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TÍTULO
SÍNDORME DE BURNOUT: VENCENDO O ESGOTAMENTO PROFISSIONAL
SÃO PAULO - SP
2022
ADILSON EMERSON LOPES
TÍTULO
SÍNDORME DE BURNOUT: VENCENDO O ESGOTAMENTO PROFISSIONAL
SÃO PAULO - SP
2022
LOPES, Adilson Emerson. Síndrome de Burnout: Vencendo o esgotamento
profissional. São Paulo: União Alphaville Educacional, 2022. Especialização em Docência
no Ensino Superior
RESUMO
O estudo tem como objetivo, realizar um trabalho de pesquisa teórica sobre Sindrome
de Burnout, devido a pressão sofrida pelos profissionais da docência, pressão pelo Estado,
pelo Municipio, pelos pais e pelos alunos, a fim de fazer com que o professor apresente
resultados satisfatórios no quesito educação, sendo que, muita das vezes, faltam recurso
didático, como : material audivisual, material literario, além dos salários baixos ao qual o
professor tem que aceitar. Fazendo com que muitos adoencem e passam por problemas
psicologicos e até mesmos físicos devido as duras situações que o país enfrenta, tanto na área
politica, financeira, familiar, etc, impactando indiretamente nas escolas e consequentemente
na vida dos professores, fazendo com que os mesmos sintam-se desmotivados, mas o amor a
profissão faz com que caminhem acreditando que dias melhores virão. No decorrer do estudo,
fizemos uma entrevista com a professora APS, que através de relatos demonstrou exaustão e
cansaço psicologico, apresentando um quadro de Sindrome de Burnout.
The study aims to carry out a theoretical research work on Burnout Syndrome, due to the
pressure suffered by teaching professionals, pressure from the State, the Municipality, parents
and students, in order to make the teacher present satisfactory results. in terms of education,
and many times there is a lack of didactic resources, such as: audiovisual material, literary
material, in addition to the low salaries that the teacher has to accept. Making many get sick
and go through psychological and even physical problems due to the harsh situations that the
country faces, both in the political, financial, family, etc., indirectly impacting schools and
consequently on the lives of teachers, making them feel unmotivated, but love for the
profession makes them walk believing that better days will come. During the study, we did an
interview with Professor APS, who through reports showed exhaustion and psychological
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................4
3.3 - Entrevista….............................................................................................13
3.5 - Debate.......................................................................................................17
3.6 - Conclusão………………………………………………………………..17
4. REFERÊNCIAS..................................................................................................23
5. ANEXO..............................................................................................................25
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1. INTRODUÇÃO
De origem inglesa, a palavra burnout pode ser traduzida como “queimar-se por
completo”. O termo foi criado pelo psicanalista alemão Herbert Freudenberger (1926-1999)
em 1974.
Seria o desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho, outra
fase importante da síndrome: o portador de burnout mede a autoestima pela capacidade de
realização e sucesso. O que tem início com satisfação e prazer termina quando esse
desempenho não é reconhecido. Nesse estágio, a necessidade de se afirmar e o desejo de
realização se transformam em obstinação e compulsão; o paciente nesta busca sofre, além de
problemas de ordem psicológica, forte desgaste físico, gerando fadiga e exaustão. É uma
patologia que atinge membros da Área da Saúde, Segurança Pública, setor bancário,
Educação, Cartorários, Tecnologia da informação, Gerentes de Projetos, jornalistas,
advogados, pilotos, cientistas, professores e até mesmo voluntários.
2. DESENVOLVIMENTO
Os sintomas são variados, o profissional fica cansado semana após semana, cansaço
fisico e mental, dores de cabeça fequentemente, alterações de apetites, insônias, dificuldades
de concentração, sentimentos de fracasso e insegurança, negatividade constante, sentimentos
de derrota e desesperança, sentimentos de incompetência, impotencia no trabalho, seguidos de
baixa-estima. Diminuindo a tolerância à frustração, demonstrando irritabilidadae,
hipersensibilidade, tornando-o hostil e confiado para com os alunos, com colegas e superiores.
Para a visão comportamental, ocorre abuso de drogas, condutas de evitação, irritação,
frustração, hipersensibilidade e dificuldade para controlas as emoções (Freudenberger;
Arches, citado por Tamoyo & Trócoli, 2002), além de absenteismo, baixa produtividade, etc.
Segundo Delboni (1977), as organizações tem enfrentado o estresse ocupacional com
programas de prevenção, onde os resultados tem apresentados destaques entre os
funcionários.
Em relação aos sintomas físicos, ocorrem resfriados, problemas gastrointestinais,
dores de cabeça, insônia, exaustão, tremores, absenteísmo, baixa produtividade, dificuldade
para controlar emoções, acidentes, roubos, negligências.
princípios fundamentais são visíveis na organização, então eles formam o núcleo da cultura
organizacional e estabelece os padrões que devem ser seguidos para alcançar e representar a
essência da filosofia de sucesso da organização. Isso é o que todo professor quer na sala de
aula.
Segundo Parolim (2007), o fato de um professor estar sentado à frente de uma pessoa,
seja ela uma criança, um jovem ou um adulto, o faz refletir sobre as possibilidades incríveis
que estão diante dele. Nessa relação misteriosa, os resultados são mais do que ciência,
tecnologia e método, o que torna essa profissão tão fascinante, tão provocativa e, em alguns
casos, tão estressante. Segundo o autor, o que aconteceu é um jogo, com alegria e
infelicidade, força e frustração, que todos os professores conhecem. Para Luft (2007),
professor ou professora há muito é uma posição honrosa em uma comunidade, especialmente
em cidades muito pequenas, onde padres, padres, representantes, juízes e professores ou
diretores de escola são os membros mais importantes. , consulte, convide e respeite.
Ele acrescentou que alguns conceitos como respeito, autoridade, educação e bondade
se degradaram nas grandes cidades à medida que a sociedade mudou. Esses profissionais
tornam-se menos importantes professor, e acabou sendo desvalorizado, o que o levou a se
considerar inferior aos demais profissionais. Com pouca renda e muitas vezes sobrecarregado,
ele precisa fazer outros trabalhos em várias escolas, não tem tempo em casa, corrige cadernos
corretamente, ou ainda tem coragem de preparar os alunos em sala de aula.
Segundo Azzi (2000), Salles (1993), Zagury (1997) e Brato et ai. (1998) mostrou que
os professores e todos os envolvidos Funcionários da escola lutam para se dedicar e despertar
os alunos no dia a dia, a vontade de aprender e lidar com as mudanças biológicas,
psicológicas e socioculturais pelas quais os alunos estão passando. Nessa linha de
pensamento, Azzi (2000) destacou que para os alunos, as escolas podem indicar
possibilidades ou limitações, dependendo da percepção do aluno e entendido pelos
professores. Neste triângulo, as escolas têm uma grande responsabilidade de satisfazer a
condição e fornece a capacidade de desenvolver a consciência, além das limitações físicas,
intelectuais, sociais e emocionais.
Nessa linha de pensamento, Azzi (2000) aponta que a escola pode significar
possibilidades ou limitações para os alunos, dependendo de como os professores veem e
compreendem os alunos. Nesse triângulo, a importante tarefa da escola é reunir condições
para desenvolver a consciência de suas capacidades e limitações em termos de movimento
físico, inteligência, dimensão social e emocional. Postic, citado por Azzi (2000), menciona
que diante de tal visão, os professores precisam estar preparados para orientar os alunos a
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descobrir que o aprendizado vem do enfrentamento das tarefas, que os alunos precisam estar
totalmente engajados e trabalhar duro para realizar e adquirir Habilidades.
Ele percebeu que o professor de sala de aula enfrentava uma situação real envolvendo
pessoas e circunstâncias específicas na prática docente, que exigia que ele dominasse um
conjunto muito específico de inter-relações.
Segundo Moysés (2001), os indivíduos podem vivenciar sua própria experiência de
trabalho. As diferenças individuais são um componente importante que se manifesta de uma
forma ou de outra no trabalho. De uma perspectiva interativista que considera ajustes
dinâmicos entre pessoas, locais de trabalho e organizações, o ajuste nem sempre é suficiente,
neste caso, o indivíduo tende a pensar que não tem recursos suficientes para se ajustar,
levando a um estado de estresse. Essas experiências são muitas vezes negativas e podem ter
consequências graves e muitas vezes irreparáveis para a saúde e bem-estar físico, bem como
para os aspectos psicossociais.
pessoa encontram outras” (Newman). ; Griffin; Cole, 1989, p. 9), e “mais do que um suporte
social que alguns hoje chamam de 'andaime', (...) a área do desenvolvimento proximal é a
negociação social O lugar do sentido, é, no contexto da escola, o lugar onde professores e
alunos podem se entender” (Newman; Griffin; Cole 1989, p.12).
Segundo Kohl (1993), a possibilidade de alterar o próprio desempenho por meio da
intervenção de outros é a base da teoria de Vygotsky. Primeiro, porque na verdade representa
um momento de desenvolvimento: nenhum indivíduo pode realizar qualquer tarefa com a
ajuda de outros. Ou seja, a capacidade de se beneficiar da colaboração de outra pessoa
ocorrerá em um determinado nível de desenvolvimento, mas não antes. Por exemplo, uma
criança de cinco anos pode construir uma torre cúbica por conta própria; uma criança de três
anos não pode construí-la sozinha, mas pode fazê-lo com a ajuda de outras pessoas; uma
criança de um ano não pode completar a tarefa sem ajuda. Uma criança que não pode andar
sozinha, só pode andar com ela
No que diz respeito aos sofrimentos da mente, o professor como educador não apenas
coloca seu esforço físico no trabalho em sala de aula, mas sua produção envolve também
sentimentos como alegria, insatisfação, queixas e sonhos, sua subjetividade. Para Maslach e
Jackson citados por Tamayo & Trócoli (2002), essa condição inclui três dimensões
conceitualmente distintas, mas empiricamente relacionadas: exaustão emocional,
despersonalização e falta de realização profissional.
Segundo Maslach e Jackson citados por Tamayo & Trócoli (2002), a falta de
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3. METODOLOGIA
O preenchimento de frases é utilizado como uma das ferramentas para definir uma das
formas de auxiliar o processo de pesquisa. Este método só funciona se a consciência subjetiva
do participante foi estabelecida, é um facilitador. Tendo em conta o texto acima citado, o tema
“relação professor-aluno” será estudado através do preenchimento de frases.
3.3 Entrevista
A entrevista psicológica pode ser entendida tanto como um processo quanto como uma
técnica. Uma das finalidades das entrevistas é coletar dados, o que é importante para a
pesquisa, bem como para fazer diagnósticos e sugerir intervenções. Benjamin (2004)
comparou entrevistas com a arte de aprender e a melhoria contínua.
Gaskell, citado por Bauer (2002), utiliza entrevistas semiestruturadas como guia
prático para pesquisas qualitativas. No caso de uma entrevista semiestruturada, o entrevistador
orienta o processo por meio de perguntas abertas e fechadas, o que exige que ele desenvolva a
arte de fazer perguntas e ouvir atentamente o que o entrevistado tem a dizer, que será o tipo de
entrevista utilizado na entrevista.
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quão bem a sociedade reconhece o papel dos professores da educação pública? A ênfase na
educação é inquestionável, "a escola é uma extensão da família", os professores muitas vezes
atuam como conselheiros, amigos e penitentes, mas nada disso se transforma em recompensas
concretas: prêmios de produtividade, abonos salariais; estes permanecem públicos os
mecanismos fora do serviço planos de compensação.
APS. Ele via sua relação com a equipe do colégio de forma discriminatória, e sua
indignação com o tratamento diferente da escola onde trabalhava estava em plena exibição em
seu discurso. por:
“A equipe que dirige a escola é muito amadora. Falta planejamento das ações
pedagógicas de médio e longo prazo. Não há política de acompanhamento e
Apoie o trabalho dos professores. Não há limites entre metas e objetivos a serem
alcançados. A gestão escolar revelou um atendimento privilegiado a alguns professores em
detrimento de outros. Há também um tratamento paternalista e corporativista de alguns
professores considerados “amigos” da gestão, no sentido áspero da palavra. Quanto ao corpo
docente, tenho algumas pessoas com quem tenho um bom relacionamento, mas também
algumas pessoas que se recusam a trabalhar de forma integrada” (sic).
Faça perguntas dessa forma, observando que essa tensão de vínculo e não vínculo
sempre estará presente nas atividades de enfermagem e sempre será influenciada em maior ou
menor grau pelo professor. A maior dificuldade é que quando essa tensão se desenvolve a tal
ponto que cria conflitos que não podem ser resolvidos pelo indivíduo de maneiras alternativas
à sua disposição, ou seja, ele carece de outras formas saudáveis de desabafar essa energia
emocional, e então o enquadramento doloroso começa.
De acordo com relatórios da APS. São muitos os desafios em sala de aula:
“Tenho que lidar com muitos alunos com dificuldades de aprendizagem, alunos com
necessidades educativas especiais, alunos com problemas familiares, alunos sem recursos
materiais, etc.” (sic).
muitas profissões, o trabalho do educador tem uma especificidade desconsiderada, não apenas
pela necessidade de continuar aprendendo, mas também pela necessidade de realizar a tarefa
em si. Todas essas questões criam constante angústia e estresse emocional para os
professores.
Quando perguntaram a APS. como estava seu estado de espírito? Ela desabafou,
confirmando alguns dos sintomas de exaustão emocional observados na síndrome de burnout:
"Exausto, exausto. Estou tão angustiado com as enormes demandas e expectativas da escola
da família, da sociedade, do país. Apesar de cobrar muito, eles dão muito pouco apoio. Me
sinto sozinho, sem a escola, o Ministério da Educação e DREC, a família, às vezes alguma
ajuda dos colegas” (sic).
O trabalho do professor continua fora da sala de aula. Testes devem ser corrigidos,
números devem ser cortados para ilustrar novos conteúdos, exercícios fixos devem ser
"inventados". Independentemente disso, a missão continua sem compensação financeira ou
mesmo o reconhecimento social que merece. Se fizer bem, nada mais é do que cumprir uma
obrigação, caso contrário, serão criticados por todas as partes.
O trabalho do professor é de um caráter tão peculiar que ele não pode sofrer, nem se
cansar. Um bom professor deve servir seus alunos e seus pais em todos os momentos. Você
não pode ficar triste porque a sua tristeza vai afetar definitivamente o desempenho dos alunos
porque o professor é uma fortaleza para eles, uma fortaleza. Um sorriso deve estar sempre
presente, mesmo quando o coração e a mente sofrem. Se o professor não for criativo, se não
puder criar continuamente estímulos para captar a atenção dos alunos, como fazem os
anunciantes com os consumidores, seu trabalho se tornará monótono e os alunos se distrairão.
Os professores devem estar envolvidos no processo diário de reciclagem para obter respostas
corretas e atualizadas quando são feitas (as perguntas surgem das formas mais inesperadas e
nos momentos em que podem surgir).
3.5 Debate
O objetivo original deste estudo foi identificar aspectos relevantes da doença física e
mental na profissão docente em sala de aula. Ressalta-se que os dados coletados nas
entrevistas com os professores foram insuficientes para diagnosticar a síndrome dessa
gravidade. A proposta identificará as características e sintomas vivenciados pelo
fenômeno da síndrome de burnout docente em sala de aula, com base nas teorias
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supracitadas.Como pode ser observado nos professores identificados pela APS, eles
apresentam algumas características de esgotamento emocional. Como mostra Moura
(1997), alguns aspectos das manifestações de burnout existem em qualquer contexto
sociocultural, embora, juntamente com semelhanças, essas manifestações por vezes
pareçam ser influenciadas pelo ambiente de trabalho, especificidade na organização e, em
termos socioculturais, mais difundidos, existe em diferentes sociedades.
Além disso, entende-se que a saúde é multidimensional, diferentemente de outros
momentos em que a responsabilidade de estar doente recai sobre o sujeito. No sentido de
avaliar se estamos vivendo em um ambiente saudável e sem estresse, existem diversos
fatores que precisam ser analisados e avaliados que podem melhorar nossa qualidade de
vida.
Nessa perspectiva, para ser uma síndrome, nosso corpo nos avisa com antecedência e
busca formas de combater ou compensar, até que em alguns casos o confronto se mostra
insatisfatório, e então o estresse crônico como característica ou manifestação sindrômica.
Diante do exposto, pode levar a doenças físicas, psicossomáticas, psicológicas (depressão)
ou sociais (psiquiátricas).
Segundo Maslach & Jackson; Maslch, citados por Tamayo & Trócoli (2002), a síndrome
de burnout é composta por três dimensões, sendo duas propostas pelo Professor G. e
relatadas da seguinte forma: Exaustão emocional com baixa energia, exaustão emocional e
baixa sensação de realização, autoavaliação negativa e falta de motivação. Confirmando o
que disse Thorton, o autor citado em Tamayo & Trócoli (2002),
Para que essa síndrome ocorra em nível individual, os professores precisam estar
emocionalmente envolvidos em suas atitudes, motivações e expectativas, o que pode levar
ao estresse, desconforto e disfunção física.
Em relação aos sintomas físicos, não houve relatos de ocorrências em suas palestras, como
na perspectiva comportamental, sem uso de drogas, e sem comportamentos de evitação,
estimulação, depressão, hiperatividade e dificuldade de controle das emoções
(Freudenberger; Arches, de Tamayo e Troccoli , 2002). O professor G. também não
menciona absenteísmo, baixa produtividade, atrasos no trabalho, acidentes, roubo,
negligência e intenção de sair (Schaufeli & Buunk, citados por Tamayo & Trócoli, 2002).
ameaçadas. Ela sofre de uma perda nas suas interações com os alunos e um ambiente de
trabalho que é muito exigente para ela, ou que ela não tem recursos para enfrentar as situações
que lhe são apresentadas diariamente (França & Rodrigues, 1997 citado por Coe More ,
2002).
Nessa linha, as teorias da justiça e os contratos psicológicos relacionados aos
processos de troca interpessoal e organizacional carecem de reciprocidade e harmonia. As
relações interpessoais e profissionais-organizacionais estão comprometidas, reguladas pelos
mesmos processos de troca social (Schaufeli, Van Dierendonck e Gorp, citados por Tamayo e
Trócoli, 2002)
Para Mrech (1999), é no discurso que se estabelece o impasse, o conflito e a confusão
entre professores e lugares específicos, e ele estabelece o discurso desse discurso. Isso ocorre
porque a linguagem e a fala não param, estão em constante mudança. A relação entre a
professora APS e a equipe escolar chegou a um impasse. Sua opinião é que discriminação no
tratamento entre equipe escolar e professores, pois a linguagem e a fala estão sempre em
processo de construção.
Sobre o fato de trabalhar significa cuidar e/ou ajudar o próximo, em questões
emocionais, a beneficiária de seu serviço espera algum tipo de retorno, e ela mesma acredita
que somente com essa ação o aprendizado terá sucesso. Nessa expectativa, APS. se sente
desamparado, inútil, insatisfeito, não reconhecido, valorizado e sem apoio.
Do ponto de vista da prática profissional, mostra evasão, evitando lidar com situações
ruins, esforçando-se para focar no positivo, e ater-se a isso dará certo. Investigar diagnóstico
preciso.
3.6 Conclusão
Entrevista com a professora identificada como APS. Como pode ser visto em seus
relatos de entrevista, eles estavam insatisfeitos com suas funções docentes. Apesar de ver a
profissão como muito relevante e capacitada para intervir no destino das pessoas, sentiu-se
impotente diante das demandas e não reconhecida pelos gestores da educação. Criticar o
desempenho da equipe administrativa da escola. Do ponto de vista psicológico, o trabalho
induz diversos graus de motivação e satisfação, principalmente em termos da forma e do
contexto em que a tarefa é realizada (Kanaane, 1994). Quando um indivíduo está inserido em
um ambiente organizacional, ele é afetado por diversas variáveis que afetam diretamente seu
trabalho.
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despertados.
França e Rodrigues (1999) identificaram métodos para prevenir o burnout, citando
cinco deles:
a) Aumentar a variedade de rotinas e evitar a monotonia; b) Prevenir o excesso de
horas extraordinárias;
c) proporcionar melhor apoio social às pessoas d) melhorar as condições sociais e
materiais de trabalho e) investir no desenvolvimento profissional e pessoal dos
trabalhadores.
Lautert (1997) afirmou que o primeiro passo para evitar a síndrome de burnout é
entender suas manifestações. No entanto, existem outras formas de prevenção, que podem
ser agrupadas em três categorias: estratégias individuais, estratégias de grupo e estratégias
organizacionais. A estratégia pessoal refere-se ao treinamento e capacitação profissional, ou
seja, ser sempre competente no trabalho, estabelecer parâmetros, metas, participar de
programas para lidar com o estresse, etc. A estratégia de grupo envolve a busca de apoio do
grupo e, finalmente, a estratégia organizacional refere-se a vincular estratégias individuais e
de grupo para que sejam eficazes em um ambiente organizacional.
Com base nessas considerações, este trabalho tenta dar sua contribuição ao
apresentar uma descrição do contexto da síndrome de burnout docente em sala de aula. Para
ser claro, dada a sua abrangência e complexidade, o presente trabalho não pretende ser
exaustivo dos tópicos apresentados, mas sim fornecer referências adicionais para a melhoria
da relação indivíduo-organização 'escola' e a consequente melhoria da qualidade docente.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APPLE, M. W. (1995). Trabalho docente e textos: Economia política das relações de classe e
gênero em educação. Porto Alegre: Artes Médicas.
BAUER, M. W. (2002). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: Petrópolis: Vozes.
BENJAMIN A. (2004). A Entrevista que ajuda. São Paulo: Martins Fontes. BERNARDES,
E.(1997). À beira de um ataque de nervos. Revista Veja. São Paulo,n° 8, fevereiro.
CODO, W., & SAMPAIO C.J.J. (1995). Sofrimento psíquico nas organizações: saúde
mental e trabalho. Petrópolis: Vozes.
CODO, W. & JACQUES, G. M. Saúde mental & trabalho. Petrópolis: Vozes, 2002.
NUNES, M.L. & TEIXEIR, R.P. (2000). Burnout na carreira acadêmica. Educação – Porto Alegre.
ANEXO
Nome: APS.
Idade: 40 anos
Nas diferentes circunstâncias da rede pública, senti-me impotente diante das demandas
e necessidades dos alunos e não sendo reconhecido pelos gestores educacionais.
A equipe que dirige a escola é muito amadora. Falta de planejamento de médio e longo
prazo das atividades de ensino. Não existe uma política de acompanhamento e apoio ao
trabalho dos professores. Não há limites entre metas e objetivos a serem alcançados. A gestão
escolar presta serviços privilegiados a alguns professores em detrimento de outros. Há
também um tratamento paternalista e corporativista de alguns professores considerados
“amigos” da gestão, no sentido áspero da palavra.
Quanto ao corpo docente, tenho pessoas com quem tenho um bom relacionamento,
mas também pessoas que se recusam a integrar o trabalho.
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Eu acho que é muito boa. Durante a primeira semana de aula, tentei lembrar o nome de
todos, conhecer suas histórias de vida, conhecer seus planos futuros, seus sonhos. Eu tento
envolvê-los na aula o máximo possível e dar sua opinião sobre os tópicos da aula. Acredito
que o aprendizado necessariamente envolve relacionamentos, por isso me esforço para manter
um relacionamento satisfatório com todos eles.
6. Como você tenta motivar seus alunos e como você encontra motivação para o
trabalho?
Procuro motivar meus alunos criando atividades nas quais eles possam expressar
interesse. Tenho uma prática pedagógica centrada na leitura. Guio meu trabalho
permanentemente por meio de conversas com a turma. Procuro incluí-los em projetos,
concursos e programas paralelos promovidos por outras instituições fora da escola.
Quanto a me motivar, alimento minha mente lendo bons livros. Leio jornais e revistas
na área da educação. Comprometo-me a fazer cursos de educação continuada todos os anos, a
cada semestre, se possível. Eu vou ver um filme. Cuido da minha espiritualidade e da minha
vida familiar.
Renuncie, espere, espere. Procuro focar nos aspectos positivos da profissão. Conheço
as dificuldades, mas evito apenas olhar para elas. Eu acredito que quanto mais repetimos
As coisas estavam ruins e pioraram. Busco inspiração nos alunos que dão respostas ao
meu trabalho.
10. Você acha que os professores precisam estar preparados para ter um melhor
desempenho em sala de aula?
O entrevistador agradece!
Muito Obrigado!