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FRATERNIDADE UMBANDÍSTICA LUZ CÓSMICA UNIVERSAL

II
CATEGORIAS MEDIÚNICAS

02/06/2005
AS TRÊS CATEGORIAS MEDIÚNICAS

Médiuns, Mediunidade, “mediunismos”, animismo, muito já se tem


falado e escrito a respeito.
Há dezenas e dezenas de anos, ou melhor, há mais de um século que
o dom da mediunidade e seus vários aspectos foram e continuam sendo debatidos,
através de vastíssima literatura que, desde o princípio, ergueu-se, cresceu como um
gigante e esparramou-se por toda parte, sempre firmada num certo conceito
doutrinário de Allan Kardec.
Kardec, em seu “Livro dos Médiuns”, Cap. XIV – p. 166 – ed. 31, diz:
“Todo aquele que sente num grau qualquer a influência dos Espíritos é, por
esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem: não constitui,
portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo raras são as pessoas que
dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são,
mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam
aqueles em que a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se
traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depemde de
uma organização mais ou menos sensitiva, [...]”.

Por aí, pelo próprio Kardec, subentende-se claramente que a criatura


que se pode considerar médium mesmo, positivo, de verdade, tem que ter algo de
diferente das outras criaturas, ou seja, uma organização especial, isto é certas
aptidões ou qualidades excepcionais em seus organismos físico e astral
propriamente ditos.
E para que se possa falar esses assuntos é preciso que se saiba o
bastante sobre o poder do mediunato (mediunidade) da Corrente Astral de
Umbanda.
Portanto, ser um médium de Umbanda, isto é, um veículo dos espíritos
de Caboclos, Yori e Pretos-Velhos e outros de dentro da faixa, é uma condição
excepcional, por ser, por sua vez, conseqüência de uma escolha especial, feita no
plano astral antes mesmo de o espírito encarnar.
E essa escolha especial é feita de acordo com vários fatores de ordem
astromagnética (isto é, de um processo apropriado sobre o corpo astral do ser que
vai levar a faculdade mediúnica) ou energética e por uma seriação de ligações
morais-espirituais, envolvendo também determinadas aquisições, débitos e
inclinações; enfim, por um conjunto de ligações cármicas afins com essa citada
Corrente de Umbanda, quer no plano superior, no médio e no inferior dos
desencarnados e dos encarnados.
Uma criatura pode ser médium, seja lá de que modalidade for,
inclusive, é claro, de incorporação, de outras correntes ou setores, porém esse dom
não a condiciona a se transformar num veículo próprio dos espíritos de Caboclos,
Pretos-Velhos e Crianças e muito menos de Exu, todos esse espíritos têm por
função mediúnica exclusiva militar na Corrente de Umbanda e sobre aparelhos pré-
escolhidos, desde quando desencarnados.
Dentro da mediunidade, existem aparelhos cujo “dom” é inerente à Lei
de Umbanda e que afere em TRÊS PLANOS de vibrações mentais, formando uma
hierarquia de Espírito para Espírito, de evolutivo para evolutivo, obedecendo ao
Ternário de todas as coisas e princípios.
No PRIMEIRO PLANO, faz-se sentir sobre um mental elevado, de
ótima inteligência, intelecto desenvolvido por mente espiritual já inflienciada por
sólidas concepções. Estes, são aparelhos de um Karma Missionário, escolhidos
pelos Orixás (espíritos que têm a função de chefia nas Legiões, Falanges e Sub-
falanges da Umbanda, altamente evoluídos e que praticamente dirigem os demais
expoentes da Lei), para externarem os reais fundamentos que somente eles estão
capacitados a tal. Hoje, na população da Umbandista, esses aparelhos estão, no
momento, em proporção de ± 5%.

No SEGUNDO PLANO, estão os de um Karma Evolutivo, cujo “dom”


está em atividade num bom mental, boa inteligência, relativos conhecimentos, com
capacidade para conceber certos princípios, por um intelecto já bastante
desenvolvido: eles se tornam veículos dos Guias (Espíritos que têm Chefia de
Grupamentos, também de grande saber, intermediários entre as “ordens de cima e
as execuções de baixo”). Estes aparelhos, na atualidade, se contam em proporção
de ± 25%.

No TERCEIRO PLANO, estão todos cuja mediunidade é pura ou


simplesmente de efeitos, isto é PROBATÓRIA, por conseqüência diretas. Têm que
resgatar por acréscimo, de um dom que lhe foi outorgado para contrabalançar uma
série de ações que se chocam em seus evolutivos.
A maioria não leva em conta essa faculdade; seus próprios intelectos
se negam a raciocínios e conhecimentos sérios – são apenas “máquinas
transmissoras” dessa finalidade de Protetores integrantes de Grupamentos que os
escolhem por afinidades e obedientes à Lei coordenadora. No momento, estes
aparelhos encontram-se na proporção de ± 70%.
Portanto, para estarem os médiuns capacitados a suportar os choque e
entrechoques das mazelas, agonias, aflições de toda espécie, casos pessoais,
demandas oriundas dos interesses contrários, bem como a luta com os chamados
Elementais (Espíritos que supostamente habitam os quatro elementos, e que podem
exercer influência (boa ou má) sobre os seres vivos) e Elementares, com seu cortejo
de “larvas”, faz-se mister que o veículo mediúnico seja forte, quer no psiquismo quer
na qualidade desse Dom, alimentado pela vitalidade fluídica de um corpo astral
sadio que o classifica dentro de uma Lei, para mediador dos Orixás, Guias,
Protetores, que lidam diariamente, com as variações da magia, positiva ou negativa,
sempre para o Bem daqueles que os procuram com várias finalidades, inclusive
com a terapêutica astral, na cura de moléstias consideradas insanáveis, pela
medicina comum.

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