• O PAPEL DA ENFERMAGEM PARA O DOENTE RENAL CRÔNICO
• Por: Alice Viera,Júlia Alvim,Mahel Abdo ,Mariana Teixeira,Marina de
Aguiar,Mário Moreira,O que é a enfermagem?
A enfermagem é uma das práticas sociais inserida como instrumento do
processo de produção em saúde. Tem como finalidade o processo de cuidar - entendido numa ótica multidimensional compreendendo procedimentos técnicos, mas também demonstrações de afetividade, paciência, carinho e respeito, dentro de uma concepção ética; se operacionalizando através das dimensões desse cuidar-assistir, gerenciar, ensinar e investigar. É exercida por profissionais distintos: enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem)A atuação do enfermeiro como educador e facilitador da adaptação do cliente é indispensável, pois o mesmo é responsável pelo treinamento e conscientização do cliente sobre o autocuidado, conduzindo informações a todos os clientes, tornando-os membros ativos no processo saúde-doença, sendo o paciente o responsável pelo sucesso do tratamento O enfermeiro ocupa papel preponderante no vínculo terapêutico uma vez que passa muito tempo em contato com o paciente .Faz parte do papel do enfermeiro estar ciente das dificuldades e aptidões da equipe em que está inserido e contribuir para o seu desenvolvimento, incluindo questões relacionadas à humanização da assistência em todas as suas atividades de educação continuada, formais e informais.
• Problemas relacionados à DRC em que a enfermagem pode atuar:
• O medo torna-se recorrente e mostra-se relacionado à preocupação
com o futuro, à separação, pela possibilidade de morte e incertezas.
• Sintomas como náuseas, vômito, cansaço, falta de apetite são
considerados como situações dolorosas e desconfortáveis, pela grande maioria dos pacientes que se submetem ao tratamento hemodialítico.
• Problemas relacionados à DRC em que a enfermagem pode atuar:
• Após a descoberta da doença renal, há diferentes reações expressas:
o medo do hemodialisador, o estresse pelas freqüentes solicitações para realizar procedimentos de rotina, os receios pelos efeitos colaterais do tratamento e as cobranças pela equipe de saúde para manutenção de níveis pressóricos normais, dieta, ingesta de medicamentos.
• Problemas relacionados à DRC em que a enfermagem pode atuar:
• O trabalho da equipe de enfermagem junto ao paciente e sua
família deve prever uma rede de apoio de diversas naturezas, numa abordagem multidisciplinar. A equipe deve desenvolver grande habilidade de observação, facilidade para o diálogo e capacidade de abstração, a fim de ser capaz de situar os problemas vivenciados pelo paciente e sua família dentro do contexto cultural e social no qual se encontram.
“...os auxiliares de enfermagem são amigos conversam, brincam, trocam
idéias, colaboram conosco, participam de nossas angústias, atendem rápido,deixam a gente dormir quando estamos a fim, conhecem a história de vida de cada um. A equipe sabe mais de nós que nós mesmos, avaliam a dor e o desconforto,diminuem a ansiedade, o medo , elas aceitam o paciente como ele é, não reparam na roupa que estão vestidos, permanecem com o paciente até que o motorista chega,muitas vezes passo mal após a sessão, e lá estão elas prontas para socorrer.”
O paciente com DRC requer cuidados de enfermagem experientes, a fim
de evitar as complicações da função renal reduzida e os stresses e ansiedades de lidar com uma doença com risco de vida.
• O cuidado de enfermagem procura:
• avaliar o estado hídrico;
• identificar as fontes potenciais de desequilíbrio;
• promover os sentimentos positivos encorajando o aumento do
autocuidado e a maior independência;
• ajudar o paciente a identificar aceitações efetivas e seguras para
lidar com esses problemas permanentes e os temores;
• O cuidado de enfermagem procura:
• proporcionar ao paciente e à família a oportunidade de expressarem
quaisquer sentimentos e preocupações em relação às limitações impostas pela doença e pelo tratamento, possíveis problemas financeiros e insegurança do trabalho;
• avaliar a necessidade de encaminhamento a outros profissionais;
• O cuidado de enfermagem procura:
• fornecer as explicações e informações para o paciente e para a
família em relação à DRC, sobre as opções de tratamento e complicações potenciais;
• atentar parar presença de sinais flogísticos em fístulas e inserção de
cateteres;
• manter cuidados com cateteres;
• administrar medicamentos sem necessidade de prescrição médica
em casos como: hipotensão, vômitos, cãibras, dores; • O cuidado de enfermagem procura:
• auxiliar perante aos desafios de adaptação de novas atitudes e
alternativas de hábitos de vida;
• avaliar e monitorar quaisquer alterações relacionadas a: pressão
arterial; contagem de eritrócitos, nível de hemoglobina e hematócrito; valores laboratoriais séricos de cálcio, fósforo e alumínio;
• O cuidado de enfermagem procura:
• coordenar e supervisionar a equipe de enfermagem;
• fornecer treinamento acerca da diálise peritonial domiciliar ao
paciente e à família;
• realizar procedimentos de desinfecção dentro das técnicas assépticas
de todos os artigos utilizados na diálise;
• registrar todos os procedimentos realizados com cada paciente no
controle transdiálise;
• Referências Bibliográficas
• DYNIEWICZ,; A. M.; ZANELLA, E.; KOBUS, L. S. G. - Narrativa de
uma cliente com insuficiência renal crônica: a história oral como estratégia de pesquisa. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 06, n. 02, 2004. Disponível em www.fen.ufg.br
• Smeltzer SC, Bare BG. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem
médico-cirúrgica. 8ª ed. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan; 1994.