A emancipação feminina do início do século XX até aos
nossos dias
Trabalho realizado por:
• Miguel Martins • 12 E • Nº 13 • Escola Básica e Secundária Dinis Índice: ➢ Introdução ➢ Contexto acerca do tema ➢ Introdução da personalidade a abordar e como se relaciona com o tema ➢ Biografia da personagem ➢ Conclusão ➢ Bibliografia
Durante o século XX, começaram a surgir movimentos de manifestação feminina
com o objetivo de colocar um fim à sua situação de dependência e de inferioridade social em relação ao sexo masculino. Nos inúmeros movimentos que foram criados ao longo dos anos, várias personalidades se destacaram nesta luta pela igualdade entre os dois sexos como a que vou abordar neste trabalho: Katherine Wilson Shepard. Para além de abordar a sua biografia e o seu envolvimento no tema, também irei contextualizar acerca da situação na época. No início do século XX, a brutalidade da 1ªa Guerra Mundial abalou o papel da mulher na sociedade. As mulheres (principalmente as das classes média e alta já que possuíam maior nível de instrução), ocupavam os cargos que os homens tinham deixado para participar na guerra e assim descobrem um mundo completamente novo, onde podem possuíam uma maior liberdade de escolhas e carreiras e uma aproximação da igualdade de género, já que se viam libertas das suas limitações tradicionais (normalmente desempenhavam o papel de dona de casa). Era possível ver as mulheres a trabalharem nas fábricas, campos e a conduzirem carrinhas e autocarros. Terminada a guerra, não queriam voltar à dependência e inferioridade social que sofriam antes, intensificando o processo de emancipação feminina que já estava a decorrer desde o século XIX. O movimento feminista centrava-se no direito das mulheres à propriedade de seus bens, a tutela dos filhos, acesso à educação e a um trabalho socialmente valorizado. Por outras palavras, desejavam alterações jurídicas que dessem um fim ao estatuto de desigualdade que a mulher sofria na época. Mais tarde, o direito de participação na vida política (direito ao voto) começou a ser uma das principais exigências das feministas que lutavam pela igualdade de género. Por causa da luta das mulheres para poderem ter um papel ativo na política, começaram a se organizar numerosas associações sufragistas que, com um enorme espirito de militância, desencadearam uma luta tenaz pelo voto feminino. Nesta luta, a Inglaterra foi uma fonte riquíssima de movimentos a favor do sufrágio feminino em que as sufragistas inglesas tentavam chamar a atenção do povo, recorrendo a vários métodos radicais como longas e ruidosas marchas públicas, apedrejamento de forças de autoridade e montras, diversos tipos de greve, etc. Das inúmeras sufragistas que existiam na época, a que vai merecer destaque no nosso trabalho será a Katherine Wilson Sheppard. Kate Sheppard (nasceu a 10 de março em Liverpool de 1847 e morreu a 13 de julho de 1934 Christchurch) foi uma ativista inglesa que liderou o movimento sufragista feminino na Nova Zelândia, sendo uma das principais causas da Nova Zelândia ser o primeiro país a conceder à mulher o direito de voto em 1893. Maioritariamente criada e educada na Escócia, ela emigrou para Nova Zelândia por volta de 1860 e casou-se onze anos mais tarde com Walter Allen Sheppard, um dono de uma loja. Ela foi uma das primeiras feministas que acreditava que as mulheres mereciam ter um papel importante em todos as funções e deveres da sociedade, incluindo a política. Numa época em que as mulheres eram encorajadas a agir e comportar-se de forma feminina, Kate Sheppard adotou várias causas a favor de captar a atenção do povo acerca da inferioridade social que as mulheres sofriam na altura como a abolição dos padrões de vestuário que eram estipulados para as mulheres (saia comprida e vestidos que revelavam pouco a pele) e promoveu a possibilidade das mulheres puderem praticar várias atividades desportivas como o ciclismo. Lá em Nova Zelândia, Kate Sheppard participou ativamente em várias organizações religiosas e socias como a “Woman's Christian Temperance Union” (WCTU) que se juntou em 1885 e que dois anos mais tarde foi nomeada Superintendente Nacional de Franquia e Legislação da WCTU, posição que usou para promover a causa do sufrágio feminino na Nova Zelândia. Para promover o sufrágio feminino, Kate optou por organizar petições e reuniões públicas, escrevendo cartas à imprensa e estabelecendo comunicação com membros do governo e escreveu panfletos como “Dez razões pelas quais as mulheres da Nova Zelândia devem votar e as mulheres devem votar?”. Este trabalho que foi realizado pela sufragista atraiu uma petição de trinta mil assinaturas a favor do sufrágio feminino que foi apresentada ao governo e que foi bem sucedida no ano de 1893. Com esta conquista por parte das sufragistas femininas, a Nova Zelândia tornou- se o primeiro país a estabelecer o sufrágio universal, em que todos tinham acesso ao direito de voto. Depois de alguns anos, ela foi para a Grã-Bretanha para ajudar os movimentos sufragistas que estavam a acontecer no local, contudo, devido à sua saúde debilitada, viu-se obrigada a voltar para Nova Zelândia em que continuou a em escrever acerca dos direitos das mulheres, embora se tenha tornado menos ativa politicamente. Em 1934, Kate morreu sem deixar descendentes. Podemos dizer que Kate Sheppard foi uma figura altamente importante na história política da Nova Zelândia no movimento do direito das mulheres em que a partir das suas ações com o objetivo de apelar à população acerca do facto de que as mulheres deveriam de ter acesso ao direito de voto, este direito foi garantido tendo sido a Nova Zelândia o primeiro país a adotar esta medida. Olhando para o exemplo da Nova Zelândia, o tema do sufrágio feminino passou a ser um tema de debate em vários países como é o caso de Portugal que começou a discutir este assunto no mesmo ano que Nova Zelândia concedeu o poder de voto para as mulheres e que, em 1913, esse direito foi aprovado pelo Governo. Resumindo o que se trabalhou até agora, a sociedade do século XX possuía características machistas em que as mulheres desempenhavam o papel de dona de casa e os homens ocupavam os cargos de trabalho. Contudo começaram a surgir movimentos feministas, que foram impulsionados pela agitação que a 1ª Guerra Mundial causou, com o objetivo de acabar com a desigualdade de género que acontecia na época. Nestes movimentos feministas, surgiram sufragistas que lutavam para que as mulheres tivessem direito ao voto. Destas sufragistas, a que se aprofundou neste trabalho foi Katherine Wilson Sheppard, que com as suas ações, conseguiu que a Nova Zelândia fosse o primeiro país que concedeu o direito de voto às mulheres. Bibliografia • Manual: páginas 47 a 49 (data de consulta- 15/11/21) • https://delphipages.live/pt/estilos-de-vida-e-questoes-sociais/direitos- humanos/kate-sheppard (data de consulta- 16/11/21) • https://pt.slideshare.net/joaninha98/a-emancipao-feminina-trabalho-para- histria-iva-leo-9g-n9 (data de consulta- 15/11/21) • https://pt.wikipedia.org/wiki/Feminismo#Século_XIX_e_início_do_século _XX (data de consulta- 17/11/21) • https://pt.wikipedia.org/wiki/Kate_Sheppard (data de consulta- 18/11/21) • https://pt.wikipedia.org/wiki/Sufrágio_feminino (data de consulta- 18/11/21)