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Você está aqui: Início > Artigos técnicos > Disjuntores e interruptores de Baixa Tensão
Tanto disjuntores como interruptores são mecanismos que constante marcam presença no dia-a-dia dos
nossos profissionais. Mas será que conhece o seu funcionamento tão bem quanto pensa? Descubra tudo em
mais um artigo técnico da autoria de Eng.º Manuel Bolotinha.
As características, dimensionamento, instalação e ensaios dos disjuntores BT obedecem a um conjunto de documentos legais –
os Regulamentos, devendo em Portugal devem ser observado o seguinte:
RTIEBT (Regras Técnicas das Instalações Eléctricas em Baixa Tensão) – Portaria nº 949-A/2006 de 11 de Setembro.
As normas habitualmente utilizadas para a definição das características e ensaios destes equipamentos são:
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Magnéticos, por meio de um solenoide, para a protecção contra curto-circuitos (designação MO, de acordo com a Norma
IEC 60934).
Uma combinação de ambos (designação TM, de acordo com a Norma IEC 60934).
Os disjuntores BT podem ainda ser equipados com disparadores sensíveis à corrente diferencial-residual, para protecção das
pessoas contra defeitos à terra (protecção diferencial – ver Capítulo 3).
As curvas Tempo-Corrente permitem determinar a rapidez do disparo do disjuntor em função do valor da corrente, estando
divididas em duas partes, como se mostra na Figura 1:
Estas curvas são apresentadas em bandas, podendo a actuação do disjuntor acontecer para qualquer valor situado no
interior da banda. Os tipos de curvas habituais, de acordo com as Normas IEC 60898 e 60947 são:
Tipo B: limiar de disparo magnético muito baixo (utilizável em circuitos muito longos com correntes de curto-circuitos de valor
reduzido).
Tipo C: o seu limiar de disparo magnético permite-lhe a utilização na maioria das situações comuns.
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Tipo D: limiar de disparo magnético alto permite utilizá-lo na protecção de circuitos com elevadas
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arranque, como é, por exemplo
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Existem ainda disjuntores destinados exclusivamente à protecção de motores, dos seguintes tipos:
Disjuntores magnéticos: estes disjuntores dispõem apenas de disparadores magnéticos, destinados à protecção contra
curto-circuitos, sendo utilizados em associação com relés térmicos. O disjuntor não dispara em caso de sobrecarga e
suporta os picos de corrente provocados pelo arranque do motor.
Disjuntores-motor: estes disjuntores dispõem de disparadores térmicos reguláveis, destinados à protecção de
sobrecargas e disparadores magnéticos, destinados à protecção contra curto-circuitos.
Nos disjuntores BT o corte é feito no ar, fazendo-se a extinção do arco numa câmara própria para o efeito (por divisão do
arco eléctrico).
Podem ter 1, 2, 3 ou 4 pólos (nos disjuntores de 2 e 4 pólos de corrente alternada, o pólo do condutor de neutro não tem
habitualmente disparador).
Tensão estipulada3
Corrente alternada: 60; 120; 240/120; 220; 230; 240; 380/220; 400/230; 415/240; 380; 400; 415; 440 V.
Corrente contínua: 12; 24; 48; 60; 120; 240; 250 V.
Corrente estipulada (In) – de 2 A a 6300 A, dependendo do modelo.
Poder de corte estipulado – até 150 kA, dependendo do modelo e da corrente estipulada.
Corrente convencional de funcionamento (If) – corrente mínima que provoca a actuação do disjuntor.
Corrente convencional de não funcionamento (Inf) – valor da corrente que o disjuntor é capaz de conduzir sem actuação,
durante um tempo definido (designado por tempo convencional), expresso como um múltiplo de In (exemplo: Inf = 1,25xIn).
Os disjuntores BT são habitualmente instalados em quadros eléctricos BT e são construídos basicamente em três modelos:
Disjuntores modulares (ou miniatura), designados pela sigla inglesa MCB (Miniature circuit breaker): para correntes
estipuladas entre 2 A e 100 A; são normalmente montados em calha DIN (Figura 3).
Disjuntores compactos (ou em caixa moldada), designados pela sigla inglesa MCCB (Molded case circuit breaker): para
correntes estipuladas entre 125 A e 2500/3200 A (Figura 4).
Disjuntor para correntes elevadas: para correntes estipuladas entre 2500/3200 A e 6300 A (Figura 5).
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A selectividade entre disjuntores pode ser definida como a coordenação entre eles, para que um defeito seja eliminado pelo
disjuntor imediatamente localizado a montante do ponto de defeito, e apenas por esse.
Discriminação em corrente.
Discriminação em tempo.
A discriminação em corrente é utilizada para as protecções contra sobrecargas, garantindo-se habitualmente a selectividade
se a relação da regulação dos disparadores térmicos de dois disjuntores consecutivos for igual ou superior a 1,6.
A discriminação em tempo é utilizada para as protecções contra curto-circuitos, garantindo-se habitualmente a selectividade
se a relação da regulação dos disparadores magnéticos de dois disjuntores consecutivos for igual ou superior a 1,5.
Os interruptores BT obedecem aos mesmos regulamentos e normas que os disjuntores BT, são também habitualmente
instalados em quadros eléctricos BT e podem, tal como os disjuntores BT, ser equipados com disparadores sensíveis à
corrente diferencial-residual.
Os interruptores BT podem ter 1, 2, 3 ou 4 pólos (nos interruptores de 2 e 4 pólos de corrente alternada) e as suas
características são:
Tensão estipulada.
Corrente alternada: 60; 120; 240/120; 220; 230; 240; 380/220; 400/230; 415/240; 380; 400; 415; 440 V.
Corrente contínua: 12; 24; 48; 60; 120; 240; 250 V.
Corrente estipulada (In) – de 20 A a 6300 A, dependendo do modelo.
Interruptores modulares: para correntes estipuladas entre 20 A e 125 A; são normalmente montados em calha DIN.
Interruptores compactos:
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Interruptor para correntes elevadas: para correntes estipuladas entre 2500/3200 A e 6300 A.
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27/10/22, 10:41 Disjuntores e interruptores de Baixa Tensão | Voltimum
Os interruptores BT são habitualmente comandados local e manualmente, mas para aplicações específicas (por exemplo,
nos inversores automáticos rede-grupo ou no deslastre de cargas) podem ser motorizados e comandados à distância e
automaticamente.
Estes dispositivos de corte e protecção são designados por disjuntores diferenciais e interruptores diferenciais,
respectivamente, sendo o seu princípio de funcionamento ilustrado na Figura 6.
Em situações normais, sem defeito, verifica-se que a soma das correntes que é vista pelo toro é nula, isto é:
I1+I2+I3+IN = 0
Para além das características definidas nos capítulos anteriores para os disjuntores e interruptores BT, outra característica que
é necessário considerar nestes dispositivos é a corrente residual-diferencial estipulada (IΔn), que em Portugal, de acordo com
as RTIEBT é definida como a “soma algébrica dos valores instantâneos das correntes que percorrem todos os
condutores activos de um circuito num dado ponto da instalação eléctrica” em situação de defeito fase-terra.
Os dispositivos sensíveis à corrente residual-diferencial estão divididos em três grupos, de acordo com os valores daquela
corrente:
A sensibilidade dos disjuntores e interruptores diferenciais BT a adoptar depende do tipo de circuito e do tipo de local,
encontrando-se, em Portugal, os seus valores máximos definidos nas RTIEBT.
Ainda segundo este regulamento, nas instalações e circuitos sem condutor de protecção (PE), a utilização de dispositivos
diferenciais, ainda que de corrente diferencial-residual estipulada IΔn ≤ 30 mA, não deve ser considerada como uma medida
de protecção suficiente contra os contactos indirectos.
A sua actividade profissional desenvolve-se nas áreas do projecto, fiscalização de obras e gestão de
contratos de empreitadas de instalações eléctricas de alta média e baixa tensão, não só em Portugal,
mas também em África, na Ásia e na América do Sul.
É membro Sénior da Ordem dos Engenheiros e membro do IEEE, Formador Profissional, credenciado
pelo IEFP, conduzindo cursos de formação, de cujos manuais é autor, em Portugal, África e Médio
Oriente e autor de diversos artigos técnicos publicados em Portugal e no Brasil e de livros técnicos, em português e inglês, e
tem proferido palestras na OE, ANEP, FCT-UNL, IST e ISEP.
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[2] Os elementos bimetálicos são constituídos por dois metais diferentes, com coeficientes de dilatação diferentes. Quando
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ocorre uma sobrecarga a dilatação dos metais provoca um “encurvamento” da placa bimetálica, que origina o disparo do
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