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SIMONE APARECIDA FONSECA – RA 201112124

QUESTIONÁRIO - DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO - DIPr

2. O que são INCOTERMS? Explique e apresente exemplos:

R: Incoterms (Termos do Comércio Internacional): são cláusulas


de preço (siglas de três letras que padronizam contratos); são
editados pela Câmara do Comércio Internacional; existem desde o
início do Século XX, com a intenção de padronização de regras de
negócio internacional; são admitidos por todos os países, com
exceção dos EUA.

Exemplos:

FOB - FreeOnBoard: A responsabilidade para transporte cessa quando


a carga embarca no navio – a ideia que patroniza a responsabilidade
para o transportador.

FAS - FreeAlongsideShip – Se optar por essa modalidade – cessa a


responsabilidade do transportador quando entrega o contêiner no
porto.

9. Qual o significado da expressão “Lex Mercatoria” no


Direito Internacional Privado e quais as possibilidades de
aplicação da mesma pelo juiz pátrio, conforme observa o
ilustre professor Irineu Strenger? Explique:
R: É um dos instrumentos que buscam uniformizar o Direito
Internacional. Lex Mercatoria significa um conjunto de princípios,
normas, direitos e obrigações de direito comercial e de mercadorias
internacionais. Na visão do ilustre professor Irineu Strenger,
existem três correntes doutrinárias acerca da aplicação da Lex
Mercatoria em relação à aplicação do Direito Interno pelo juiz pátrio,
a saber:

1ª corrente: Autônoma: entende que a Lex Mercatoria é fonte


autônoma de Direito a ser utilizada pelo juiz na fundamentação de
suas decisões;

2ª corrente: Alternativa: entende que a Lex Mercatoria é uma


alternativa ao Direito Interno; o juiz optará em aplicar ou o Direito
Interno ou a Lex Mercatoria para resolver a lide em concreto;

Alternativa à legislação interna (ou legislação interna ou estrangeira).

3ª corrente: Complementar: entende que a Lex Mercatoria é


complementar ao Direito Interno, servindo ao juiz subsidiariamente
para fundamentar suas decisões;

10. Explique a teoria da paridade dos tratados diante do


ordenamento jurídico interno, de acordo com o Direito
Brasileiro:

R: O tratado internacional ratificado passa a ser parte do


ordenamento jurídico interno. Quanto à ordem hierárquica: a
legislação interna indicará aspectos quanto à hierarquia do tratado
internacional internalizado, se ao nível constitucional, se supralegal,
se com força de lei ordinária, etc. A EC 45/2004 trouxe modificações
a respeito da internalização de tratados internacionais sobre direitos
humanos, que, atendidas as condições do art. 5º, § 3º, possuem
força de Emenda Constitucional. A regra de paridade se estabelece
quando o tratado internacional e a lei interna estão no mesmo grau
de hierarquia. No Brasil, com o julgamento do Recurso
Extraordinário n.º 80.004, ficou estabelecida a tese de que no
conflito entre tratado e lei posterior, a prevalência seria pelo critério
da lei mais recente. 

Assim, no Brasil, quanto à Teoria da Paridade, tem-se: “Lex posterior


derogat priori”, ou seja, lei posterior derroga lei posterior; assim,
havendo conflito entre norma do tratado internacional e norma
interna, a lei posterior derrogará a lei anterior.

É a vontade do legislador sobre a hierarquia na internalização:


presente em alguns casos na legislação interna; ex.: art. 98, CTN

Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou


modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que
lhes sobrevenha.

11. Explique o princípio do “fórum shopping” no Direito


Internacional Privado:

R: Fórum shopping: é foro da compra, busca resolver o conflito de


leis no espaço, oriundas das relações privadas com conexão
internacional.

É a busca do foro mais adequado ao autor para a propositura da ação


dentre os competentes; verificam-se aqueles que trariam a maior
vantagem ao autor (menores custas, menores honorários, maiores
indenizações, celeridade da justiça, etc.); ex.: na hipótese de um
acidente aéreo que tenha interessados de diversos países.
20. Cite ao menos três institutos internacionais que trabalham
constantemente em favor da uniformização do Direito
Internacional Privado:

R: ONU, OIT, OMS.

22. Existe relação entre o Direito Comunitário da União


Europeia e o Direito Internacional Privado? Explique:

“O direito comunitário é, em grande parte, direito público. Este não


se choca com a nossa disciplina, e, de qualquer forma, prevalece
sempre sobre o Direito nacional dos Estados-membros da União
Europeia, reprimindo-os quando em desarmonia. Do ponto de vista
do Direito Privado, o direito comunitário, regula diversas de suas
questões relevantes, mas grande parte ainda é disciplinada pelos
ordenamentos jurídicos dos Estados-membros da UE.”

R: O que é decidido pela União Europeia tem caráter vinculante para


os Estados-membros da União Europeia, ou seja, há relação de
uniformização com o Direito Internacional Privado através do Direito
Comunitário.

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