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UNIÃO ALPHAVILLE EDUCACIONAL

ADILSON EMERSON LOPES

TÍTULO
SÍNDORME DE BURNOUT: VENCENDO O ESGOTAMENTO PROFISSIONAL

SÃO PAULO - SP
2022
ADILSON EMERSON LOPES

TÍTULO
SÍNDORME DE BURNOUT: VENCENDO O ESGOTAMENTO PROFISSIONAL

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado a UNIÃO ALPHAVILLE
EDUCACIONAL, como pré-requisito para
obtenção do título de especialista em:
DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR.

SÃO PAULO - SP
2022
LOPES, Adilson Emerson. Síndrome de Burnout: Vencendo o esgotamento
profissional. São Paulo: União Alphaville Educacional, 2022. Especialização em Docência
no Ensino Superior

RESUMO

O estudo tem como objetivo, realizar um trabalho de pesquisa teórica sobre Sindrome
de Burnout, devido a pressão sofrida pelos profissionais da docência, pressão pelo Estado,
pelo Municipio, pelos pais e pelos alunos, a fim de fazer com que o professor apresente
resultados satisfatórios no quesito educação, sendo que, muita das vezes, faltam recurso
didático, como : material audivisual, material literario, além dos salários baixos ao qual o
professor tem que aceitar. Fazendo com que muitos adoencem e passam por problemas
psicologicos e até mesmos físicos devido as duras situações que o país enfrenta, tanto na área
politica, financeira, familiar, etc, impactando indiretamente nas escolas e consequentemente
na vida dos professores, fazendo com que os mesmos sintam-se desmotivados, mas o amor a
profissão faz com que caminhem acreditando que dias melhores virão. No decorrer do estudo,
fizemos uma entrevista com a professora APS, que através de relatos demonstrou exaustão e
cansaço psicologico, apresentando um quadro de Sindrome de Burnout.

Palavras-chave: Síndrome de Burnout – Professor – Psicologico.


ABSTRACT

The study aims to carry out a theoretical research work on Burnout Syndrome, due to the

pressure suffered by teaching professionals, pressure from the State, the Municipality, parents

and students, in order to make the teacher present satisfactory results. in terms of education,

and many times there is a lack of didactic resources, such as: audiovisual material, literary

material, in addition to the low salaries that the teacher has to accept. Making many get sick

and go through psychological and even physical problems due to the harsh situations that the

country faces, both in the political, financial, family, etc., indirectly impacting schools and

consequently on the lives of teachers, making them feel unmotivated, but love for the

profession makes them walk believing that better days will come. During the study, we did an

interview with Professor APS, who through reports showed exhaustion and psychological

fatigue, presenting a picture of Burnout Syndrome.

Keywords: Burnout Syndrome – Teacher – Psychological.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................4

1.1 - Conceito de Burnout……………………………...………………………5


1.2 - Definições do Burnout..........…………………………………………….5
2. DESENVOLVIMENTO.......................................................................................6

2.1 - Sintomas do Burnout…..………………………………………………..6


2.2 - Abordagens do Burnout..………………………………………………..6
2.3 - Relação entre individuo e escola…..…………………………………...7
2.4 - Relação entre professor e escola…….………………………………….9
2.5 - Síndrome de Burnout no professor……………………………………..10
3. METODOLOGIA..............................................................................................11

3.1 – Pesquisa Qualitativa.................................................................................12

3.2 - Complemento da frase.............................................................................12

3.3 - Entrevista….............................................................................................13

3.4 - Interpretação dos dados da entrevista .......................................................... 14

3.5 - Debate.......................................................................................................17

3.6 - Conclusão………………………………………………………………..17
4. REFERÊNCIAS..................................................................................................23

5. ANEXO..............................................................................................................25
4

1. INTRODUÇÃO

Todos sabemos que a escola possui um papel importante na sociedade e na


socialização do aluno como individuo, participante de uma cadeia. Para que esse individuo
possua um bom desempenho na sociedade, requer que possua uma base sólida, onde a família
não consegue fornecer o Estado tem por obrigação cumprir esse papel, esse papel de
estruturar o individuo para a vivência na sociedade, muita das vezes acaba sendo o papel do
professor, tanto que o professor acaba sendo considerado uma segunda mãe, mas para que se
cumpra o papel de educando o professor também precisa ter uma boa estrutura a fim de
repassar os conhecimentos para os seus educandos.
Devidos os problemas que estamos enfrentando, problemas politicos, familiares,
financeiros, de uma ordem global, faz com que professores acabam sendo impactados com
esses problemas, fazendo com que muitos diminuam sua produtividade, não repassando seus
conhecimentos de uma forma adequada, outros já necessitam de ajuda psicologica para
continuarem no exercicio de sua profissão, outros infelizmente são afastados de suas
atividades a fim de se recuperarem do estresse do dia-a-dia.
A profissão de professor desde antepassados, são vistas com olhar de despreso, tanto
no âmbito educacional como salarial, devido os baixos salários e os poucos recursos,
professores acabam enfrentando fatores extremamente estressantes, falta de recursos, salários
baixos, classes superlotadas, alunos sempre tensos, excesso de carga horária, falta de
segurança (Baccaro, 1997).
A Sindrome de Burnout segundo Tamoyo & Trócoli (2002), se constitui de três
dimensões, sendo: exaustão emocional, despersonalização e falta de realização profissional.
A síndrome de Burnout é um estresse que tem como significado o desgaste tanto
mental como físico, e torna-se característico em pessoas que praticam excessivos esforços
para corresponderem às solicitações de energia, força ou recurso (LIMONGI-
FRANCA; RODRIGUES, 1997.
O objetivo deste trabalho, na função dos educadores, visa identificar aspectos que
facilitam a adoecimento fisico e psíquico do profissional, a fim de auxiliar os educandos a
vencerem a Sindrome, visto que a maioria indireta ou diretamente já tiveram sintomas.
Levando-se em consideração, que com o passar do tempo, o ensino mudou, a escola mudou e
o professor consequentemente teve que mudar. Estas mudanças fizeram com que, os
professores passassem por um desafio pessoal e profissional.
A Sindrome de Burnout na educação é complexo, resultando em fatores macrossociais
5

como politicas educacionais e fatores sócio-economicos.

1.1 – Conceito de Burnout

De origem inglesa, a palavra burnout pode ser traduzida como “queimar-se por
completo”. O termo foi criado pelo psicanalista alemão Herbert Freudenberger (1926-1999)
em 1974.
Seria o desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho, outra
fase importante da síndrome: o portador de burnout mede a autoestima pela capacidade de
realização e sucesso. O que tem início com satisfação e prazer termina quando esse
desempenho não é reconhecido. Nesse estágio, a necessidade de se afirmar e o desejo de
realização se transformam em obstinação e compulsão; o paciente nesta busca sofre, além de
problemas de ordem psicológica, forte desgaste físico, gerando fadiga e exaustão. É uma
patologia que atinge membros da Área da Saúde, Segurança Pública, setor bancário,
Educação, Cartorários, Tecnologia da informação, Gerentes de Projetos, jornalistas,
advogados, pilotos, cientistas, professores e até mesmo voluntários.

1.2 - Definições de Burnout

É compreendida como um fenômeno de uma Síndrome psicologica, decorente de


tensão crônica emocional, vivida pelso profissionais focados em atividades que envolvem
relacionamento intenso. Segundo Maslash & Jackson (2002), Sindrome de Bournout é
constituido por três dimensões: A) exaustão emocional, b) despersonalização e c) diminuição
da realização profissional. Sendo a primeira, exaustão profissional, é aquela que afeta todas
as facetas da vida de um indivuduo, são sentidas após os esgotamentos profissionais serem
atingidos, as energias prórpias já não são suficientes para o exercicio da função de maneira
eficaz, a despersonalização, diz respeito ao desenvovimento de sentimentos e atitudes
negativas impostas ao serviço prestado, e por fim a última, diminuição da realização
profissional, fiz respeito a vivência subjetiva e interna, sentimento e atitudes negativas no
relacionamento do individuo com se trabalho, prejudicando seu desempenho profissional,
trazendo coonsequencias negativas para a empresa que trabalha, baixando sua produtividade,
chegando as vezes ao abandono do emprego. ……………………………………………..
6

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Sintomas do Burnout

Os sintomas são variados, o profissional fica cansado semana após semana, cansaço
fisico e mental, dores de cabeça fequentemente, alterações de apetites, insônias, dificuldades
de concentração, sentimentos de fracasso e insegurança, negatividade constante, sentimentos
de derrota e desesperança, sentimentos de incompetência, impotencia no trabalho, seguidos de
baixa-estima. Diminuindo a tolerância à frustração, demonstrando irritabilidadae,
hipersensibilidade, tornando-o hostil e confiado para com os alunos, com colegas e superiores.
Para a visão comportamental, ocorre abuso de drogas, condutas de evitação, irritação,
frustração, hipersensibilidade e dificuldade para controlas as emoções (Freudenberger;
Arches, citado por Tamoyo & Trócoli, 2002), além de absenteismo, baixa produtividade, etc.
Segundo Delboni (1977), as organizações tem enfrentado o estresse ocupacional com
programas de prevenção, onde os resultados tem apresentados destaques entre os
funcionários.
Em relação aos sintomas físicos, ocorrem resfriados, problemas gastrointestinais,
dores de cabeça, insônia, exaustão, tremores, absenteísmo, baixa produtividade, dificuldade
para controlar emoções, acidentes, roubos, negligências.

2.2 Abordagens do Burnout

As abordades procuram explicar o fenomeno como resultado vivido ao extresse.


Segundo as abordagens de burnout um construto formado por três dimensões: 1) Exaustão
Emocional (EE): ocorre quando o profissional experimenta sentimentos de fadiga e faltam-lhe
recursos emocionais (energia) para lidar com situações estressoras e com altas exigências no
trabalho; 2) Despersonalização (DE): manifesta-se por atitudes negativas e de insensibilidade
para com as pessoas no trabalho, por comportamentos de isolamento ou afastamento dos
colegas e clientes e pelo endurecimento afetivo nas relações interpessoais; e 3) reduzida
Realização Profissional (rRP): que se manifesta pela sensação de baixa satisfação com a
execução do trabalho, sentimento de desapego pelo trabalho e de frustração profissional
(Maslach & Leiter, 1997; Vieira, 2010; Vieira et al., 2006).
Segundo Bernik (1995), o estresse esta ligado a qualquer mudança de vida, ele
considera que seja um estressor, o resultado de um problema de ordem economica e social,
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um âmbito de saúde pública.


Os extresse relacionado ao trabalho estão relacionados ao trabalho como situações em
que a pessoa percebe seu ambiente de trabalho como ameaçador às suas necessidades de
realização pessoal e profissional. Sendo conhecido por vários teóricos como estado de estresse
cronificado, segundo França & Rodrigues (1999).

2.3 Relacão entre indíviduo e escola

O ensino desempenha um papel importante na socialização do individuo. Onde uma


sociedade ao qual seu tempo é escasso, o professor em meios a tantas dificuldades da
sociedade propõe ensinos, idéias e reflexos, a fim de tornar seu alunos, referências na
sociedade, tanto nas atitudes, como no carater.
Sendo que ensinar é uma tarefa complexa e ardua, que exige muitas vezes dedicação a
extrema do educador.
Libâneo (2003) apresenta a situação problemática vivida nos ofícios mestres, que inclui:
mundo globalizado e progresso tecnológico, fatores que trazem outras demandas, levando a
um exame do próprio perfil do trabalhador. na sala de aula, Antigamente o ambiente era
relativamente dócil, mas hoje, com a grande distância das informações, não existe mais um
sistema escolar tão tranquilo e pacífico. Fora da escola, existe uma realidade dinâmica que
exige decisões, reações, ações, solapando valores, desencadeando crises e choques, levando
ao caos e, muitas vezes, ao pessimismo sobre o sentido da vida e o futuro. Problemas, falta de
disciplina e falta de motivação estão aumentando no ambiente escolar. Faltam valores,
começa o caos e segue-se o caos.
De acordo com Desaulniers citado por Libâneo (2003), o processo de formação mudou
ao longo do tempo de acordo com as necessidades do mundo atual. Durante décadas, a
formação foi exigida para ser globalizada, mais flexível e respeitadora dos princípios
democráticos, diferentemente do que acontecia antes de meados do século, quando a educação
era baseada na rigidez e no autoritarismo. As constantes mudanças no sistema educacional
criaram um sentimento de desconforto e impotência entre os professores. Esse trabalho é
muitas vezes realizado sob uma série de estressores subjacentes, tais como: baixos salários,
materiais e recursos didáticos escassos, turmas superlotadas, relações tensas com os alunos,
carga horária excessiva, envolvimento em planejamento político e institucional Falta de
expressividade e insegurança. ambiente escolar.
Para Tamayo (1997), os valores organizacionais são definidos por como crenças e
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princípios fundamentais são visíveis na organização, então eles formam o núcleo da cultura
organizacional e estabelece os padrões que devem ser seguidos para alcançar e representar a
essência da filosofia de sucesso da organização. Isso é o que todo professor quer na sala de
aula.
Segundo Parolim (2007), o fato de um professor estar sentado à frente de uma pessoa,
seja ela uma criança, um jovem ou um adulto, o faz refletir sobre as possibilidades incríveis
que estão diante dele. Nessa relação misteriosa, os resultados são mais do que ciência,
tecnologia e método, o que torna essa profissão tão fascinante, tão provocativa e, em alguns
casos, tão estressante. Segundo o autor, o que aconteceu é um jogo, com alegria e
infelicidade, força e frustração, que todos os professores conhecem. Para Luft (2007),
professor ou professora há muito é uma posição honrosa em uma comunidade, especialmente
em cidades muito pequenas, onde padres, padres, representantes, juízes e professores ou
diretores de escola são os membros mais importantes. , consulte, convide e respeite.
Ele acrescentou que alguns conceitos como respeito, autoridade, educação e bondade
se degradaram nas grandes cidades à medida que a sociedade mudou. Esses profissionais
tornam-se menos importantes professor, e acabou sendo desvalorizado, o que o levou a se
considerar inferior aos demais profissionais. Com pouca renda e muitas vezes sobrecarregado,
ele precisa fazer outros trabalhos em várias escolas, não tem tempo em casa, corrige cadernos
corretamente, ou ainda tem coragem de preparar os alunos em sala de aula.
Segundo Azzi (2000), Salles (1993), Zagury (1997) e Brato et ai. (1998) mostrou que
os professores e todos os envolvidos Funcionários da escola lutam para se dedicar e despertar
os alunos no dia a dia, a vontade de aprender e lidar com as mudanças biológicas,
psicológicas e socioculturais pelas quais os alunos estão passando. Nessa linha de
pensamento, Azzi (2000) destacou que para os alunos, as escolas podem indicar
possibilidades ou limitações, dependendo da percepção do aluno e entendido pelos
professores. Neste triângulo, as escolas têm uma grande responsabilidade de satisfazer a
condição e fornece a capacidade de desenvolver a consciência, além das limitações físicas,
intelectuais, sociais e emocionais.
Nessa linha de pensamento, Azzi (2000) aponta que a escola pode significar
possibilidades ou limitações para os alunos, dependendo de como os professores veem e
compreendem os alunos. Nesse triângulo, a importante tarefa da escola é reunir condições
para desenvolver a consciência de suas capacidades e limitações em termos de movimento
físico, inteligência, dimensão social e emocional. Postic, citado por Azzi (2000), menciona
que diante de tal visão, os professores precisam estar preparados para orientar os alunos a
9

descobrir que o aprendizado vem do enfrentamento das tarefas, que os alunos precisam estar
totalmente engajados e trabalhar duro para realizar e adquirir Habilidades.
Ele percebeu que o professor de sala de aula enfrentava uma situação real envolvendo
pessoas e circunstâncias específicas na prática docente, que exigia que ele dominasse um
conjunto muito específico de inter-relações.
Segundo Moysés (2001), os indivíduos podem vivenciar sua própria experiência de
trabalho. As diferenças individuais são um componente importante que se manifesta de uma
forma ou de outra no trabalho. De uma perspectiva interativista que considera ajustes
dinâmicos entre pessoas, locais de trabalho e organizações, o ajuste nem sempre é suficiente,
neste caso, o indivíduo tende a pensar que não tem recursos suficientes para se ajustar,
levando a um estado de estresse. Essas experiências são muitas vezes negativas e podem ter
consequências graves e muitas vezes irreparáveis para a saúde e bem-estar físico, bem como
para os aspectos psicossociais.

2.4 Relacão entre professor e escola

A relação professor-aluno tem estado em um estado de mal-estar na


contemporaneidade, e várias mudanças podem ser observadas: mudanças brutais de valores, a
morte dos ideais docentes, tentativas de homogeneização cultural pela globalização e crises
éticas (Santos, citado em Speller, 2005). Essa tecnologização natural afeta de perto a vida
educacional, a relação professor-aluno, e essas figuras da história da vida social, incapazes de
se organizar, refletem-se emocionalmente, principalmente nos professores, e ficam
completamente comprometidas. Os problemas que os professores têm (frustrados pelo
declínio do status social; desrespeitados pelos alunos e pela própria escola, diretores,
orientadores etc.) auto-imagem.
Por outro lado, este conceito também permite antever o futuro imediato da criança e a
dinâmica do seu desenvolvimento, pois a zona de desenvolvimento proximal de hoje será o
nível real de desenvolvimento amanhã, o que a criança poderá fazer hoje com a ajuda de
outros, você pode fazê-lo sozinho amanhã. A partir desse conceito, a zona de
desenvolvimento proximal, a relação entre desenvolvimento e aprendizagem emerge e assume
outra dimensão: a aprendizagem é fundamental para o desenvolvimento humano.
Newman, Griffin e Cole, citados por Martins (1999) concebem a zona de
desenvolvimento proximal como “um lugar mágico onde as ideias se encontram, onde todos
os que as veem são diferentes, os significados são fluidos e onde as construções de uma
10

pessoa encontram outras” (Newman). ; Griffin; Cole, 1989, p. 9), e “mais do que um suporte
social que alguns hoje chamam de 'andaime', (...) a área do desenvolvimento proximal é a
negociação social O lugar do sentido, é, no contexto da escola, o lugar onde professores e
alunos podem se entender” (Newman; Griffin; Cole 1989, p.12).
Segundo Kohl (1993), a possibilidade de alterar o próprio desempenho por meio da
intervenção de outros é a base da teoria de Vygotsky. Primeiro, porque na verdade representa
um momento de desenvolvimento: nenhum indivíduo pode realizar qualquer tarefa com a
ajuda de outros. Ou seja, a capacidade de se beneficiar da colaboração de outra pessoa
ocorrerá em um determinado nível de desenvolvimento, mas não antes. Por exemplo, uma
criança de cinco anos pode construir uma torre cúbica por conta própria; uma criança de três
anos não pode construí-la sozinha, mas pode fazê-lo com a ajuda de outras pessoas; uma
criança de um ano não pode completar a tarefa sem ajuda. Uma criança que não pode andar
sozinha, só pode andar com ela

Depois de atingir um certo nível de desenvolvimento, é auxiliado por um adulto que o


segura na mão. Por exemplo, aos três meses de idade, ela não conseguia andar ou ajudar. A
ideia de um nível de desenvolvimento não é um estágio já alcançado, já consolidado, mas um
estágio posterior em que a intervenção de outros pode afetar significativamente o resultado
das ações de um indivíduo.
Em segundo lugar, essa ideia é a base da teoria de Vygotsky, pois ele dá grande ênfase
à interação social na construção do funcionamento psicológico humano. O desenvolvimento
individual ocorre em um ambiente social específico e, em diferentes áreas e níveis da
atividade humana, as relações com os outros são cruciais para o processo de construção da
existência psicológica do indivíduo.

2.5 Sindrome de Burnout no professor

No que diz respeito aos sofrimentos da mente, o professor como educador não apenas
coloca seu esforço físico no trabalho em sala de aula, mas sua produção envolve também
sentimentos como alegria, insatisfação, queixas e sonhos, sua subjetividade. Para Maslach e
Jackson citados por Tamayo & Trócoli (2002), essa condição inclui três dimensões
conceitualmente distintas, mas empiricamente relacionadas: exaustão emocional,
despersonalização e falta de realização profissional.
Segundo Maslach e Jackson citados por Tamayo & Trócoli (2002), a falta de
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realização profissional deixa os trabalhadores insatisfeitos consigo mesmos e com os


resultados de seu trabalho. Os professores têm pouco tempo para fazer um bom trabalho, mais
alunos, mais cursos, mais conteúdos fora da área de formação, aumentando o foco em seu
desempenho acadêmico e técnico ao invés de serem valorizados na qualidade de vida e
valores humanos dos professores. Dessa forma, o educador já frustrado, sem expectativas e
sem entusiasmo pela mudança, não vê saída de um ambiente que o incomoda e entra em
burnout.
Moura (1997) observou níveis moderados de burnout. Os autores explicam que, para
manter o equilíbrio no funcionamento mental, os professores desenvolvem formas de
resistência ou enfrentamento, como a busca de uma autorregulação permanente. Assim,
enquanto os professores valorizam a profissão como um jogo de desafio e realização, também
a definem como uma profissão desgastante, explorada e desvalorizada, chame essa atitude
patológica de norma dolorosa.

3. METODOLOGIA

Para explorar as características da síndrome de burnout na função docente, foi


proposto um roteiro de entrevista semiestruturado, com dois professores selecionados
aleatoriamente da Escola Estdual DR. Raul Briquet. Os métodos utilizados para a coleta de
dados serão baseados em pesquisas qualitativas e teóricas. De acordo com Kincheloe (citado
por Rey, 2005):
“a pesquisa qualitativa enfoca a experiência holisticamente, já que os
pesquisadores exploram todos os aspectos de uma experiência. Como indivíduos que
exploram as situações humanas, devem tender á variedade de fatores que as conformam.
As complexidades relevantes à vida escolar, que freqüentemente se perdem para os
pesquisadores quantitativos, devem ser atendidas pelos pesquisadores qualitativos em sua
busca do holismo”.(p.129).
A participante entrevistada, do sexo feminino, com idade de 40 anos, chamada de
APS, solteira, tempo de educando, 12 anos, nível superior em Letras, pós graduando em
“inclusão social”.
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3.1 Pesquisa Qualitativa

A pesquisa qualitativa é muito importante porque pode compreender de forma única e


singular cada particularidade e sua concepção de escola expressa por cada professor na
forma de representação social.
Segundo González Rey (2005), o objetivo da pesquisa qualitativa não é produzir
resultados finais que possam ser considerados como referências universais, únicas e
invariáveis para um determinado grupo de pesquisa, mas produzir momentos teóricos que
interagem com o processo de pesquisa. Construção do conhecimento.

3.2 Completamento de frases

Segundo González Rey (2005), a complementação de sentenças é suscetível a múltiplas


escolhas de análise qualitativa, assim como qualquer outra ferramenta. Essas frases podem
ser relacionadas entre si pelo tipo de conteúdo explícito, o que nos permite organizar
macromomentos mais gerais sobre tendências que estão diretamente explícitas na
ferramenta. Considera-se útil utilizar esses agrupamentos como significados em relação a
outros significados que estabeleceremos por meio de outras escolhas explicativas.
Para González Rey (2005), o agrupamento de expressões caracteriza-se pela produção
de conteúdo explícito que une e inibe a possibilidade de adentrar um domínio de sentido
mais complexo, que se observa ser mais relevante para o sentido subjetivo. origens distantes
e diferentes, ao invés de conteúdos explícitos que aparecem na superfície em diferentes
expressões.
No sentido subjetivo, os autores apontam que o assunto não expressa, direta, mas
indiretamente, uma expressão de intenção em termos da qualidade da informação atribuída a
diferentes conceitos de uma estrutura, em diferentes níveis de elaboração que tratam do
assunto.
Dando continuidade a essa linha de pensamento, González Rey (2005) relata que a
percepção subjetiva tem sua configuração organizacional e processual, envolvendo
constantemente dimensões simultâneas da subjetividade social e individual. Segundo os
pesquisadores, esse sentimento subjetivo é permanente nas diferentes atividades e relações
com as quais os sujeitos interagem em diferentes ambientes e situações da vida social. Mais
importante ainda, sua presença nos processos simbólicos emocionais e atuais do sujeito não
implica que os sentimentos subjetivos sejam suscetíveis ao significado consciente. Gonzales
disse:
13

“A representação de algo nunca esgota os sentidos subjetivos presentes em suas


manifestações verbais e icônicas, sendo apenas um momento possível de sentido que
significação em sua relação com outros momentos e formas de expressão do sujeito ou dos
espaços sociais estudados que podem estar aparentemente muito distantes do que estamos
estudando (p.126,2005)”.
Por sua vez, o mesmo autor explica que a dimensão do sentido subjetivo facilita o
acesso a lacunas na produção subjetiva que representam uma síntese complexa de ocasiões
culturais e históricas que não podem ser captadas por causas dominantes, centradas em
aspectos, proximidade e meio consciente. A história e a cultura apresentam infinitos canais de
expressão por meio de sua composição subjetiva em sujeitos concretos. Segundo González
Rey:

“A subjetividade é um sistema complexo e, como tal, suas diferentes formas de


expressão no sujeito e nos diferentes espaços sociais são sempre portadoras de sentidos
subjetivos gerais do sistema que estão além do evento vivido, o do contexto em que se
centra a representação consciente do sujeito em suas ações concretas (p.126,2005)”.

O preenchimento de frases é utilizado como uma das ferramentas para definir uma das
formas de auxiliar o processo de pesquisa. Este método só funciona se a consciência subjetiva
do participante foi estabelecida, é um facilitador. Tendo em conta o texto acima citado, o tema
“relação professor-aluno” será estudado através do preenchimento de frases.

3.3 Entrevista

A entrevista psicológica pode ser entendida tanto como um processo quanto como uma
técnica. Uma das finalidades das entrevistas é coletar dados, o que é importante para a
pesquisa, bem como para fazer diagnósticos e sugerir intervenções. Benjamin (2004)
comparou entrevistas com a arte de aprender e a melhoria contínua.
Gaskell, citado por Bauer (2002), utiliza entrevistas semiestruturadas como guia
prático para pesquisas qualitativas. No caso de uma entrevista semiestruturada, o entrevistador
orienta o processo por meio de perguntas abertas e fechadas, o que exige que ele desenvolva a
arte de fazer perguntas e ouvir atentamente o que o entrevistado tem a dizer, que será o tipo de
entrevista utilizado na entrevista.
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A atitude de aceitação é fundamental, alerta, e que para o entrevistador aprender a ir


além do conhecimento, da emoção e dos sentimentos humanos, ele deve se treinar para "sentir
sua presença, sua extensão e sua qualidade. Fala de verdadeira aceitação, inclusive Uma
compreensão positiva e positiva dos sentimentos revelados durante o processo de entrevista, o
que inclui evitar julgá-los.
Nessa linha de pensamento, os autores apontam que a entrevista qualitativa é um
método de coleta de dados amplamente utilizado nas ciências sociais empíricas. Como
Gaskell, citado por Bauer (2002), escreveu: "essencialmente uma técnica ou método para
identificar ou descobrir opiniões ou opiniões sobre fatos diferentes da pessoa que iniciou a
entrevista".
Segundo Gaskell citado por Bauer (2002), o primeiro ponto de partida é o pressuposto
de que o mundo social não é dado pela natureza, sem problemas, mas construído ativamente
pelas pessoas em seu cotidiano, mas não nas condições que elas próprias se estabelecem.
Relata que essas estruturas constituem a realidade essencial das pessoas, revelando o mundo
de sua experiência.
O uso de entrevistas qualitativas ajuda a delinear e entender o mundo da vida do
entrevistado e é um ponto de entrada para cientistas sociais que introduzem esquemas
explicativos para entender a narrativa de um ator em termos mais conceituais e abstratos,
muitas vezes em conjunto com outras observações relevantes. Contém dados essenciais
para desenvolver e compreender as relações entre os atores sociais e suas condições. O
objetivo é capturar em detalhes as crenças, atitudes, valores e motivações associadas ao
comportamento das pessoas em um contexto social específico, (Gaskell citado por Bauer,
2002).

3.4 Interpretação dos dados da entrevista

Dentre as técnicas utilizadas com a APS da Entrevistada, pode-se observar em seu


relato, negação e resistência à dor vivenciada em sala de aula. Na entrevista lhe foi
perguntado: quais as dificuldades que você encontrou na sala de aula? APS responde:
"Essa é a dificuldade que tenho encontrado ultimamente, talvez, vai trabalhar com essa
diversidade nas nossas salas de aula hoje, tenho alunos de clientes diferentes comigo, mas o
que mais me incomoda é o perfil desses alunos porque não tem As famílias acompanham,
acompanham os alunos que só têm a escola como referência, eles têm a escola como
referência, e a escola se propõe a fazer tudo na tentativa de esclarecer, trabalhar, treinar e
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muitas vezes não conseguem descobrir as complexidades de tentar se ajudar” (sic).


Segundo Tacca (2004), na sala de aula, as relações são construídas se professores e
alunos estiverem dispostos a se encontrar, assumir responsabilidades, interesse comum,
disponibilidade (…) A relação não acontece sem mostrar a sua inteireza, o processo fica
truncado, esvaziado, comprometido, não plenamente realizado” (pp. 108-109). um grande
impacto no professor, passa a apresentar ansiedade, irritabilidade, perda de motivação, metas
de trabalho e comprometimento com resultados mais baixos e comportamento menos
idealista, alienante e autodirigido.
Outra pergunta importante a ser feita é: Você acha que é necessário que os professores
tenham um melhor desempenho em sala de aula? APS responde:
"...porque as coisas estão realmente inovando a cada dia, você está procurando algo
novo todo dia, você está procurando algo novo todo dia, eu não posso estar na secretaria há 22
anos e não estou pronto, você Você tem que aprender todo dia, todo dia tem uma coisa nova,
novos desafios aparecem na sala, você faz com a gente, e talvez seja isso que te estimule a
buscar coisas novas todos os dias” (sic).
Moura (1997) destaca que, para manter a estabilidade do funcionamento mental, os
professores ampliam formas de resistência ou enfrentamento, como a busca de uma
autorregulação permanente. Ao fazê-lo, os professores classificam as carreiras como
desgastantes, exploradas e desvalorizadas enquanto julgam a profissão como um jogo de
desafio e realização, chamando essa atitude patológica de norma do sofrimento. Ao fazê-lo, os
sentimentos de inutilidade e incompetência que seu relato demonstrou são considerados um
dos sintomas da síndrome de burnout.
A relação professor-aluno e a organização do trabalho são a fonte da carga psicológica
do trabalho. A miséria começa quando a reorganização da organização do trabalho não é mais
possível, quando a relação trabalhador-organização é bloqueada.

(Dejours, 1994). G. descreve sua fraqueza e infelicidade no desempenho de suas


funções docentes.
As famílias consideram o professor o dono do “conhecimento”, por isso têm total
confiança nele para orientar seus filhos em todos os sentidos. Para os pais, a escola traz
esperança de um futuro melhor, e o trabalho do professor, independentemente das condições
em que é realizado, carrega essa expectativa. As aspirações, sonhos e projetos de vida dos
outros estão, até certo ponto, nas mãos dos educadores. Qual a importância dessa
responsabilidade para o professor? Difícil de estimar, difícil de descrever. Por outro lado,
16

quão bem a sociedade reconhece o papel dos professores da educação pública? A ênfase na
educação é inquestionável, "a escola é uma extensão da família", os professores muitas vezes
atuam como conselheiros, amigos e penitentes, mas nada disso se transforma em recompensas
concretas: prêmios de produtividade, abonos salariais; estes permanecem públicos os
mecanismos fora do serviço planos de compensação.
APS. Ele via sua relação com a equipe do colégio de forma discriminatória, e sua
indignação com o tratamento diferente da escola onde trabalhava estava em plena exibição em
seu discurso. por:

“A equipe que dirige a escola é muito amadora. Falta planejamento das ações
pedagógicas de médio e longo prazo. Não há política de acompanhamento e

Apoie o trabalho dos professores. Não há limites entre metas e objetivos a serem
alcançados. A gestão escolar revelou um atendimento privilegiado a alguns professores em
detrimento de outros. Há também um tratamento paternalista e corporativista de alguns
professores considerados “amigos” da gestão, no sentido áspero da palavra. Quanto ao corpo
docente, tenho algumas pessoas com quem tenho um bom relacionamento, mas também
algumas pessoas que se recusam a trabalhar de forma integrada” (sic).
Faça perguntas dessa forma, observando que essa tensão de vínculo e não vínculo
sempre estará presente nas atividades de enfermagem e sempre será influenciada em maior ou
menor grau pelo professor. A maior dificuldade é que quando essa tensão se desenvolve a tal
ponto que cria conflitos que não podem ser resolvidos pelo indivíduo de maneiras alternativas
à sua disposição, ou seja, ele carece de outras formas saudáveis de desabafar essa energia
emocional, e então o enquadramento doloroso começa.
De acordo com relatórios da APS. São muitos os desafios em sala de aula:

“Tenho que lidar com muitos alunos com dificuldades de aprendizagem, alunos com
necessidades educativas especiais, alunos com problemas familiares, alunos sem recursos
materiais, etc.” (sic).

O trabalho é pesado e exigente, com poucos recursos físicos e financeiros, o que


significa em alguns locais recorrer à comunidade para encontrar os insumos necessários ao
funcionamento da escola. Os professores e demais educadores devem se esforçar para
proporcionar aos alunos as condições de aprendizagem e desenvolvimento. Ao contrário de
17

muitas profissões, o trabalho do educador tem uma especificidade desconsiderada, não apenas
pela necessidade de continuar aprendendo, mas também pela necessidade de realizar a tarefa
em si. Todas essas questões criam constante angústia e estresse emocional para os
professores.
Quando perguntaram a APS. como estava seu estado de espírito? Ela desabafou,
confirmando alguns dos sintomas de exaustão emocional observados na síndrome de burnout:
"Exausto, exausto. Estou tão angustiado com as enormes demandas e expectativas da escola
da família, da sociedade, do país. Apesar de cobrar muito, eles dão muito pouco apoio. Me
sinto sozinho, sem a escola, o Ministério da Educação e DREC, a família, às vezes alguma
ajuda dos colegas” (sic).

O trabalho do professor continua fora da sala de aula. Testes devem ser corrigidos,
números devem ser cortados para ilustrar novos conteúdos, exercícios fixos devem ser
"inventados". Independentemente disso, a missão continua sem compensação financeira ou
mesmo o reconhecimento social que merece. Se fizer bem, nada mais é do que cumprir uma
obrigação, caso contrário, serão criticados por todas as partes.
O trabalho do professor é de um caráter tão peculiar que ele não pode sofrer, nem se
cansar. Um bom professor deve servir seus alunos e seus pais em todos os momentos. Você
não pode ficar triste porque a sua tristeza vai afetar definitivamente o desempenho dos alunos
porque o professor é uma fortaleza para eles, uma fortaleza. Um sorriso deve estar sempre
presente, mesmo quando o coração e a mente sofrem. Se o professor não for criativo, se não
puder criar continuamente estímulos para captar a atenção dos alunos, como fazem os
anunciantes com os consumidores, seu trabalho se tornará monótono e os alunos se distrairão.
Os professores devem estar envolvidos no processo diário de reciclagem para obter respostas
corretas e atualizadas quando são feitas (as perguntas surgem das formas mais inesperadas e
nos momentos em que podem surgir).

3.5 Debate

O objetivo original deste estudo foi identificar aspectos relevantes da doença física e
mental na profissão docente em sala de aula. Ressalta-se que os dados coletados nas
entrevistas com os professores foram insuficientes para diagnosticar a síndrome dessa
gravidade. A proposta identificará as características e sintomas vivenciados pelo
fenômeno da síndrome de burnout docente em sala de aula, com base nas teorias
18

supracitadas.Como pode ser observado nos professores identificados pela APS, eles
apresentam algumas características de esgotamento emocional. Como mostra Moura
(1997), alguns aspectos das manifestações de burnout existem em qualquer contexto
sociocultural, embora, juntamente com semelhanças, essas manifestações por vezes
pareçam ser influenciadas pelo ambiente de trabalho, especificidade na organização e, em
termos socioculturais, mais difundidos, existe em diferentes sociedades.
Além disso, entende-se que a saúde é multidimensional, diferentemente de outros
momentos em que a responsabilidade de estar doente recai sobre o sujeito. No sentido de
avaliar se estamos vivendo em um ambiente saudável e sem estresse, existem diversos
fatores que precisam ser analisados e avaliados que podem melhorar nossa qualidade de
vida.
Nessa perspectiva, para ser uma síndrome, nosso corpo nos avisa com antecedência e
busca formas de combater ou compensar, até que em alguns casos o confronto se mostra
insatisfatório, e então o estresse crônico como característica ou manifestação sindrômica.
Diante do exposto, pode levar a doenças físicas, psicossomáticas, psicológicas (depressão)
ou sociais (psiquiátricas).
Segundo Maslach & Jackson; Maslch, citados por Tamayo & Trócoli (2002), a síndrome
de burnout é composta por três dimensões, sendo duas propostas pelo Professor G. e
relatadas da seguinte forma: Exaustão emocional com baixa energia, exaustão emocional e
baixa sensação de realização, autoavaliação negativa e falta de motivação. Confirmando o
que disse Thorton, o autor citado em Tamayo & Trócoli (2002),

Para que essa síndrome ocorra em nível individual, os professores precisam estar
emocionalmente envolvidos em suas atitudes, motivações e expectativas, o que pode levar
ao estresse, desconforto e disfunção física.
Em relação aos sintomas físicos, não houve relatos de ocorrências em suas palestras, como
na perspectiva comportamental, sem uso de drogas, e sem comportamentos de evitação,
estimulação, depressão, hiperatividade e dificuldade de controle das emoções
(Freudenberger; Arches, de Tamayo e Troccoli , 2002). O professor G. também não
menciona absenteísmo, baixa produtividade, atrasos no trabalho, acidentes, roubo,
negligência e intenção de sair (Schaufeli & Buunk, citados por Tamayo & Trócoli, 2002).

As pessoas observam que em seu ambiente de trabalho, suas necessidades de


realização pessoal e profissional não estão sendo atendidas ou atendidas, embora não sejam
19

ameaçadas. Ela sofre de uma perda nas suas interações com os alunos e um ambiente de
trabalho que é muito exigente para ela, ou que ela não tem recursos para enfrentar as situações
que lhe são apresentadas diariamente (França & Rodrigues, 1997 citado por Coe More ,
2002).
Nessa linha, as teorias da justiça e os contratos psicológicos relacionados aos
processos de troca interpessoal e organizacional carecem de reciprocidade e harmonia. As
relações interpessoais e profissionais-organizacionais estão comprometidas, reguladas pelos
mesmos processos de troca social (Schaufeli, Van Dierendonck e Gorp, citados por Tamayo e
Trócoli, 2002)
Para Mrech (1999), é no discurso que se estabelece o impasse, o conflito e a confusão
entre professores e lugares específicos, e ele estabelece o discurso desse discurso. Isso ocorre
porque a linguagem e a fala não param, estão em constante mudança. A relação entre a
professora APS e a equipe escolar chegou a um impasse. Sua opinião é que discriminação no
tratamento entre equipe escolar e professores, pois a linguagem e a fala estão sempre em
processo de construção.
Sobre o fato de trabalhar significa cuidar e/ou ajudar o próximo, em questões
emocionais, a beneficiária de seu serviço espera algum tipo de retorno, e ela mesma acredita
que somente com essa ação o aprendizado terá sucesso. Nessa expectativa, APS. se sente
desamparado, inútil, insatisfeito, não reconhecido, valorizado e sem apoio.
Do ponto de vista da prática profissional, mostra evasão, evitando lidar com situações
ruins, esforçando-se para focar no positivo, e ater-se a isso dará certo. Investigar diagnóstico
preciso.

3.6 Conclusão

Entrevista com a professora identificada como APS. Como pode ser visto em seus
relatos de entrevista, eles estavam insatisfeitos com suas funções docentes. Apesar de ver a
profissão como muito relevante e capacitada para intervir no destino das pessoas, sentiu-se
impotente diante das demandas e não reconhecida pelos gestores da educação. Criticar o
desempenho da equipe administrativa da escola. Do ponto de vista psicológico, o trabalho
induz diversos graus de motivação e satisfação, principalmente em termos da forma e do
contexto em que a tarefa é realizada (Kanaane, 1994). Quando um indivíduo está inserido em
um ambiente organizacional, ele é afetado por diversas variáveis que afetam diretamente seu
trabalho.
20

Atualmente, nesse contexto, a saúde do indivíduo é motivo de preocupação, pois está


principalmente relacionada à produtividade da empresa. Ou seja, para atingir

Produtividade e qualidade, deve haver uma distribuição de saúde e qualidade ao


indivíduo. Por outro lado, a forma como a organização se comporta muitas vezes pressiona o
indivíduo, levando-o a um estado de adoecimento, insatisfação e negatividade. Estes incluem
fadiga, distúrbios do sono, alcoolismo, estresse e síndrome de burnout.
No caso das escolas públicas, o cotidiano de um professor regente é cercado de
demandas e tarefas, e como diz G., na escola onde trabalha, há seis turmas com no máximo
37 alunos em sala de aula. Esse aspecto impede a participação de todos os alunos, dificulta
as intervenções e dificulta os casos de problemas de aprendizagem ou de relacionamento,
explicou. O professor, um profissional corajoso disposto a se sacrificar por seus ideais, está
constantemente sendo testado como vimos até agora. Às vezes são as condições de trabalho
ou a falta de material didático de apoio, às vezes é um problema de infraestrutura da escola,
às vezes é um aluno que precisa de atenção redobrada, tem dificuldades de aprendizagem ou
necessidades além da capacidade de qualquer professor. Em suma, surgiram vários
problemas e dificuldades. Junto com tudo isso vem uma série de satisfações e satisfações
pelo trabalho realizado. Estabelece-se então uma soma, cujo resultado não pode ser derivado
da matemática da adição e da divisão (Silva, 1997).
Existem valores subjetivos, que variam de professor para professor. Não há uma
definição uniforme dessa síndrome de burnout, e há consenso de que ela ocorre em
indivíduos em resposta ao estresse laboral.
É uma experiência subjetiva interna que agrupa sentimentos e atitudes tão negativos
para o indivíduo, pois significa mudanças psicofisiológicas, problemas e disfunções com
consequências prejudiciais para o indivíduo e para a organização. Busca motivar os alunos
com reprovações e faltas que acredita poderem compensar o fracasso das escolas públicas
em atender e atender às necessidades da população. No entanto, ele busca sua própria
motivação para sustentar sua mente através de várias leituras: jornais, bons livros e revistas
na área da educação. .Outra maneira de usar

Continuar sua jornada de ensino é ir ao cinema e cuidar da minha espiritualidade e


vida familiar. Esse confronto é definido por França e Rodrigues (1999) como "uma série de
esforços de uma pessoa para atender ou lidar com solicitações externas ou internas que ela
avalia como excessivas ou além de suas possibilidades". Portanto, essa síndrome é
21

considerada uma etapa intermediária na relação estresse-consequência do estresse, portanto,


se persistir por muito tempo.
Na psicanálise, Freud descobriu que o indivíduo pode ser aplicado à sociedade. Uma
cultura narcísica, privada e individualista transforma tudo o que não é nosso, contra a
sociedade individual (Speller, 2005). Calligaris, citado por Speller (2005), elucida o
significado do individualismo na cultura ocidental, que não é um valor moral ou psicológico,
mas "a primazia do indivíduo como valor social", valor que teve início no cristianismo, na
relacionamento é “com Deus”, como relata a APS, e ele busca sua própria motivação quando
diz que se preocupa com a espiritualidade.
O homem na maioria de suas ações procura rastrear, planejar, projetar e padronizar
seus objetivos para ter sucesso em tudo o que deseja. Nesse sentido, G. descreve a falta de
planejamento da escola para as atividades pedagógicas de médio e longo prazo. Não há
limites de metas e objetivos a serem alcançados, nem políticas para monitorar e apoiar o
trabalho dos professores. Avaliar a direção da escola, prestando atenção especial a alguns
professores em detrimento de outros. Ressaltou a existência de tratamento paternalista e
corporativista, lembrando que "alguns professores são considerados amigos da gestão".
A primeira fonte de tensão que leva ao esgotamento é o conflito entre emoção e
razão. Ocupa o centro de nossas atenções por dois motivos, um relacionado à dinâmica
psicossocial do trabalho e outro pela inserção objetiva do trabalho nas organizações.
Apontamos repetidamente a característica de cuidado inerente ao trabalho do professor, que
seu produto é o outro, e seu objetivo é satisfazer as necessidades do outro. Isso permite que
as relações de trabalho estejam em contato o tempo todo ser direto e direto com os alunos em
um espaço emocional denso, principalmente porque acontece entre desigualdades, um tem o
que o outro precisa.
Mas, por outro lado, há uma racionalização pré-definida, o professor está travado,
determinado conteúdo tem que ser assimilado em determinado momento, em determinada
ordem. A importância de certos tópicos mal é sentida agora, e os professores sabem que
serão essenciais amanhã. A própria atividade da educação envolve a reflexão, a
transformação das coisas vividas e sentidas em objetos de análise. O dia-a-dia é
caracterizado por uma polarização entre trabalho e relacionamentos, sempre estressante.
Podemos ver que muitas inconsistências surgem na relação entre o indivíduo e a
escola. A apresentação do educador G. mostrou algumas características relevantes dos
sintomas de doença mental na profissão docente em sala de aula. Para alguns estudiosos,
pode haver maneiras de dobrar quando certos sintomas da síndrome de burnout são
22

despertados.
França e Rodrigues (1999) identificaram métodos para prevenir o burnout, citando
cinco deles:
a) Aumentar a variedade de rotinas e evitar a monotonia; b) Prevenir o excesso de
horas extraordinárias;
c) proporcionar melhor apoio social às pessoas d) melhorar as condições sociais e
materiais de trabalho e) investir no desenvolvimento profissional e pessoal dos
trabalhadores.
Lautert (1997) afirmou que o primeiro passo para evitar a síndrome de burnout é
entender suas manifestações. No entanto, existem outras formas de prevenção, que podem
ser agrupadas em três categorias: estratégias individuais, estratégias de grupo e estratégias
organizacionais. A estratégia pessoal refere-se ao treinamento e capacitação profissional, ou
seja, ser sempre competente no trabalho, estabelecer parâmetros, metas, participar de
programas para lidar com o estresse, etc. A estratégia de grupo envolve a busca de apoio do
grupo e, finalmente, a estratégia organizacional refere-se a vincular estratégias individuais e
de grupo para que sejam eficazes em um ambiente organizacional.
Com base nessas considerações, este trabalho tenta dar sua contribuição ao
apresentar uma descrição do contexto da síndrome de burnout docente em sala de aula. Para
ser claro, dada a sua abrangência e complexidade, o presente trabalho não pretende ser
exaustivo dos tópicos apresentados, mas sim fornecer referências adicionais para a melhoria
da relação indivíduo-organização 'escola' e a consequente melhoria da qualidade docente.
23

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ROBAYO-TAMAYO, M. & TRÓCCOLI, B. T.(2002) Burnout no trabalho. Em


MENDES,
A. M., BORGES, L. O. & FERREIRA, M. C. (orgs.). Trabalho em transição, saúde em
risco. Brasília: Editora Universidade de Brasília. Cap. 2.

ANEXO

Professora de Língua Portuguesa

Nome: APS.

Idade: 40 anos

Tempo de Escola Estadual DR. Raul Briquet: 17 anos

Estado Civil: solteira

Escolaridade: Superior Vompleto

Pós-graduação: Inclusão Social

1. O que é ser professora?


26

É uma profissão muito relevante em qualquer sociedade que se pretenda cívica,


democrática e autogovernada. É ser capaz de intervir no destino das pessoas, ser capaz de
mudar e transformar o meio em que vivemos, ser capaz de persuadir os outros, não apenas
com palavras, mas fundamentalmente pelo exemplo. Isto significa poder partilhar de forma
privilegiada o conhecimento e a experiência acumulados ao longo da vida.

2. Como você se senti na aula?

Nas diferentes circunstâncias da rede pública, senti-me impotente diante das demandas
e necessidades dos alunos e não sendo reconhecido pelos gestores educacionais.

3. Que dificuldades você encontra nas aulas?

O primeiro e mais grave problema é a superlotação de alunos nas salas de aula.


Impossível personalizar o atendimento para alunos com seis alunos
As turmas têm no máximo 37 alunos. Esse aspecto também impossibilita a
identificação de cursos disponíveis para todos os alunos e dificulta a intervenção em caso de
problemas de aprendizagem ou de relacionamento. Outro problema grave é a falta de apoio
das famílias desses alunos. Muitos vivem em relativo abandono, deixando-o à própria sorte.
Ninguém se preocupa com sua vida escolar. Muitas vezes chegam à sala de aula sem
referências restritivas, organização pessoal, responsabilidades.

4. Como você se vê diante da equipe escolar?

A equipe que dirige a escola é muito amadora. Falta de planejamento de médio e longo
prazo das atividades de ensino. Não existe uma política de acompanhamento e apoio ao
trabalho dos professores. Não há limites entre metas e objetivos a serem alcançados. A gestão
escolar presta serviços privilegiados a alguns professores em detrimento de outros. Há
também um tratamento paternalista e corporativista de alguns professores considerados
“amigos” da gestão, no sentido áspero da palavra.
Quanto ao corpo docente, tenho pessoas com quem tenho um bom relacionamento,
mas também pessoas que se recusam a integrar o trabalho.
27

5. Como é a sua relação com os alunos?

Eu acho que é muito boa. Durante a primeira semana de aula, tentei lembrar o nome de
todos, conhecer suas histórias de vida, conhecer seus planos futuros, seus sonhos. Eu tento
envolvê-los na aula o máximo possível e dar sua opinião sobre os tópicos da aula. Acredito
que o aprendizado necessariamente envolve relacionamentos, por isso me esforço para manter
um relacionamento satisfatório com todos eles.

6. Como você tenta motivar seus alunos e como você encontra motivação para o
trabalho?

Procuro motivar meus alunos criando atividades nas quais eles possam expressar
interesse. Tenho uma prática pedagógica centrada na leitura. Guio meu trabalho
permanentemente por meio de conversas com a turma. Procuro incluí-los em projetos,
concursos e programas paralelos promovidos por outras instituições fora da escola.
Quanto a me motivar, alimento minha mente lendo bons livros. Leio jornais e revistas
na área da educação. Comprometo-me a fazer cursos de educação continuada todos os anos, a
cada semestre, se possível. Eu vou ver um filme. Cuido da minha espiritualidade e da minha
vida familiar.

7. Quando há um problema na sala de aula, como você tenta resolvê-lo?

Procuro resolver da forma mais tranquila e justa possível em sala de aula. Só


encaminharei este assunto ao conselho escolar se for absolutamente necessário.

8. Como você lida com a frustração em sua prática profissional?

Renuncie, espere, espere. Procuro focar nos aspectos positivos da profissão. Conheço
as dificuldades, mas evito apenas olhar para elas. Eu acredito que quanto mais repetimos
As coisas estavam ruins e pioraram. Busco inspiração nos alunos que dão respostas ao
meu trabalho.

9. Fale sobre seus planos para o futuro?


28

Eu gostaria de continuar meus estudos e terminar minha pós-graduação, talvez um


mestrado, ou algum outro grau.

10. Você acha que os professores precisam estar preparados para ter um melhor
desempenho em sala de aula?

A preparação do professor é essencial para que ele realize um trabalho de qualidade,


que corresponda às necessidades dos alunos. Ele também ganha dinheiro enquanto estuda e se
prepara porque está mais confiante na implementação de sua prática de ensino. Um professor
preparado tende a ter mais entusiasmo pelo que faz, tende a ser mais inovador e encontra
maior satisfação em seu trabalho.

O entrevistador agradece!

Muito Obrigado!

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