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Resumo
Esta pesquisa tem como objetivo conhecer e analisar em que medidas as orientações
do Projeto Político Pedagógico atua como moda, exigência ou variável de aprendizagem, em
um enfoque psicopedagógico, já que a Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional – n°
9.394/96 determina às escolas a elaboração e a execução de suas propostas pedagógicas.
Contudo, pensar um projeto de educação implica pensar o tipo e qualidade de escola, a
concepção de homem e de sociedade que se pretende construir. O estudo da referida proposta
amplia a visão de educadora, aumentando as chances de tornar eficaz o aprendizado das
crianças da Pré-Escola num ato concreto, permitindo, assim, ter melhores condições de realizar
a prática pedagógica com mais competência, prazer e eficácia. Esta pesquisa de tipo
qualitativa, através de instrumentos, como entrevistas semi-estruturadas para os pais e
professores, recolhendo dados sobre as formas de como o PPP tem sua essencialidade para a
aprendizagem, concluí que a construção deste é imprescindível e pode contribuir para
estabelecer novos paradigmas de gestão e de práticas pedagógicas que levem a instituição
escolar para uma educação flexível com a contemporaneidade, inovadora, a fim de provocar
uma revolução nas maneiras de ensinar e promover aprendizagens efetivas.
OBJETIVOS
Este artigo apresenta pesquisa que tem como objetivo conhecer e
analisar em que medidas as orientações do Projeto Político Pedagógico atuam
como moda, exigência ou variável de aprendizagem, em um enfoque
psicopedagógico.
METODOLOGIA
Esta pesquisa adotou o método qualitativo, pois, baseia-se nas
concepções de Bogdam e Biklen (1982), onde proporciona uma relação direta
do pesquisador com o ambiente procurando um significado mais profundo na
relação (ANDRÉ E LUDKE, 1986: p.16), sendo uma abordagem descritiva.
A pesquisa tem como meta analisar como a escola trabalha com o Projeto
Político-Pedagógico e de como os professores o percebem na maneira realizar
a aprendizagem de seus alunos.
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Introdução
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Portanto, pensar um projeto de educação implica pensar o tipo e qualidade de
escola, a concepção de homem e de sociedade que se pretende construir.
Porém, durante os meus trabalhos com a Educação Infantil (no
período de graduação em Pedagogia), percebi nas instituições educacionais,
de um modo geral, uma correria enorme na busca da construção de seus PPP.
Inclusive no que se refere ao planejamento de aula por parte da Professora de
Pré - Escola.
Sabemos que as mudanças na educação dependem
fundamentalmente da vontade política, no que diz respeito a encará-la como
prioridade nacional e da vontade e empenho dos professores em tornar em
prática uma aprendizagem efetiva dos educandos, contribuindo, para que
tenhamos propostas interessantes no papel, mas, que na prática, há uma
grande distância entre o ideal e o que o fazer pedagógico realiza. Isso por que,
a nossa educação sempre foi um dos caminhos mais fáceis para se praticar os
desvios de recursos para outros setores.
Nesse sentido, como a moda é uma constante em nossas vidas,
alguns “educadores” encaram o Projeto de Educação como moda, pois,
esperam por um pacote pronto de técnicas e métodos de ensino, enquanto
outros aguardam como mais uma exigência de acordos internacionais, tendo-o
como apenas como uma lei a cumprir. E enquanto a sociedade se transforma
continuamente, a tecnologia avança rapidamente, a proposta de um ensino
prazeroso, qualitativo e efetivo, permanece só no papel. Salvo, é claro, com
algumas exceções, da luta daqueles que vêem a educação como o futuro da
humanidade, estes não acreditam nas mudanças na educação, quando elas
acontecem de cima para baixo.
Para buscar estas respostas procurou-se realizar a pesquisa de
campo, com entrevistas semi-estruturadas em Escolas Públicas de Santa
Maria.
Desse modo o trabalho está dividido em sete capítulos. No
primeiro capítulo, se faz presente a introdução. O segundo capítulo trata da
educação no contexto escolar, acompanhado de três subitens: a caminhada
sistemática do ato educativo, o currículo e a realidade do aluno, tendo como
terceiro item a formação do professor. No terceiro será abordado a respeito do
PPP e sua prática, bem como suas concepções e as ações da escola. Após,
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será a metodologia trabalhada, juntamente com os resultados obtidos nesta
pesquisa. Finalmente, é colocada a conclusão, seguida das referências
bibliográficas e, contendo também, os anexos no final deste trabalho.
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as instruções apropriadas de acordo com a situação educacional, ensina para
uma aprendizagem afetiva e finalmente, educa e prepara o indivíduo para uma
vida social solidária, promovida ao bem comum. Libâneo (1990), vem a
complementar que
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aprendizado a serviço de uma melhor qualidade de vida para todos. Ensinar a
aprender e aprender a ser inteligente não é dom com o qual nascemos, mas é
o resultado de uma visão crítica de saber pensar, de avaliar, tomar decisões
podendo o educando exercer de maneira mais eficaz os seus direitos.
É através desta perspectiva de mudança que se pode alterar o
futuro de uma nova sociedade, de uma família, de uma escola. É válido afirmar
que ensinar e aprender é o estabelecimento de uma relação de causa e efeito.
É o produto da troca das informações e das experiências pessoais entre
educando e educador.
Nessa troca todos saem ganhando e os resultados são especiais,
no sentido em que especial for o empenho, a responsabilidade e as influências
de ambos, isto é, de quem ensina aprendendo e de quem aprende educando.
Assim, o ato educativo contribui para a emancipação do ser humano, e, por
outro lado, prepara para os desafios que encontrará nos caminhos de sua vida.
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Assim sendo, o currículo deve ser planejado de forma
participativa, a partir das aspirações e necessidades da comunidade escolar,
considerando-se pelas características próprias com vistas à transformação da
sociedade. No currículo devem ser selecionados e organizados os objetivos e
as atividades a serem desenvolvidas no decorrer do processo educativo,
devendo ser centrado nos reais interesses e necessidades do grupo.
Também deve ser adequado às maneiras de pensar, agir, sentir
do aluno, de acordo com sua fase de desenvolvimento, ampliando seus
horizontes e levando-o a interagir consigo mesmo, com o outro e com o mundo.
Nesse compasso,, pensar em currículo escolar é considerar a diversidade das
características sociais que chegam a escola. Não havendo o reconhecimento
de seu universo, o aluno fica desorientado, é como se o seu mundo não
existisse a partir do momento em que não fosse valorizado pelo sistema
escolar, e, entretanto, ele também não se insere na realidade proposta, tida
como única.
Contudo, entende-se que os alunos que chegam à escola são
sujeitos sócio-culturais, e têm a capacidade de construir seus próprios
conhecimentos de acordo com os saberes e culturas próprias trazidas da
família.
Sob essa ótica, o ensino-aprendizagem não deve ocorrer numa
homogeneidade de ritmos, estratégias e propostas educativas para todos,
independente da origem social, idade ou das experiências vivenciadas. O
currículo não deve ser separado do contexto social que circunda, pois é
justamente aí onde ele irá achar elementos que constituirão sua estrutura.
Faz-se necessário a visão de que o currículo e a escola não
somente constrói uma sociedade como também a refletem. Uma escola de
zona rural, por exemplo, tem características, obviamente, distintas de uma
escola de zona urbana. Logo, é aferível que o currículo seja o reflexo dessas
características, tornando-as partes integrantes do processo educativo. Muitas
vezes, não há um questionamento ou conhecimento justificável sobre a
realidade na qual está inserido o aluno, pois, ela se quer é abordada,
impedindo assim, a criança de expressar uma das características básicas de
sua forma de aprender, que é o envolvimento de situações de aprendizagem,
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através da ligação com as suas vivências. Segundo o pensamento de Freire
(1996)
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O autor também disponibiliza este pensamento de maneira
bastante consistente:
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educador é o de mostrar e provar que as pessoas pertencem a vários grupos
sociais, cada um, com modos de vidas singulares.
Assim inicia o processo de conscientização dos aprendizes sobre
suas relações com os demais indivíduos, com um novo olhar nas formas de ser
e de viver. Começam a reconstruir sua visão da realidade e tornam-se mais
receptivos à diversidade, tornando-se críticos, ao passo que, passam também
não apenas a aceitar as multiculturas, mas a entender e abraçar a diversidade.
É, portanto, imprescindível que a criança entenda com espontaneidade que o
mundo é enorme, heterogêneo e que sempre se tem algo novo a aprender.
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Vivemos na era da incerteza (MORIN: 2001: p.23) na qual, mais
do que aprender verdades estabelecidas e indiscutíveis, é necessário viver e
conviver com a diversidade de perspectivas, com a realidade das teorias, com
a existência de múltiplas interpretações, de toda informação para construir, a
partir delas, o próprio juízo ou ponto de vista.
Ser professor nesta “sociedade tecnológica” e estar plugado no
mundo, transformando a informação em conhecimento para si, para os alunos,
para a comunidade escolar.
Parece que a atualização é coisa que só diz respeito a fase
atual de nossa vida. Mesmo não lembrada em muitas
ocasiões, faz parte integrante de toda a vida humana. Para
que alguém progrida, basta ter inteligência e usar um pouco
de capacidade do cérebro. Uns criam, inventam, outros usam
os inventos, mas todos indistintamente, precisam se adaptar
às novas situações. Há uma cultura que acompanha cada
produto. Só a atualização através de educação faz com que
possamos usar os produtos novos (WERNECK, 2003, P.30).
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É necessário que o professor avalie se está atualizado e alerta o
suficiente para emitir pareceres seguros, baseado em argumentação
consistentes a respeito do que se impõe na escola pela realidade emergente.
Não é preciso julgar tudo o que é novo como bom, nem como ruim. É
imprescindível a capacidade de aprender e analisar criticamente o contexto
dessa aprendizagem, aumentando cada vez mais o seu saber, retornando seu
espaço profissional e, acima de tudo, conquistando a confiança do aluno pela
coerência entre o fazer e o pensar.
Pensar sobre os fins que almeja a escola, sua forma de
organização e funcionamento como garantir a aprendizagem a todos os seus
alunos, o acesso ao conhecimento, é dever de todos os envolvidos no processo
educativo.
3.1. Concepções
Portanto, é a partir desse pensar inicial que surge este texto, com o objetivo de
p.12), vem a confirmar sua origem, no qual “vem do latim projectu, particípio
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Como o projeto é uma atividade natural e intencional que o ser
explica que o termo projeto teve o seu reconhecimento no final do século XVII e
Educação Nacional (Lei 9394/94), em seu artigo 12, Inciso I, prevê que “os
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estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu
instituído e instituinte.
avaliação institucional.
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O projeto pedagógico não é modismo, nem documento para ficar
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trabalho educativo voltado para uma realidade específica, explicitar o
explicitação das causas dos problemas e das situações nas quais tais
é também processo.
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Portanto, na LDB o grande desafio lançado às escolas é a
exigência legal, uma vez que, enquanto membros de uma instituição escolar,
deve-se ter nítido a que horizonte pretende-se chegar com os alunos, com a
receita que pode ser transferida para uma outra realidade, uma vez que a
principal condição para que este projeto tenha êxito é o seu enraizamento no
de fazer, realizar.
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buscar uma estabilidade em função de promessa que cada
projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto
educativo pode ser tomado como promessa frente
determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os
campos de ação possível, comprometendo seus atores e
autores” (1994, p.579).
educativos.
4. Os resultados
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corresponde ao seguinte: “ Várias reuniões em estudos para depois formular o
documento”.
projetos de estudos culturais”, isto significa que o PPP ainda está como
currículo escolar.
isto não significa que todos os segmentos da escola adotam a PPP como
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variável de ensino, pois, o dia a dia é voltado apenas para os conteúdos de
ensino.
secundário, uma vez que a Educação Infantil tem direção própria? E seria mais
perguntas.
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4.1. Análise
aos métodos.
depende não só do Estado, mas da ação ativa de todos nós. Sob esta
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culturas, sobre o contexto de sua região, etnias, etc. Portanto, cabe
ensinar conteúdos.
vezes, por alguns, como uma exigência e por outros, como uma
CONCLUSÃO
dos que estão no início das descobertas sobre o mundo que o cerca.
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caminhada, da transformação de uma escola caracterizada pela
efetivas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GADOTTI, Moacir. História das idéias pedagógicas. São Paulo: Ática, 2001.
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LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL. 20 de dezembro
de 1994. MEC, Brasília, 1994.
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VEIGA, Ilma Passos A. (org.). Escola: espaço do projeto político-pedagógico.
4. ed. Campinas: Papirus, 1998.
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