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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM INOVAÇÃO EM TECNOLOGIAS


EDUCACIONAIS – IMD

FUNDAMENTOS DAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS


PEDRINA CÉLIA BRASIL

FICHAMENTO DE TEXTO

SOBRE O AUTOR (BIOGRAFIA):


 Maria Elizabeth Bianconcini Trindade Morato Pinto de Almeida: Professora associada
da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Doutora em Educação
(Currículo) pela PUC-SP (2000) com mestrado em Educação (Currículo) pela PUC-SP
(1996), graduação em Matemática pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Filho (1973). Membro do Comitê Assessor da área de Educação do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq, 2014-2017), pesquisador produtividade
PQ 1D do CNPq, consultor ad hoc da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES), líder do grupo de pesquisa Formação de educadores com suporte em meio
digital, certificado em 2003. Coordenou o Programa de Pós-Graduação em Educação:
Currículo, da PUC-SP (2009-2013). Tem experiência em Educação e Tecnologias, com
pesquisas e publicações sobre currículo e tecnologias, educação a distância, tecnologias e
formação de professores, web currículo, cultura digital e educação.
 José Armando Valente: Livre Docente pela Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP). Mestre e Doutor pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Professor
Titular do Departamento de Multimeios, Mídia e Comunicação, Instituto de Artes, e
Pesquisador do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (NIED) da UNICAMP. Professor
Colaborador do Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Coordenador do Grupo Gestor de Tecnologias
Educacionais (GGTE) da UNICAMP. Prémio Ordem Nacional do Mérito Educativo,
Presidência da República Federativa do Brasil, 2002 e Prêmio de Reconhecimento Acadêmico
?Zeferino Vaz?, Universidade Estadual de Campinas, 2002. Membro do Comitê de
Assessoramento de Educação do CNPq (2011-2014); Membro de Conselho Editorial de 10
periódicos, sendo 3 internacionais; Coordenador de dois projetos temáticos: O Laptop
Educacional e a Educação Baseada na Investigação: do estudar fatos científicos para o fazer
ciência (financiado pelo CNPq, envolvendo UFPA e Unicamp); Projeto Um Computador por
Aluno (UCA) UNICAMP (financiado pelo MED e envolvendo UFPA, UNIR, UFAC, e
Unicamp). Orientador de 43 doutorados e 35 mestrados concluídos.

TRECHOS DA OBRA:
ALMEIDA, M. E. B. de; VALENTE, J. A. Tecnologias e currículo: trajetórias convergentes ou
divergentes? São Paulo: Paulus, 2011 – (Coleção Questões Fundamentais da Educação – 10).
Pág. Fragmento Termo-chave
39 O domínio técnico era relativamente simples. O complicado era Integração computador
entender como essa máquina poderia ser integrada às práticas de sala e sala de aula
de aula.
39 O panorama do uso das tecnologias na sala de aula inda não Integração computador
corresponde às expectativas e promessas de mudanças das práticas e sala de aula
da sala de aula.
39 Por que até hoje ainda existe essa desintegração como se currículo Integração computador
e tecnóloga andassem em paralelo, e não integrados e sala de aula
39 As TDIC ainda não estarem totalmente acessíveis nas escolas e nos Desafios na integração
lares; o rápido avanço das tecnologias, tornando o processo de das TDIC na sala de
apropriação tecnológica por parte do professor complicado; a aula
formação inadequada do professor para fazer essa integração e a
falta de preparo dos gestores educacionais para dar suporte às
inovações pedagógicas e administrativas necessárias para mudar
certas práticas pedagógicas; a estrutura e o funcionamento dos
sistemas de ensino que dificultam novas formas de organização do
tempo e espaço das aulas; e a falta de apoio ao professor para
auxiliá-lo nas mudanças de crenças pessoais de concepções e, mais
concretamente, de postura diante do novo.
40 A falta de infraestrutura e de condições de trabalho da escola publica Desafios na integração
das TDIC na sala de
aula
40 O número insuficiente de máquinas por alunos, conexão de internet Desafios na integração
inadequada etc. das TDIC na sala de
aula
40 O aspecto das condições inadequadas de trabalho do professor e o Desafios na integração
baixo salário tem implicações em praticamente todo o processo das TDIC na sala de
educacional. aula
41 Simplesmente aumentar os níveis de acesso às TDIC não implica, Desafios na integração
por si só, a criação de oportunidades de uso dessas tecnologias para das TDIC na sala de
favorecer a aprendizagem aula
41 Rápido desenvolvimento das tecnologias e a escassez de tempo do Desafios na integração
professor para poder dominar e compreender essas tecnologias das TDIC na sala de
aula
43 Essa rápida e frenética criação de possibilidades de usos dos Desafios na integração
computadores tem o lado positivo de auxiliar a diversificação de das TDIC na sala de
estratégias e de soluções sobre o que fazer com essa tecnologia na aula
educação. Por outro lado, ela dificulta o processo de apropriação
desses recursos. A compreensão e o domínio das possibilidades
oferecidas pela tecnologia são praticamente impossíveis.
43 O sentimento é de que estamos sendo atropelados por uma Desafios na integração
avalanche de recursos que são criados a todo momento. das TDIC na sala de
aula
43 Mal tomamos contato com um novo lançamento, aparecem outros Banalização das TDIC
ainda melhores. Essa tem sido uma das razões da banalização dos
usos dos recursos oferecidos e da desarticulação entre o currículo e
as TDIC.
43 Se o professor não consegue se apropriar dos recursos tecnológicos Desafios na integração
disponíveis, ele certamente terá muita dificuldade para integrá-los das TDIC na sala de
às atividades pedagógicas que acontecem em sua sala de aula. aula
43 O tempo é a questão mais importante. A estrutura tradicional que Desafios na integração
nós temos não é propicia à criação ou aprendizagem desejada das TDIC na sala de
(Sandholtz; Ringstaff; Dwyer, 1997, p. 151) aula
43 Os professores solicitavam tempo para estudar, tempo para Desafios na integração
desenvolver projetos, tempo para repensar sua prática e tempo para das TDIC na sala de
explorar os recursos do computador. aula
44 O processo da apropriação da tecnologia e sua integração nas Desafios na integração
atividades curriculares demanda tempo e acontecem de modo das TDIC na sala de
gradativo, como foi constatado na evolução do uso pedagógico do aula
computador do projeto ACOT.
44 Exposição ou entrada. Primeiro contato com os aspectos Primeiro estágio da
tecnológicos e aprendizagem do essencial sobre alguns recursos integração TDIC
disponíveis. segundo Sandholtz et
al (1997, p. 151)
44 Adoção. Uso do teclado, do processador de texto e de alguns Segundo estágio da
softwares educacionais integração TDIC
segundo Sandholtz et
al (1997, p. 151)
44 Adaptação. Começo da integração do computador nas atividades Terceiro estágio da
tradicionais [...] Trata-se de usar o computador para fazer com mais integração TDIC
eficiência aquilo que era feito sem ele. segundo Sandholtz et
al (1997, p. 151)
44 Apropriação. Uso do potencial das DIC de modo adequado na Quarto estágio da
realização de projetos interdisciplinares e colaborativos. integração TDIC
segundo Sandholtz et
al (1997, p. 151)
44 Inovação. Professores experimentam novos padrões de uso das Quinto estágio da
tecnologias em diferentes contextos e são capazes de adequar o integração TDIC
potencial de cada recurso ao desenvolvimento das atividades ccom segundo Sandholtz et
os alunos. al (1997, p. 151)
44 Gradativamente o professor vai modificando sua prática pedagógica Integração TDIC e sala
e adequando o uso das tecnologias de acordo com as necessidades e de aula; Anseios
tipos de atividades que alunos e professores desenvolvem.
45 Inovação não é um processo meramente de domínio da tecnologia, Inovação e Educação
mas também de mudança de atitude e de práticas educacionais com
o envolvimento de alunos professores em processos de
aprendizagem e ensino nos quais todos se tornam aprendizes e
ensinastes, todos aprendem juntos e em comunhão (Freire, 1984)
45 Habilidades e conhecimentos iniciais. Nessa fase, a ênfase está nos Desenvolvimento
aspectos tecnológicos e o professor começa a usar o processador de profissional de
texto para a realização de trabalhos pessoais. professores elaborada
pela Unesco (2002);
Primeiro estágio.
45 Aplicação das TDIC na área de especialização. O professor começa Desenvolvimento
a aplicar as TDIC para melhorar a prática de ensino de alguns profissional de
tópicos específicos da sua disciplina. professores elaborada
pela Unesco (2002);
Segundo estágio.
45 Integração das TDIC para melhorar a aprendizagem. O professor Desenvolvimento
começa a utilizar as TDIC para melhorar a aprendizagem de seus profissional de
alunos e sua própria aprendizagem. Ele reconhece as professores elaborada
funcionalidades das tecnologias e, sobre tudo, sabe adequar o uso pela Unesco (2002);
das tecnologias de acordo com as diferentes preferências de Terceiro estágio.
aprendizagem de seus alunos e para trabalhar com a resolução de
problemas desenvolvimento de projetos específicos.
45 Transformação pedagógica [...] TDIC como parte das atividades do Desenvolvimento
dia a dia para atingir objetivos de aprendizagem individual e o profissional de
desenvolvimento do grupo. professores elaborada
pela Unesco (2002);
Quarto estágio.
46 Outro estudo sobre apropriação tecnológica por gestores Integração das TDIC
educacionais mostrou que apropriação se configura em espiral, num
movimento ascendente, realizado com a mediação das TDIC dos
colegas e de especialistas que auxiliam esses profissionais (Borges,
2009)
46 Aspecto emocional, entendido como ter o interesse e a vontade em Integração das TDIC;
utilizar as TDIC entender as TDIC como elementos que estimulam Aspecto Emocional.
o aprender e como fator de promoção pessoal e atualização
profissional e ter capacidade para enfrentar desafios no campo
pessoal e profissional
46 Nesse processo de apropriação tecnológica o professor enfrenta Desafios Integração
conflitos, de ordem profissional e com suas crenças pessoais, sobre das TDIC.
a educação e sobre como proceder em sala de aula. A passagem da
pedagogia baseada na instrução para a de criação de ambientes de
aprendizagem asseados nas TDIC não é trivial e não acontece por
decreto.
47 Segundo Alarcão (apud GEPE, 2008, p. 37), “um professor tem Crenças dos
mais facilidade em adaptar-se a uma determinada inovação se as professores e
suas expectativas se encaixam bem na sua concepção de professor”. Integração das TDIC
As TDIC podem constituir uma ferramenta eficaz e uma linguagem
de representação do conhecimento e comunicação se as crenças dos
professores estiverem alinhadas com uma abordagem construtivista
de aprendizagem.
47 Os professores já sabem como proceder nos seus respectivos Professores e
ambientes de trabalho e, com o conhecimento técnico adquirido, Integração das TDIC
serão capazes de implementar as adequações necessárias para
desenvolver suas práticas agora usando as TDIC.
48 O professor deve saber discernir qual atividade deve ser realizada Professores e
por intermédio das TDIC e que atividade pode permitir a exploração Integração das TDIC
de determinados conteúdos e com que profundidade elas devem ser
realizadas, considerando a idade e o desenvolvimento intelectual
dos alunos.
48 O professor deve saber desafiar os alunos para que, a partir do Professores e
projeto que cada um propõe, seja possível atingir os objetivos Integração das TDIC
pedagógicos que ele determinou em seu planejamento, isto é,
questionar sobre o que as TDIC agregam de contribuição ao
desenvolvimento do projeto à resolução de problemas, ao trabalho
com temas geradores ou a outras atividades pedagógicas, o que seria
difícil de obter sem o uso delas.
49 O uso das TDIC como recurso pedagógico usado no auxílio ao Professores e
processo de construção de conhecimento requer maior domínio Integração das TDIC
sobre conteúdos disciplinares, processo de construção de
conhecimento, como intervir nesse processo, e conhecimento sobre
as tecnologias.
50 Ela (TDIC) deve criar condições para professores construir Integração das TDIC;
conhecimentos sobre os aspectos computacionais; Anseios.
50 Além dos conhecimentos técnicos e pedagógicos, é necessário que Integração das TDIC;
os educadores entendam que as TDIC são mais do que ferramentas Anseios.
ou recursos para fazer tarefas rápidas.
70 As iniciativas para mudar algo na educação não partem de dentro do Primeiro Problema,
sistema, da reivindicação dos professores, mas são impostas de fora Integração das TDIC.
para dentro, de cima para baixo.[...] Os professores que estão na
linha de frente, diante de 30,40 alunos, ainda aceitam mudanças que
foram feitas para eles, e não por eles (Weston; Bain, 2010).
70 As mudanças que foram implementadas na educação foram Segundo Problema,
pontuais, incrementais e, na verdade, elas não contribuíram para o Integração das TDIC.
desenvolvimento de uma nova visão dos processos educacionais.
71 No caso das TDIC, em geral, elas são apêndice ao que acontecem Segundo Problema,
na sala de aula tradicional. As atividades em sala continuam Integração das TDIC.
praticamente as mesmas e os laboratórios de computadores, quando
usados, não são integrados aos assuntos curriculares desenvolvidos
em sala de aula.
71 Weston e Bain (2010), baseados em estudos de diversos autores, TDIC como
propõem que as TDIC não sejam vistas como ferramentas ferramentas cognitivas
tecnológicas, mas como ferramentas cognitivas, capazes de e não tecnológicas.
expandir a capacidade intelectual de seus usuários. [...] Nesses
casos, os profissionais não estão pensando nas tecnologias, mas no
problema sendo resolvido e em como as decisões podem ser
auxiliadas pelos resultados fornecidos pelas tecnologias.
72 As mudanças devem abranger aspectos didáticos e pedagógicos, Aprendizagem baseada
como a proposta de uma educação baseada em resolução de em projetos.
problemas, o trabalho com temas geradores ou projetos.
73 Como observado por Dewey, a educação por projetos é uma Aprendizagem baseada
tentativa de unir dois mundos que coexistem separadamente: a vida em projetos.
e a escola (Dewey, 1979)
73 Nesse contexto, as TDIC podem ser extremamente úteis como TDIC na
ferramentas cognitivas, desempenhando diferentes papéis, Aprendizagem baseada
auxiliando tanto o aluno quanto o professor em projetos.
73 No caso do aluno, as TDIC podem ser utilizadas na busca da Vantagens aos alunos;
informação de que o aprendiz necessita ou na elaboração de TDIC na
cálculos. Segundo, podem servir como importante ferramenta de Aprendizagem baseada
comunicação para a troca de ideias entre os colegas e com em projetos.
especialistas. Terceiro, elas podem auxiliar no processo de
representação e explicitação do raciocínio e, por seguinte, dos
conceitos e estratégias que o aprendiz utiliza. Quarto, as TDIC
executam este “raciocínio” à medida que apresentam o resultado do
que foi solicitado à máquina em termos da representação e
explicitação das ações que o aluno define como parte do processo
de resolver um problema ou um projeto. Quinto, a apresentação dos
resultados favorece a reflexão de modo que o aprendiz pode
confrontar suas ideias originais com os resultados obtidos.
74 As TDIC também auxiliam o trabalho do professo no sentido de que Vantagens aos
a explicitação das ideias e os resultados apresentados pela máquina professores; TDIC na
permitem ao aprendiz observar quais aspectos da resolução do Aprendizagem baseada
problema ou do projeto foram realizados corretamente e o que ainda em projetos.
necessita ser melhorado. A intervenção do professo é fundamental
nos momentos em que o aprendiz não consegue progredir ou nos
momentos de ser desafiado a procurar novas situações e, assim, ter
a chance de dar saltos de qualidade no seu trabalho. Assim, cabe ao
professor orientar o aluno para empregar as funções e operações
propiciadas pelas TDIC para a comunicação, a busca de
informações, a representação do pensamento o engajamento na
produção colaborativa de conhecimento, o registro de suas
produções e a reformulação das mesmas, a publica e a socialização
dos trabalhos (Almeida, 2007b);

FICHAMENTO CRÍTICO (RESENHA DA OBRA E VÍNCULO COM O TRABALHO):

Contexto.

Problematização.

Objetivo.

Metodologia.

Relação com o Guru.

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