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Universidade Federal de Rondonópolis

Ciências Econômicas – CE

Discente: Nathalia Carneiro de Mesquita

Economia Brasileira l

As transformações políticas e econômicas sofrida pelo Brasil


durante a Ditadura Militar (1964-1985).
O Brasil viveu sob uma ditadura milita entre 1964-85, durante o governo do
presidente João Goulart, que foi derrubado por um golpe de Estado, um tema
que ganhou importância crescente foram as reformas de base. O Brasil tinha
vivido grandes transformações. O Golpe Civil-Militar de 1964 é o nome que se
dá à articulação golpista que, entre 31 de março e 9 de abril de 1964, realizou a
tomada de poder, subvertendo a ordem existente no país e dando início à
ditadura militar, regime ditatorial que se estendeu no Brasil de 1964 até 1985 e
foi caracterizado por censura, sequestros e execuções cometidas por agentes
do governo brasileiro. Durante o golpe realizado em 1964, o presidente então
empossado João Goulart, foi destituído de seu cargo, O golpe de 1964 foi
resultado de uma articulação política golpista realizada por civis e militares.
Milagre econômico” ao longo da ditadura, o Brasil foi governado por 5 generais
(e, por um breve período, em 1969, também por uma Junta Militar). Do ponto
de vista econômico, o primeiro governo militar. Do ponto de vista econômico, o
primeiro governo militar tomou uma série de medidas visando superar a crise
herdada do período anterior. Porém, elas não surtiram o efeito esperado
imediatamente, o que, somado à crescente repressão, suscitou as primeiras
críticas por parte daqueles que tinham apoiado o golpe. Entre os anos de 1968
e 1973, o Brasil viveu um expressivo crescimento econômico que contribuiu
para o fortalecimento do regime militar. Chamado de "milagre econômico",
esse crescimento esteve relacionado a políticas econômicas do governo
castelo branco e suas repercussões nos anos seguintes, esse período foi
caracterizado pela aceleração do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto),
industrialização e inflação baixa. Contudo, por trás da prosperidade, houve o
aumento da concentração de renda, corrupção e exploração da mão de obra.
Foi no governo do presidente Emílio Médici (1969-1974), que o milagre
econômico chegou ao ápice. O início do milagre econômico está na criação do
Programa de Ação Econômica do Governo na gestão do presidente Castelo
Branco (1964-1967). O Paeg previa incentivo às exportações, abertura ao
capital exterior, bem como reforma nas áreas fiscal, tributária e financeira.
Durante o milagre econômico, o PIB alcançou 11,1% de crescimento anual.
Para centralizar as decisões econômicas foi criado o Banco Central. Da mesma
forma, a fim de favorecer o crédito e resolver o déficit habitacional, o governo
instituiu o SFH (Sistema Financeiro Habitacional), formado pelo BNH (Banco
Nacional de Habitação) e pela CEF (Caixa Econômica Federal). A principal
fonte de recursos para o sistema habitacional viria do FGTS (Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço). Este imposto, criado em 1966, era descontado
do trabalhador e foi usado para estimular a construção civil. Também se
favoreceu a criação de bancos para estimular o mercado de capitais e a
abertura de crédito para o consumidor melhorando, entre outros, o
desempenho da indústria de automóvel. Além disso, nada mais que 274
estatais, como a Telebrás, Embratel e Infraero foram abertas neste período. Na
época, o ministro da Fazenda, Delfim Neto, justificou essas medidas como
fundamentais para impulsionar o crescimento do País. Delfim Neto utilizava a
metáfora que “o bolo precisava crescer para depois ser repartido. Além das
medidas de incentivo, o milagre econômico foi concretizado por meio de obras
de grande porte como estradas e hidrelétricas. O fim do milagre econômico no
cenário externo, a situação mudou a partir de 1973, quando aconteceu o
Primeiro Choque do Petróleo. Neste ano, os países produtores pararam de
vender petróleo para países quem fossem aliados de Israel. Assim, o preço do
barril quadruplicou em apenas um ano, encarecendo a produção industrial.
Para encarar esta subida de preços, os Estados Unidos elevaram os juros do
mercado internacional na década de 70 e reduziram as remessas de dinheiro
para os países em desenvolvimento. O Brasil parou de receber empréstimos e
passou a pagar juros exorbitantes da dívida externa. Em consequência, houve
arrocho salarial, desvalorização cambial e redução do poder aquisitivo da
população. O salário mínimo ficou abaixo dos US$ 100 resultando em aumento
da pobreza e da miséria. A política econômica privilegiou as exportações e
impôs pesados encargos às importações. A estratégia resultou no
sucateamento das indústrias nacionais. Por estes motivos, o setor industrial
não podia importar máquinas e modernizar os fábricas que, obsoletas,
perderam competitividade as consequências do milagre econômico foi a
política econômica do regime ditatorial foi centralizadora, privilegiou o aumento
da máquina pública e favoreceu as camadas mais ricas com isenção de
impostos. Assim, houve elevado déficit do salário mínimo e a redução da renda
das camadas mais pobres da população. Em contrapartida, os mais ricos
acumularam proventos. s anos 80 são considerados uma década perdida para
o Brasil e para a América Latina. A denominação é utilizada para explicar os
efeitos do fim do período do milagre econômico. Durante este decênio, o
governo deixou de ser o principal investidor e o empresariado não tinha como
fazer frente às despesas. Houve, ainda, aumento da dívida externa, da pobreza
e redução das exportações. O Brasil ficou mais dependente do capital
estrangeiro e a indústria estagnou.

KIDMORE, Thomas E. Brasil: de Getúlio a Castello. São Paulo: Companhia das


Letras, 2010, p. 306
BUENO, Eduardo. Os anos de chumbo. In: Brasil: uma História: cinco séculos de um
país em construção. Rio de Janeiro: Leya, 2012, p. 402-417.

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