O documento descreve as transformações políticas e econômicas do Brasil durante a ditadura militar de 1964-1985, incluindo o golpe de 1964, o "milagre econômico" entre 1968-1973, e as consequências da crise do petróleo de 1973.
O documento descreve as transformações políticas e econômicas do Brasil durante a ditadura militar de 1964-1985, incluindo o golpe de 1964, o "milagre econômico" entre 1968-1973, e as consequências da crise do petróleo de 1973.
O documento descreve as transformações políticas e econômicas do Brasil durante a ditadura militar de 1964-1985, incluindo o golpe de 1964, o "milagre econômico" entre 1968-1973, e as consequências da crise do petróleo de 1973.
As transformações políticas e econômicas sofrida pelo Brasil
durante a Ditadura Militar (1964-1985). O Brasil viveu sob uma ditadura milita entre 1964-85, durante o governo do presidente João Goulart, que foi derrubado por um golpe de Estado, um tema que ganhou importância crescente foram as reformas de base. O Brasil tinha vivido grandes transformações. O Golpe Civil-Militar de 1964 é o nome que se dá à articulação golpista que, entre 31 de março e 9 de abril de 1964, realizou a tomada de poder, subvertendo a ordem existente no país e dando início à ditadura militar, regime ditatorial que se estendeu no Brasil de 1964 até 1985 e foi caracterizado por censura, sequestros e execuções cometidas por agentes do governo brasileiro. Durante o golpe realizado em 1964, o presidente então empossado João Goulart, foi destituído de seu cargo, O golpe de 1964 foi resultado de uma articulação política golpista realizada por civis e militares. Milagre econômico” ao longo da ditadura, o Brasil foi governado por 5 generais (e, por um breve período, em 1969, também por uma Junta Militar). Do ponto de vista econômico, o primeiro governo militar. Do ponto de vista econômico, o primeiro governo militar tomou uma série de medidas visando superar a crise herdada do período anterior. Porém, elas não surtiram o efeito esperado imediatamente, o que, somado à crescente repressão, suscitou as primeiras críticas por parte daqueles que tinham apoiado o golpe. Entre os anos de 1968 e 1973, o Brasil viveu um expressivo crescimento econômico que contribuiu para o fortalecimento do regime militar. Chamado de "milagre econômico", esse crescimento esteve relacionado a políticas econômicas do governo castelo branco e suas repercussões nos anos seguintes, esse período foi caracterizado pela aceleração do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), industrialização e inflação baixa. Contudo, por trás da prosperidade, houve o aumento da concentração de renda, corrupção e exploração da mão de obra. Foi no governo do presidente Emílio Médici (1969-1974), que o milagre econômico chegou ao ápice. O início do milagre econômico está na criação do Programa de Ação Econômica do Governo na gestão do presidente Castelo Branco (1964-1967). O Paeg previa incentivo às exportações, abertura ao capital exterior, bem como reforma nas áreas fiscal, tributária e financeira. Durante o milagre econômico, o PIB alcançou 11,1% de crescimento anual. Para centralizar as decisões econômicas foi criado o Banco Central. Da mesma forma, a fim de favorecer o crédito e resolver o déficit habitacional, o governo instituiu o SFH (Sistema Financeiro Habitacional), formado pelo BNH (Banco Nacional de Habitação) e pela CEF (Caixa Econômica Federal). A principal fonte de recursos para o sistema habitacional viria do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Este imposto, criado em 1966, era descontado do trabalhador e foi usado para estimular a construção civil. Também se favoreceu a criação de bancos para estimular o mercado de capitais e a abertura de crédito para o consumidor melhorando, entre outros, o desempenho da indústria de automóvel. Além disso, nada mais que 274 estatais, como a Telebrás, Embratel e Infraero foram abertas neste período. Na época, o ministro da Fazenda, Delfim Neto, justificou essas medidas como fundamentais para impulsionar o crescimento do País. Delfim Neto utilizava a metáfora que “o bolo precisava crescer para depois ser repartido. Além das medidas de incentivo, o milagre econômico foi concretizado por meio de obras de grande porte como estradas e hidrelétricas. O fim do milagre econômico no cenário externo, a situação mudou a partir de 1973, quando aconteceu o Primeiro Choque do Petróleo. Neste ano, os países produtores pararam de vender petróleo para países quem fossem aliados de Israel. Assim, o preço do barril quadruplicou em apenas um ano, encarecendo a produção industrial. Para encarar esta subida de preços, os Estados Unidos elevaram os juros do mercado internacional na década de 70 e reduziram as remessas de dinheiro para os países em desenvolvimento. O Brasil parou de receber empréstimos e passou a pagar juros exorbitantes da dívida externa. Em consequência, houve arrocho salarial, desvalorização cambial e redução do poder aquisitivo da população. O salário mínimo ficou abaixo dos US$ 100 resultando em aumento da pobreza e da miséria. A política econômica privilegiou as exportações e impôs pesados encargos às importações. A estratégia resultou no sucateamento das indústrias nacionais. Por estes motivos, o setor industrial não podia importar máquinas e modernizar os fábricas que, obsoletas, perderam competitividade as consequências do milagre econômico foi a política econômica do regime ditatorial foi centralizadora, privilegiou o aumento da máquina pública e favoreceu as camadas mais ricas com isenção de impostos. Assim, houve elevado déficit do salário mínimo e a redução da renda das camadas mais pobres da população. Em contrapartida, os mais ricos acumularam proventos. s anos 80 são considerados uma década perdida para o Brasil e para a América Latina. A denominação é utilizada para explicar os efeitos do fim do período do milagre econômico. Durante este decênio, o governo deixou de ser o principal investidor e o empresariado não tinha como fazer frente às despesas. Houve, ainda, aumento da dívida externa, da pobreza e redução das exportações. O Brasil ficou mais dependente do capital estrangeiro e a indústria estagnou.
KIDMORE, Thomas E. Brasil: de Getúlio a Castello. São Paulo: Companhia das
Letras, 2010, p. 306 BUENO, Eduardo. Os anos de chumbo. In: Brasil: uma História: cinco séculos de um país em construção. Rio de Janeiro: Leya, 2012, p. 402-417.