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O Presente estudo é construído usando como base legal as três vertentes da proteção
Internacional da pessoa humana, sendo estas o Direito Internacional Dos Direitos Humanos
(DIDH), o Direito Internacional Humanitário (DIH) e o Direito Internacional Das Pessoas
Refugiadas (DIR). Isso ocorre, pois, como muito bem pontuado, não há uma normativa
internacional específica para este tema, consequentemente tais vertentes não constituem
instrumentos legais totalmente capazes e suficientes para atender esta nova demanda, afinal
aquelas foram elaboradas com fins específicos distintos. Conforme esclarece a autora:
Nesse sentido, ocorre na prática a observância de algumas normas presente nas três
vertentes supramencionadas com o fim de assegurar o mínimo de direitos e garantias. De
modo meramente exemplificativo, do DIDH são aplicáveis as suas norma gerais, o direito de
migrar, o direito de habitação, ertc; do DIH além das normas gerais aplicáveis a pessoas em
conflito armado interno ou internacional, há uma atenção especial para o cultivo de esforços
de assistência humanitária as vítimas de desastres ambientais; por fim, o DIR tem aplicado
seus princípios e diretrizes fundamentais, bem como as normas expressas na Convenção de 51
e do seu protocolo de 67, nos casos em que os “refugiados ambientais” equiparam-se aos
refugiados convencionais.
A solução indicada pela autora é realista, todavia padece em apresentar uma resposta
plenamente satisfatória no curto prazo, afinal as fases comuns na construção de um tratado
demanda extensos encontros, somente possíveis perante o interesse em agir, guiado pela
cooperação e solidariedade internacional de diversos atores. Aduz a autora, na presente obra,
que:
Por fim, a tutela dos direitos dos “refugiados ambientais”, depende da prática
judicial para sua concreta efetivação. A autora, também não está incorreta nesta afirmação. A
prática judicial sobre este tema, hoje, limita-se ao reconhecimento da condição na qual uma
pessoa foi forçada a migrar em razão de eventos ambientais. Neste âmbito, imprescindível é o
entendimento firmado no CCPR/ONU no ano de 2019. Naquela ocasião restou caracterizado
que as mudanças climáticas afrontam os direitos humanos, sendo notável o valor do
argumento contrário a conduta de Estados em devolver os imigrantes de volta aos locais onde
antes se encontravam. Redirecionar estas vítimas