Você está na página 1de 9

Educação Sexual 2010/2011

ENQUADRAMENTO LEGAL

Lei n.º 60/2009


6 de Agosto de 2009 - Estabelece o regime de aplicação da Educação Sexual
em Meio Escolar

Portaria n.º 196-A/2010


9 de Abril de 2010 - Regulamenta a Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto, que
estabelece o regime de aplicação da Educação Sexual em Meio Escolar

CARGA HORÁRIA
5º e 6 º Ano: 6 tempos*
7º, 8º e 9ºanos: 12 tempos*

*Distribuídos de forma equilibrada pelos diversos períodos do ano lectivo.


São imputados à educação sexual tempos lectivos de disciplinas (C.N.) e de
iniciativas e acções extracurriculares que se relacionem com esta área.

Sugestão para as primeiras aulas:

– Realização de um inquérito (3º ciclo e por amostragem)

- Caixa de perguntas anónimas / Respostas posteriormente

- Noção de Sexualidade

…..

Para cada Turma o D.T. deve ter em conta os seguintes indicadores:

Ajuste da planificação fornecida, elaboração de um dossier por turma com as


actividades realizadas e de um relatório final.

NOTA:

Estarão disponíveis materiais em suporte digital na pasta Professores


“Educação para a Saúde” e em papel no Dossiê de Educação para a Saúde e
alguns manuais entre os quais kits da APF, no armário da Educação para a
Saúde e livros na biblioteca da escola.

Divulgar que o Gabinete de Apoio ao Aluno irá estar aberto para ajudar a
esclarecer dúvidas e colocar questões no âmbito do tema “ Educação Sexual”.
Será na sala B23 e estarão neste espaço, professores de Ciências Naturais e
uma Enfermeira duas vezes por mês, alternadamente manhã e tarde. (horário
a afixar).

2.º CICLO (5º e 6º ano)


Conteúdos Mínimos (De acordo
com o documento da Direcção-Geral
de Inovação e de Desenvolvimento Objectivos
Curricular, “Propostas de Conteúdos
Mínimos” de 15 de Setembro 2009

• Identificar as mudanças anatómicas


Puberdade: aspectos biológicos e e emocionais que ocorrem nos
emocionais. 6º rapazes e nas raparigas na
puberdade;
• Reconhecer a importância de cuidar
do corpo e da higiene corporal.

O corpo em transformação. 6º • Conhecer a diversidade dos


comportamentos sexuais ao longo da
vida e as diferenças individuais;
• Conhecer o corpo sexuado e os seus
órgãos internos e externos.

Caracteres sexuais secundários. • Conhecer as transformações físicas


6º e fisiológicas que ocorrem na
puberdade.

Normalidade, importância e • Compreender os conceitos de


frequência das suas variantes identidade sexual, identidade de
bio-psicológica. 5º género, orientação sexual e
comportamento sexual.

Diversidade, tolerância. 5º • Saber respeitar o outro


independentemente das suas
características físicas ou orientação
sexual.

Sexualidade e género. 5º • Ser capaz de reflectir criticamente


sobre os papéis de género e os
estereótipos atribuídos socialmente a
homens e mulheres.
Reprodução humana e • Conhecer os mecanismos da
crescimento, contracepção e reprodução humana: a fecundação, a
planeamento familiar. * 6º gestação e o nascimento;
• Conhecer os diferentes métodos
contraceptivos, as vantagens e
inconvenientes de cada um.

3.º CICLO (7.º, 8.º e 9.º ano)

Conteúdos Mínimos (De acordo Objectivos


com o documento da Direcção-Geral
de Inovação e de Desenvolvimento
Curricular, “Propostas de Conteúdos
Mínimos” de 15 de Setembro 2009)

Compreensão da sexualidade • Compreender o quadro ético de


como uma das componentes mais referência nos relacionamentos
sensíveis da pessoa, no contexto afectivo/sexuais: respeito, a atenção
de um projecto de vida que e o sentido do outro, a
integre valores (ex: afectos, responsabilidade nos
ternura, crescimento e comportamentos, a condenação de
maturidade emocional, todas as formas de violência sexual
capacidade de lidar com que ponham em causa a liberdade
frustrações, compromissos, pessoal;
abstinência voluntária) e uma • Incentivar a reflexão crítica, por
dimensão ética. 7º 8º 9º parte dos jovens, acerca dos seus
comportamentos na área da
sexualidade;
• Compreender a importância dos
sentimentos na nossa sexualidade.

Compreensão da fisiologia geral • Aprofundar conhecimentos sobre os


da reprodução humana. * 9º mecanismos da reprodução humana:
fecundação, gestação e nascimento;
• Saber identificar os órgãos dos
aparelhos reprodutor masculino e
feminino.

Compreensão do ciclo menstrual • Aprofundar os conhecimentos sobre


e ovulatório. * 9º o ciclo menstrual.

Compreensão da prevalência, uso • Conhecer os diferentes métodos


e acessibilidade dos métodos contraceptivos, as vantagens e
contraceptivos e conhecer, inconvenientes de cada um, a sua
sumariamente, os mecanismos de eficácia e tolerância;
acção e tolerância (efeitos • Compreender a contracepção como
secundários). * 9º responsabilidade masculina e
feminina.
Compreensão da epidemiologia e • Conhecer as IST mais frequentes e
prevalência das principais IST em os modos de transmissão de cada
Portugal e no mundo (incluindo uma delas;
infecção por VIH/vírus da • Conhecer os serviços adequados e
imunodeficiência humana - os recursos existentes para a
VPH2/vírus do papiloma humano - resolução de situações relacionadas
e suas consequências) bem como com a saúde sexual e reprodutiva;
os métodos de prevenção. 7º 8º

.Ser capaz de adoptar comportamentos


informados em matérias como a
contracepção e a prevenção das ITS.
______________________________________________________________________

Saber como se protege o seu • Conhecer as diversas formas de


próprio corpo, prevenindo a violência e de abuso sexual;
violência e o abuso físico e • Reconhecer situações de abuso
sexual e comportamentos sexual, as estratégias dos agressores
sexuais de risco, dizendo não a e identificar soluções e procurar
pressões emocionais e sexuais. ajuda;
7º 8º 9º • Ser capaz de adoptar
comportamentos de prevenção face a
riscos para a saúde, nomeadamente
na esfera sexual e reprodutiva.

Conhecimento das taxas e • Identificar as implicações da


tendências de maternidade na gravidez na adolescência: aspectos
adolescência e compreensão do sociais e Individuais.
respectivo significado. 8º 9º

• Reconhecer as repercussões
Conhecimento das taxas e individuais e sociais da interrupção
tendências das interrupções voluntária da gravidez;
voluntárias de gravidez, suas • Conhecer o enquadramento legal
sequelas e respectivo da Interrupção voluntária da
significado. 8º 9º gravidez.

Compreensão da noção de • Compreender o que é uma


parentalidade no quadro de uma maternidade/paternidade
saúde sexual e reprodutiva responsável;
saudável e responsável. 8º 9º • Consciencializar-se que a
maternidade e paternidade devem
resultar de uma opção voluntária e
consciente.
* Temas a serem abordados por Professores de Ciências da
Natureza e/ou Naturais ou outros técnicos especialistas na matéria.

Metodologia/ Estratégias

Qualquer programa de Educação Sexual deve estar centrado nas


necessidades da população, isto é, ter em atenção as características e
vivências da faixa etária da população a que se destinam. Centrado em
metas como são a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de
atitudes e competências pessoais e sociais, é muito importante que se
escolham e usem as estratégias e metodologias mais ajustadas e
adequadas

As metodologias participativas expressam-se na utilização de um


conjunto muito vasto de técnicas, tais como:

a) Trabalho de pesquisa

O trabalho de pesquisa ajuda o aluno a clarificar ideias, levando-o a


interrogar-se sobre os diferentes aspectos do tema em estudo. A pesquisa
de informação pode ser feita com base em inúmeras e diversificadas fontes:
livros, revistas, jornais, Internet, etc., podendo recorrer-se também a
entrevistas, trabalho de campo, arquivos e visitas de estudo.

b) Brainstorming ou «Tempestade de ideias»

Consiste em listar, sem a preocupação de discutir num primeiro momento,


todas as sugestões que o grupo ou a turma fazem sobre determinada
questão ou problema. A lista deve ser constituída por palavras ou frases
simples. Após as sugestões dos alunos deve-se aprofundar a discussão e
esclarecer as dúvidas e as ideias erradas. c) Resolução de problemas
Mediante a utilização de histórias, casos reais ou dilemas morais, incentiva-
se a discussão para a resolução de problemas comuns com os quais os
alunos podem vir a ser confrontados. Os jornais, as revistas ou as histórias
populares podem ser utilizados de formas diferentes:

• pode ser utilizada uma história sem final e, nesse caso, pedir-se-á aos
grupos ou à turma que criem um ou vários finais possíveis;

• pode ser utilizada uma história pedindo aos participantes para atribuírem
diferentes valores às várias personagens;

• pode-se pedir ao(s) grupo(s) que identifique(m) uma ou várias soluções


para cada caso.

c) Jogos de clarificação de valores

Consiste em promover o debate entre posições diferentes


(podendo ou não chegar-se a consenso), através da utilização de pequenas
frases que sejam opinativas e polémicas. Pode-se pedir a um dos
participantes para assumir a defesa da opinião expressa na frase, a um
segundo para a atacar (ainda que essas não sejam as suas posições na
realidade) e a um terceiro ainda que observe o debate, para depois o
descrever ao grande grupo.

Podem utilizar-se escalas do tipo «concordo totalmente», «concordo em


parte» «é-me indiferente» «discordo em parte» e «discordo totalmente»
fazendo mover as pessoas na sala para cada uma das posições (que são
afixadas nas paredes), ou utilizando as opiniões individuais para o debate
em pequenos grupos e, numa fase posterior, em grande grupo.

d) Utilização de questionários

Em geral, os questionários são utilizados para recolher


conhecimentos e opiniões existentes. No entanto, também podem ser
utilizados para transmitir (e não apenas para avaliar) conhecimentos.
e) Role play ou dramatização

Consiste na simulação de pequenos casos ou histórias em que


intervêm o número de personagens desejadas. Funciona bem quando são os
próprios alunos, em grupo, a elaborarem o texto dramático. As
dramatizações não devem ser longas (cerca de 10 minutos) e devem ser
complementadas com debate em pequeno ou em grande grupo. É uma
forma particularmente dinâmica de analisar uma situação ou provocar um
debate. O role play pode ser eficazmente aproveitado no treino de
determinadas competências, tais como saber escutar o outro, desenvolver o
relacionamento interpessoal ou saber expressar sentimentos.

h) Produção de cartazes É uma forma de organizar a informação


recolhida (textos, fotografia, gráficos, esquemas, etc.). Pode ser
apresentada ao grande grupo, ou pode ser uma forma de fomentar a
discussão à volta de um tema. Nesse caso pede-se com antecedência aos
participantes que tragam revistas, jornais, textos retirados da internet ou de
livros, relacionados com um dado tema que se vai debater.

i) Caixa de perguntas Consiste na recolha prévia e anónima de


perguntas sobre temas de interesse da turma ou de levantamento de
necessidades. Pede-se a cada sujeito que formule duas ou três perguntas
por escrito, numa folha de papel que posteriormente é dobrada em quatro e
colocada numa caixa (tipo urna de voto). É muito importante que o
professor responda a todas as perguntas de forma clara e com correcção
científica.

j) Fichas de trabalho Facilitam o desenvolvimento dos trabalhos, e


devem ser construídas de acordo com os objectivos a alcançar:

• recolha de informação;

• exploração de informação;

• síntese de informação;

• avaliação.
Têm ainda a vantagem de serem um óptimo recurso, quando o tempo para
a actividade é curto.

l) Exploração de vídeos e outros meios audiovisuais Estes materiais


podem ser um auxiliar muito importante para o desenvolvimento das
actividades. Aconselha-se que sejam diferenciados os momentos «antes da
projecção» e «após projecção»

• Antes da projecção - Deve haver recolha de perguntas e assuntos que a


turma ou grupo deseja ver tratados de forma a ajustar às necessidades do
grupo.

• Após a projecção - É importante identificar as partes do vídeo que


apresentem mais interesse, os conhecimentos que ficaram e as dúvidas que
surgiram.

. A construção de guiões de exploração permite uma síntese dos


conhecimentos adquiridos e a reflexão crítica sobre o material visionado.

Avaliação

Com o objectivo de se obter uma reflexão sobre o trabalho


desenvolvido, no final do ano lectivo a equipa do PES disponibilizará um
questionário de Avaliação do Projecto, a ser preenchido pelo Director de
Turma.
Ligações de interesse:

Sexualidade em Linha 808 222 003 - Saúde e Sexualidade Juvenil no Portal


do Governo

ABRAÇO

http://www.abraco.org.pt/noticias

ASSOCIAÇÃO PARA O PLANEAMENTO DA FAMÍLIA

http://www.apf.pt/apf.htm

CENTROS DE ATENDIMENTO APF

http://www.apf.pt/centros.htm

COORDENAÇÃO NACIONAL PARA A INFECÇÃO VIH / SIDA

http://www.sida.pt/

LINHAS TELEFÓNICAS DE AJUDA APF

http://www.apf.pt/linhas.htm

REDE EX-AEQUO

http://www.ex-aequo.web.pt/

SAÚDE E SEXUALIDADE JUVENIL


http://juventude.gov.pt/Portal/OutrosTemas/SaudeSexualidadeJuvenil/

PONTO DE APOIO Á VIDA

http://www.pav.org.pt/OutrosProjectos.aspx

Joane, 08 de Setembro de 2010

A Coordenadora da Saúde

_________________________

(Olívia Pinto)

Você também pode gostar