. questão importante ao comprar um sistema de acionamento de alta potência.
A. Antonopoulos e L. Harnefors são da ABB Corporate Research, 721
No entanto, formas de onda de tensão de saída de alta qualidade não podem ser
78 Västerås, Suécia, e também com o KTH Royal Institute of Technology,
criado sem esforços consideráveis. Com um inversor de dois níveis,
Escola de Engenharia Elétrica (EES), Laboratório de Energia Elétrica Con version (E2C), 10044
Estocolmo, Suécia (e-mail: antonios.antonopoulos@ é necessária uma alta frequência de comutação em combinação com um filtro
se.abb.com; lennart.harnefors@se.abb.com). caro e potencialmente com perdas. Na busca de alternativas,
L. Ängquist, S. Norrga, K. Ilves e H.ÿP. Nee está com o KTH Royal
diferentes topologias multiníveis foram sugeridas, onde uma
Instituto de Tecnologia, Escola de Engenharia Elétrica (EES), Laboratório
de Conversão de Energia Elétrica (E2C), 10044 Estocolmo, Suécia (e-mail: excelente forma de onda de tensão pode ser combinada com
tlan@kth.se; norrga@kth.se; ilves@kth.se; hansi@kth.se). eficiências.
Versões coloridas de uma ou mais figuras neste documento estão disponíveis online
Uma das famílias de conversores mais promissoras neste contexto
em http://ieeexplore.ieee.org.
Identificador de Objeto Digital 10.1109/TIA.2013.2286217 é a família de conversores multiníveis modulares (M2C) [1]–[5]. Aqui,

0093-9994 © 2013 IEEE. O uso pessoal é permitido, mas a republicação/redistribuição requer permissão do IEEE.
Consulte http://www.ieee.org/publications_standards/publications/rights/index.html para obter mais informações.

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ANTONOPOULOS et al.: ACIONAMENTO DE MOTORES CA M2C COM TORQUE CONSTANTE DE ZERO À VELOCIDADE NOMINAL
Fig. 1. M2C baseado em meias pontes alimentando um motor trifásico.
o circuito principal pode ser projetado sem soluções complexas de alta
tensão para a interconexão de diferentes elementos de fixação que são
necessários em topologias multiníveis de diodo ou capacitor. Ao contrário
de outras tecnologias de ponte em cascata, o M2C pode ser alimentado a
partir de uma fonte comum de tensão direta em vez de fontes individuais
para cada nível. Um esboço de um M2C, baseado em meias pontes em
cascata e conectado a um motor trifásico, é mostrado na Fig. 1. No entanto,
também existem recursos da topologia que precisarão de um esforço extra
para serem atendidos. A corrente de saída flui através dos capacitores nos
submódulos e, consequentemente, causará uma ondulação significativa nas
tensões do capacitor em baixas frequências de operação. Para garantir uma
operação estável, o controle do conversor deve ser projetado de tal forma
que regule não apenas a tensão total do capacitor por perna de fase, mas
também o equilíbrio de tensão entre os braços, bem como o compartilhamento
de tensão entre os capacitores do submódulo.
Até o momento, várias estratégias de controle foram sugeridas na
literatura [6]–[11] que atendem suficientemente aos requisitos mencionados,
assumindo que o conversor opera com frequência fixa. No entanto, ao
considerar uma aplicação acionada por motor, uma ampla faixa de
frequências deve ser examinada.
A adequação das variantes M2C para diferentes aplicações é discutida em
[12]. Uma primeira tentativa de lidar com um variador de velocidade foi
descrita em [13]. Nesse caso, o requisito de torque é uma função quadrática
da velocidade, de modo que o torque de partida é bastante baixo e a faixa
de baixa velocidade é ultrapassada rapidamente na partida. Um estudo
semelhante é mostrado em [14] e [15], onde a corrente circulante é
otimizada para fornecer o maior torque de partida possível, sem superestimar O termo da direita em (1c) expressa o equilíbrio de potência de entrada-
os componentes do conversor. O torque de partida alcançado nesse caso
é de 40% do valor nominal.
Aplicações de alta velocidade também são discutidas em [16], onde um
método de modulação em escada é usado para reduzir tanto a comutação
quanto as perdas adicionais do motor devido às correntes harmônicas. Um
primeiro estudo sobre o dimensionamento do conversor para aplicações de
variadores de velocidade em diferentes condições de carga é dado em [17].
No entanto, nenhuma discussão sobre os princípios de controle que
afetam os requisitos do conversor no caso de uma solicitação de torque
constante em toda a faixa de velocidade ainda foi feita. Isso será
apresentado neste artigo, para um acionamento de motor baseado em M2C
operando desde a parada até a velocidade nominal.
Na Seção II, são descritos os princípios de controle que são aplicados
para diferentes faixas de velocidade. Estes são seguidos por resultados
experimentais na Seção III, onde esses princípios de controle
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1983
ciples são aplicados em um protótipo M2C em escala reduzida com
limitações de classificação. A meta é fornecer 85% do torque nominal em
toda a faixa de velocidade, sem exceder as limitações fornecidas pelo
conversor. As conclusões deste artigo são apresentadas na Seção IV.
II. DINÂMICA E CONTROLE DO CONVERSOR
A. Controle de Malha Aberta
O sistema de controle do motor de nível superior fornece valores de
referência instantâneos para as tensões a serem inseridas em cada braço
[10]. Essas referências de tensão são convertidas em índices de inserção
pelo sistema de controle interno M2C (0 para ignorar todos os submódulos
e 1 para inserir todos os submódulos) que são dados ao modulador, que
determina qualquer comando incremental de inserção/desvio a ser
executado. Um algoritmo de ordenação [1], [18] finalmente seleciona, em
tempo real, o submódulo apropriado para executar a comutação comandada.
Foi demonstrado que, se os índices de inserção estiverem sendo calculados
sem considerar a ondulação das tensões dos capacitores, ocorrerão
harmônicas de corrente não intencionais nos braços do conversor [8], [19],
[20]. Um método para estimar a ondulação de tensão disponível a partir da
medição da corrente de saída e usar esses valores estimados para calcular
os índices de inserção foi descrito em [10]. Este método foi analisado em
[21] e [22] e também mostrou um desempenho muito bom em simulações e
testes [22], [23], eliminando componentes indesejados de alta ordem na
corrente circulante. Extensões deste método, onde os componentes
desejados podem ser injetados na corrente circulante para moldar a
ondulação da tensão do capacitor e estender a região de operação para
aplicações de 50 Hz conectadas à rede, são mostradas em [24] e [25].
Uma extensão adicional do mesmo para lidar com operações de velocidade
baixa e zero será explicada na Seção II-C e D.
Na forma mais básica desta estratégia de controle [10], apenas as
grandezas de saída de frequência fundamental (tensões e correntes) são
consideradas, enquanto a corrente circulante ic deve ser cc para minimizar
as perdas resistivas, como em
vs = Vˆs cos ÿst é (1a)
= ˆIs cos(ÿst ÿ ÿ) (1b)
VˆsˆIs cos ÿ Vˆs ˆIs cos
ic = ic0 = vd +
ÿ ÿ .(1c)
2vd
v2 ÿ 4RVˆsˆIs cos ÿ
d
saída no estado estacionário. Supõe-se que uma fonte de tensão direta
rígida esteja conectada no lado dc, então vd é considerado uma quantidade
constante. Nesse caso, a potência fornecida aos capacitores do braço é
é vd
pu,l = iu,lvcu,l = ± + ic0 · 2 ÿ vs ÿ Ric0 . (2)
2
A energia armazenada nos braços pode ser calculada integrando (2), que
dá a expressão para a variação de energia como
Vˆsic0 sen ÿst
Wÿ = Wÿ cu,l0 ÿ
cu,l
ÿs
vd
2
ÿ Ric0 ˆÉ sen(ÿst ÿ ÿ) ÿVˆs ˆÉ sen(2ÿst ÿ ÿ) 2ÿs
± . (3)
8ÿs
ˆ
EU s/ÿs-termo
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1984
O valor médio para a energia armazenada por braço Wÿ
cu, 10
escolhido arbitrariamente, como apontado na descrição detalhada de
este esquema de controle em malha aberta [10]. Este fato acrescenta um grau de
liberdade, o que é muito útil, principalmente para a operação “próximo da
velocidade nominal”, como será explicado na Seção II-B.
A expressão em (3) pode ser utilizada para estimar a soma
tensão do capacitor como
2NWÿ
= cu, l
vÿ
cu, l C inserido criará uma energia de frequência fundamental
que, por sua vez, é necessário para calcular os índices de inserção [10]
vd
2 ÿ vs ÿ vc .
nu,l =
vÿ
cu, l
Mais informações sobre a implementação e o comportamento de
este método pode ser encontrado em [10], [22] e [26].
B. Operação Perto da Velocidade Nominal
No caso de um acionamento motorizado, quando a velocidade é reduzida de
seu valor nominal, a tensão deve ser reduzida quase proporcionalmente à
velocidade para manter o nível de magnetização
constante, ou seja, Vˆs/ÿs é constante. De (3) e (4), é então
descobriu que, para um torque constante, a ondulação da tensão aumentará
aproximadamente com a raiz quadrada da queda de frequência/velocidade
porque o termo ˆIs/ÿs dominará a variação de energia.
No entanto, a necessidade reduzida de tensão de saída, devido à
menor velocidade da máquina, permite uma certa redução do
tensão média do capacitor, que é definida arbitrariamente via Wcu,l0.
Assim, reduzindo o valor médio das tensões do capacitor
em velocidades abaixo (mas próximas) da velocidade nominal, torna-se
possível operar o acionamento do motor sem exceder as classificações de
tensão do capacitor. Esta abordagem foi mostrada pela primeira vez em [8], onde umcorrentes no lado CC. Além do efeito no lado CC,
O controle de realimentação foi utilizado para controlar as tensões do capacitor.
No entanto, o ciclo de feedback provou não ser necessário em
publicações posteriores. Isso será mostrado também experimentalmente em
Seção III-A.
C. Faixa de velocidade intermediária
Dependendo do tamanho do capacitor, a estratégia para reduzir o
a tensão média do capacitor pode ser utilizada para uma certa velocidade
abaixo da velocidade nominal do motor. Infelizmente, quando
a velocidade diminui, a amplitude da tensão do capacitor
a ondulação aumenta para uma corrente de estator constante. A uma certa velocidade,
não resta mais espaço para o modulador criar o
tensão de saída solicitada.
A idéia aqui é que alguma compensação deve ser estabelecida para a
ondulação da tensão do capacitor de frequência fundamental,
criado pelo termo ˆIs/ÿs , que é o dominante. UMA
primeira abordagem foi mostrada em [24], onde um segundo harmônico
A corrente circulante foi injetada para moldar a ondulação da tensão do
capacitor de forma a sincronizar seu pico com
o pico da tensão do braço inserido. Uma abordagem semelhante foi
mostrado em [27], onde um termo de segundo harmônico foi injetado
na corrente circulante para minimizar a energia
flutuações nos capacitores do braço. Este conceito não se limita a
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TRANSAÇÕES IEEE EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS, VOL. 50, NÃO. 3, MAIO/JUNHO DE 2014
pode ser a utilização de uma corrente de segunda harmônica, e o princípio
usados nos exemplos acima serão expandidos aqui.
Uma maneira de criar um componente de frequência fundamental que
compensa o termo ˆIs/ÿs é gerar um componente de tensão na saída do
conversor e combiná-lo com
componentes da corrente circulante que formam sequências positivas e
negativas em relação a essa tensão. Se as frequências de
os componentes de corrente diferem desta tensão pelo estator
frequência, então o produto das correntes do braço com a tensão do braço
(4)
flutuação nos capacitores do braço. A flutuação de energia resultante
consistirá, de fato, em dois componentes de frequência: um
(desejada) na frequência fundamental, que precisa ser colocada
(5) cuidadosamente para compensar a ondulação da tensão da frequência
fundamental do capacitor e um na soma dos dois aplicados
frequências, o que dará uma pequena contribuição, pois a reatância do
capacitor será bastante baixa nessa alta frequência.
A seleção preferível de uma tensão é um modo comum
Tensão
vcm = Vˆcm cos(ÿcmt + ÿcm) (6)
que não distorcerá as tensões do estator. Tendo ÿcm como
a frequência central para os componentes de compensação, dois
componentes de corrente circulante podem ser selecionados, um em uma
sequência positiva e outro em uma sequência negativa, como
icP = ˆIcP cos [(ÿcm + ÿs)t + ÿcP ] icN = (7a)
ˆIcN cos [(ÿcm ÿ ÿs)t + ÿcN ] . (7b)
É desejável que essas correntes formem um sistema simétrico
nas fases do conversor de modo que sua soma seja zero. Se
isso pode ser feito, não haverá nenhum efeito a partir destes
a corrente adicional que será conduzida através do conversor
armas devem ser consideradas ao decidir a classificação atual de
os semicondutores.1 Aumento da corrente que flui através do
braços conversores não só irão requerer a taxa dos componentes passivos
para uma corrente mais alta, mas também gerará resistências adicionais.
perdas e, portanto, estresse adicional sobre os semicondutores.
O efeito dessas perdas adicionais pode ser bastante significativo,
e mais estudos sobre este assunto podem ser encontrados em [24], [28],
e [29].
Além disso, de acordo com a equação que descreve a dinâmica da
corrente circulante, parte da
tensão do braço é necessária para acionar esses compensadores
correntes como
vc = Ricardo + Ldic . (8)
dt
A referência de tensão do braço inserido será finalmente
vd
vcu,l = ÿ vs ÿ vcm ÿ vc ÿ Ra˜ic (9)
2
1 Essa capacidade de corrente aumentada do conversor pode ser considerada benéfica,
pois aumentará a capacidade de torque em outros pontos de operação, onde
menos compensação é necessária.
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ANTONOPOULOS et al.: ACIONAMENTO DE MOTORES CA M2C COM TORQUE CONSTANTE DE ZERO À VELOCIDADE NOMINAL
onde Ra é uma resistência ativa (ou seja, um ganho proporcional) para
controlar a corrente circulante e ˜ic é a diferença da corrente circulante
medida de sua referência. Mais informações sobre este controle de
corrente circulante utilizando o método de resistência ativa podem ser
encontradas em [21].
A variação da tensão do capacitor pode então ser estimada como
mostrado na Seção II-A, com a diferença de que a representação do
tempo final da variação da energia do capacitor conterá termos de
algumas frequências adicionais. O termo Raÿc que aparece em (9) pode
ser ignorado ao estimar a variação da tensão do capacitor, pois é zero
nas condições ideais de regime permanente que são assumidas para
derivar as equações na Seção II-A.
Encontrar a maneira mais adequada de utilizar os componentes icN
icP , e a tensão vcm não é um processo simples,
e nenhum método analítico ainda foi encontrado. Em geral, à medida
que a velocidade do motor diminui, a necessidade de compensação da
tensão do capacitor de frequência fundamental aumenta. No entanto,
não é aconselhável aplicar a compensação total desde o início, pois isso
exigirá altas tensões desnecessárias para acionar as correntes
circulantes, bem como perdas, que serão aumentadas pelas correntes
circulantes adicionais. O que é favorável, porém, é utilizar toda a tensão
disponível para gerar a maior tensão de modo comum possível, pois
isso reduzirá a necessidade de correntes de compensação.
Quanto à seleção da frequência ÿcm, caso ela seja baixa (próxima
de ÿs), a impedância do braço ÿcmL também será baixa e, portanto, é
necessária uma baixa tensão vc para acionar as correntes circulantes,
deixando mais espaço disponível para um grande tensão de modo
comum. No entanto, a contribuição indesejada para a ondulação de
energia do capacitor da componente (ÿs + ÿcm) será significativa devido
à alta reatância do capacitor em baixas frequências. Por outro lado,
selecionar um valor alto de ÿcm requer uma grande proporção da tensão
disponível apenas para acionar as correntes circulantes.
Para os experimentos deste artigo, é utilizado um algoritmo de
otimização offline, que sugere os valores para a frequência de modo
comum ÿcm, as amplitudes e fases da tensão de modo comum, Vˆcm e
ÿcm, respectivamente, e as correntes circulantes ˆIcP , ÿcP , ˆIcN e ÿcN ,
referência média de tensão do capacitor Wÿsolicitada
a corrente assim
emdo toda comofaixa
estator
essa o
de velocidade intermediária. O pico da tensão
cu,l0, para gerar
do capacitor é limitado a
115% da média nominal, enquanto o pico das correntes do braço é
limitado a duas vezes o valor de pico da corrente nominal do estator.
A teoria por trás deste algoritmo de otimização é descrita com mais
detalhes em [25] e [30]. Neste trabalho, a otimização visa pontos de
operação viáveis, dadas as características do conversor e do motor, e
retorna uma solução sugerida para os componentes compensadores a
fim de fornecer a quantidade de torque solicitada. Os valores resultantes
são alimentados no sistema de controle que aciona o acionamento do
motor e são avaliados experimentalmente na Seção III-B.
D. Baixa Velocidade e Parada
Para a frequência zero do estator, os valores instantâneos de vs e is
são constantes, assim como a potência entregue aos braços, conforme
(2). A soma da tensão do capacitor em cada braço então
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1985
aumenta ou diminui continuamente. Já é mostrado em [8] que um
componente alternado introduzido na corrente circulante, na mesma
frequência e em fase com a tensão de saída vs, é capaz de controlar o
balanceamento das tensões somadas do capacitor nos braços superior
e inferior de um perna do conversor. O mecanismo baseia-se no fato de
que, se a corrente circulante e o potencial de saída variam em fase entre
si, o número de submódulos inseridos é baixo no braço superior e alto
no braço inferior quando a corrente circulante está carregando.
Por outro lado, quando está descarregando, a maioria dos submódulos
inseridos são da parte superior do braço e, como resultado, a energia
armazenada na parte superior do braço diminui, enquanto a energia
armazenada na parte inferior do braço aumenta. De forma equivalente,
a energia é transferida do braço inferior para o superior quando o
componente oscilante da corrente circulante está em oposição de fase
com o potencial de saída.
Quando a velocidade do motor é baixa, a tensão de fase alternada é
quase constante e muito baixa em amplitude. Pode então ser aproximado
como
vs = Vˆs0. (10)
Uma tensão de modo comum de alta amplitude pode ser sobreposta
às tensões do motor em todas as três fases, sem afetar as tensões linha
a linha do estator. Seja esta tensão de modo comum e as tensões de
saída resultantes
vcm = Vˆcm cos ÿcmt ÿ vs = Vˆs0 + Vˆcm cos ÿcmt. (11)
Da mesma forma, a corrente de fase no estator é quase constante, com
sua amplitude dependendo da demanda de torque
é = ˆIs0. (12)
Em cada fase, um componente oscilante na corrente circulante, que não
afeta as correntes do estator, pode ser injetado como
ic = ic0 + ˆIc cos ÿcmt. (13)
Como esta corrente oscilante gera perdas adicionais, recomenda-se
utilizar toda a tensão disponível para a geração do componente de
tensão de modo comum, a fim de minimizar ˆIc.
Tendo uma amplitude definida para a tensão de modo comum Vˆcm, os
conteúdos de energia nos braços superior e inferior podem então ser
controlados variando ˆIc. A tensão que impulsiona a circulação
corrente torna-se
vc = Ric0 + RˆIc cos ÿcmt ÿ ÿcmLˆIc sin ÿcmt. (14)
A potência fornecida aos capacitores do braço pode ser calculada da
mesma forma que ao derivar (2). Por isso
pu,l = iu,lvcu,l
ˆIs0
=± + ic0 + ˆIc cos ÿcmt
2
vd
· ÿ Vˆs0 ÿ Vˆcm cos ÿcmt ÿ vc (15)
2
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1986 TRANSAÇÕES IEEE EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS, VOL. 50, NÃO. 3, MAIO/JUNHO DE 2014

TABELA I
onde os termos constantes são dados por
CLASSIFICAÇÕES DO M2C EXPERIMENTAL E IM

RˆI2c
ÿVˆs0 ˆIs0 + vdic0 ÿ Ri2 c0 ÿ

pu,l0 = 2 2 2

Ric0 ˆIs0 VˆcmˆIc _

+ ±vd ˆIs0 ÿ Vˆs0ic0 ÿ ÿ . (16)
4 2 2

O requisito para que as tensões do capacitor permaneçam equilibradas

é então equivalente a tornar a potência constante fornecida ao
braços zero, ou seja, as expressões entre parênteses em (16) devem (todas) ser
zero. Deduz-se então que

Vˆs0 ˆIs0 vdic0 RˆI2c

ÿ

+ Ri2 c0 + =0 (17a)
2 2 2

vd ˆIs0 Ric0 ˆIs0 VˆcmˆIc _

ÿ Vˆs0ic0 ÿ
ÿ

= 0. (17b)
4 2 2

No sistema de equações (17a) e (17b), as incógnitas são

o valor médio ic0 e a amplitude oscilante ˆIc do
corrente circulante, para determinadas quantidades de saída Vˆs0 e ˆIs0 .
Este sistema pode então ser resolvido em tempo real obtendo ˆIc
de (17b) e substituindo-o em (17a). O que resta então
a ser resolvida é uma equação de segunda ordem para ic0. Uma vez ˆIc e
ic0 são determinados, a expressão para a variação de energia pode
ser obtido integrando os termos oscilantes em (15). Então,
a soma das tensões do capacitor pode ser estimada e, finalmente, a
índices de inserção podem ser calculados como em (5) [10]. Experimental
os resultados para operação em baixa velocidade são apresentados na Seção III-C.

III. CONFIGURAÇÃO EXPERIMENTAL E RESULTADOS

A verificação experimental do controle acima mencionado

métodos foi realizado em um IM de 11 kW, acionado a partir de um protótipo
de laboratório oratório M2C de 12 kVA. O conversor e o motor
as classificações são mostradas na Tabela I. Uma fotografia do experimento
M2C é mostrado na Fig. 2, enquanto uma fotografia do IM e do
A carga do gerador CC é encontrada na Fig. 3.
Nesta configuração experimental, um controlador (Intel Core 2 Duo,
2,16 GHz) está rodando um sistema operacional em tempo real, que é
responsável pelo controle do conversor. Ele recebe entrada analógica
medições de tensões e correntes no lado do conversor, como
bem como de um sensor de torque e posição (MAGTROL TM312)
conectado no eixo entre o IM e o gerador de carga. O sinal de torque é
usado apenas para medição de registro
dados, enquanto a posição é usada para criar a referência para o
orientação do sistema de coordenadas. Como o objetivo deste artigo
é discutir as condições e os requisitos do conversor para
executar um motor em toda a faixa de velocidade, mas não para mostrar um
controle do motor, pouco esforço foi feito para projetar um
controlador atual. Nesse sentido, a maioria dos pontos operacionais Fig. 2. Fotografia do protótipo experimental de 12 kVA M2C.
mostrados mais adiante estão com referências de malha aberta para a tensão e
o escorregamento, que resulta em efeitos parasitas como a ondulação de torque O processo em tempo real lida com o controle do motor, a
que aparece no lado mecânico. No intermediário e controle interno do conversor, e as funções de medição com
áreas de alta velocidade, onde seria impossível operar um um tempo de loop de 200 µs. No final deste loop, as inserções em dados
IM carregado sem qualquer controle de feedback, uma corrente orientada ao fluxo são criadas e enviadas para um campo programável subordinado
controlador foi implementado, usando a velocidade do rotor como é matriz de portas que os transforma em comutação de submódulos individuais
dado pelo estimador de posição. O controlador atual tem alguns funções. Neste processo final, um balanceador de tensão-capacitor
efeito de amortecimento nas oscilações de torque, como será mostrado mais adiante. algoritmo é utilizado, baseado em um algoritmo de ordenação [1]. o

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ANTONOPOULOS et al.: ACIONAMENTO DE MOTORES CA M2C COM TORQUE CONSTANTE DE ZERO À VELOCIDADE NOMINAL 1987

TABELA II
RESULTADOS EXPERIMENTAIS PARA A GAMA DE ALTA VELOCIDADE

Fig. 3. Fotografia do IM experimental de 11 kW conectado a uma carga de gerador CC.

Fig. 4. Diagrama de blocos descrevendo as funções do controlador.

os sinais de comutação são finalmente enviados para os submódulos individuais

através de fibras ópticas. Um diagrama de blocos do controlador é mostrado na
Fig. 4.
Vários experimentos são realizados em determinados pontos de operação
para verificar as diferentes técnicas de controle descritas na Seção II. O objetivo
em todos eles é fornecer um torque constante de 60 N·m (85% da nominal) em
pontos de operação de zero à velocidade base, dadas certas classificações do
conversor.
As classificações decididas são as seguintes: A tensão do capacitor deve ficar
limitada abaixo de 115% da média nominal, e as correntes do braço não devem
exceder o valor de 65 A (isto é 2 pu usando o valor nominal do pico do estator
corrente de fase como base).
Certamente, as classificações do conversor limitarão a corrente do estator que Fig. 5. Estator (superior) e correntes circulantes e torque mecânico (inferior) para 1200 r/
min.
pode ser fornecida em cada ponto de operação.

A. Operação Perto da Velocidade Nominal
Para esta configuração experimental, a área próxima à velocidade nominal
é limitada para cima pela tensão de fase que o conversor pode fornecer. Com
uma tensão do barramento CC de 500 V, a amplitude da tensão do braço
inserido é limitada a 250 V. Utilizando uma tensão de terceiro harmônico de
modo comum com uma amplitude de 1/6 da fundamental, é possível obter uma
tensão fundamental -tensão de fase de pico de até 285 V, mantendo o valor de
pico da forma de onda abaixo de 250 V. Nenhuma forma de ondulação de
tensão do capacitor está ocorrendo neste momento. O componente de modo
comum é injetado apenas para reduzir o pico da forma de onda da tensão do
braço inserido. Mesmo assim, não é possível magnetizar totalmente esta
máquina de 380 V até sua velocidade nominal. Como resultado, a velocidade
mais alta mostrada aqui será de 1200 r/min, que é considerada a velocidade
base para esses experimentos. Para baixo, o princípio de reduzir a tensão
média do capacitor funciona satisfatoriamente pelo menos até a velocidade de
600 r/min (ou seja, 50% da velocidade base), como será mostrado aqui.
A Tabela II mostra três diferentes pontos de operação onde este princípio foi
utilizado. O torque em todos os três casos é de aproximadamente 60 N·m,
enquanto o pico da corrente do braço cai, pois o componente direto nele reduz
proporcionalmente à redução da potência ativa. Ao reduzir a referência média
de tensão do capacitor, torna-se possível manter a tensão de pico do capacitor
bem abaixo de 115% da média nominal em todos os casos, mantendo uma
margem bastante generosa da classificação de tensão de pico do capacitor.
A Fig. 5 mostra a corrente no enrolamento do estator e a corrente circulante
na fase do conversor correspondente . O torque mecânico medido também é
mostrado, que é de 60 N · m. A Fig. 6 mostra a referência para a tensão do
braço inserido vcu , bem como a tensão do capacitor disponível no braço
correspondente vÿ A linha tracejada na Fig. 6 representa o que, neste
cu.
referência para a tensão média do capacitor vÿ cu0,
ponto de operação, está exatamente em seu valor nominal.
Reduzir a velocidade da máquina significa que a demanda por tensão de
magnetização também será reduzida. A 900 r/min, a ondulação da tensão do
capacitor ainda é bastante pequena, então há um

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1988
Fig. 6. Tensão do capacitor do braço inserido e disponível para 1200 r/min.
Fig. 7. Tensão do capacitor do braço inserido e disponível para 900 r/min.
Fig. 8. Estator (superior) e correntes circulantes e torque mecânico (inferior) para 900
r/min.
possibilidade de reduzir a tensão média do capacitor para manter seu pico
abaixo do limite nominal, conforme mostrado na Fig. 7. Nem as correntes
nem a qualidade do torque são afetadas, conforme mostrado na Fig. 8.
Finalmente, as correntes e tensões para o caso de 600 r/min são
mostradas nas Figs. 9 e 10. A corrente circulante ic, mostrada na Fig. 9, é
reduzida em relação ao caso de 1200 r/min, devido ao fato de que a potência
ativa é reduzida proporcionalmente à velocidade. Como a operação ainda é
baseada apenas na redução da tensão média do capacitor, ic permanece
dc e, portanto, perdas adicionais criadas por um componente oscilante não
existirão neste caso. Comparando este caso com os anteriores, porém,
pode-se observar que, embora a ondulação da tensão do capacitor tenha
se tornado muito significativa, a tensão de pico do capacitor é intencionalmente soma da tensão do capacitor agora conterá pequenas oscilações de alta
mantida em torno do mesmo nível. Também pode ser observado nas Figs.
6, 7 e 10 que, à medida que a velocidade diminui,
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TRANSAÇÕES IEEE EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS, VOL. 50, NÃO. 3, MAIO/JUNHO DE 2014
Fig. 9. Estator (superior) e correntes circulantes e (inferior) torque mecânico para 600
r/min.
Fig. 10. Tensão do capacitor de braço inserido e disponível para 600 r/min.
a ondulação da tensão do capacitor é dominada pela componente de
freqüência fundamental causada pelo termo ˆIs/ÿs .
B. Faixa de velocidade intermediária
Quando a velocidade cai abaixo de 600 r/min, como a componente de
freqüência fundamental da ondulação da tensão do capacitor torna-se muito
grande, torna-se importante utilizar alguma compensação para isso, a fim
de acomodar a tensão de braço inserida solicitada. Um fator de compensação
kcomp é introduzido, que representa a quantidade da ondulação de tensão
do capacitor de frequência fundamental que é compensada pelo produto da
tensão de modo comum e das correntes circulantes. Até agora, na faixa de
velocidade próxima à nominal, essa compensação era 0, e na região de
operação de baixa velocidade (perto da parada), ela será 1.
Na faixa de velocidade intermediária, esse fator terá valores intermediários
e aumentará à medida que a velocidade diminuir.
O princípio de malha aberta [10] é agora expandido, como sugerido na
Seção II-C, usando uma tensão de modo comum de sequência zero vcm e
os componentes de corrente circulante de sequência positiva e negativa icP
e icN . Pode-se observar pela Tabela III que, à
medida que a velocidade diminui e o fator de compensação aumenta, o pico
instantâneo das correntes do braço aumenta significativamente.
Começando com o caso de 450 r/min, a corrente circulante resultante
necessária para atingir 10% de compensação é mostrada na Fig. 11. A
frequência, como resultado da corrente circulante, e o tensão de modo
comum de alta frequência, incluída na tensão do braço inserido, conforme
mostrado na Fig. 12.
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ANTONOPOULOS et al.: ACIONAMENTO DE MOTORES CA M2C COM TORQUE CONSTANTE DE ZERO À VELOCIDADE NOMINAL
TABELA III
RESULTADOS EXPERIMENTAIS PARA A FAIXA DE VELOCIDADE INTERMEDIÁRIA
Fig. 11. Estator (superior) e correntes circulantes e torque mecânico (inferior) para
450 r/min. A corrente circulante de alta frequência é gerada para criar compensação
para a tensão do capacitor de frequência fundamental.
Fig. 12. Tensão do capacitor de braço inserido e disponível para 450 r/min.
Já foi mencionado na Seção II-C que se deseja que as correntes
circulantes sejam simétricas nas três fases.
Mesmo que não houvesse graus de liberdade restantes para alcançar
uma simetria trifásica (todos os graus de liberdade são usados para
fornecer compensação), a Fig. 13 mostra que a corrente do lado CC
resultante será muito próxima de CC. Há, é claro, algum efeito das
correntes circulantes, mas isso pode ser facilmente filtrado, pois é
bastante pequeno em comparação com as oscilações que aparecem
nas correntes do braço.
Vamos agora discutir os resultados para o caso de 300 r/min.
O torque produzido é mostrado na Fig. 14. Neste caso, toda a tensão
disponível é usada nos braços para criar tanto o
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1989
Fig. 13. Correntes circulantes nas três fases e corrente do lado dc para 450 r/min.
Fig. 14. Estator (superior) e correntes circulantes e (inferior) torque mecânico para
300 r/min. A corrente circulante de alta frequência é gerada para criar compensação
para a tensão disponível no capacitor.
Fig. 15. Tensão do capacitor de braço inserido e disponível para 300 r/min.
a tensão do estator de magnetização e o componente de compensação
de modo comum de alta frequência, conforme mostrado na Fig. 15. A
tensão de pico do capacitor também está muito próxima da limitação de
115% da média nominal. É então impossível compensar mais com a
tensão, e uma compensação mais alta só é possível aumentando a
corrente circulante.
C. Baixa Velocidade e Parada
Conforme discutido na Seção II-D, o modelo matemático para
controlar o conversor em velocidades muito baixas assume que as
tensões e correntes do estator são quantidades constantes. O objetivo
do sistema de controle é compensar o desequilíbrio que será gerado
entre os braços de fase. Isso leva a uma eliminação completa da
ondulação da tensão do capacitor de frequência fundamental, caso o
motor opere a uma velocidade próxima (mas não exatamente) de zero.
Embora quantidades constantes
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1990 TRANSAÇÕES IEEE EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS, VOL. 50, NÃO. 3, MAIO/JUNHO DE 2014

Fig. 17. Tensão do capacitor do braço inserido e disponível quando o rotor está
bloqueado mecanicamente e a frequência do estator é 0,5 Hz. A figura inferior
mostra uma janela de tempo curta da superior.

TABELA IV
RESULTADOS EXPERIMENTAIS PARA A GAMA DE BAIXA VELOCIDADE

Fig. 16. (Superior) Estator e correntes circulantes e (meio) torque mecânico

quando o rotor está bloqueado mecanicamente e a frequência do estator é de
0,5 Hz. A figura inferior é uma expansão da superior para que a corrente
circulante se torne observável.

foram inicialmente assumidos, este sistema de controle provou ser capaz

de acionar o motor nesta configuração, descrita na Tabela I, desde a
parada até a velocidade de 240 r/min, onde pode ser comutado para o
princípio de faixa de velocidade intermediária mostrado anteriormente.
O principal problema que aparece ao usar este conceito para velocidades
mais altas é que a corrente do braço aumenta drasticamente, pois sempre
tenta compensar totalmente a ondulação da frequência fundamental nas
tensões do capacitor.
O estator resultante e as correntes circulantes, quando 60 N·m de torque são gerados
com o rotor bloqueado mecanicamente, são mostrados na Fig. 16. Como este é um
acionamento IM, para gerar torque, algum escorregamento deve ser criado. Como
resultado, as tensões e correntes do estator não são exatamente quantidades constantes,
mas variam com a frequência de 0,5 Hz. Nesse caso, é necessária uma tensão de estator
muito baixa. O componente dominante na tensão do braço inserido é o de modo comum, As formas de onda adquiridas para o acionamento do motor funcionando
que usará toda a tensão disponível conforme mostrado na Fig. 17. Ampliando as formas na velocidade de 150 r/min são mostradas nas Figs. 18 e 19. A corrente
de onda de tensão do braço (parte inferior da Fig. 17), pode-se observar que um terceiro circulante atinge um pico mais alto em comparação com o caso de parada.
harmônico é adicionado em cima da tensão de modo comum, na frequência de 3ÿcm e Isso porque a necessidade de compensação da variação de tensão do
com amplitude de Vˆcm/6, a fim de ganhar um pouco mais de amplitude para a tensão de capacitor é muito semelhante, mas agora é necessária mais tensão no
modo comum e reduzir ainda mais a corrente de compensação. A tensão na Fig. 17 estator para magnetizar a máquina, portanto, há menos espaço para
contém então três componentes de frequência diferentes, em ÿs, ÿcm e 3ÿcm. compensação com a componente de tensão. Além disso, um pequeno
deslocamento aparecerá nas correntes do braço, o que aumentará ainda
mais seus picos. Isso se deve à troca de potência ativa que ocorre quando
o motor começa a girar.
Ao aumentar a velocidade para 240 r/min, a corrente circulante atinge
Conforme mostrado na Tabela IV, a utilização deste princípio de um pico próximo a 50 A, conforme mostrado na Fig. 20. Isso significa que
operação é possível com resultados bastante bons em uma determinada as correntes do braço estão muito próximas do valor limite de 65 A,
faixa de velocidade acima de zero se as classificações de corrente do conforme indicado pela Tabela IV. Isso se deve ao fato de haver uma
semicondutor permitirem o aumento da corrente circulante. Observando solicitação significativa de tensão do estator, conforme mostrado na Fig.
os valores de braço e corrente circulante na Tabela IV e Fig. 16, parece 21, limitando a quantidade do componente compensador de modo comum.
que há uma margem significativa antes que a corrente do braço atinja a Além disso, à medida que a potência ativa aumenta com a velocidade, o
limitação de 65 A. É possível então aumentar a velocidade e fornecer valor médio da corrente circulante também aumenta. Essa corrente média
alguma potência ativa , utilizando este princípio, antes que ocorram quaisquercirculante,
limitações.combinada com

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ANTONOPOULOS et al.: ACIONAMENTO DE MOTORES CA M2C COM TORQUE CONSTANTE DE ZERO À VELOCIDADE NOMINAL
Fig. 18. Estator (superior) e correntes circulantes e torque mecânico (inferior) para 150
r/min, utilizando o princípio de funcionamento parado.
Fig. 19. Tensão do capacitor de braço inserido e disponível para 150 r/min, usando o
princípio de operação de parada. Pode-se observar
ˆ que o termo s/ÿs da frequência
na ondulação da tensão do capacitor (criada pelo
fundamental
I neste caso.
) é totalmente compensado
Fig. 20. Estator (superior) e correntes circulantes e torque mecânico (inferior) para 240
r/min, utilizando o princípio de funcionamento parado.
a tensão do estator de frequência fundamental, dará uma pequena
ondulação de energia de frequência fundamental, que agora é observável
como o envelope da forma de onda vermelha na Fig. 21. Isso não é
compensado, pois todo o esforço é focado em compensar o ˆIs/ termo ÿs .
A razão para isso é que a modelagem é baseada no caso de parada, onde
ic0 é zero, pois não há fluxo de potência ativa e, portanto, os termos
contendo ic0 são desconsiderados neste conceito de baixa velocidade. O
problema que pode
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1991
Fig. 21. Tensão do capacitor de braço inserido e disponível para 240 r/min, usando o
princípio de operação de parada.
Fig. 22. Estator (superior) e correntes circulantes e torque mecânico (inferior) para 300
r/min, utilizando o princípio de funcionamento parado.
Fig. 23. Tensão do capacitor do braço inserido e disponível para 300 r/min, usando o
princípio de operação de parada.
ocorrer é que essa ondulação de frequência fundamental, combinada com
as oscilações de alta frequência causadas pelos componentes de
compensação, pode ser significativa o suficiente para atingir a limitação de
tensão de pico do capacitor, conforme indicado na Tabela IV. Parece então
que, quando a velocidade é de 240 r/min, este se torna um ponto crítico de
operação para esta configuração, tanto do ponto de vista da corrente de
braço quanto do ponto de vista de pico-capacitor-tensão.
Esta indicação é explorada um pouco mais, tentando produzir a
quantidade de torque solicitada em uma velocidade um pouco maior,
usando o princípio de operação de parada. Os resultados para este
experimento, conduzido a 300 r/min, são mostrados nas Figs. 22 e 23.
Parece que, embora as correntes do braço e a tensão disponível sejam
totalmente utilizadas, o torque fornecido é quase 10% menor que o valor
alvo. Obviamente, este conceito não pode ser utilizado em velocidades
mais altas. O que é possível, no entanto, é permitir alguma ondulação da
tensão do capacitor de frequência fundamental e mudar
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1992 TRANSAÇÕES IEEE EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS, VOL. 50, NÃO. 3, MAIO/JUNHO DE 2014
Fig. 24. Resumo dos pontos operacionais avaliados experimentalmente.
o controle para o princípio de faixa de velocidade intermediária acima de 240
r/min. Então, o valor de torque desejado ainda pode ser fornecido pela
configuração existente, conforme indicado na Seção III-B.
Para resumir os resultados experimentais desta seção, a Fig. 24 mostra
os valores mais importantes apresentados nas Tabelas II–IV para todos os
pontos de operação testados experimentalmente.
As linhas verticais pontilhadas separam as diferentes regiões de operação.
4. CONCLUSÃO
De acordo com os resultados apresentados neste trabalho, a família M2C
pode se tornar uma alternativa altamente competitiva para acionamentos de
motores de média e alta potência, pois é capaz de operar cargas de torque
constante de zero até a frequência/velocidade nominal, com a implementação
da técnica de controle apropriada. Para uma faixa de velocidade relativamente
ampla (próxima da velocidade nominal), o princípio de controle é bastante
simples; a tensão média do capacitor pode ser reduzida, sem necessidade
de capacidade de corrente adicional. No entanto, para gerenciar as flutuações
de alta tensão do capacitor causadas pela corrente de baixa frequência
fundamental em velocidades baixas e intermediárias, o conversor deve ser
projetado para aumentar a capacidade de corrente.
O ponto crítico para este projeto não é a velocidade zero, mas a uma
velocidade de 300 r/min, conforme indicado pelos resultados experimentais.
A quantidade dessa capacidade de corrente aumentada é uma função do
tamanho do capacitor, da tensão do barramento CC e da capacidade da
tensão de saída, que devem ser cuidadosamente ponderadas para obter um
projeto de conversor econômico.
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ANTONOPOULOS et al.: ACIONAMENTO DE MOTORES CA M2C COM TORQUE CONSTANTE DE ZERO À VELOCIDADE NOMINAL
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Antonios Antonopoulos (S'06) nasceu em Atenas, Grécia, em
1984. Recebeu o Diploma de engenharia elétrica e informática
da Universidade Técnica Nacional de Atenas, Atenas, em 2007
e a licenciatura em engenharia elétrica pela KTH Royal Institute
of Technology, Estocolmo, Suécia, em 2011, onde vem
trabalhando para o Ph.D. Graduado no Laboratório de Conversão
de Energia Elétrica desde 2008.
Seus principais interesses de pesquisa incluem conversores
eletrônicos de alta potência para acionamentos de motores de
grande e média escala e aplicações de rede.
Lennart Ängquist (M'06) nasceu em Växjö, Suécia, em 1946.
Ele recebeu o M.Sc. grau do Instituto de Tecnologia de Lund,
Lund, Suécia, em 1968 e Ph.D. grau do KTH Royal Institute of
Technology, Estocolmo, Suécia, em 2002.
Ele foi contratado pela ABB (anteriormente ASEA), Västerås,
Suécia, trabalhando como engenheiro de desenvolvimento
primeiro no Laboratório de Pesquisa Corporativa de Alta Potência,
depois no Departamento de Acionamentos de 1974 a 1987, no
Departamento de Relés em 1988 e, finalmente, , na Divisão de
Sistemas de Transmissão de CA Flexível (FACTS), onde foi
Especialista Sênior em Eletrônica de Potência de 1988 a 2008. Ele atuou no início do
desenvolvimento dos modernos acionamentos de motores assíncronos na ABB para aplicações
industriais e de tração, tanto no que diz respeito aos circuitos principais, bem como aos sistemas
de controle baseados na abordagem orientada ao campo. Na Divisão FACTS, seu principal
trabalho esteve relacionado ao desenvolvimento de capacitores série controlados por tiristores
(TCSCs) e com as instalações que foram implementadas no Stöde TCSC, Suécia, para mitigação
de ressonância subsíncrona e no Imperatrìz TCSC, Brasil, para amortecimento de oscilação de
potência. Foi Professor Adjunto da KTH de 2004 a 2010, onde ainda é Pesquisador. Seus
interesses de pesquisa incluem a aplicação de aparelhos eletrônicos de alta potência,
especificamente conversores multiníveis modulares, em sistemas de transmissão elétrica,
principalmente no que diz respeito à modelagem e simulação.
Staffan Norrga (M'00) nasceu em Lidingö, Suécia, em 1968. Ele
recebeu o M.Sc. licenciatura em física aplicada pelo Linköping
Institute of Technology, Linköping, Suécia, em 1993 e Ph.D.
graduado em engenharia elétrica pelo KTH Royal Institute of
Technology, Estocolmo, Suécia, em 2005.
Entre 1994 e 2011, foi Engenheiro de Desenvolvimento na
ABB em Västerås, Suécia, trabalhando em várias áreas
relacionadas à eletrônica de potência, como sistemas de tração
ferroviária e conversores para sistemas de transmissão de
energia HVdc. Em 2000, voltou à academia para se dedicar à pesquisa de novos conversores
eletrônicos de potência empregando transformadores de comutação suave e de média frequência
no Departamento de Máquinas Elétricas e Eletrônica de Potência (atualmente Conversão de
Energia Elétrica), KTH. Atualmente ocupa o cargo de Professor Associado da mesma instituição.
Ele é o inventor ou coinventor de mais de 15 registros de patentes e é autor ou coautor de mais
de 30 artigos científicos publicados em anais de conferências internacionais ou periódicos. Seus
interesses de pesquisa incluem novas topologias de conversores para aplicações de transmissão
de energia e integração à rede de fontes de energia renovável.
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1993
Kalle Ilves (S'10) nasceu em Estocolmo, Suécia, em 1984. Ele
recebeu o M.Sc. licenciatura em engenharia elétrica e licenciatura
em sistemas elétricos pelo KTH Royal Institute of Technol ogy,
Estocolmo, em 2009 e 2012, respectivamente, onde vem
trabalhando para o doutorado. licenciatura no Laboratório de
Conversão de Energia Elétrica desde 2010.
Seus principais interesses de pesquisa incluem o modelo
e projeto de conversores de alta potência para aplicações de
rede.
Lennart Harnefors (S'93–M'97–SM'07) nasceu em Eskilstuna,
Suécia, em 1968. Ele recebeu o M.Sc., Licenciatura e Ph.D.
graus em engenharia elétrica do KTH Royal Institute of Tech
nology, Estocolmo, Suécia, em 1993, 1995 e 1997,
respectivamente, e o grau Docent (D.Sc.) em automação
industrial da Universidade de Lund, Lund, Suécia, em 2000 .
De 1994 a 2005, trabalhou na Universidade de Mälardalen,
Västerås, Suécia, onde foi nomeado Professor de engenharia
elétrica em 2001. Entre 2001 e 2005, foi, além disso, Professor
Visitante em tempo parcial de acionamentos elétricos na Universidade de Chalmers de
Tecnologia, Gotemburgo, Suécia. Desde 2005, ele está na ABB, atualmente como Cientista
Principal Sênior na Pesquisa Corporativa, Västerås, Suécia. Ele também trabalha meio período
na KTH como professor adjunto de eletrônica de potência. Seus interesses de pesquisa incluem
a análise e controle de sistemas eletrônicos de potência, particularmente conversores conectados
à rede e acionamentos CA.
O Prof. Harnefors recebeu o Prêmio ABB Gunnar Engström Energy de
2000 e o Prêmio de Melhor Artigo de 2002 IEEE TRANSACTIONS ON
INDUSTRIAL ELECTRONICS . Ele é editor associado do IEEE
TRANSACTIONS ON INDUSTRIAL ELECTRONICS, membro do Conselho
Editorial do IET Electric Power Applications e membro do Conselho
Executivo e do Comitê Científico Internacional da European Power
Electronics and Drives Association.
Hans-Peter Nee (S'91–M'96–SM'04) nasceu em Västerås,
Suécia, em 1963. Ele recebeu os graus de M.Sc., Licenciatura e
Ph.D em engenharia elétrica pela KTH Royal Institute of Technol
ogy, Estocolmo, Suécia, em 1987, 1992 e 1996, respectivamente.
Em 1999, foi nomeado professor de eletrônica de potência na
KTH, onde atualmente atua como chefe do oratório do Laboratório
de Conversão de Energia Elétrica. Seus interesses de pesquisa
atuais incluem conversores eletrônicos de potência, componentes
semicondutores e aspectos de controle de aplicações de serviços
públicos, como sistemas de transmissão CA flexíveis e transmissão CC de alta tensão e
acionamentos de velocidade variável.
Prof. Nee recebeu o Prêmio de Energia pelo Conselho de Energia do Estado Sueco em 1991,
a Conferência Internacional sobre Máquinas Elétricas (Paris)
Verbal Prize em 1994, Torsten Lindström Electric Power Scholarship em
1996 e Elforsk Scholarship em 1997. Ele é membro da European Power
Electronics and Drives Association, envolvido com o Conselho Executivo e
o Comitê Científico Internacional. Ele também é Editor Associado do IEEE
TRANSACTIONS ON POWER ELECTRONICS e fez parte do conselho da
Seção IEEE Suécia por vários anos, servindo como seu presidente durante
2002–2003.