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Copyright © 2021 por Gabriela Franco Tuller Espósito

Conteúdo
Nota Sobre a Segunda Edição......................................................................6
Sobre a Autora..........................................................................................7
Você Sabe o seu Tipo de Pele?..................................................................9
O Tipo de Pele é Universal......................................................................11
Entendendo as Divisões dos Tipos de Pele.............................................11
A Biologia da Pele..................................................................................11
Tipos de Pele..........................................................................................14
Pele Normal ou Eudérmica.....................................................................14
Pele Mista ou Combinada.......................................................................15
Pele Oleosa ou Lipídica...........................................................................15
Produção de Óleo na Pele.......................................................................16
Pele Seborreica, Átona ou Asfíctica.......................................................17
Pele Seca ou Alípica.................................................................................18
Porque uma Pele Desidrata?....................................................................19
Sensibilidade da Pele..............................................................................20
Subtipo Acne..........................................................................................21
Existem Dois Tipos de Comedões..........................................................22
Subtipo Rosácea.....................................................................................23
Subtipo Irritável......................................................................................24
Subtipo Alérgico.....................................................................................24
Fototipos de Pele:...................................................................................25
Por Que as Pessoas têm Tons de Pele Diferentes?..................................26
Fototipos de Pele – Classificação De Fitzpatrick....................................27
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Fototipo 1...............................................................................................27
Fototipo 2...............................................................................................27
Fototipo 3...............................................................................................27
Fototipo 4...............................................................................................28
Fototipo 5...............................................................................................28
Fototipo 6...............................................................................................28
Particularidades Fisiológicas Entre a Pele Negra e a Branca.................30
Pigmentação - Melanócitos.....................................................................30
Melanossomas........................................................................................30
Hiperpigmentação...................................................................................32
Hiperpigmentação Pós-Inflamatória.......................................................33
Cuidados Com a Pele Através de Mitos e Verdades:..............................34
Mito 1 - Para Encontrar o Produto Adequado para Nossa Pele Basta
Comprar Vários Produtos até Encontrar Aquele que Funcionará em Mim
(Se Você Tiver Sorte!)............................................................................34
Mito 2 – Quanto Mais Caro o Produto, Melhor o Resultado.................34
Mito 3 – Produtos “Livres De Fragrâncias”, não Contêm Perfumes nem
Fragrâncias.............................................................................................35
Mito 4 – Sabonetes que Fazem Limpeza Profunda São Bons para Todos
os Tipos De Pele.....................................................................................35
Mito 5 – Minha Alimentação não Afeta a Minha Pele...........................36
Mito 6 – Prestar Atenção à Minha Pele é Perda de Tempo.....................37
Mito 7 - Todos os FPS (Fator De Proteção Solar) Acima de 15 têm o mesmo
Efeito de Proteção Solar..........................................................................37

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Qual a Diferença entre Filtro Solar e Bloqueador Solar?........................39
Tabela de Proteção para a Radiação UVA (Ppd)....................................39
Tabela de Proteção para a Radiação UVB (Fps)....................................39
Mito 8 - Cremes Autobronzeadores Aceleram o Envelhecimento..........41
Mito 9 - Quem Tem a Pele do Rosto Oleosa Também tem a Pele do Corpo
Oleosa.....................................................................................................42
Mito 10 - Quem Tem Pele Oleosa Deve Lavar o Rosto Sempre que
Possível...................................................................................................43
Verdade 1 - Não Tirar a Maquiagem Diariamente Pode Prejudicar a Cú-
tis........................................................................................................43
Verdade 2 - O Tipo de Pele Interfere no Processo de Envelhecimento.
Alguns Tipos São Mais Propensos como é o Caso da Pele Clara e Seca. A
Pele Negra e a Oriental Têm Menor Tendência assim Como a Pele
Oleosa.....................................................................................................44
Tipos de Envelhecimento........................................................................45
Envelhecimento Cutâneo Intrínseco ou Cronológico.............................45
Genética..................................................................................................45
Hormônios..............................................................................................45
Estresse Oxidativo..................................................................................46
Níveis Elevados de Açúcar no Sangue e Glicação..................................46
Envelhecimento Extrínseco da Pele........................................................46
Radiação Solar........................................................................................47
Tabaco ...................................................................................................47
Álcool.....................................................................................................47

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Movimentos Musculares.........................................................................47
Radicais Livres.......................................................................................47
Alimentação............................................................................................48
Verdade 3 - Os Cremes Anti-Idades Devem Ser Usados a partir dos
25 Anos..................................................................................................48
Verdade 4 - A Pele Oleosa Tem Mais Tendência a ter Acne..................50
Verdade 5 - Pele Oleosa Tende a ter Menos Rugas...............................51
Verdade 6 - Quem tem a Pele Oleosa tem o Cabelo Oleoso.................51
Verdade 7 - Peles Oleosas Também Devem Usar Hidratantes e Filtro
Solar........................................................................................................51
Verdade 8 - Existem Alimentos que Deixam a Pele Ainda Mais Oleosa,
Como o Chocolate..................................................................................52
Alimentos que Prejudicam......................................................................52
Alimentos que Beneficiam......................................................................52
Verdade 9 - Esfoliar a Pele Oleosa Ajuda a Desobstruir Poros mas Apenas
1x Por Semana........................................................................................53
Verdade 10 - Colágeno Hidrolisado Desacelera o Envelhecimento da
Pele.........................................................................................................54
Chegamos ao fim...................................................................................55
Ilustrações...............................................................................................56
Referências Bibliográficas......................................................................56

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Nota da segunda Edição 2021


O presente livro, lançado na segunda metade do ano de
2017 de maneira despretenciosa, ainda que feito com muito carinho
e dedicação, já conta hoje com mais de 25 mil downloads realizados.
Muitos me disseram que deveria ter colocado a venda e ter feito
um bom dinheiro ao invés de simplesmente distribuí-lo gratuitamente.
Mas sinceramente, nunca desejei outra coisa senão levar ao maior núme-
ro de profissionais da estética um pouquinho que seja do meu conheci-
mento por meio deste ebook. E se ele foi e tem sido útil em algum mo-
mento para essas queridas profissionais, este é o meu melhor pagamento.
Tenho recebido milhares de mensagens de agradecimento desde o
dia do seu lançamento e isso tem enchido meu coração de gratidão e alegria.
Já era hora de lançar a segunda Edição, revisada e atualizada.
Está realmente lindo e, como sempre, feito com muito amor e carinho.
Espero que você goste e que ele seja útil em sua carreira profissional.
Gabi Tuller

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SOBRE A AUTORA
Gabriela Franco Tuller Espósito nasceu em Mandaguari, Para-
ná. Graduada em Cosmetologia e Estética pela Universidade do Vale do
Itajaí – UNIVALI em 2007. Possui Especialização em Terapia Estética e
Docência Estética Superior pela Isulpar (2008) e Especialização em Fi-
siologia Humana aplicada às Ciências da Saúde pela Estácio de Sá (2015),
trabalhou na Clínica de Estética Lady&Lord em Curitiba – Paraná, como
Supervisora e Coordenadora dos Tratamentos Estéticos Faciais (2008).
Trabalhou como Técnica de Laboratório em Farmácias Magis-
trais (Farmácias de Manipulação de Cosméticos 1999-2006), manipulan-
do cosméticos faciais, corporais e capilares. Foi Docente nas disciplinas
de Cosmetologia e Estética Facial pelo Centro de Educação Profissional
Martinus - Faculdade Luterana em 2008, na cidade de Curitiba, PR.
Durante sete anos (2009 - 2016) trabalhou como Professora
Técnica na ADCOS Cosmética de Tratamento na cidade de Campo Gran-
de, MS, ministrando cursos de Limpeza de Pele profunda, Drenagem
linfática com ênfase em pré e pós-operatório facial e corporal, Microa-
gulhamento, Rejuvenescimento de Pele, Peelings, Massagem de pedras
quentes, Massagem de Bambu, Massagem Turbinada, Massagem com
Pindas Chinesas e Massagem Relaxante.
Trabalhou em várias Clínicas Médicas com Tratamentos de pré
e pós-operatório em cirurgias plásticas faciais e corporais e possuiu sua
própria Clínica de Estética em 2010 trabalhando com Tratamentos Fa-
ciais, Corporais, Pré e Pós-operatório.

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Foi docente no Curso de Estética e Cosmética na Universidade
Uniderp Anhanguera entre 2011 e 2015 também na cidade de Campo
Grande, MS. Foi Tutora de Cursos de Estética no Portal Educação de
2010 a 2015 (Escola de Cursos On-line em Campo Grande, MS) e desde
2014 é Coordenadora do curso de Pós-Graduação em Cosmetologia apli-
cada à Terapias faciais, Corporais e Disfunções Dermoestética na FOCO
Pós graduação, em Campo Grande, MS.
Mantém um Canal de Estética no Youtube: “Tratando de Esté-
tica com Gabi Tuller” contando com quase 200 mil inscritos em março
de 2021.
Entre os anos de 2016 e 2020 residiu em Ottawa, Canadá, onde
atendeu não somente o público brasileiro mas também mulheres prove-
nientes de vários países.
Desde 2017 porporciona diversos cursos online destinados a
as profissionais da Estética, tanto faciais quanto corporais. Você pode
conhecer tudo o que a Gabi pode te proporcionar acessando o site
www.gabituller.com

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VOCÊ SABE O SEU TIPO DE PELE?
Quantas vezes você já foi a uma loja de cosméticos e gastou
uma fortuna em produtos que nunca usou? A vendedora de cosméticos já
te vendeu uma linha de produtos que prometia “fazer milagres na pele”
mas que não funcionou em você? Já teve irritação com um produto sem
entender o real motivo? Porque a sua amiga usa um produto que deixa a
pele dela maravilhosa mas que deixa a sua pele horrível? Você deve ou
não usar sabonete? Porque você detesta a sensação de um protetor solar
mesmo sabendo que deve usá-lo?
Pois é... Se você já ficou sem resposta pra alguma pergunta aci-
ma é porque você não sabe o seu tipo de pele!
E assim como você, a maioria das pessoas:
- Não sabem que é fundamental traçar um tratamento de acordo com o
seu tipo de pele;
- Usa produtos errados para o seu tipo de pele e desiste do tratamento;
- Gasta muito mais do que deveria com cosméticos;
- Faz procedimentos inadequados para o seu tipo de pele;
- Erra em não tirar vantagens de procedimentos que poderiam beneficiar
sua pele.
- Tropeçam em informações equivocadas e promessas de marketing exa-
geradas de produtos para cuidados com a pele.

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Como consumidor(a) que somos de uma gigantesca indústria de
produtos para cuidados da pele, não ter informações suficientes sobre os
produtos pode sair muito caro, literalmente. Portanto, você precisa preen-
cher a lacuna entre o que sabe e o que precisa saber.
Sem essa informação você estará jogando dinheiro fora, por-
que ficará totalmente a mercê das propagandas e inumeras campanhas de
marketing. Com este e-book e com as informações específicas sobre as
reais necessidades de sua pele você poderá controlar e direcionar as suas
escolhas.
Não importa quão sedutora seja a embalagem de um cosmético
ou quão deliciosa seja a sensação que ele provoque, um creme de R$ 400
reais pode não ser adequado a todas as pessoas. (Na realidade, alguns
tipos de pele nem mesmo precisam usar creme! Após uma adequada ava-
liação, orientações de hidratantes à base de loção aquosa também man-
tém hidratado o extrato córneo sem deixá-lo oleoso).

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O TIPO DE PELE É UNIVERSAL
Uma das características fascinantes dos Tipos de Pele é que as
pessoas de diferentes etnias ou diferentes origens podem compartilhar
de um mesmo Tipo de Pele. Em muitas ocasiões, todas as pessoas com o
mesmo Tipo de Pele seguirão exatamente o mesmo plano de tratamento,
mas às vezes a cor da pele pode ser um fator diferencial, porque a forma-
ção do pigmento (o fator na pele que leva à geração da cor) dá-se de modo
distinto em diferentes etnias. Por este motivo, um ajuste de tratamento
baseado na cor da pele também é necessário.

ENTENDENDO AS DIVISÕES DOS TIPOS DE PELE


Para entendermos os tipos de pele é necessário ter um conheci-
mento básico sobre a ciência da pele, como exemplo:
- Quais os principais fatores que interagem para determinar a aparência
da pele?
- Os problemas?
- As necessidades e suas vulnerabilidades?
- Quais os tipos de produtos, ingredientes e tratamentos úteis para ela?

A BIOLOGIA DA PELE
A camada superior da pele, chamada de epiderme, é composta
por quatro camadas diferentes (camada basal ou germinativa, camada es-
pinhosa, granulosa e córnea). Em algumas partes do corpo temos também
a camada lúcida. Quando você olha a pele de alguém, vê a camada que
está bem na superfície (camada córnea), feita por células que refletem a
luz. Quando essa camada superior é lisa ela reflete a luz uniformemente,
então essa pele aparenta ser mais radiante das que possuem a superfície
rugosa.

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Na porção mais inferior da epiderme estão as “células mães”,
chamadas de células basais (camada germinativa), que produzem todas as
outras células da epiderme. As células “mãe” dividem-se em “células-fi-
lhas” que se modificam a medida que vão para as camadas superiores. Es-
sas células se renovam graças à atividade mitótica contínuas das células.
Durante essa migração, elas envelhecem e eventualmente mor-
rem, por isso as camadas mais superiores são formadas por células mortas
que naturalmente descamam, num processo chamado de “ciclo celular”,
que pode durar entre 26 a 42 dias. Estas células mortas que descamam,
convertem-se em escamas de queratina: uma proteína insolúvel com 6%
de material insolúvel, 10% de proteína sólida e ácidos lípides (os lipí-
deos), que protegem contra a desidratação da pele. Entre a terceira e a
oitava década da vida, o ciclo celular diminui de 30% a 50% com relação
ao que ocorria na adolescência. Isso significa que a pele envelhecida re-
nova-se muito mais lentamente, formando uma superfície rugosa ao invés
de uma superfície lisa e macia.
A epiderme é constituída essencialmente pelos ceratinócitos
(queratinócitos), que correspondem a cerca de 80% de sua população ce-
lular. É uma proteína fibrosa maleável responsável pela impermeabilida-
de cutânea. Os únicos meios pelos quais as células da epiderme obtém
o alimento é através da difusão dos leitos capilares da derme. Outros
constituintes são os melanócitos, as células de Langerhans responsáveis
pelas respostas imunológicas e as células de Merkel, que desempenham
importante papel na recepção sensorial. A pele chega a atingir 16% do
peso corporal e desempenha múltiplas funções pela camada queratiniza-
da da pele, protegendo o organismo contra a desidratação e atrito. Ela age
como órgão sensorial para recepção de estímulos táteis, térmicos e dolo-
rosos. Seu teor de água é de cerca de 70% do peso da pele livre de tecido
adiposo, contendo cerca de 20% do conteúdo total de água do organismo,

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tendo espessura entre 0,5 e 4 mm.
A pele também participa como sistema imunológico e exerce
outras funções como a regulação da temperatura corpórea, produção da
vitamina D3, excreção de eletrólitos e proteção contra insultos físicos.
As camadas da epiderme estão dispostas de forma que a superfície é
relativamente plana, com exceção das áreas das grandes pregas cutâneas,
onde o relevo tem certa sinuosidade.
As células mais superiores contêm um Fator de Hidratação Na-
tural (NMF – Natural Moisturizing Factor), que mantém a umidade. O
corpo responde ao meio ambiente seco produzindo mais NMF, porém
leva alguns dias para que esta produção se acelere. Então sua pele ficará
um pouco desidratada até o socorro chegar. Por isso é importante hidratar
a pele em qualquer situação de clima seco.
Substâncias liberadas pelas células no meio da epiderme for-
mam um filme protetor feito por lipídeos (gorduras) que envolvem as cé-
lulas da pele e ajudam a mantê-la hidratada. Os dedos dos pés e das mãos
contém uma quantidade menor de lipídeos e não são tão impermeáveis
como as pernas, por isso eles ficam enrugados após a imersão na água,
enquanto que com as
pernas isso não ocorre.
Sua pele fica “craquela-
da” nos climas frios por-
que os lipídeos da pele
resfriados enrijecem, di-
minuindo a capacidade
de se ajustarem aos mo-
vimentos. O objetivo de
um bom hidratante é aumentar a quantidade desses importantes lipídeos,
ajudando a sua pele a manter a hidratação necessária.

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TIPOS DE PELE
A cosmetologia moderna tem mantido as classificações bási-
cas da pele que seguidamente são expostas, tendo em conta, essencial-
mente, o equilíbrio que deve existir no manto hidrolipídico. No entanto,
é importante levar em consideração outros parâmetros, como é o caso
dos aspectos histológicos, a vascularização, a pigmentação, as secreções,
o potencial hídrico cutâneo, a hidratação, o exame visual e o exame à
palpação. A análise de todos estes parâmetros é essencial para uma boa
caracterização do tipo de pele e assim escolher o tratamento cosmético
mais adequado ao caso.

PELE NORMAL OU EUDÉRMICA


É a pele que tem textura saudável, flexível,
boa elasticidade e produz gordura em quantidade
adequada. A pele normal possui os óstios (orifícios
polissebáceos) pequenos e pouco visíveis, secreções
sebáceas e sudoríparas em equilíbrio, o que dificul-
ta o desenvolvimento de acne, comedões (cravos) e
manchas. Manter esta pele sempre hidratada com o cosmético correto e
protegida das radiações UVA e UVB fará com que ela permaneça normal
e equilibrada durante a sua juventude.

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PELE MISTA OU COMBINADA
Com características e variações da pele oleosa na zona T (testa,
nariz e queixo), formada pela associação de áreas
seborreicas com áreas de pele seca e normal, a pele
mista ou combinada é o tipo muito frequente em
países tropicais. Na região frontal (testa), região
nasogeniana (nariz) e a região do mento (queixo),
os óstios são mais dilatados, e consequentemente
pode facilitar o aparecimento de muita oleosidade, acne e comedões.
Já a região malar (bochechas) e extremidades da face, a pele
tende a ser seca ou normal, com mais facilidade para o surgimento de
linhas de expressão e ressecamento. Fatores agravantes da pele mista são
perturbações digestivas e glandulares, alimentação incorreta e cosméti-
cos inadequados. Os cuidados nos tratamentos requerem muita atenção,
já que os níveis de hidratação e espessura mudam em determinadas re-
giões da face.

PELE OLEOSA OU LIPÍDICA


Com a pele oleosa, seu rosto com fre-
quência aparenta estar brilhante e você naturalmen-
te evita os produtos que têm aspecto oleoso. Este
tipo de pele é mais vulnerável a acne e comedões
do que os demais Tipos de Pele.
A oleosidade da pele depende primaria-
mente da condição da barreira da pele e a camada externa da pele ajuda
na retenção da umidade e da própria produção da oleosidade (sebo), se-
creções fluidas abundantes, pH alcalino, micro-organismos e os fatores
que podem agravar essa condição de pele são desequilíbrios endócrinos e
perturbações hepáticas.
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A barreira da pele é como uma parede de tijolos, com cada tijolo
(ou célula) mantido no lugar por um cimento (gorduras chamadas lipí-
deos). Ingredientes agressivos como o frio e o tempo seco podem “gastar”
essas gorduras erodindo o cimento, assim a parede de “tijolos” não ficará
firme. Vários agentes externos, incluindo detergentes, acetona, cloro e
outros produtos químicos e até imersão prolongada na água, podem dani-
ficar esta barreira. Ou a barreira pode ser deficiente em razão de fatores
genéticos. Os principais componentes da barreira da pele são ceramidas,
ácidos graxos e colesterol, todos diferentes tipos de lipídeos. Eles têm que
estar presentes na proporção certa para manter a pele impecável.

PRODUÇÃO DE ÓLEO NA PELE


A pele tem muitas glândulas oleosas (sebáceas) as quais secre-
tam óleo que contêm ceras esterificadas, triglicerídeos e esqualeno. Essas
gorduras ou lipídeos formam uma película protetora (filme) que ajuda a
umidificar a pele. Quando a produção de sebo na pele aumenta, resulta
em pele oleosa. A produção de óleo pode ser afetada por dietas, estresses
e hormônios – assim como também pela genética. Em um estudo com
gêmeos idênticos e não idênticos do mesmo sexo, verificou-se que os
primeiros têm, na prática, a mesma quantidade de produção de óleo, e os
últimos têm quantidades significativamente diferentes.

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PELE SEBORREICA, ÁTONA OU ASFÍCTICA
Hiperceratinizada, opaca, sem viço, aparência grosseira, aspec-
to de sujidade, alto teor de toxidade, hipera-
tividade das glândulas sebáceas, secreções
retidas no tegumento, óstios dilatados, co-
medões incrustados, pH tendendo para o
alcalino.
A pele seborreica apresenta ten-
dência a ser untuosa e brilhante pelo au-
mento das secreções sebáceas e sudoríparas,
geneticamente determinadas. Com espessura aumentada e textura granu-
losa, os orifícios polissebáceos são majorados e há tendência ao tampo-
namento folicular. Os fatores agravantes da pele seborreica são distúrbios
digestivos, endócrinos, emocionais, químicos, cosmetológicos e predis-
posição genética entre outros.
Geralmente apresentam áreas inflamadas e com pontos aver-
melhados em decorrência da presença de comedões e pápulas. As áreas
mais afetadas são face, região peitoral e costas – pelo maior número de
glândulas sebáceas. Além do problema estético, comedões e pápulas nor-
malmente sinalizam um desequilíbrio orgânico, exigindo cuidados espe-
cíficos. Pele profundamente desidratada demonstra rugas faciais longi-
tudinais e vincadas, região periorbital e com espessura fina, hipotonia,
região do masseter e pescoço com superfície áspera, sem viço e sem bri-
lho. Tais características podem ocorrer devido a fatores como doenças
crônicas, esgotamento físico e psíquico, carência de ingestão de líquidos,
envelhecimento precoce ou cronológico e predisposição genética. Nes-
te tipo de pele, os fatores agravantes são proteções inadequadas contra
agentes externos (frio, vento, luz solar e ar seco), distúrbios hepáticos e
glandulares. Há frequente ocorrência de herpes nas comissuras labiais.

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PELE SECA OU ALÍPICA
Com a ausência de óleo, gordura ou sebo,
óstios fechados, linhas de expressão numerosas,
rugas superficiais intensas, pH ácido, permeável,
desidratada, desvitalizada e com aspecto frágil, a
pele seca apresenta características de descamação,
prurido, opacidade, vermelhidão, rachaduras e re-
puxamento da pele sã. Esse Tipo de Pele também é chamada de Xerose
cutânea, que é o termo médico para pele excessivamente seca.
A origem do nome é a palavra grega “xero” que significa seco.
Diversos fatores alteram a integridade da pele como por exemplo: a al-
teração do filme hidrolipídico (proteção natural da pele), mudanças na
camada córnea são algumas modificações importantes de diagnosticar
para possíveis tratamentos.
A pele seca também pode ser influenciada por fatores genéti-
cos devido a desordens na estrutura e função na epiderme (camada mais
superficial da pele), por fatores ambientais como umidade do ar e tempe-
raturas extremas (muito calor ou muito frio) e fatores comportamentais,
como por exemplo: exposição à produtos químicos.
A pele seca caracteriza-se pela diminuição da água contida no
estrato córneo, ocasionando uma descamação anormal da pele. Com essa
alteração o pH cutâneo também é prejudicado, alterando a acidez natural
da pele que é essencial para manter a atividade inibitória contra bactérias
patogênicas. Os fatores agravantes da pele seca ou alípica são disfunções
da tireóide, nutrição desequilibrada, carência de vitaminas, carência de
ingestão hídrica e predisposição genética.

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PORQUE UMA PELE DESIDRATA?
Uma barreira enfraquecida tenderá tanto ao ressecamento quan-
to à sensibilidade. O ressecamento da pele resulta da evaporação da sua
umidade. A sensibilidade acontece quando uma barreira deficiente per-
mite a entrada de substâncias irritantes do meio externo. Reparar a barrei-
ra da pele com os produtos para cuidados com a pele adequados ajudará
no tratamento de várias situações. Ao incorporarmos nutrientes-chave na
dieta como ácidos graxos essenciais e colesterol proverão os pedaços ne-
cessários à construção desta barreira. Deficiências nutricionais podem
enfraquecer a capacidade de sua pele reparar e reconstruir, por isso as
pessoas que tomam medicamentos para reduzir o colesterol frequente-
mente tem a pele seca.

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SENSIBILIDADE DA PELE
A Pele Resistente tem uma barreira que protege as células da
pele, deixando os alergênicos e as substâncias irritantes fora de suas ca-
madas profundas. Exceto nos casos de queimadura solar, sua pele rara-
mente fica vermelha ou desenvolve acne, permitindo que peles deste tipo
possam utilizar praticamente todos os produtos sem ter reações negativas.
No entanto, muitos produtos podem não ser potentes o suficiente para
“penetrar” nesta barreira compacta e não conseguem produzir os resulta-
dos desejados.
Já as Peles Sensíveis, que são relatadas por mais de 40% das
pessoas, tem uma barreira frágil, deixando-as vulneráveis aos muitos ti-
pos de reações na pele. Enquanto muitos cosméticos se destinam a peles
sensíveis, existem quatro subtipos diferentes de pele sensível e o trata-
mento deve ser adequado especificamente a cada uma delas.
- Subtipo Acne: Desenvolve comedões (cravos) brancos, negros e acne.
- Subtipo Rosácea: Desenvolve rubor, vermelhidão facial e sensação de
calor na face.
- Subtipo Irritável: Desenvolve sensação de pinicar, ferroar ou queima-
ção na pele.
- Subtipo Alérgico: Desenvolve vermelhão, coceira e descamação na
pele.
Todos esses subtipos de pele sensível têm um ponto em comum: INFLA-
MAÇÃO.
Por isso, todos os tratamentos para estes subtipos de pele devem
ser realizados para reduzir a inflamação e remover a causa.
Vamos então discorrer sobre cada um destes subtipos:

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SUBTIPO ACNE:
A Sociedade Brasileira de Dermatologia revela que a acne afeta
56,4% dos brasileiros, além de ser o motivo que
mais levam pessoas a procurar ajuda especializa-
da. Entre 70 a 80% dos indivíduos que sofrem com
a acne estão na faixa etária dos 11 aos 25 anos. O
restante são mulheres adultas que possuem acne
resultante de um desequilíbrio hormonal.
Três são os fatores principais que contribuem para o apareci-
mento da acne: aumento da produção de óleo, óstios obstruídos e uma
bactéria chamada P.acnes. E como isso acontece?
A oleosidade faz com que as células mortas da pele continuem
juntas, levando à obstrução dos óstios e a principal desordem desse au-
mento da atividade da glândula sebácea é a produção hormonal. A glân-
dula sebácea responde ao hormônio testosterona. Por isso é mais comum
os rapazes terem um quadro acneico mais complicado que as moças de
um modo geral. Contudo, a progesterona também potencializa a produ-
ção da glândula sebácea, porém o estrogênio (hormônio do anticoncep-
cional) diminui a ação da progesterona; melhorando o quadro acneico
das adolescentes; e é por esta razão que muitos Dermatologistas e/ou
Ginecologistas indicam o anticoncepcional para as mulheres adolescen-
tes com caso de quadro acneico. Porém, existe um fator metabólico que
intensifica muito o quadro da acne: este fator é uma enzima chamada
de 5-alfa redutase, que transforma a testosterona em Dihidrotestosterona
(DHT) aumentando muito o estímulo da produção de sebo na glândula
sebácea, favorecendo o “entupimento” do orifício pilossebáceo (óstios) e
formando o comedão; ou seja, a acne grau I (processo comedogênico não
inflamatório).

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Existem outros mecanismos envolvidos com a produção do
sebo, porém ainda pouco conhecidos, sendo os principais representados
pelas melanocortinas, os receptores ativados por proliferador de peroxis-
somo, conhecidos como PPARs (Peroxisome Proliferator Activated Re-
ceptors e a enzima acil-CoA diacilglicerol aciltransferase (DGAT).

EXISTEM DOIS TIPOS DE COMEDÕES


- Fechado ou branco: O comedão fechado se forma pelo entupimento do
folículo “capa de queratina”. Esta capa protege o “sebo” da oxidação (ra-
diações causada pelo meio externo). Sendo assim, o comedão permanece
na sua coloração natural.
- Aberto ou preto: O comedão fechado também passa pelo processo de
entupimento do orifício pilossebáceo, porém ele fica oxidado pela radia-
ção solar, permanecendo com a sua extremidade escurecida.
Com a evolução da acne grau I para os graus II e III, já existe um compro-
metimento bacteriano. Essas bactérias, chamadas de P.acne (Propionibac-
terium acnes) que habitam na nossa pele, quando entram dentro desses
óstios, produzem uma inflamação que se manifesta como vermelhão e
pus. O tratamento para acne requer uma avaliação minuciosa para diag-
nosticar o seu grau. Clinicamente a acne se caracteriza pela presença de
comedões (cravos), pápulas, pústulas, nódulos, cistos e cicatrizes. Depen-
dendo do seu grau a pele necessitará de uma Limpeza de pele profunda
ou medicamentos e tratamentos home care. A Limpeza de pele profunda
irá desobstruir os óstios e eliminar as bactérias destes pontos inflamados
nos graus I, II e III. No caso da acne grau IV e V, o indivíduo precisará
de orientação medicamentosa, que terá a função de diminuir a secreção
de óleo produzida na pele. Lembrando que todo medicamento deve ser
prescrito somente por um dermatologista.

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SUBTIPO ROSÁCEA
A Rosácea afeta cerca de 45 milhões de pessoas no mundo todo
e tipicamente ela começa em adultos após os 25 anos.
Os sintomas são vermelhidão facial, rubor, pápulas, espinhas
sem processo inflamatório, ou seja, sem pus, o
aparecimento de “vasinhos” no rosto, glândulas
sebáceas grandes que causam espessamento, ver-
melhidão no nariz, dificuldade para se bronzear e
queimaduras frequentes, erupções faciais ou pla-
cas vermelhas descamativas, especialmente em
torno do nariz, nariz aumentado, rugas e linhas de expressão na região
frontal da face (testa). Antes dos 25 anos, as pessoas com tendência a
rosácea podem apresentar episódios frequentes de vermelhidão e ficar
com o rosto ruborizado nos momentos em que estiverem, por exemplo,
em exposições de temperaturas bruscas como muito frio ou muito calor.
Estudos indicam que o indivíduo que possui a Rosácea tem bai-
xa autoestima e muitas vezes o problema está associado com disfunções
emocionais.
Alguns estudos demonstram que a mesma bactéria que causa
úlcera (H. pilori) pode contribuir para o aparecimento da rosácea. Pro-
dutos anti-inflamatórios e antioxidantes podem auxiliar no controle da
manifestação da Rosácea. Aqueles que sofrem de rosácea com episódios
de inflamação e vermelhidão facial com a presença do H. pilori, podem
ser tratados com antibióticos orais. A mesma regra do grau avançado da
acne se aplica para a rosácea. Somente um dermatologista pode orientar
um medicamento via oral.

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SUBTIPO IRRITÁVEL:
A “irritação” em resposta a produtos e ingredientes não é cau-
sada pela alergia, mas devido à presença de terminações nervosas mais
sensíveis.
Um médico poderá fazer testes de irritabilidade com vários pro-
dutos cosméticos e os resultados podem determi-
nar se você é ou não propenso a este problema.
A pele irritável não é necessariamente acompa-
nhada por vermelhidão ou irritação, embora seja
mais comum em pessoas que também sentem um
rubor facial. Pessoas que possuem pele irritável
devem evitar produtos que contenham os seguintes ingredientes: Ácido
benzóico, Ácido láctico, Ácido sórbico, Alfa-hidroxiácidos (ácido glicó-
lico), Bronopol, componentes contendo o ácido cinâmico, compostos de
amônia quartenária, Dowicil 200, Formaldeído, Lauril sulfato de sódio,
Propilenoglicol, Uréia e Vitamina C.

SUBTIPO ALÉRGICO:
Quando a camada de proteção mais exter-
na da pele está danificada ou frágil, pode ocorrer
a penetração de substâncias para as camadas mais
profundas. Por essa lacuna, alergênicos, substân-
cias químicas ou outros irritantes penetram do meio
externo e invadem os níveis internos do tecido da
pele e a circulação sanguínea, desencadeando uma resposta inflamatória.
Embora esse seja o mecanismo das doenças inflamatórias tópicas,
pode haver alergias internas aos alimentos ou a outras substâncias que
desencadeiam uma resposta inflamatória expressa na pele.

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Para identificar a alergia aos ativos cosméticos, dermatologistas
fazem testes epicutâneos, em que se aplicam cerca de vinte a cem subs-
tâncias nas costas das pessoas. Entre 24 a 48 horas depois, quando o teste
é removido, vermelhidão e/ou edema apontarão nas áreas em que ocorreu
a alergia. Os alergênicos mais comuns são fragrâncias e conservantes.
Pessoas com a pele seca (indicando uma barreira da pele defeituosa) ten-
derão a apresentar mais alergias de pele. Por isso, é muito importante
fazer sempre que possível um teste com uma amostra grátis do produto
antes de efetuar a sua compra.

FOTOTIPOS DE PELE
A principal função da pele é proteger as estruturas internas das
possíveis agressões provenientes de qualquer agente externo.
Em decorrência de sua arquitetura e propriedades físicas, químicas e bio-
lógicas, a pele é responsável pela execução de diversas atividades, tais
como proteção imunológica, termorregulação (através da sudorese), per-
cepção sensorial (através da complexa rede nervosa cutânea), secreção e
proteção inclusive contra a radiação ultravioleta.
Os melanócitos, situados na camada basal da pele, são respon-
sáveis pela produção de melanina, que atua como importante filtro natural
contra a radiação UV. As células de Langerhans são células dendríticas
epidérmicas que captam e processam sinais antigênicos, comunicando as
informações para as células linfóides. As células epiteliais escamosas (ce-
ratinócitos) constituem importantes sítios para biossíntese de moléculas
solúveis (citocinas) que são importantes na regulação das células epidér-
micas adjacentes, bem como das células existentes na derme.

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A coloração da pele depende de uma combinação de vários fa-
tores que vão desde a espessura do estrato córneo até a quantidade de
pigmentos existentes. As células epidérmicas e dérmicas fornecem um
tom natural branco ou amarelo de acordo com a espessura da camada
córnea, enquanto os vasos sanguíneos contribuem com a coloração de
acordo com o número, estado de dilatação, proximidade com a superfície
da pele e grau de oxigenação, fornecendo um tom de roxo a azulado devi-
do à hemoglobina. Por outro lado, os carotenóides amarelos presentes na
hipoderme também contribuem para a formação da cor.

POR QUE AS PESSOAS TÊM TONS DE PELE DIFERENTES?

A cor da pele está relacionada a uma série de fatores. A pigmen-


tação constitutiva da pele é herdada geneticamente, sem interferência da
radiação solar, portanto, constante. A cor facultativa da pele é reversível e
pode ser induzida. Ela resulta da exposição solar.

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FOTOTIPOS DE PELE – CLASSIFICAÇÃO DE
FITZPATRICK
A mais famosa classificação dos fototipos cutâneos é a escala
Fitzpatrick, criada em 1976 pelo médico norte-americano Thomas B. Fit-
zpatrick. Ele classificou a pele em seis fototipos, a partir da capacidade de
cada pessoa tem em se bronzear, assim como sensibilidade e vermelhidão
quando exposta ao sol, sendo:
 

Fototipo 1 - Pele branca (Pele clara, olhos claros,


cabelos claros ou ruivos, com presença de efélides
(sardas) e crianças com menos de 1 ano) sempre
queima – nunca bronzeia – muito sensível ao sol.

Fototipo 2 – Pele morena clara (Pele clara, olhos


claros, olhos castanhos claros, cabelos castanhos
claros e médio, cabelos ruivos) – sempre queima –
bronzeia muito pouco - sensível ao sol.

Fototipo 3 – Pele morena clara. Queima modera-


damente. Bronzeia moderadamente.
Sensibilidade normal ao sol.

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Fototipo 4 - Pele morena moderada, cabelos es-


curos, olhos escuros – queima (pouco) – sempre
bronzeia – sensibilidade normal ao Sol.

Fototipo 5 - Pele morena escura – queima (rara-


mente) – sempre bronzeia – pouco sensível ao sol.

Fototipo 6 - Pele negra – nunca queima – total-


mente pigmentada – insensível ao sol.

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De acordo com cada indivíduo e seu fototipo de pele, ocorrem
diferenças na capacidade do protetor em bloquear a passagem dos raios
UVB, além do meio ambiente e da estação do ano que interferem na res-
posta eritematógena cutânea. O grau de pigmentação da pele influencia
diretamente o efeito que a radiação solar terá sobre o indivíduo.
Conclui-se que o fototipo é determinado pela quantidade de me-
lanina presente na pele e, por consequência, pela tonalidade de pele do
indivíduo. Na avaliação do Tipo de Pele, é possível se quantificar o efeito
da ação UVB pelo eritema observado, fato que originou o índice de FPS
(fator de proteção solar). Na pele negra, alterações cutâneas no envelheci-
mento intrínseco e extrínseco ocorrem em menor grau, pela grande quan-
tidade de pigmentos melânicos que protegem as células e fibras, como
colágeno e elastina, da radiação UV. No Brasil ocorre uma grande misci-
genação de raças e as tabelas servem apenas como modelo que não deve
ser seguido à risca. O procedimento deve ser baseado em dados obtidos
por meio da ficha de Anamnese. Os tipos de pele podem ainda ser clas-
sificados em categoria variante, que são encontrados em pessoas as quais
apresentam uma mistura racial ou étnica. São mais instáveis e sensíveis
aos efeitos de procedimentos.

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PARTICULARIDADES FISIOLÓGICAS ENTRE A PELE NE-
GRA E A BRANCA
Na pigmentação, as particularidades não são devidas a variação
do número de melanócitos, visto que estes não apresentam diferenças
quantitativas significantes entre a pele negra e a branca. As diferenças
estão nas propriedades e na qualidade dos melanossomas, como seu tipo,
forma e cor, e em sua distribuição nos melanócitos e nos queratinócitos.
Também estão envolvidas nestas diferenças as proporções de melanina e
fatores ambientais como a exposição solar. Porém, não se pode ignorar as
particularidades demonstradas através das diversas funções existentes na
pele que poderão determinar diferentes resultados em consequência dos
estímulos ambientais, das patologias e de alguns tratamentos.

PIGMENTAÇÃO - MELANÓCITOS
Apesar de existir variações das populações de melanócitos con-
forme a região anatômica na pele, independente da pele a quantidade de
melanócitos apresenta-se aproximadamente igual.

MELANOSSOMAS
O principal fator de diferenciação entre a pigmentação da pele
negra e da branca relaciona-se ao tamanho, morfologia, distribuição e ao
grau de melanização dos melanossomas. Na pele negra, os melanossomas
apresentam-se em maior quantidade, tamanho maior, taxa de atividade e
de maturação elevadas. Além de conter maiores quantidades de melanina
total e de eumelanina, apresentam-se envoltos por uma membrana e estão
espalhados no citoplasma dos queratinócitos. Devido ao seu tamanho, a
degradação nos queratinócitos será retardada, chegando à camada córnea
intactos.

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Estes fatores podem explicar a maior proteção solar da pele ne-
gra, níveis maiores de pigmentação cutânea, conferindo uma coloração
mais uniforme em relação à pele branca. Os melanossomas da pele branca
apresentam características opostas aos da pele negra. Com menores quan-
tidades, tamanho menor, baixa quantidade de melanina, permanecem em
grupos no interior dos queratinócitos e todos são envoltos por uma única
membrana. Estes melanossomas antes de alcançarem as camadas super-
ficiais são destruídos. A pele negra apresenta uma Dose Mínima Erite-
matosa (DEM), que significa “quantidade mínima de radiação necessária
para produzir um eritema perceptível”, de 15 a 22 vezes maior do que a
pele branca. Mas apesar da DEM ser elevada nos negros, faz-se necessá-
rio os mesmos cuidados e precauções que são feitas na pele branca. Pois
devido à resposta fraca dos melanócitos cutâneos aos traumas, provocam
com frequência distúrbios pigmentares como as discromias.
A pele negra possui um estrato córneo mais compacto e grosso
do que as outras peles, pois contém um número maior de camadas de
células, o que lhe confere mais resistência. Outra diferença estrutural é a
quantidade mais equilibrada de glândulas sudoríparas apócrinas e écri-
nas. Na pele negra, a produção de sebo na face é aumentada em relação
a outras áreas. Além disso, esse tipo de pele apresenta um aumento no
calibre dos vasos sanguíneos e linfáticos, maior perda de água transepi-
dérmica após a irritação e um grau mais alto de sensibilidade a agentes
irritantes. A pele negra apresenta uma epiderme mais espessa. Logo, é
mais resistente às agressões externas. No entanto, essa proteção natural
da pele reduz a capacidade de absorção, dificultando a penetração dos
princípios ativos presentes nos hidratantes. Sendo assim, a esfoliação que
remove as células mortas da superfície da camada córnea será muito im-
portante e deixará a pele mais fina e macia, otimizando a permeação dos
ativos nos tratamentos estéticos.

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HIPERPIGMENTAÇÃO
A hiperpigmentação ocorre por um aumento de melanina, e
quando na epiderme, resulta em coloração marrom-claro ao escuro da
pele (dependendo da quantidade de pigmento). Já na derme, os melanó-
fagos conferem cor cinza-azulada à pele. A hiperpigmentação pode surgir
após traumas repetidos na pele, como fricção e escoriações em dermato-
ses pruriginosas como escabiose, dermatite atópica, pruridos, dermatofi-
tose, líquen simples crônico, após dermatite de contato, principalmente
quando há fototoxicidade com o uso de perfumes e colônias, contendo
psoralenos de bergamota, manuseio de frutas cítricas e figo. Ocorre ainda
como sequela de acne, furúnculo e ectima. Em todos os casos, a hiper-
cromia será transitória se houver tratamento adequado. Pode-se observar
uma hiperpigmentação como complicação de peelings superficiais nos
indivíduos de fototipos IV, V e VI. Qualquer que seja o agente esfoliante
utilizado, se houver exposição solar mínima durante a fase eritematosa a
hiperpigmentação ocorrerá. Alguns fatores favorecem as complicações:
pele bronzeada na ocasião do peeling, uso de anticoncepcional, gestação
nos seis meses subsequentes ao procedimento e não ter realizado um pre-
paro prévio adequado da pele com fórmulas despigmentantes.

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HIPERPIGMENTAÇÃO PÓS-INFLAMATÓRIA:
A hiperpigmentação pós-inflamatória – também conhecida
como alteração pigmentar pós-inflamatória (APPI) é causada por uma
variedade de distúrbios da pele. Condições menores como acne, eczema
e reações alérgicas podem
causar a APPI. Por outro lado,
eventos cutâneos mais sérios,
como queimaduras, cirur-
gias e trauma, ou tratamen-
tos como peelings químicos
e ressuperficialização a laser
(resurfacing) podem precipi-
tá-la.
A APPI apresenta-se como áreas irregulares pigmentadas em
escuro que se originam em áreas de inflamação prévia. Hiperpigmentação
pós-inflamatória pode aparecer em qualquer parte da pele, mas é uma
fonte de angústia particularmente importante quando ocorre na face. A
hiperpigmentação pós-inflamatória é uma consequência da síntese au-
mentada de melanina em resposta a uma lesão cutânea. Ela pode ser di-
fusa ou localizada e a sua distribuição depende da localização da lesão
original.

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CUIDADOS COM A PELE ATRAVÉS DE MITOS E
VERDADES

Mito 1 – Para encontrar o produto adequado para mi-


nha pele basta comprar vários produtos até encontrar
aquele que funcionará em mim (se você tiver sorte).
Esse pensamento pode funcionar muito bem para a indústria de
cosméticos! Apesar disso, esse é o modo que a maioria das pessoas uti-
lizam para comprar produtos e escolher os tratamentos para a pele. Não
conhecem o seu próprio tipo de pele e estarão à mercê das maravilhosas
e milionárias campanhas de marketing.
Mito 2 – Quanto mais caro o produto, melhor o resul-
tado.
O que faz um creme para a pele custar tão caro? Definitivamente
não são os ingredientes deste produto. Em vez disso você estará pagan-
do pelo marketing e pela marca conceituada do produto. Na verdade, se
amanhã alguém inventasse o melhor creme do mundo, poderia vender os
direitos de comercialização para diferentes empresas que fabricam produ-
tos para cuidados com a pele e provavelmente as únicas diferenças entre
os produtos que seriam vendidos nas farmácias, lojas de departamento e
edições oferecidas por grandes marcas seriam as embalagens e os preços;
os cremes contidos nos potes seriam praticamente idênticos.
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Mito 3 – Produtos “livres de fragrâncias” não contêm
perfumes nem fragrâncias.
Pessoas com pele sensível geralmente compram produtos com
esse “ilusório rótulo”, esperando não adquirir um produto que cause ir-
ritação em sua pele. Os produtos “livre de fragrância” não têm garantia
de que não possuam perfumes nem fragrâncias. Significa apenas que ne-
nhum aroma é detectado pelas pessoas que cheiram o produto. Na ver-
dade, as fragrâncias são aplicadas na maioria dos cremes faciais para
neutralizar o cheiro ruim. Você já reparou que um creme hidratante velho
ou vencido tem um cheiro esquisito? Isso ocorre porque com o passar do
tempo a fragrância evapora, não mais mascarando o cheiro desagradável
do produto.

Mito 4 – Sabonetes que fazem limpeza profunda são


bons para todos os tipos de pele.
Qualquer produto que faça muita espuma contém muita quan-
tidade de detergente, sendo desaconselhável para uma pele seca e sensí-
vel. Sabonetes espumantes, vigorosamente desengordurantes são terríveis
para pele seca e sensível porque removem o manto lipídico natural que
ajuda a pele a manter a sua hidratação. Se você tem pele seca ou sensível,
nunca use nada que faça muita espuma, especialmente banho de espu-
mas. Pouca espuma é o correto. Nunca lave o seu rosto com xampu ou
sabonete de barra corporal, não importa qual seja o seu Tipo de Pele. Em
vez disso, utilize produtos de limpeza que não espumem ou que espumem
o mínimo possível.

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Mito 5 – Minha alimentação não afeta a minha pele.
Sua dieta causa impacto em sua pele e não há dúvida de que
fazer uma dieta com pouca gordura ou sem gordura alguma poderá au-
mentar o ressecamento da pele. Estudos demonstram que pacientes que
usam drogas que diminuem as taxas de colesterol geralmente sofrem de
pele seca. O colesterol realmente é uma parte importante da pele, man-
tendo-a hidratada.
Mas o contrário também acontece: Se você faz uma dieta com
muita gordura, o que você come pode aparecer na sua pele, e uma manei-
ra disso acontecer é através de hormônios. Estudos correlacionam acne
e dietas de estilo ocidental (ricas em açúcar e calorias) e dado o que nós
sabemos isso não é uma surpresa. Comer açúcar e carboidratos refinados
faz com que o pâncreas libere grandes quantidades de insulina e IGF-1.
Ao longo do tempo, este tipo de dieta leva à resistência à insulina e croni-
camente a altos níveis desses hormônios que causam acne.
Comer alimentos minimamente processados ​​com baixo índice
glicêmico pode inverter a situação e isso já foi demonstrado em diversos
estudos.
Mas não só o açúcar produz acne; os laticínios também são
culpados. Qual é o papel do leite? Ajudar bezerros a crescer. Portanto,
não é surpresa que leite de vaca tem abundância de IGF-1 e outros hor-
mônios de crescimento. Esses hormônios vão para a corrente sanguínea
e para a sua pele, onde estimulam o crescimento celular e a produção de
sebo.

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Mito 6 – Prestar atenção à minha pele é perda de tem-
po.
Se você tiver algum dos Tipos de Pele ditos “fáceis”, sua rotina
diária não irá requer tratamentos complexos. Além disso, um pequeno
ajuste em sua pele poderá economizar seu dinheiro e otimizar sua pele no
futuro. Por outro lado, se você tiver um Tipo de pele “problemática” tratar
sua pele de modo correto e prevenir problemas no futuro é absolutamente
essencial. A maioria dos problemas de pele possui tratamento mais fácil
quando iniciado precocemente. E, qualquer que seja a sua idade, condi-
ção da pele ou Tipo de Pele, precocemente significa: hoje!

Mito 7 - Todos os FPS (Fator de Proteção Solar) acima


de 15 têm o mesmo efeito de proteção solar.
A radiação ultravioleta (RUV) é a parte do espectro eletromag-
nético referente aos cumprimentos de onda entre 100 e 400nm. De acor-
do com a intensidade que a RUV é absorvida pelo oxigênio e ozônio e
também pelos efeitos fotobiológicos, costuma-se dividir a região UV em
três intervalos.
Nome: UVC
Intervalo Espectral: 100 – 280nm
Características: Completamente absorvida pelo O2 e O3 estratosférico
e, portanto, não atinge a superfície terrestre. É utilizada na esterilização
de água e materiais cirúrgicos.
Nome: UVB
Intervalo Espectral: 280 - 320nm
Características: Fortemente absorvida pelo O3 estratosférico. É preju-
dicial à saúde humana, podendo causar queimaduras e, em longo prazo,
câncer de pele.

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Nome: UVA
Intervalo Espectral: 320 - 400nm
Características: Sofre pouca absorção pelo O3 estratosférico. É impor-
tante para sintetizar a vitamina D no organismo. Porém o excesso de ex-
posição pode causar queimaduras e, em longo prazo, causa o envelheci-
mento precoce.
Dos três tipos diferentes de radiação ultravioleta que há, apenas
uma não é motivo de preocupação: a radiação UVC. Apesar de ser a mais
prejudicial ela é bloqueada pela camada de ozônio. Já as radiações UVA
e UVB também exigem cuidados muito embora também tenham seu lado
positivo.
A radiação UVA é quem faz com que o pigmento conhecido
como melanina se combine com o oxigênio, produzindo o bronzeado. Já
a radiação UVB é quem estimula a produção de melanina e de vitamina D
pelo organismo, fatores positivos. Porém, ambas causam o envelhecimen-
to precoce da pele e câncer nesse órgão.  E a radiação UVB ainda induz
o aparecimento de queratose solar, manchas senis e queimaduras na pele
Por isso, é recomendável o uso de um protetor solar quando o
indivíduo se expuser ao Sol, podendo ser um desde um filtro ou até mes-
mo um Bloqueador solar. Saiba a diferença entre estes dois produtos a
seguir:

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QUAL A DIFERENÇA DE FILTRO SOLAR E BLOQUEADOR
SOLAR?

Tabela de Proteção para a radiação UVA (PPD)

Tabela de Proteção para a radiação UVB (FPS)

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Tanto os filtros quanto os bloqueadores solares têm
a mesma função: evitar que a radiação ultravioleta penetre na
pele e cause danos à saúde. No entanto, a sua composição quí-
mica e a sua forma de funcionamento são bastante diferentes.
Os bloqueadores solares refletem a radiação UV e, em geral,
apresentam em sua composição Óxido de zinco ou Dióxido de titânio,
eficientes em proteger da radiação UVA e da UVB. O bloqueador solar,
porém, tem duas desvantagens: é opaco, ou seja, não fica transparente ao
ser passado na pele, uma característica que muitas pessoas não apreciam.
Além disso, bloqueia os óstios da pele, o que favorece, por exemplo, o sur-
gimento de comedões. Já os filtros solares possuem em sua composição
compostos que absorvem a radiação UVA ou UVB e a transformam em
luz visível, inofensiva para a pele. Os primeiros filtros solares possuíam
capacidade de proteção apenas contra a radiação UVA, mas os produtos
mais modernos protegem tanto contra a radiação UVA quanto contra a ra-
diação UVB. Independentemente de ser um bloqueador ou filtro solar, a
capacidade de proteção destes produtos é expressa pelo seu Fator de Pro-
teção Solar (FPS), que mede a proteção contra um dos efeitos nocivos da
radiação UVB – a queimadura na pele – em uma escala de 2 a 70. Este ín-
dice, determinado sob condições controladas em laboratório, representa
quantas vezes mais tempo um grupo de pessoas usando protetor solar
pode ficar exposta ao Sol antes de a pele ficar vermelha, em comparação
com alguém que não usou o produto. Isto quer dizer que se a pele des-
protegida de uma pessoa começa a ficar vermelha após 10 minutos de
exposição ao Sol, com o uso de um protetor com FPS 15 o efeito só será
observado após 150 minutos. Assim, quanto maior o FPS de um produto
maior a proteção que ele confere.

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Os FPS mais altos têm efeito mais intenso no que diz respeito à
proteção solar. Pessoas em tratamentos faciais, que usam ácidos ou com
pele sensível (como idosos e crianças), devem utilizar protetores com fa-
tores mais altos. Estudos apontam que o FPS 15 é seguro e indicado para
utilização diária, pois já é o suficiente para evitar o efeito cancerígeno.
Lembrando que devemos aplicar 2mg de filtro solar para cada cm2 de
pele, ou seja, 1g de protetor solar (ou uma colher de chá) em toda a face.
Pescoço e colo requer mais 1g.
O protetor deve ser reaplicado a cada 2 horas para manter a
sua pele protegida caso esteja realizando tratamentos de despigmentação.
Além disso, é necessário você aguardar de 20 a 30 minutos para o FPS
se estabilizar na pele antes da sua exposição solar (caso você não esteja
fazendo nenhum tratamento de pele). Isso nos faz refletir porque é tão
difícil tratar Melasma: Porque geralmente as pessoas desconhecem esta
informação ou não aplicam (e reaplicam) a quantidade correta.

Mito 8 - Cremes autobronzeadores aceleram o envelhe-


cimento.
Eles promovem o bronzeamento por meio da pigmentação da
camada superficial da pele. Não interferem no DNA celular, portanto,
não envelhecem e não causam câncer. O responsável pelo efeito bron-
ze dos autobronzeadores é a dihidroxiacetona (DHA), um açúcar que
reage com a queratina da pele, produzindo uma substância de cor acas-
tanhada, a melanoidina. A ação é totalmente superficial, ou seja, não
faz mal nenhum à pele. Os autobronzeadores cosméticos funcionam
pela combinação estabelecida de substâncias ativas que reagem com
as proteínas encontradas na camada superficial da pele. O bronzeado
conseguido por este meio tem uma duração de um  período  médio de

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sete dias após a aplicação, isto se dá pois há a renovação natural das
células da pele. Para prolongar o efeito bronzeado recomenda-se o uso
diário do autobronzeador até que se alcance o tom desejado. Para man-
ter a cor convém reaplicar o produto uma ou duas vezes por semana.
Ao longo dos tempos as diversas marcas que disponibili-
zam este tipo de produto têm aperfeiçoado os seus cremes. Esta melhoria
traduz-se na qualidade da cor, no acabamento uniforme, no cheiro e na
facilidade de aplicação. Alguns produtos possuem uma ação hidratante
prolongada e intensa de até 8 horas, o que dispensa o uso de cremes hidra-
tantes, justamente porque o uso do autobronzeador exige que a pele esteja
limpa antes de sua aplicação. Assim, aos mais recentes autobronzeadores
são-lhe reconhecidas qualidades que promovem o cuidado da pele, graças
à incorporação nas suas fórmulas de agentes hidratantes que lhe conferem
flexibilidade, um aspecto luminoso e um ar saudável.

Mito 9 - Quem tem a pele do rosto oleosa tem a pele do


corpo oleosa.
Apesar do que normalmente se pensa, quem possui maior oleo-
sidade no rosto não necessariamente apresentará esse aspecto em outras
partes do corpo. A maioria das pessoas possuem o corpo seco e a face
oleosa ou mista, que é a área de maior concentração de glândulas sebá-
ceas.

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Mito 10 - Quem tem pele oleosa deve lavar o rosto sem-
pre que possível.
Não há necessidade de lavar o rosto mais do que duas vezes ao
dia, a não ser que o indivíduo sinta muito incômodo. Repetidas lavagens
não resolvem o problema. O que sugiro é o uso de sabonetes específicos
pela manhã e ao deitar, já que esses produtos, em geral, contêm princípios
ativos que auxiliam na remoção das células mais superficiais e na redução
da oleosidade, diminuindo consequentemente o brilho. E na hora de lavar
o rosto lembre-se: a água quente resseca a pele, enquanto a fria mantém
a hidratação natural.

Verdade 1 - Não Tirar a Maquiagem Diariamente Pode


Prejudicar a Cútis.
Esse é um tópico recorrente em mitos e verdades sobre a pele.
Os pigmentos se acumulam e obstruem os poros, comprometendo a libe-
ração de toxinas.
Segundo uma pesquisa, 30% das mulheres dormem com a ma-
quiagem no rosto pelo menos duas vezes por semana. As mulheres disse-
ram ainda saber que o excesso de cosméticos na pele durante a noite pode
causar manchas, deixar a pele seca e os cílios quebradiços.

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Verdade 2 - O tipo de pele interfere no processo de en-
velhecimento.
Alguns tipos são mais propensos, como é o caso da pele clara e
seca. A pele negra e a oriental têm menor tendência, assim como a pele
oleosa.
O envelhecimento do organismo como um todo se relaciona
com o fato das células somáticas do corpo começar a morrer e não se-
rem substituídas por novas, como acontece na juventude. Isso está ligado,
entre outros fenômenos, ao envelhecimento celular. Fisiologicamente, o
envelhecimento está associado à perda de tecido fibroso, à taxa mais lenta
de renovação celular e à redução da rede vascular e glandular. A função
de barreira que mantém a hidratação celular também fica prejudicada.
Dependendo da genética e do estilo de vida, as funções fisioló-
gicas normais da pele podem diminuir em 50% até a meia-idade. Como a
pele é o órgão que mais reflete os efeitos da passagem do tempo, sua saú-
de e sua aparência estão diretamente relacionadas aos hábitos alimentares
e ao estilo de vida escolhido. A radiação ultravioleta, o excesso de con-
sumo de álcool, o abuso de tabaco e a poluição ambiental, entre outros,
são fatores que “aceleram” o trabalho do relógio biológico provocando o
envelhecimento precoce. Além disso, o aumento do peso corporal e dos
níveis de açúcar no sangue também colaboram para a pele envelhecer
antes do tempo.

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TIPOS DE ENVELHECIMENTO
Envelhecimento Cutâneo Intrínseco ou Cronológico
É aquele decorrente da passagem do tempo, determinado prin-
cipalmente por fatores genéticos, estado hormonal e reações metabólicas,
como estresse oxidativo. Nele estão presentes os efeitos naturais da gra-
vidade ao longo dos anos, como as linhas de expressão, a diminuição da
espessura da pele e o ressecamento cutâneo. A pele tem efeitos degenera-
tivos semelhantes aos observados em outros órgãos, mas reflete também
certos aspectos da nossa saúde interior, como:

Genética: com o tempo, as células vão perdendo sua capacidade de se


replicar. Este fenômeno é causado por danos no DNA decorrentes da ra-
diação UV, de toxinas ou da deterioração relacionada à idade. Conforme
as células vão perdendo a velocidade ao se replicar começam a aparecer
os sinais de envelhecimento.

Hormônios: ao longo dos anos há diminuição no nível dos hormônios


sexuais, como estrogênio e testosterona, e dos hormônios do crescimen-
to. Equilíbrio é fundamental quando se fala de hormônios. Diminuindo
os níveis hormonais com o envelhecimento, acelera-se a deterioração da
pele. Em mulheres, a variação nos níveis de estrogênio durante a meno-
pausa é responsável por mudanças cutâneas significativas: o seu declínio
prejudica a renovação celular da pele, resultando em afinamento das ca-
madas epidérmicas e dérmicas.

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Estresse Oxidativo: desempenha papel central na iniciação e na
condução de eventos que causam o envelhecimento da pele. Ele altera
os ciclos de renovação celular, causa danos ao DNA que promovem a
liberação de mediadores pró-inflamatórios, que, por sua vez, desenca-
deiam doenças inflamatórias ou reações alérgicas na pele. Além disso,
células do sistema imunológico, chamadas Langherans, diminuem com
o envelhecimento. Isto afeta a capacidade da pele de afastar o estresse ou
as infecções que podem prejudicar sua saúde. Com o avançar da idade,
diminui-se a imunidade, aumentando a incidência de infecções, maligni-
dades e deterioração estrutural.

Níveis Elevados de Açúcar no Sangue e Glicação:


Glicose é um combustível celular vital, no entanto a exposição
crônica à glicose pode afetar a idade do corpo por um processo chamado
de glicação. Ela pode ocorrer pela exposição crônica ao açúcar exógeno,
nos alimentos, ou endógeno, como no caso do diabetes. A consequência
principal desse processo é o estresse oxidativo celular, tendo como con-
sequência o envelhecimento precoce.

Envelhecimento Extrínseco da Pele:


É aquele provocado pela exposição ao sol e a outros fatores am-
bientais como: o estilo de vida (exercício físico, alimentação) e o estresse
fisiológico e físico. Um dos agentes mais importantes é a radiação solar
ultravioleta. As toxinas com as quais entramos em contato, como taba-
co, álcool e poluição do ar, entre outros, também ajudam no processo
de envelhecimento da pele e, dependendo do grau de exposição, podem
acelerá-lo, como:

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Radiação Solar: atua na pele causando desde queimaduras até fo-
toenvelhecimento e aparecimento de câncer da pele. Várias alterações de
pigmentação da pele são provocadas pela exposição solar, como man-
chas, pintas e sardas. A pele fotoenvelhecida é mais espessa, por vezes
amarelada, áspera e manchada, e há um maior número de rugas.

Tabaco: fumantes possuem marcas acentuadas de envelhecimento na


pele. O calor da chama e o contato da fumaça com a pele provocam o
envelhecimento e a perda de elasticidade cutânea. Além disso, o fumo
reduz o fluxo sanguíneo da pele, dificultando a oxigenação dos tecidos. A
redução deste fluxo parece contribuir para o envelhecimento precoce da
pele e para a formação de rugas, além de dar à pele uma coloração amare-
lada. Rugas acentuadas ao redor da boca são muito comuns em fumantes.

Álcool: altera a produção de enzimas e estimula a formação de radicais


livres, que causam o envelhecimento. A exceção à regra é o vinho tinto
que, se consumido moderadamente, tem ação antirradicais livres, pois é
rico em flavonoides e em resveratrol, potente antioxidante;

Movimentos Musculares: movimentos repetitivos e contínuos de


alguns músculos da face aprofundam as rugas, causando as chamadas
marcas de expressão, como as rugas ao redor dos olhos.

Radicais livres: são uns dos maiores causadores do envelhecimento


cutâneo. Os radicais livres se formam dentro das células pela exposição
aos raios ultravioleta, pela poluição, estresse, fumo etc. Acredita-se que
os radicais livres provocam um estresse oxidativo celular, causando a de-
gradação do colágeno (substância que dá sustentação à pele) e a acumula-
ção de elastina, que é uma característica da pele fotoenvelhecida.

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Alimentação: uma dieta não balanceada contribui para o envelheci-
mento da pele. Existem elementos que são essenciais e devem ser ingeri-
dos para repor perdas ou para suprir necessidades, quando o organismo
não produz a quantidade diária suficiente. O excesso de açúcar também
“auxilia” a pele a envelhecer mais depressa, como já foi dito anterior-
mente.

Verdade 3 - Os Cremes Anti-Idades Devem ser Usados a


Partir dos 25 Anos.
O envelhecimento ocorre por acúmulos de danos às células ao
longo do tempo. Quanto maior o número de células atingidas, maior a
possibilidade de determinado tecido apresentar alterações funcionais.
Atualmente se observa o acompanhamento das diferentes fases do en-
velhecimento por medidas profiláticas ou curativas, a fim de conservar
a qualidade de vida do organismo. Ligado à organização das células em
tecidos e órgãos, formados por colônias de células diferenciadas, cada
uma controlando e limitando o crescimento e a multiplicação das outras
está o processo de envelhecimento.

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O tecido cutâneo absorve fatores externos, como a luz ultravio-
leta e centenas de tóxicos de natureza química e orgânica. Cada pele é
única, que difere de pessoa para pessoa, de raça para raça e até de uma
área do corpo para a outra. A pele é o único órgão exposto às agressões,
ficando assim mais sujeita ao envelhecimento precoce, sendo ela a pri-
meira barreira do sistema imunológico e tem papel essencial na proteção
do organismo. Algumas características são gerais, como o fato de que
a pele tem sempre a mesma estrutura básica. A idade cronológica nem
sempre reflete a verdade, o tempo é apenas um dos numerosos fatores que
determinam a idade biológica. Os fatores ambientais também contribuem
para a deteriorização da pele, além do estilo de vida e atitudes, tempo e
hereditariedade que irão influenciar no processo do envelhecimento.
Porém, de um modo geral, a partir dos 25 anos, começamos a
ter um decréscimo em torno de 1% do colágeno por ano. Sendo assim,
aos 30 anos, teremos 5% a menos e aos 40 anos, 15% a menos e assim,
sucessivamente. Os cremes para envelhecimento podem ser utilizados a
partir dos 25 anos. O uso de cremes à base de vitamina C, por exemplo, é
uma ótima orientação, pois não contêm uma formulação muito agressiva
e possuem ação antioxidante, ajudando as células a se manterem saudá-
veis. Nesta idade, a pele ainda sofre pouco com os sinais do tempo, se
mantendo firme e viçosa, mas é preciso manter cuidados diários para que
ela não comece a registrar já as marcas de expressão.
É importante manter uma rotina de limpeza, como lavar
o rosto pela manhã para remover a oleosidade natural da pele, para
retirar os resíduos acumulados ao longo da noite, usar o tônico facial sem
álcool específico para cada Tipo de Pele e aplicar o protetor solar. No caso
de indivíduos que apresentam melasma e cicatrizes de acne, tratamentos
como peelings químicos, mecânicos, máscaras clareadoras e microagu-
lhamento podem ser boas opções.

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Aos 35 anos, a pele começa a perder elasticidade, colágeno e hi-
dratação natural, mas tudo isso ainda pode ser tratado com alguns cuida-
dos diários de beleza. A pele precisa receber procedimentos que estimu-
lem mais colágeno para garantir o rejuvenescimento facial. A partir dessa
idade, podem ser inseridos na rotina de cuidados com a pele os hidratan-
tes com ácido hialurônico e cremes rejuvenescedores com retinol. Como
a maior preocupação fica por conta do aumento de melasma e queratose
solar, a associação com o bloqueador solar, antioxidantes (tópico e oral)
e cremes despigmentantes são importantíssimos.
De 45 anos em diante, diversos problemas cutâneos começam
a surgir, como a flacidez, a perda de volume e as linhas de expressão que
ganham mais espaço no rosto. E não faltam tratamentos estéticos para
combater as rugas existentes, prevenir o surgimento de outras e dar mais
firmeza e hidratação à pele do rosto. Por isso, é necessário os tratamentos
mais fortes com ácidos específicos para o combate a rugas e marcas de
expressão. Cremes rejuvenescedores que estimulem a renovação celular
também são aliados no combate às olheiras profundas, rugas e a linha
nasogeniana, o famoso “bigode chinês”.

Verdade 4 - A Pele Oleosa Tem Mais Tendência a Ter


Acne.
A pele oleosidade cria um ambiente favorável ao crescimento
de bactérias e aumenta o bloqueio dos óstios, provocado pela secreção
sebácea excessiva. Devido a essas duas características, as lesões de acne
se formam com maior facilidade. O tratamento acaba sendo o mesmo,
reduzindo a oleosidade e também as lesões.

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Verdade 5 - Pele Oleosa Tende a Ter Menos Rugas.
É uma particularidade deste tipo de pele, que devido à camada
mais espessa da pele, o aparecimento de rugas finas é menor, retardando
os efeitos do tempo. Por isso, iniciar tratamentos com cosmético anti-i-
dade o quanto antes, fará com que o surgimento das linhas de envelhe-
cimento seja ainda mais tardio. No entanto, o envelhecimento não está
relacionado somente à perda de água, mas também aos fatores externos,
como tabagismo, exposição solar excessiva, poluição, alimentação, entre
outros.

Verdade 6 - Quem Tem a Pele Oleosa Tem o Cabelo


Oleoso.
As áreas mais ricas em glândulas sebáceas, que produzem a
oleosidade, estão na face, no couro cabeludo e na parte superior do tron-
co. Por isso, quem apresenta pele oleosa tem mais chance de ter as madei-
xas com o mesmo problema, e vice-versa.

Verdade 7 - Peles Oleosas Também Devem Usar Hidra-


tantes e Filtro Solar.
A pele oleosa possui um hidratante natural, mas isso não dis-
pensa o uso de hidratantes, o principal a se pensar é o veículo a ser uti-
lizado. Se o hidratante em sérum se adapta com maior facilidade, a dica
é apostar em produtos que promovam a sensação de toque seco. Já o
protetor solar não agrava o aspecto luminoso da pele, mas também deve
ser usado o produto na versão “Oil Free”. O mais importante é que o in-
divíduo faça uma higiene adequada antes de dormir para remover todos
os excessos de produtos.

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Verdade 8 - Existem Alimentos que Deixam a Pele Ain-
da Mais Oleosa, Como o Chocolate.
A alimentação também pode influenciar na oleosidade da pele.
Alguns alimentos estimulam a produção de secreção pelas glândulas se-
báceas. A maioria das pessoas percebe relação entre o surgimento de acne
com períodos de excessos alimentares de doces, alimentos gordurosos e
derivados de leite.

Alimentos que Prejudicam:


Frituras, chocolate, amêndoas, queijos, carnes gordurosas, açú-
car e álcool.

Alimentos que Beneficiam:


Cenoura: É rica em ácido lipóico, que revitaliza o rosto e ainda ajuda a
pegar uma corzinha quando for se bronzear.

Frutas vermelhas: Como o morango, amora e framboesa, são abundantes


em cianidina e vitamina C, esses componentes ajudam a combater o
envelhecimento precoce da pele, o excesso de oleosidade, a formação
dos cravinhos e acne. Ainda de quebra essas frutas atuam na produção
de colágeno, que mantém a pele livre das terríveis listras brancas (estria).

Iogurtes: É bastante rico em bactérias do bem que regulam o intestino.


Ele garante a vitalidade da pele, dá equilíbrio ao organismo e ainda ate-
nua o efeito das olheiras.

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Uva: Cheia de propriedades diuréticas e laxativas, a uva estimula
o fígado, o que resulta na boa disposição e na pele mais bonita. Essa
fruta além de ser deliciosa previne o envelhecimento precoce da pele.
Água: Está em primeiro lugar quanto aos alimentos que ajudam a con-
ter a oleosidade. Ela mantém a pele hidratada, mas não com o aspecto
gorduroso. Ingerir no mínimo dois litros de água por dia e lavar o rosto
constantemente irá controlar o brilho em excesso da pele.

Verdade 9 - Esfoliar a Pele Oleosa Ajuda a Desobstruir


Poros, Mas Apenas 1x Por Semana.
A esfoliação é definida do latim exfoliatio, significando cair em
escamas ou camadas. A perda e troca celular têm um impacto benéfico na
aparência da pele. Esses benefícios cosméticos atribuídos à esfoliação da
pele são conhecidos há muito tempo, desde a época do Egito Antigo, da
sua observação de que, simplesmente banhar-se em leite coalhado, que
agora sabemos que contêm o ativo ácido láctico, torna a pele mais macia
e suave, melhorando assim o brilho e a aparência da pele.
A esfoliação facial com ativos como microesferas de polietileno
ou semente de apricot, por exemplo, remove a camada mais superficial da
pele e (excesso de células mortas) e, por consequência, desobstrui os po-
ros, reduz o brilho e a oleosidade da pele. Mas não se engane! Fazer isso
mais que uma vez por semana pode causar um efeito rebote e a sua pele
começar a produzir mais oleosidade pela deficiência de sebo. Além disso,
devemos nos lembrar que precisamos da “camada córnea” para a defesa
da pele contra os microorganismos (bactérias) que vivem nela.

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Verdade 10 - Colágeno Hidrolisado Desacelera o Enve-
lhecimento da Pele.
Quando se pensa em envelhecimento da pele e seu controle,
remete-se a apenas produtos de aplicação tópica. No entanto, nos últimos
anos, um novo setor de produtos orais surgiu com o objetivo de tratar a
beleza, suprindo o organismo com nutrientes essenciais, especialmente
em um momento mundial tão dinâmico. Esses produtos são chamados de
“pílula da beleza” ou nutricosméticos e surgiram principalmente devido a
preocupação com a qualidade de vida unida a beleza e a aparência jovial,
já que a expectativa de vida está crescendo.
O colágeno hidrolisado é um suplemento alimentar constituído
basicamente por proteína, vitaminas e minerais, que pode ser utilizado
para promover a produção de colágeno pelo corpo, ajudando a melhorar o
aspeto da pele e a fortalecer articulações, unhas e cabelo.
A partir dos 30 anos, homens e mulheres passam a ter perdas
maiores de colágeno. A cada década, a capacidade do corpo em fabricar
colágeno diminui ainda mais. Além do processo natural de envelhecimen-
to, os fatores que podem aumentar as perdas de colágeno são: excesso de
exposição solar sem proteção, consumo excessivo de cafeína, hipotireoi-
dismo, dietas de valor calórico excessivamente baixo, fumo e estresse.
A Agência Nacional da Vigilância Sanitária (ANVISA) não
classifica ou registra produtos denominados de nutricosméticos, portanto,
esta nova classe está enquadrada na categoria de suplementos vitamínicos
e minerais devido aos efeitos metabólicos ou fisiológicos resultantes da
ação dos nutrientes.
Existem vários outros tipos de nutricosméticos além do coláge-
no hidrolisado, mas isso é um assunto para um outro livro!

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Chegamos ao Fim!
Eu espero que você tenha gostado das informações contidas
neste e-book. Tudo foi feito com muito carinho e dedicação para você!
Se quiser ficar sempre atualizada que tal assinar meu canal no
youtube? Ele chama-se “Tratando de Estética com Gabi Tuller”, lá tem
várias vídeo-aulas tanto teóricas e práticas para que você, profissional da
beleza, fique sempre atualizada!
Você pode conhecer tudo o que a Gabi pode te proporcionar
acessando o site www.gabituller.com

Gabriela Franco Tuller Espósito.

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Ilustrações
Márcio Tuller Espósito.

Referências Bibliográficas:

• KEDE, M. P. V. Dermatologia Estética. 2. Ed. São Paulo: A-theneu,


2009.
• SAMPAIO, S. A. P.; RIVITTI, E. A. Dermatologia. 3. Ed. São Paulo:
Artes Médicas, 2008.
• STEINER, D. Problemas de pele. 5. Ed. São Paulo: Contexto, 2001.
• FITZPATRICK, T. B. Fitzpatrick: tratado de dermatologia. Rio de Ja-
neiro: Revinter, 2011. 2 v.
• FONSECA, A.; PRISTA, L. N. Manual de terapêutica dermato-lógica e
cosmetologia. São Paulo: Roca, 2000.
• HABIF, T. P. Dermatologia clínica: guia colorido para diagnóstico e
tratamento. 4. Ed. São Paulo: Artmed, 2007.
• PEYREFITTE, G.; MARTINI, M. C.; CHIVOT, M. Cosmetologia, bio-
logia geral, biologia da pele. São Paulo: Organização An-drei, 1998.
• AZULAY, R.D.; AZULAY, D.R. Dermatologia. 2ed. Rio de Ja-neiro:
Guanabara Koogan, 1999.
• BORGES, F.S. Dermatofuncional: modalidades terapêuticas nas dis-
funções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006.

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servados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, distribuída
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por escrito da autora, exceto no caso de breves citações incluídas em revisões
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