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8. Substantivo 1. Sussranrivo € a palavra com que designamos ou nomeamos os seres em geral, ‘Sto, por conseguinte, substantivos: 4) 05 nomes de pessoas, de lugares, de de uma espécie ow de um dos seus represent ligdes, de um género, Maria Lisboa Senado frvore eedro p) os nomes de nogies, acgoes, estados © qualidades, tomados como justiga —colheita-—=velhice «== laegura © bondade 2 Do ponto de vista funcional, o substantive 6 a palavra que serve, rinatinamente, de micleo do sujeito, do objecto directo, do objecto indirecto € do agente da passiva. Toda palavra de outra classe que desempenbe uma dessas fungies equivaleré forcosamente 2 um substantive (pronome subs- tantivo, numeral ou qualquer palavra substantivada). CLASSIFICAGAO DOS SUBSTANTIVOS Substantivos conctetos e abstractos. Chamam-se CONcRETOS os substantivos que designam os sezes pro- priamente ditos, isto é os nomes de pessoas, de lugares, ai SuBSTANTIVO a eee EE ges, de um género, de uma espécie ow de um dos seus sepresene antes: homem cidade Sendo evore eo Pedro Lisboa Forum cedro cavalo Di-se 0 nome de ansrracros 20s substantivos que designam nogées, ges, estados ¢ qualidades, considerados como setes: bondade yerdade —viagem = doenga ‘optimism dogura Substantivos préprios ¢ comuns. (Os substantives podem designar a totalidade dos sctes de (BesIGNAGAO cmvénrcA) on um individuo de determinads eg ho svectetca). ‘Quando se aplica a todos os seres de uma espécie ou quando designa uma abstraccio, 0 substantivo € chamado comuM. Quando se aplica a determinado individuo da espécie, 0 substantivo & PROPRIO. : Assim, 05 substantivos home Privo, Brasil ¢ Lites, a0 contr proptios, p aplicam a um determinado homem, a um dado pais ¢ a uma certa ci Substantivos colectivos. Councrvos sio 0 substantivos comuns que, no singular, designam uum conjanto de seres ou coisas da mesma espée Comparem-se, por excmplo, estas duas afirmagSes: Cento e vinte milhdes de brasileizos pensam assim, © povo brasileiro pensa assim. ae nave GnAMAs1CA Do roRTUGUES ConmmuPORANEO forma de singular, consegue-se agrupar maior mimero ainda de elementos, ou seja Joder os brasileiros como um conjunto harméaico. “Além desses colectivos que exprimem um todo, hi na lingua outros gue desigaam: * ) uma parte organizada de um todo, como, por exemplo, reginenla, batalbao, companbia (pas i % 3) um geupo as, bando de sabtadores, 6) um grupo de seres de determinada espécie boiads (de bois), ranaria Ge ramos). Costumam-se também i entre os colectivos 5, como assemble jornes de cotpors- ngresso, congregng, se, no entanto, do rupamentos de seres, srganizadas em uma Bis alguns colectivos que merecem set conhecidos: Pesce seeeeeCeceeeteg ee eeeS cease (de lobos) oe ee sctores sare rande: bois, bifatos, | folange (de toldados, de anjs) {Ge endo goo bein Mil | 0 fae neta, de Serco, de ‘sssacsinos, de maltgpilhos ede vadios) fate (de cabs) Gime Ge eta, ce pin) rot Ge navios mercantes, de antocacros va onus) rind (de fogueres) tarda (de povos selvagens némadat, de ‘desordeiros, de aventuzeiros, de ban anqiptaa (8e its) aE cies bona (de exeminadoses) bande (de mizicos) Bonde (Be aves, de cigenos, de male ©) aslo (Se batanas, de wvas, ete) ‘afl (Se cacos) ‘emai (de tntandros, 0 Bs ‘bam de caranguejor, de cha saionire (Conjunto de canbe didos, de invasores) lata (de bois, de médicos, de credores, de examinadores) Iugizo (de soldacios, de deménios, ete-) ‘agote (de pessoas, de coisas) ie poe- or, de elefantes) ‘nati (de cles de ca) matula (de vadios, de desordeiros) smi (de gente) ‘nna (de chaves, de verdue) de tmtantes, de velhe- | nite (de pessoas) ) inde (de pias) lint (Ne pacts, de asta) ‘malfeitores) elnena (de gente, de pessoss) ‘eonselgao (de esteelas) sousranrivo. ff ia (le dst, de bandos) | romana onjunto de posias maw nat (de Boxe) ee teers ' ‘hon (eons) i (Ue velco, de desonesen Tas (do beats oe cg) ‘ale (de Tenia) Fite Ge bat, de ls) ‘pe Ge men) ‘ade le psn) fare ie pose) eee Observagbes: 1.8 Bxclofmos dessa lista os numenats conserves, como ovens, décala, digie, exe, que designam um niimero de seres absolutamente exacto, Leia-se, 4 propésito, o que dizemos no Capitulo 12. 28 O colectivo especial gerslmente dispensa a enunciago da pestoa ou coisa a que se sefere. Tal omissio & mesmo obtigatéria quando o colectivo um mero desivado do substantivo a que se aplica, Assim, dit-se-d: A rematia balougava 20 vento, ‘A papelada estava em ordem, Quando, porém, a signifagto do colenvo nto for execs, devese nomeat © ser a que se refere: Uma junta de médieos, de bois, ete. ‘Um feixe de capim, de lena, ete. FLEXOES DOS SUBSTANTIVOS (Os substantivos podem variar em NUMERO, GENERO ¢ ORAL. NUMERO Quanto & flexto de NUmEno, os substantivos podem estar: 2) 0 sicutaR, quando designam um ser tnico, ou um conjunto de seres considerados como um todo (sussranr1v0 couzcrrvo): aluno Povo 4) no muRat, quando designam mais de um ser, ou mais de um desses conjuntos organicos: alunos fo BREVE ORAMATTCA DO PORTUGUES CONTEMPORANEO ase FORMAGAO DO PLURAL Substantives terminados em vogal ou ditongo. Regra getalt vos terminados em vogal ou ditongo forma-se © plural dos acrescentando-se = Singular Pharal Singular Plural = rest pa pas caante estates ee = mri Sneiros fe is ik ais chapéa ciuptas bone bones camafeu camafecs al invlis fei bexsix oss Spee to ois ha pe mie lee atu faz Regras especiais: x. Os substantivos terminados em -do formam o plural de tr€s maneiras: 4) a maioria muda a teeminagio -do em ~Gs: See age balio, baldes ‘gavitio gavides = Se a eee ate — = = = 7 ween ee ee a ee cestagio catagies tubazio tubarées fexcgio Fracgdes ‘valefo ‘vuleses sussranrtVvo. ui Neste grupo se incluem todos os aumentstivos: — SO Singular Plaral Singular Plural rg rec eee CEE amigalito amigalhes moleisio smoleides bobalhio bobalhdes natigio acigées casario caserbcs paredo paceddes chapelio chapeloes pobresfo pobretses dramalhzo drcmalhes rapagio rapagees espertalhzo espertalhes —sabichto sabichées facto facBes vagalazo vagaldes figntio Sgurses vorsieto vorcicSes 2) um reduzido mémero muda a terminagio ~do em ~des: Singular Plural Singular Paral, alemito alemes cbaslatio chaslattes bast Dastizes cctivio escrivles eo tes goardito goardifes eapelto ceapelies pio. fis apitto capities Htistlo scistes ‘alao catalies tabelzo tabelizes 4)_um nimero pequeno de oxftonos todos 0s paroxitonos acrescen- tam simplesmente um -s 4 forma singular: Singular Plural Singular Plural eidadto cidadios acbrdio acbrdaor cortesfo contestos béaglo ‘engton cristo cxistoe pole géllce desvio desvios extto Srtton jemto imtos Sérgio Segios pagto pagton acto stlos fos monossilabos tonicos chao, gra, mio © vi, ‘gros, mdos © was. 6 AREVE GRAWATICA DO PORTUGUES CONTRMFORANEO 2, Para alguns substantivos finalizados em -d», nto hé ainda uma forma de plural definitivamente fixada, notando-se, porém, na lingmagem corrente, tama preferéneia sensivel pela formagio mais comum, em -des. Eo caso dos seguintes: Singular Plaral Singular Plural ales cexmitio alanies hortelios alazées hortelio horteltes os mito { Riss castelios eos sultdes sultfos culties anciéo rims oe { vverbes verior villos | { { a [25 ae foe { | { (8 me Plural com alteragio de timbre da vogal ténica, 1 & 0 fechado, além de zece- fechado [0] para aberto fp]. 1. Alguns substantivos, exja vo} berem a desinéncia -s, mudam, no pl suusTANTIVO. 37 Apontam-se os seguintes: abrotho ‘escalho otho ogo = esforgo, 0s80, sobrolho eoatozno estorvo ovo socorro corcove fozo peso tijolo coro forno oreo toco coro, foro porto tojo corpo, fosso posto tordo corvo, imposto povo toro despojo jogo reforgo tx0c0 destrogo miolo renovo 2050) 2. Note-se, porém, que muitos substantivos conservam 20 plural 0 ofechado do singular, Entre outros, nfo alteram o timbre da vogal ténica: acordo encosto ‘mogo otro, adorno engodo molbo reboco bojo estojo moro repolho bolo ferrolho mosto restolho ccachosro ‘lobo ramoro zolo coco Bolfo piloto rosto colmo gosto piolho sopro. console Tobo poldeo saborno dorso logro polvo topo Portugal ¢ a do 0 caso, por exemplo, dos substantivos aluo, bolo © s9g70, que, no plural, apresentam a vogal bert [3] em Portugal e 4 fechada [o] no Brasil. por fim, que, no curso histético da lingua, certos yam 0 timbre da vogal ténica no plural e que outros, ainda hoje, vacilam no prefetir uma das duas solugdes. Observagio: Atentese na distingio entre molto acondimenton (por ex.t © mothe de carne) ce mello efcixen (por ex.: var molho de chaser), palavzes que consetvam no phi- sal a mesma difcrenga de timbre da vogel t6aica. ‘Substantivos terminados em consoante. x. Os substantivos tetminados em -r, -g € -# formam o plural acres- centando -¢s 20 singular: cs ane oRAMACA Do roRTucuEs CoNTEMPORANEO sunseaaeervo a sega meat anpaeeeeer aaeest rer Obeeraso: = Exceptuamse ss pulavras a rea! (eoeda) ¢ cn © cous desivados, que ae mares rapaz—=—=smapazes —abdGmen_abddmener fazem, respectivamente, mals, ris, cones c, por este, preci, Yaecdoaden Sie cee ee eee eee 4 Os substantivos oxitonos terminados em -i mudam o - em <1: fio retores— cruz crzes —liquen quences ESS ENP SESE rat rT Ere crerereereereevceereeer Singular Plural Singular Plural Observages: eee eee ee seesETT 1 © pla de caiter (etto carder a4 ortogcta bears) 6, xato em Portugal como ao Brasil, garacteres, com deslocagio do acento ténico stclasio do e qoe posrua de otigem. 28 Também com desloazdo do sceato 6 0 plural dos eubstastives ep Simon, Jigitr «Lifer: peor, Jape. e Langa ‘Advicivse, porém, que, a par de Lief, bk Laer, forme eaign a0 idioma, exo plural & aatomente Lars Os substantivos termin: ~% quando oxitonos, formam 0 acrescentando também -es ao singular; quando paroxitonos, so inva. Singular Plaza Singular Plural © sonate de sees Ea os tas © pormgués or portogucses pier c+ pire ° fever” os Fever lpi + lis ° or pals o obit or okie ° fens os Matos 9 abs Sais Observagtes: XA 0 monosbo ai € iavariével, Cir € gerlment invade, mas doai- ‘menta-se também o plutal cores. 2 Como os paroxitonos terminados em -f, 08 poucos substantivos exit- tentes em ~ sto invatiéveis: « trax — or Hrax, 0 btix — 0: dnix, 3+ Os substantivos terminados em -al, -¢, al e ~«! substituem no plural 0! por--it: Singular Plaral Singular Plural snimal snimaie farol fais papel papés Teagol Tengéis mével mévels Alcool Alesois alquel niques pal pais 5- Os substantivos paroxitonos terminados em i substituem esta terminagdo por ir: [OOS > Singuiar Plaral Singular Plural fossil fosseis sept sépteis eee cere eee eevee 28 A palsza prj, paroxtons ox norm eta de Postugl, te a como phon ‘Ra nos cal brite © pronice Sale geacatode 6. Nos diminutivos formados com os sufixos ~ginko © -zite, tanto o substantivo primitivo como o sufixo vio para o plural, desapacccendo, porém, o -s do plural do substantivo primitive, Assim: HARES ate gE ate Singular Plural eae RSEE HEEL EEEESSEEE baliiozinho balde(s) + zinhos > baldczinhos pepelinho ape) + zinhos > papeiiahos echo Ee) + dame > Secaee clozito eie(s) + zitos > clesitos eee ec aeeC EEE Pree IEEE Substantivos de um 26 mimero. 1 Ha substantivos que 36 se empregam no plural. Assim: alvissaras cle foxes rimfcias BREVE GRAMATICA DO PORTUGUS CONTEMPORANED foro (metal) a ferro: fersamentas, apasclhos). Substantivos compostos, 28) Quando todos ou apenas Singulac Plural Plural couvefior ‘couves-flores ‘grio-mestees obre-prima obras-primas ‘guardas-marinha salve-conduto _salvos-condutos guards-roupas Note-se, porém, que: 4) quando o primeiro termo do composto é verbo ou palavra invarié- vel € 0 segundo substantivo ou adjectivo, s6 0 segundo vai para o plural: Sagat Plo Singular Phar achava guard chuvae—_bat-boca bat-bocs Simprovier —femprevie—abainamiondo eonvoanimados vicepresiene vieepencenss guodnque’geloduues sunsrarrivo ae tat 2) quando os termos componentes se ligam por preposigio, s6 0 pri- meiro toma a forma de plural: ee Singular Plural Singulae Plural chapén-de-tol chapéusdesol _peroba-do-eampo _perobas-do-campo pio-dels plesdels joto-de-barro _jodee-de-baro pé-de-cabea péede-cabra mula-sem-cabeca mulas-sem-cabega, 6) também s6 0 primeizo toma a forma de plural quando 0 segundo termo da composisio é um substantivo que fanciona como determinante especifico: Singular Plural Singular Plural navios-escola -bananaprata ——bananas-prata salirios-familia manga-espada—-mangas-espada 4) _geralmente ambos os elementos tomam 2 forma de plural quando © composto ¢ constituido de dois substantivos, ou de um sabstantivo ¢ um adjectivo: Singular Plural Singular Plural carta-bilhete cartas-bilhetes gentil-homem —_geatis-homens fevente-coronel _tenentes-corontis dguamarinha —gguas-marinhss amor-perftito amorer-perfeitos. —_vitSria-régia. vit6rias-régias GENERO 1. Hii dois géneros em portugués: 0 WASCULINO € 0 FEMININO. © masculino € 0 termo azo marcado; 0 feminine, 0 termo marcado, 2 Pertencem ao géneto masculino todos os substantivos a que se pode antepor 0 artigo 0: © stun © pio © poema © jabust a BREVE GRAMATICA DO PORTUGUES CONTEMPORANO Pertencem a0 género feminino todos os substantivos 2 que se pode antepor 0 artigo a. a cas 8 mio a ema a jusith 3+ O género de um substantive ao se cozhece, de regra, nem pela sua sigaificagio, nem pela sua terminagio. Para facilidade de aprendizado, convém, no entanto, saber: Quante A significagio: X Sio geralmente masculinos: 4) 05 nomes de homens ou de fungSes por eles excrcidas: Joto este padre 8) 0s nomes de animais do sexo mascalino: cavalo glo ato pene 4) Os nomes de lagos, montes, oceanos, rios ¢ veatos, nos quais se subentendem as palavres Jago, monte, cean, rio © vento, que sio masculinas: fo Amazoms [= 0 tio Amazonas] © Aus © Minusno [=o vento Minuano] 0 Alpes [= os montes Alpes] 4) 08 nomes de meses ¢ dos pontos cardeais: argo findo © Norte setembro vindouro © Sul 2. Sto geralmente femininos: 4) 03 nomes de mulheres ou de fungBes por elas exercidas: Masia profestora feeisa 8) 0s nomes de animais do sexo femini suxsranravo. i 2) 08 nomes de cidades e ilhas, nos quais se subentendem as palaveas cidade ¢ ilbay que sto feminins a antiga Ouro Preto @ Sicilia as Antillas Observacio: Alguas nomes de cidades, como Rio de Jamirs, Porte, Cairo, Havre, sio mase cclinos pelas razdes que aduzimos, no’ Capitulo seguiate, 20 tratsrmos do Quanto & terminagio: 1. So masculinos os nomes terminados em -0 ston: © aluno © livso © lobo © Banco 2. Sto geralmente femininos os nomes tetminados em -2 dtono? a lobe a mesa a alana 4 canet ia, fantasnea, mapa, planeta, teen Excepwamse, porém, citma, cc rudados adiante. fonsma, fonema e outros mais, que se 3 Dos substantivos terminados em ~#, 08 concretos sio masculinos € 0s sbstractos, femininos: © agtifo © algodto © baleto © feifo a educagio a opinifo a produgio a xecordagZo Exceptua-se mae, que, embora concreto, é feminino, Fora desses casos, & sempre dificil conhecer-se pela terminagio 0 género de um dado substantive. FORMACAO DO FEMININO jam flexionar-se 08 sexes do sexo Os substantivos que designam pessoas ¢ aniny em géneto, isto 6, tem geralmente uma forma para ‘masculino ¢ outta para indicar os do sexo ferninino, BREVE GRAMATICA DO PORTUGUES CONTEMPORANEO suasraNervo. 145 144, eee feminino substitaindo essa desintneia por -a: Mascalino Feminino Masculine Feminino jasculino Feminino “Maseulini ‘eminine mulher bode cxbea Pe @ ie lon, ‘alo galioh cidade Ieitto icon gato gata pombo pomba cantosa Dario Daroness lobo lobe, slun0 atona profetsa ebro Iebse tigen Observagio: Dos exemplos acima verifica-se que 2 forma do feminino pode ser: 4) completamente diversa da do mascalino, ou seja proveniente de um sadical distinto: bode cabra homem mulher 4b) desivada do sadieal do masculine, mediante a substituigio on o acréscimo de desinencias: lune luna cantor cantora Examinemos, p dos substantivos da luz desses dois processos, a formagio do femiaino Masculinos ¢ femininos de radicais diferentes. Além das formagdes ixregulares, que vimos, hé um pequeno niimero de subs- tastvortermioador em ~ que, Ro feminino, substitaem ets Gaal por dei nntacias especiais. Assim: ‘Masculino ‘Feminino ‘Masculine Feminino éiécono diaconisa ‘maestro maesteina alo galinka silo slide 28) Os substantivos tetminados em consoante formam normalmente 1 feminine com o arréscimo da desintncla ~2. Exemplos: Masculino Feminino ‘Masculino Feminino Convém conhecer os seguiates: camponés ‘camponesa Ieitor Ieitora Mascalino Feminine Masculine Feminine fregoés fregoesa pintoe pintors bode cba sgeazo nora boi (ou touro) vaca, omem mulher js ao. cadela macho ‘fmea Regras especiais: cari ovelha ratido rulher exvalbeito ama dasto madras 18) Os substantivos terminados em -29 podem formar o feminino de as Po exvalo égua padriako smadzinha és maneizas: compadse comadze pai mie fc s6roz (ou soros) angio abelha 4) mudendo 4 final -de em -0a: Femininos derivados de radical do masculino, Regras gerais: 1.8) Os substantivos terminados em -0 dtono formam aormalmente 0 ‘Masculino Feminino ‘Masculino ‘Feminino cermitto cexmitoa leit Ieiton hostel horteloa patti ppatroa 346 BREVE ORAMATICA DO PORTUGUES CONTENTORANEO. 4) mudando a final ~do em -d: ‘Masculino ‘Feminino ‘Masculino Feminino aldeao aldes castelio castela nko an eidadio cicada 2) mudando a final -2o em ~oma: ‘Maseulino Feminine ‘Masculine Feminino bonachto bonachona moleitto smoleirona foliio foliona solteicto, solteizona Oservagbes: 1.4 Como se vé, os substantivos que fazem 0 feminino em -ma ei ou SUBSTANEIVO ae Observagio: De enbaixador hd, convencionalmente, dois femininos: embaixatrig (a esposa de embaixador) c enbaixadora (Ganciontsia chefe de embaimds). 3) Cettos substantivos que designam titulos de nobreza e dignida des formam o feminino com as terminagées ~ea, -esta © ~isa: ‘Masculino Feminine ‘Masculino ‘Feminine abade abadecsa diécono diconisa batio Daronesa duque duquesa conde condessa sacerdote sacendotisa Observagio: De prior hi o ferinino priorese (superiora de certas ordens) e prions (ima da ‘Ordem ‘Terceisa). Prince faz a0 feminino primera. stomeatat ‘adjectivos sabstantivados. ae Al anémalos clo e qlngdo, a que jA nos xeferimos, ao seguem estes trés processos de formagto os substantivos seguintes: 4°) Os substantivos terminados em ~2, nfo inclufdos entre os que SSeS eee eee acabamos de mencionar, sin geralmente uniformes. Heca igualdede formal Masculine ‘Feminino Masculine Feminino pata os dois géneros batto baroness magaato smagana , porém, um pequeno mimero que, & semelhanga da Jadefo ledra perdigio pesdie substituigio -e (masculino) por -2 (feminino), troca © -e por -2. Assim: lebrio lebre sultio sultana Masculino Feminino Masculino Feminine ‘Usase as vezes ladrona por lade. ae ee eee 28) Os substantivos terminados em -er formam normalmente o femi= See a — rssen nino, como dissemos, com o actéscimo da desinéncia -¢: govern goverata fe eh Masculino Feminine Masculino Feminino reece eee Observacio: stor tors remador semadora Bee cee reeeeeeece Os femininos gigeta (fe giant), birpda (de blip) c presidente (de prides) Alguns, porém, fazem 0 feminino em -tira Assim: cantador—cantax ‘iva, cergior — cergidira, finalizados em ~dor c -tor, mudam estas tetminagées, fem rig, Assira: actor — actrig, imperador — imperatrig. tm ainda eurso restrito to idioma, 58) Sto dignos de nota os femininos dos seguintes substantivos: ut BREVE_GRAMATICA DO PORTUGUES CONTEMPORANEO sunsranetvo i Masculino Feminino Masculino Feminino Observagio: Neste caso, querendo-se discriminar 0 sexo, dizse, por exemplo: » ciyige ay 7 aes forisne; wea esta do seo macs, Basel congulesa pion cat raring poets fa ‘elaina rofets fede frien Bid Substantivos comune de dois géneros. grou gra apse So est = Algunssobstendvos sprsenam umd +6 forma pat os dois plans eee seee Ne eeerneree ec mas distinguem 0 masculino do feminino pelo género do artigo on de outro determinativo acompanhante. Chamam-se GOMUNS DE DOIS GENEROS estes Observagio: substantivos. Reparige € 0 feminino de rapax mais vsado em Portugsl. No Brasil, prefe see mje em razio do valor pejosativo que, em certas regiSes, 0 primciro ‘ermo adquiriu, SUBSTANTIVOS UNIFORMES Substantivos epicenos, Denominamse EPIGENOS 03 nomes de anwsis que possuem um s6 sgénero gramatical para designar um e outro sexo, Assim: a guia a mosca © besouro © polvo a baleia a onga, © condor © rouxiaol a borbolets =a pula © crocodilo oo tatu 8 cobra a sardinba © gavito © tigre Observagio: Quando bi necessidade de especificar 0 sexo do animal, juntamse entéo 20 substantivo as palavras macho e flea: crocodile mache, erocdile fimea; 0 macho on a fimea do jacaré. Substantivos sobrecomuns. Chamam-se sonnzcoss os substantivos que t8m um 6 géneco gr matical para designar pesmas de ambos os sexos. Assim: ° © ebajuge a crianga a testemanha © spéstolo —o individuo a eriatura a vitima © earrasco © verdugo a pestoa Exemplos: Masculino Feminino Feminino fo agente 2 agente a erege © artist, 4 artista 4 imigrante © Camda 2 comarada 2 indigena © colega 4 colega 4 interpret: o ralegial colegiel jovem © cliente 2 cliente 2 jornatisa © compattiota a. compatriota a mantic © dentists 2 dentista a selvager © estudante a cstudante a secvente © gereate & gerente 2 suicide Observasies: Sto comuns pr Dors GéxeRos todos of substantivos ou adjectivos tantivados terminados em ~ista: 0 pianista, a planita; un anerquita, una anargaista. 28 Diz-as, indiferentemente, 0 personegem ow a perionagen com refertncia 20 protegonista homem ou mulher. Mudanga de sentido na mudanga de género, Hé um certo nimero de substantivos cuja sigaifiagio varin com a smudanga de género: 150 DREVE GRAMATICA DO PORTUGUES CoNTUFORANEo | guasranrIvO a —aeocaiiog Paina 4) sivano mascuumo: _ ee ee a va So SS = — 8 Se = 7 iE ao rama: SS =| = = oes a cue © voga a voga abusio Sspide ‘ordenanga passa alcione facies ‘sentinela GRAU e profeta (prftisa) + 0m determinative empregac distingue 0 género apenas compatriota; este jornalista, aguela jornaista; meu camarada, mi ‘Um peyeno atimero de substantives em - todavia, que s6 se masculino por designar profissto ou actividade prépria do. homem, jesuita aauta pattlarca hheresiaten monarea apa irata tetrarca Observagbes: 18 Entre os substantivos que designam coisas, sto mascalinos os termi snados em -tma e -ema que se originam de palavras greges: anrema edema sistema diploma cinema cestcatagema —telefonema idioma diadema fonema ‘tema roma Gilema poema teorema axioma emblema problema treme coma, 28 Embora a palavra grame se use também ao género feminino (guinlen 42s granas), os seus compostos mantém-se no género masculino: am millgrana, 0 guilegrama. Substantive de género vacilante. Substantivos hé em cujo emprego se nota vacilagio de género. Eis alguns, para os quais se recomenda a seguinte preferéncia: Um substantive pode apresentar-se: 2) com a sua significagio normal: chapéu, boca; 2) com a sua significagio exagerada, ou intensificada disforme ou des- prezivelmente (Grau Avmiavrarivo): chapelas, botarres ebapén grande, boca ©) coma sua significacéo atenuada, ow valorizada afecti amente (GRAU portanto, que a GRADAGKo do significado se faz por dois processos: 42) SINTETICAMENTE, m estudémos no Capitulo 6; substantive ante © emprego de sufixos especiais, que + chapel-ae, borarras chepen-zinko, bogu-inba; 5) anaurmcanmnze, juntande-the um adjective que indique aumento ou diminuicio, ou aspectos relacionados com essis nogGes: cbapén grande, boca enorme; chapéu pegrena, boca miniscula ‘Valor das formas aumentativas ¢ diminutivas. Convém ter presente que 0 que denominamos AUMENTATTVO € Drv xumivo nem sempre indica o aumento ou a diminuicio do tamanho de um sex. Ou melhor, essas nogées so expressas em geral pelas formas analiticas, especialmente pelos adjectivos grande e peqvem, ou sinénimos, que compa. nham 0 substantivo. (Os sufixos aumentativos de regra emprestam a0 nome as ideias de des- Proporgio, de disformidade, de brutalidade, de grosseria ou de coisa des- Biezivel. Assim: narigto, beigorra, pratalbay ow pratarraz, alrevidare, port Unio, exc. Ressalta, pois, na maiotia dos aumentativos, esse valor deprecia. tivo ou PEoRATIVO. Os sufixos diminutivos apresentam em geral valor amicrivo, © seu emprego mostra o interessc cmocional, o sentimento de quem fala ou escreve aa BREVE GRAMATICA DO PORTUGUIS CONTENPORANEO naquilo que enuncia, Dai a frequéncia com que aparece nas formas de ceatinho, Especiatizagio de formas. Mites formas, originariamente aumentativas ¢ diminutivas, adquisi- sam, com o corer do tempo, significados especiais, por ve falat em aumentativo ou diminutivo. Sto, ma verdade, palavres na sue acepgio normal. Assim: cartdo porto corpete ngueta ferro cartilha Acti paseitha florio cavalete folhinha( calendé-vidsilho rio, 20 Brasil) EMPREGO DO SUBSTANTIVO Fung6es sinticticas do substantivo. © sunsranrrvo pode figurar na oragio como: 3. Sypztro: 2, Preprcartvo: 4) D0 superro: En jf nfo sou fancionétio. (Castro Soromenho, TM, 245.) 4) v0 ovymcro prrzcro: De toda parte, aclamavam-no her6i. (Raul Pompéis, A, 108.) ©) Po opjecro INDIRECTO: Bram capazes de me chamar sactiatio, (Femando Nemors, TJ, 214.) Irmo the chamacia... (Catlos Drammond de Andrade, Ry 165,) sunsraNrTvo. us 3+ Objscro mrrecro: © velbo so desvia os othos. (Alves Redol, FM, x95.) 4. Osjecro mpmecro: © que Amélia, raquele instante, pedir a Deus? (José Lins do Rego, FM, 256:) 5. Compumenvro Noxmat: (© talento & um complexo de virtudes, as vezes insepanivels de defeitos. (Femnando Namora, E, 129.) 6. Apjuxro apveaman: Contemplaram-se em silencio. (Etico Verissimo, LS, 153.) 7 Acmyrs DA passa: ‘A tavestida ¢ observada de longe pelos sitiantes, Goaquim Pago dArcos, CVL, 355.) 8 Avosro: Os dois, governador © filho, encarregatam-te de todos os aprestos da sua viagem para o Paraguai, lime Cortestio, IHB, TI, 104.) 9. Vocanvo: Bu tenho, Amor, a cinta esbelts © fina... Glorbela Espanca, 5, 96.) Substantive como adjunto adnominal, 1. Precedido de preposigio, pode 0 suasranmvo formar uma Locu- (Go anpucriva, que funciona como ADjaNro ADNOMINAL. Assim: uma vontade de ferro [ = féerca} um menino as direites { = corzecto] 154 BREVE GRAMATICA DO PORTUGUES CONTENORANEO. 2, Em fungio de anjunto ADNoMINAL, pode também o suBsTANTIVo referir-se directamente a outro sunsranrivo. Comparem-sc expresses do ipo: uum sso canalha uma recepgfo monstro Substantivo, caracterizador de adjectivo. (Os adjectivos refereates a cores podem ser modificados por um suss- ranmivo que melhor precise uma de suas tonalidades, um de seus mati es, Assim: amarelo-canitio verde-garrafa azal-petréleo roxo-batata © substantivo como miicleo das frases sem verbo. ‘As FRASES NonmNAIS, organizadas sem verbo, tém 0 substantive como centro. E 0 que se verifca, por exemplo: 42) nas exclamagées: © bendita paisagem! Terta ects De antigos piah Bia siléacio, sol (eixeiza de Pascoaes, OC, IV, 34.) 2) nas indicagées suméziaa: Canto litdegico em lati abastardado: Vores surais © gritedas, quase todas femininas. Sobe o pano. Hseuro total. Siléncio. ae (Bermardo Santareno, TPM, »)) 6) em titulos como: Amanhé, Benfica ¢ Flamengo a0 Maracas. 9. Attigo ARTIGO DEFINIDO E INDEFINIDO Dése 0 nome de anrrco as palavras o (com as vatiagbes 4, os af) € ant (com as vatiagbes me, ans, woras), que se antepdem aos substantivos para indicar: 2) que se trata de um ser jf conherida do Ieitor on ouvinte, soja por ter sido mencionado sates, seja por ser objecto de um conhecimento de experiéncia, como neste exem; Atravessaram o pitio, deixaram na escutidto @ chiqueiro ¢ o curral, varios, de porteimas abertas, 0 carro de bois que apodzecia, o8 juazsizos, (Gnciliano Ramos, VS, x61.) 4) que se trata de um simples representante de uma dada espécie 20 qual ndo se fez mengio anterior: ‘Vi que estivamos num velho solar, de certs imponéacia, Uma fachada de muitas janelas perdia-se na escuridio da noite, No alto da escada tale das sombras um alpendre assente em grossas colunas. (Branquinho de Fonseca, B, 21.) No primeizo caso dizemos que o artigo 6 paenstpo; a0 segundo, mpx- FINO. 136 BREVE GRAWATICA DO PORTUGUES CONTEMPORANEO FORMAS DO ARTIGO Formas simples. x Sk emas simples do artigo: Antigo definide Singular Plaral ‘Artigo indefinide Singular Plural 2. No portugués antigo ha ‘as formas lo (la, ls, let) € ef do axtigo definido. 3. A forma arcaica al do artigo masculino fossilizou-se na titulatura cbrei, talvez por influéncia da conservadora linguagem da Corte. Formas combinadas do artigo definido. de complemento ou de adjunto, que o acompanha combina-se com esas preposigdes, dando: ‘Antigo definido ee ga eee Sea a 20 a 0s as de do da dos des em 0. am os as por (pet) pelo pela pelos elas 2. Crase. © artigo definido feminino, quando vem precedido da pre- posigio a, funde-se com ela ¢ tal fusio (= CRAsE) & representada na escrita Agsico 17 por um acento grave sobre a vogal (a). Assim: Vous + — acidade = Vou & cidade prsposigio que Introdus 0 ad- juno adverbial do vetbo in artigo que dercemioa 0 substantivo eidade, gue se aplica © acento grave Nio rato, 0 @ vale como redugio sintéctica da expressio @ moda de (=a mantira de, an estilo de): ‘Mas 0 major? Por que no ris & inglesa, nem a alemd, nem a francesa, ‘nem & brasileira? Qual o eeu género? (Monteiro Lobato, U, 117) Como se vé, 0 conhecimento do emprego da forma feminina do astigo definido € de grande importincia para se aplicar acestadamente 0 aeemo grave di no distinguem, pela promincia, a vogal singela Posigio) daquela proveniente de erase. Convém, por isto, atentarse sempre 1 construgio de determinada palavra com outtas preposigdes para te saber se ela exige ou dispense o attigo. Assim, escreveremos: tador da crase com a pteposicio a Tal conhecimento tomna-se iprescindlvel no caso dos falantes do portugués do Brasil, que ‘@ (do artigo ou da pre- Vou & feitac, depois, ici a Copacabana, porque também dixemos: Vim da feia e, depois, pasei por Copacabana, poréin, deve-se neste caso: 4) ow eviter a contracsio, pelo modelo: Camées ¢ 0 autor de Os Lustadas, A noticia sain em O Globo. eee 8 BREVE GRAMATICA DO PoRTUGUS CONTENPORANGO. D) ou indiear pelo apdstrofo a supressto da vogal da preposigio: Camées & 0 autor d’Os Lusfadas, A noticia sain 2'0 Globo. ‘Tenhe-se ptesente que as grafias dos Lustadas © mo Globo —talvez as ‘ais frequentes — deruspam o titulo do poema e do jornal em causa. Observagio: lugoes apontadas sio admitides p , © Formulicio Ortogralico de 1 fo para indicar a supressio da vogal cografia portuguesa, No Bra- (9 preceitue © emprego do reposicio. 4 Quando a preposigio que antecede o artigo esté selacionsda com © verbo, € no com 0 substantive que o artigo introduz, é aconselhavel que 08 dois elementos fiquem separados, embora nao faltem exemplos da sua aglatinagio na pritice dos melhores eseritores: ‘A circanstincia de as vindimas jontarem a familia prestava-se a uma seunifo anual aa Junceda, (Miguel Torsa, V, 159) ‘Formas combinadas do artigo indefinido. 3. © Antico inpermmo pode contrairse com as preposigées em ¢ de, originando: 2. As preposigdes em e de, anteposias ao artigo indefinido que integea © titulo de obras, sepatan-se dele na escrita: Sofamos do que, em Um olhar sobre a Vida, qualifiquei de ainsénia internacional. Genolino Amado, RP, ax.) antigo i (On no cata da outta Maria, a de «Um capitio de voluntitioss, eriatura festa amais quente € mais fia do que ninguémp. (Augusto Meyer, SE, 4 3. Também alo ¢ aconselhivel a contracgto do artigo indefinido com siglo que se relaciona com 0 vetbo, ¢ nfo com o substentivo que © artigo introduz: ‘A obra atrasou-se em virtude de uns operitios se tctem acidentado, VALORES DO ARTIGO A determinagio, Quer soja pernuDo (9 ¢ suas variagdes a, 07; at), quet seja mepuenveD0 (om © suas variagies wine, st, unas), © ARTIGO catacteriza-se pot ser a pala ra que introduz 0 substantivo indicando-the 0 género ¢ o nimero, Assim sendo: 2) qvalquer palavra ou expressio anvecedida de artigo se torna subs- O acto résio € © conjunto do escrever ¢ do ter. (Fernando Namora, E, t31.) j, Bittadem os flésofps que nosso confit essencisl ¢ drama talvez tnico seja mesmo © estar-no-faundo, (Guimaries Rosa, T, x0.) 2) 0 nttigo faz aparecer 0 género ¢ 0 mimero do substantivo: © Amazonas A as amizonas 9 cliente 8 cliente o pires 08 pres as bibliotecas os Astecas 9 plain pianista um pirate uma gravats jum quilogeama a ama © jabuti 2 joiti ° plo a mio um besio a produgio o ¢ 2 fem um poems a ema (Com isso, permite a distingto de substantivos homénimos, tals como: © cabega Setboe oo gimtde a guna ce tan ce oie copia = kept fw a fone (nee agEvE GRAMAvICA Do poRTUGUEs CONTEMPORANEO. 160 EMPREGO DO ARTIGO DEFINIDO 1, Com 08 substantives comuns Na lingua dos nossos dias, 0 ARsIGO DeFuDO é, em geral, um mero ivo comum, serve para determiné-lo, jutros individuos ou objectos da espé- Sumiuse a rapariga. (Catlos de Oliveica, 4G, 125.) Este seu valor costuina ser enfatizado, quando se pretende acentuar © earicter nico ou universal do elemento representado pelo substentivo: dos Anjos, MS, Ho que se chama aRrIGo DE NoTORIEDADR. Emprego como demonstrative. © artigo definido fhe, Mad (= agucle, endo pouco a pouco, 2505. Fo que se observa em Permanecen a [ Partimos n0 [ — Levarel produtos da [ = Emprego do attigo pelo possessivo. x. Este emprego do anrico nurmino frequente antes de substanti- vvos que designam: 4) partes do cozpo: Passei a mio pelo queixo, (Liygia Fagundes ‘elles, ABV, 15.) ¥) pegas de vestudtio ou objectos de uso marcadamente pessoal: ‘Abel Matis, calado, veste as calgas ¢ a camisa. (Orlando Mendes, P, 130.) Anzte0 a6 a eee 2) faculdades do espirito: Chegou a tomar balanso para as habituais meditagics. (Augusto Abelaira, D, 15.) 4) relagies de parentesco: — Ja nto chamow pela (Miguel To V, 196) 2. "Nilo se empregs, porém, © artigo quando estes nomes formam com as preposigées de ou a uma locugio adverbial. Pus-me de joethos. Emagrece a olhos vistos, Fico de bolsos vazios. Guardou isso de meméria. Emptego do artigo antes dos possessivos. 1, Antes de pronome substantivo possessivo. Em portegués, » emprego ou a omissio do possessivos que funcionam como pronomes substan: valor estilistico, mas corresponde a uma clara Comparem-se, pot exemplo, as frases segui Este cinto ¢ meu. Este cinto é 0 meu, Com a primeiza, pretende-se acentuar a dizer-se: este cinto pertence-ime, & de Com ples ideia de posse. Bquivale 7 propriedaden, ‘ginda, porém, faz-se convergit a atengio para 0 objecto pos- suldo, que se evidencia como distinto de outros da mesma espécie, nfo per- ‘encentes A pessox em cause, O seu sentido serd: «Este € 0 meu cinto, o que ossuo». 2% Antes de pronome adjectivo possessive. % Quando trazem claros 08 scus substantivos, os possessivos podem usas-se com attigo ou sem ele: ‘Mew amor é s6 teu. © meia amor € 96 teu, Estive com tua iema, Estive com a tua irma, 62 aREVE GRAMATICA Do roRruGUES CoNTEMPORANHO ‘A presenga do artigo antes de pronome adjectivo possessivo ocorre com menos frequéncia no portugués do Brasil do que no de Portugal, onde, com excepgio dos casos adiante mencionados, ela é praticamente obrigaté ia, Comparem-se estes exemplos: —A minha irma ¢ 0 meu cunhado costomam reccber 08 seus amigos sais fntimos (Augusto Abelaite, D, 107) ‘Meu avd matetno foi verdadcisumente minha primeira amizade, ‘companheiro de bringuedo da minha primeira infancia. Gilberto Amado, HME, 4.) 2, O attigo € sistematicamente omitido quando o possessivot 4) & parte integrante de uma formula de tratamento ou de expresses como Nosso Pai (referente 20 Santissimo), Nosso Senbor, Nosta Senbora: Sua Exceléncia Reverendissima escusouse de recebélot pessoal mente, (Bernardo Santareno, TPM, 37.) ‘Nosso Senhor tinha 0 olhar em pranto, Chorava Nossa Senhora. (Alphonsus de Guimarsens, OG, 121.) 3) fax parte de um vocativo: —Morrer, meu Amo, s6 uma vez! (atéaio Nobre, J, 106.) 4) pertence a certas expressbes feites: en sinha opinido, em mon poder, ‘seu bel-prazer, por miuba sontade, por mex mal, etc. 4) vem precedido de um demonstrative: No agueato mais esse teu silencio antipitico. (Urbano Tavares Rodrigues, TO, 162.) Observagio: Se 0 postessivo estiver posposto a0 substantivo, este vied normalmente pre- codido de anxicor Quanto mist Now olhos tous. (Wines de Moris, PCP, 334) Rr60 153 Pode, no entanto, dispensé-lo, quando nos referimos « algo de modo impreciso’ ou vago: ‘Tenho estado a espera de noticias (Anténio Nobre, mas vejo que no chegam nunce. Emprego genético. ‘Use-se as vezes 0 anrico parnvEpo junto a um substantivo no singular para exprimir a totalidade especifica de um género, de uma categoria, de ‘um grupo, de uma substincia: Este emptego é frequente nos provérbios: © homem tio é propriedade do homem. © pao pela cos, ¢ 0 vinko pelo sabor. © avarento nfo tem ¢ 0 prédigo nto terd, Seo substantive ¢ abstracto, o ARsIGO serve, ademais, para personalizé-lo: Era o deus vivo que of tinha na sua mo, 0 amigo-inimigo donde Ihes vinha todo 0 bem e todo 0 mal, a miséria ¢ 0 pio, 0 luto c a alegria. (Branquinbo da Fonseca, MS, 173.) Entse os abstractos incluem-se naturalmente os adjectives substantiva- dos: Bn trabalho com o inesperado, (Ciatice Lispector, SV, x4.) Nestes casos podese dispensar o artigo, principalmente quando o substantive 6 abstracto, ou quando fiz parte de provérbios, eases sentenciosas e compa rages breves: Pobreza nio é vileza. Caio que ladea nto mozde. Homem nio ¢ bicho. Preto como azeviche. Emprego em expresses de tempo, X. Os nomes de meses nfo admitem anmico, a men scompanhados de qualifcativo: que venham Bstou seguro de ie Rio em fins de junho rio de Andtade, CMB, 102) principios de jutbo, 164 DRave ORAMATICA DO PORTUGUES CONTEMPORANGO Bea um sotembro puro. Gtiguel Torge, CAL, 65.) Observagio: ‘Omite-se em geral 0 ARTIGO antes das datas do més: (© parecer € de 28 de janeiro de 1640. (Gaime Coztesio, IHB, 11, 218.) Costuma-se, no entanto, usélo antes de datas célebres (que adquirem o valor de um substantivo composto de NUMERAL + PREDOSIGAO -+ SUBSTANTIVO): (Carlos Drummond de Andrade, FA, 116,) 2. Os nomes dos dias da semana vém precedidos de anr1co, princi- palmente quando enunciados no plural: Queres ir comigo a Ttilia no domingo? (Augusto Abela, D, 43.) ‘Aos domingos ssfam cedo para a missa, (Coelho Netto, OS, 1, 33.) Mas podem dispensé-lo (juntamente com a pteposigio a que se aglu- tinai), quando foncionam como adjunto adverbial. Assim: Domingo a tarde. Domingo seri a vez do teu moinho... (Fernando Namora, DT, 221) 3. Nao se ust 0 ARTIGO nas designagées das horas do dia, nem com as expresses melodia ¢ meia-noite: Mela-noite? Nro se teria engacado? Gosué Montello, SC, 25-26.) © anrrso 6 porém, de regra quando, antecedidas de preposicio, tais formas se emptegam adverbialmente: J nto se almoga as 9 da manha fe nifo se jonta ds 4, (Carlos Drummond de Andrade, MA, 99.) antigo 165 ‘Ao meio-dia jé 2s dguas do porto etam prata fundida, (Urbano Tavares Rodrigues, JE, 47.) 4 Os nomes das quatro estagies do ano sio precedidos de artigo: Seté goivo no outono, assim como era, EBternamente mal-aventarads, ‘A alma, que lirio foi na primavera... (Alphonsus de Guirsaraeas, OC, 542) Podem, no entanto, dispensi-lo quando, antecedidos da preposigao de fancionam como complemento nominal oa como adjunto adnominal: Que noite de inverno! Que fio, que frio! Gelou mea carvio: ‘Mas boto-o A lateira, tal qual pelo estio, ‘Faz col de vero! (Anténio Nobre, 5+ Os nomes de datas festivas dizem-se com ARrIGO: © Ano-Bom o Natal (© Carnaval a Péscoa B, porém, de regra a omissio do arzico qi ‘nam como adjunto adnominal das palavras dia, ‘estes nomes funcio- femana, presente, ebc.t © primeiro dia de Carnaval. A noite de Natal. A semana de Péscoa. ‘Um presente de Ano-Bom, Com a palavra casa. x. Dispensam 0 anrico 03 adjuntos adverbiais de lugar em que entra 4 palavra casa: 4) desacompanhada de detetminagio ou qualificagio, no sentido de exesidéncian, dary: Chegada a casa, nifo os encontrou, (Joaquim Pago d’Atcos, CVL, 558.) 166 Reve ORAMATICA DO PORTUGUES CONTENFORANEO, Cchorei como todos de casa. (José Lins do Rego, B, 21.) ¥) em sentido vago, embora acompanhada de qualifcagio: Estava em casa propria Mi para Ipanema. (Aquilino Ribeiro, MG 356.) 2 Masa palavra cata vem de regea antecedida de axrico: 4) quando usada na acepgio préptia de «prédion, cedificion, westa- belecimenton: Estou cansado, preciso de um sécio, slguém que me dirija a casa, (Augusto Abelaira, D, 28.) 8) quando csti patticularizada por adjunto adnominal: Foi um golpe esta carta; nfo obstante, spenas fechou a noi casa de Virgilia. (Machado de Assis, OC, 1, 484.) Obseevagio: Dizese o doa (ou 2 dena) da casa para indicat, com precsio, scja 0 proptic- tico do prédo, sea o chete da fai, im tetido vapo, disse, pore, uma boa dona de casa, a te Emprego com o supetlativo relativo. © antigo psenano é de emprego obtigatétio com 0 supetlativo rela- tivo, Pode precedet 0 substantivo: Era o aluno mais estudioso da tucma. Ou o superlative: Em 0 mais estudioso aluno da turma, Era aluno o mais estudioso da arma, axrico 267 Mas-nio deve ser repetido antes do superlative quando jé acompanha o substantivo, como neste exetnplo: ra 0 aluno o mais estudioso da turma. 2, Com os nomes préptios. ‘Sendo por definigio individualizante, o nome proprio deveria dispensar © ARTIGO. Mas, n0 curso da histéria da lingua, razdes diversas concorreram para que esta norma légica nem sempre fosse observada ¢, hoje, hi mesmo grande nGmero de nomes préprios que exigem obrigatoriamente 0 acom- panhamento’do axriGo permsipo. Entre essas razées, deve ser mencio- sadas: @) @ intengio de reforgar a ideia de individualidade, de um todo inti- mamente unido, como se concebe, em geral, um pais, um continente, um oceano: © Brasil a América © Atdintico B) a de set 0 nome proptio originariamente um substantivo comm, construido com 0 ARrIGo: © Posto © Havre (fancts Le Haare = 0 posto) ©) a influéncia sintéctjea do italiano, Iingua em que os nomes de fan‘ gua em gt lia, quando empregedos isoladamente, vém precedidos de Antico: © Tasso © Ticiano a Patti 4) ade cerear 0 nome préprio de uma atmosfera afectiva ou familiar: =O Addo foi a novena? —Greio que no, Quem esteve Id foi a Marta com a Teixeira. (Gractiano Ramos, C, 247) Com os nomes de pessoas, Os nomes préptios de pes An1Go, principalmente quando Assim: 8 (de baptismo ¢ de familia) nfo levam iplicam a petsonegens muito conhecidos. Combes Dante Napoleto 168 DREVE GRAMATICA DO roRTUGUEs CONTEMPORANEO Emprega-se, porém, 0 ARTIGO DEFRNIDO: 1.9) quando © nome de pessoa vem precedido de qualificativo: © romintico Alencar. © divino Dante, 2.®) quando o nome de pessoa vem acompanhado de determinative cou ualificativo denotadores de um aspecto, de uma época, de uma circuns- tincia da vida do individuo: Eta 0 Daniel de outrora que ea tinh diante de mim. (Josué Montello, DY’P, 257.) 4°) quando o nome de pessoa vem enunciado no plural: 4) seja para indicar individuos do mesmo nome: Os dois Plinios. > t1és Horicios, D) soja para designar uma colectividade familiar: Os Andradas. Os Bragancas. ©) soja para caracterizar, enfaticamente, classes ou tipos de individuos gue se assemelham 2 um valto ou personagem célebre, caso em que 0 nome proptio vale por um nome comum: Que importa isso tudo, se, qui, 08 Clemenceaus andam a monte, o8 Hindemburgos rolam 0s tombos, 08 Gladstones pululam aos esrdumes, 8 Bismarcks se multipticam em ninhadas, e 08 Thiers cobrem 0 sol como auvens de gafanhotos. (Rui Basbosa, EDS, 484.) 4) pata designar obras de um artista (geralmente quadsos de um pintor): Os Goyas do Museu do Prado, Com os nomes geogrificos. estado actual do uso do Anr1G0 com os nomes geogréficos é 0 seguinte: 1.9) Empregase normalmente 0 ARzIG0 DEFINIDO: 4) com os nomes de paises, regides, continentes, montanhas, vuleées, axnigo 169 desertos, constelagées,rios, lagos, oceanos, mares © grupos de ihas: Brasil © Hiimalaia © Nilo a Frange 08, Alpes © Lemano os Estados Unidos 0 Teide © Adlintioo 2 Guin © Atacama © Baltico (0 Nordeste © Sear © Mediterrineo a Aftiea © Cruzeiro do Sul 08 Agores 2) com os nomes dos pontos cardeais os dos colatetais, quer no sen- tido préptio, quer no de regiées ow ventos: © promontério tapava pata o norte, Branquinho da Fonseca, MS, 104.) ‘Também os ventos aordestinos se acharam presentet: © Nordeste ¢ 0 Sudeste... Coaquim Cardoso, SE, 60.) 2.9) Nao se usa em geral o ARTIGO pERNSIDO: 2) com os nomes de cidades, de localidades ¢ da maioria das ilhas: Lisboa Aged Ceeta 2) com os nomes de planetas e de estrelas: Marte Canépus 3.9) Nio é uniforme o emprego do Antico parnsiDo com os nomes dos estados basileiros ¢ das provincias portuguesas. ‘A maioria leva arzico. Nao se usam, porém, com artigo: Alagoas Pernambuco Serpipe Gols Rondénia ‘Tefs-os-Montes ‘Mato Grosso Senta Catacina ‘Minas Gerais Sto Paulo 49) Como os nomes de pessoas, os nomes geogrificos passam a admi- tir 0 artigo desde que acompanhedos de qualificagio ou de determinagio: ‘Ai canta, canta ao luar, minha guitarra, ‘A Lisboa dos Poctas Cavaleicos! (Anténio Nobte, D, 68.) eee oe BREVE GRAMATICA DO PORTUGUS CONTEMPORANEO vir sem Arrigo: ‘Marcha para oeste Percurso de norte a sul ‘Vento de leste Com os nomes de obras literdrias e artisticas. Emprega-se em getal o attigo, mesmo quando nfo pertence 20 titulo: Ontem, & noite, comecei a ler a Ana Karenina, (ugusto Abela, D, 64.) 3. Casos especiais Antes da palavra oxtro. 1. Emiprega-se 0 artigo definido quando a palavra outro tem sentido determinado: ‘Titei do colégio os meus dois filhos: © mais velho exa um deménio, 0 outso um anjo. (Camilo Castelo Branco, OS, I, 290.) 2 Calase, porém, o artigo quando 0 seu sentido ¢ indeterminado: Avuns ame, a outros estimei, aborreci alguns ¢ alguas mal conheci—mas todos! ail todos, me improgaarnen de suas vidas, Pedro Nava, BC, 228.) Depois das palavras ambos € todo. Arias ¢ tndo si 28 ‘sicas palavras que, em portagués, costumam ante- ceder o artigo pertencente a0 mesmo sintagm. 1. Se 0 substantivo determinado pelo numeral anbas estiver claro, & de regen 0 emprego do artigo definido: ‘Vasco apoion os cotovelos nela e segurou 0 rotto com ambas as mios. (ico Veessimo, LS, 166.) Arrigo oa 2. A presenga ou a austncia do artigo depois da palavra sado depend, obviamente, de admitir ou rejeiter 0 substantive aquela determinacio, Diremos, por exemplo: ‘Todo o Brasil peasa assim. ‘Todo Portugal peasa assim. pot se construire de modo diverso esses dois nomes geogrificos. 3+ Hi casos, porém, que precisam de ser considerados particularmente. Assim: 1.9) No PLURAL, anteposto ou posposto 20 substantive, sodes vem acompanhado de artigo, a menos que haja um determinativo que 0 exclua: s disctpulos amavam-na, prontos a todos os obséquios. ‘(Aquilino Ribeiro, CRG, Inm-se-me as esperangas tod: terminava a carreita politica, Mas: 2.9) Nilo se ust 0 artigo antes do numeral em sposigio a Jados: Vico felizes 2 todos quatro, (Machado de Assis, OG, 1, 1126.) Se, no entanto, o substantivo estiver claro, 0 artigo é de regea: ‘Vito felizes a todos os quatro meninos. 3) No smvcutar, fod: 4) vied acompanhedo de artigo, quando indicer # totalidade das partes: Toda a praia & um tnico gro de ansiedade (Alves Redol, FM, 506) 4) poder vir ou nio acompanhado de artigo quando exp lidade nusmézica: Falave bem como todo francés, ‘0 Amado, PP, 168.) 1 BREVE GRAWATICA DO rORTUGUIS CoNTENRORANEO Toda a gente sabe que Ménica ¢ sextssims, (Gophia de Mello Breyner Andcesea, CE, 120.) Neste sltimo caso é obrigatéria a sua anteposigdo a0 substantivo. 49) Anteposto 20 lefinido, todo significa «inteiro», «completo»: Para conseguir 0 seu intento cobrin de ridiculo toda uma gerasio, ¢ langou a8 bases de toda uma remodelaglo social. meee Gilberto Amado, TL, 29.) 5.9) Quanto todo (ow toda) esté empregado com forga adv admite narutalmente 0 a¢ompanhamento do artigo: Bo ‘Todo barheado de fresco, as cordoveias do petcago Iuziamlhe grossas como calabret. (Aquilino Ribeiro, CRG, 228.) 62) Em numerosas locugées do portugues contemporinco, fads (ou toda) vern seguido de artigo. Entre outras, mencionem-se as seguintes: 2 todo 0 custo 2 toda a brida a todo o galope a toda 2 hora a todo o instante 8 toda 2 presse 8 todo © momento em toda parte em todo o por toda a parte REPETIGAO DO ARTIGO DEFINIDO Com substantivos. X. Quando empregado antes do primeiso substantivo de uma sétie, © artigo deve anteceder os substantivos seguintes, ainda que sejam todos do ‘mesmo género e do mesmo nimero: Cantava para os anjos, para os presos, para os vivos ¢ para 08 mottos. (José Lins do Rego, MV-A, 347.) com artigo e sem ele pode, em cer- icos aprecidveis: Antico us 3+ Nio se repete, porém, o artigo: 4) quando o segundo substantive designa o mesmo ser ou a mesma coisa que o primeiro: Presenteou-me este livso 0 compadre e amigo Carlos. A fratz-de-conde, on ata, é deliciosa. 4) quando, no pensamento, os substantivos se representam como um todo estreitamente unido: (© eatndo {do foleore] era necessitado pela existéncia das histries, conros de fadas, fbulas, apélogos, eapertigdes, provérbios, pocsia ¢ mitos recolhi= dos da tradigto oral. (Joto Ribeiro, Fi, 6.) Com adjectivos. 1 Repete-se o artigo antes de dois adjectivos unidos por uma das conjungdes ¢ ¢ o# quando os adjectivos acenruam qualidades opostas de um mesmo substantive: Conhecia © novo ¢ 0 velho Testament. A boa ou a mé fortuna no o alteraram, 2, Nio se tepete, portm, 0 ARTIGO se os dois adjectivos ligados pelas conjungdes ¢, on (e mas) se aplicim a um substantivo com o qual formam um coneeito nico: ‘Mas porque nfo the telefona logo & noite, porque nfo recomesamm a velha © quase esquecida amizade? (Augusto Abelaira, D, 22.) ivos no vém unidos pelas conjungdes ¢ ¢ ox, deve-se repetir 0 artigo, Tal construgio empresta ao enunciado énfase particular: Eo povo, o verdadeiro, 0 nobre, © austero povo portuguts. (Augusto Frederico Schmidt, F, 102.) OMISSAO DO ARTIGO DEFINIDO Do que foi estudado nas péginas definido limita sempre a nogio expressa 4 BREVE GRAMATICA DO PORTUGUES CoNTEMPORANEO x, O cou emprego 6, pois, evitado em cettos casos: queremos indicar & nogio expressa pelo substantivo de to é, na plena extensio do seu significado. Compatem-se, 8 frases: do crime [rcusagio pre Foi acueado de um crime [acusasio vaga). Foj acutado de crime [acosacio mais vaga ainda). 3-°) Quando, nas enumeragées, pretendemos obter um efito: 4) de acumulagio: Samuel, a principle com selutiocis, depoie com firs, Gnalmente eens esignago, pés-se a morder e a mastigar tudo: lépis, borrachas, pedacinhos de pau, gomos de eanade-agicar, (Carlos Drummond de Andrade, CA, 145-4.) 4) de dispersio, como neste exemplo de mwuaeRacko cAortca: Volteiaan dentro de mim, Em rodopio, em novelos, Milagres, uivos, castelos, Forcas de luz, pesadelos, ‘Altas torres de marfim. @irio de Sé-Carneito, P, 75.) 2 Além desses casos getais ¢ de outros particulares, anteriormente examinados, omitese 0 artigo definido: @) nos vocativos: ‘Oh! dias da minha infancia! ‘Ohl meu eéu de primaverat (Casimiro de Abreu, O, 94.) oe 15 4) 08 apostos que indicam simples apteciagio: Tardes de minha terra, doce encanto, ‘Tardes duma pureza de agucenas. Flotbela Hspanca, 5, 35.) 4) antes de palavzas que designam matéria de estudo, empregadas com 08 werbos aprender, estudar, cirsar, ensinar e sinénimos. Aprender Inglés. Carsar Dizeito, Estadar Latim, Ensinar Geometria. 4) antes das palavras tempo, ocasito, motivo, permisido, fore, valor, énime (para alguma coisa), complementos dos verbos ter, dar, pedire seus sinénimos: Nio houve tempo pura descanso, Nio dei motivo i critica, Pediimos petmissio para sais, ‘io tive finimo pass viajar EMPREGO DO ARTIGO INDEFINIDO x. Com 08 substantivos comuns. XO antigo indefinid —j o disseaos — serve principalmente pare 4 apresentagio de um ser ou de um objecto ainda nfo conhecido do ouvinte ou do leitor. Pouco depois, atraido também pelo espectéculo, foi chegando um cabo- clinho magro, com uma taquata ns mio. (Aleew Amoroso Lima, 4, 40.) ‘Uma vez apresentados 0 sere 0 objecto, nfo hé mais razio para o emprego do actiga indefinido, ¢ 0 escritor ou o locutor devers usar dai por diante © artigo definido. I o que se observa na continuaggo do texto em causa: Pupiles acesas vinham espiar entre as Arvores, como que tembém attaidas pela melodia da taquara do caboclinho. (Wid) 2. Para se procisar a classe ou a espécie de um substantivo jé deter- ‘inado por artigo definide, costuma-se repeti-lo, na aposigio, com o artigo indefinido: Ele sentia 0 cheito do imperme4vel dela: um cheiro doce de fruta madura, fe GBrico Verissimo, LS, 140.) 76 BREV2 GRAMATICA DO PORTUGUES CONTEMPORANEO 3. Por sua forca generalizadora, 0 artigo indefinido pode atribuir a ‘um substantivo no singular a representagio de toda a espécie: —Aqeele, digo-vos eu, aquele é um homem. (Branquinho da Fonseca, MS, 165.) 4. A anteposigéo do plural sas, umas, a cardinais é a forma preferida do idioma para indicar 2 aproximagio numérica: Teria, quando muito, uns doze anos. (Urbano Tavares Rodrigues, PC, 168.) 2. Com os nomes préprios. x. Bmprega-se 0 artigo indefinido antes de um nome de pessoa: 4) para acentuar a semelhanca ou 2 conformidade de alguém com uum vulto ou um personagem célebre, caso em que 0 nome préprio passa a ser um nome comum: Papal era. um Quixote. (Cizo dos Anjos, MS, 298.) 4) pate indicar sero individuo verdadciro simbolo de uma espécie: ‘A fostuna, toda nosea, & que aio temos um Kant, odo Ribeiro, F, 36 4) para designar um individuo pertencente a determinada fanilia: D, Pedeo I do Brasil, que foi D. Pedro TV de Portugal, era um Braganca, 4) para evocar aspectos geralmente imprevistos de uma pessoa: Apetar disso tido, um Joaquim risonbo, (Genolino Amado, RP, 115.) isfacto em pesson. 6) para desigaar obras de um artista (geralmente quadros de um pintor): ‘Também disse, € verdade, como era necessécio aprender a distinguir 0 fado de uma sinfonis, um Pleaseo de um calendétio, (Wergllio Ferseirs, 4, 28.) axnico 7 —_— 2. Como o artigo definido, 0 indefinido pode acompanhar os nomes geogrificos, se qualificados: Mais tarde, hevetia de ouvirlhe pessoalmente a sua visio dum Egeu de deuses vives. (Luts Forjas Trigueiros, ME, 260.) OMISSKO DO ARTIGO INDEFINIDO Em expressies de identidade. 1. Evita-se, em geral, empreger o astigo indefinido quando jé existe, anteposto 20 substantivo, um dos pronomes demonsteativos igual, semelbante tal; on um dos indefinidos certo, outro, qualquer c tanto: Certo amigo men jé usou de argumento. Em outra’circunstincia en aprovaria semelhante atitude, Se continuaces com tal inapeténcia ¢ com tanta febre, podes tomar o remédio « qualquer hora. 2 Advirta-se, por 2 um substantivo, passam a malmente com art.3o indefini 3s dessas formas, quando pospostas 0s, e480 em que s© constroem not Ele disse uma coisa certa. Quero um liveo igual a esse, Uma hora qualquer irei velo. ‘Tens um modo semelhante de falar. Costuma-se, no entanto, calar 0 artigo indefinido, quando a fiase 6 negativa ou intersogativa: Nance li coisa igual. Jamais sc ouviu barbaridade tal! Jé viste trejeitos semethantes? ‘Em expresses comparativas. 1. Em principio, as formulas comparativas podem admitir « exclusio do artigo indefinido. B 0 caso: 4) dos comparativos de igualdade formados com #40 on tanto: ‘Nunca passei por lugar tio perigoso como aquele. ‘Trabalhava com tanto cuidado como © pal = 18 REVE GRAMAMICA DO FoRTUGUES CONTMMPORANEO D) dos comparativos de superiotidade ou de infetioridade, principal. mente quando expressos sob a forma negativa on interrogativa: Nito encontraris melhor amigo neste emergéncia. Conseguiste maior renda este més? 2. Bi dispensivel também o artigo indefinido em comparagées do tipo: ‘Qual furacto, sevolven tudo. Bailava como nume da floresta, Em exptessdes de quantidade, Costumavse evitar 0 attigo indefinido antes de expressées denotadoras de quantidade indeterminada, constituldas seja por substantivos (como: ‘visa, gente, infindade, maltida, mero, parte, pessoa, porgao, quanta, quantidade, yuivalentes), soja por adjectivos (como: escaso, excesine, suficiente ¢ ): Hiavia grande mimeto de pessoas no casamiento. Reservou para si boa parte do Iuero, Com substantive denotador da espécie. Quando um substantive no singular é concebido sob o aspecto de categoria, de espécie, € no sob o de unidade, pode-se calat o aztigo inde- finido. Esta omissio aparece frequentemente em provézbios: Gio ladrador nunca € bom cacador. Kepada na mio de sandeu, petigo de quem la den. Outros casos de omissio do artigo indefinido. Além dos czsos mencionados, a lingua portuguesa admite a omissio do artigo indefinido em rouitos outsos. Como o artigo definido, ele pode altar: 4@) nas enumetagoes: Desde af, 0s campos-cantos silo cessatam de recolher os mortos meus: av6, tios, amigos de infincla, companhelzos queridos —a lista € aterra- dor... (Augusto Frederico Schmidt, GB, 151.) asco 19 4) 205 apostos: ‘Mea pai, homem de boa familia, possula formana grossa, como sido ignoram. (Graciliano Ramos, OH, 28.) € sempre que 2 clateza ou a énfase no o exigirem, Observagio: Em rigor, nfo sc tiata propriamente estes estos e Ros seguintes de omis fo 3 atigo indie, mes de sos onde ee mans se mpeg de forme [Na fase primitive das linguas rominicas, 0 atigo indefinido ere de uto see- tito, Com o correr do tempo, esie detscminativo foise introduzindo em smumerotas contcragbes ¢, hoje, ot variados matizes do seu emprego constimer uma inestimavel siqueaa esiliatca de todas clas. apgonvo rr 10. gindo-the, pois, a extensio do significado. Nao admitem gravs de intensi- . Gade e véet normalmente porpostos 40 substantive. A sia anteposigio, 20 ‘aso, provoes uma valoriagio de sentido muito sensfvel. Adj ectivo ‘Nome substantive e nome adjectivo, E muito cstreita a selagio entre o supsraNrtvo (termo determinado) e © appecrtvo (termo determinante). Nio rato, hé uma tinice forma para as, duas classes de palavras , nesse caso, a distingao 86 poderé ser felta na frase. Comparem-se, por exemplo: © anjucrivo € cssencialmente um modificador do substantive. Serve: | ‘nna preta velha vendia lranjas. ‘Uma velha preta vendia laranjes. 1.9) pata caracterizar os seres, os objectos ou as nogBes nomeadas Fee eee Na primeira omagio, preta & substantivo, porque € a palavramicleo, 2) uma qualidade (ou defeito): caracterizada por velba, que, pot sua ver, € adjectivo na medida em que é nicleo. Na segunda oragio, 20 contritio, inteligtneia Ueida hhomem perverso sio dos nomes portugueses em substantivos Dy om + OE eect adjectives obedece 2 wnt etitétio basicamente sintéctico, funcional. peston simples supaz delicado 0) © aspecto ou apattncia: Sabstantivagdo do adjectivo, ofa azul vidro fosco , ; Sempre que 2 qualidade referida a um ser, objecto ou nogio for con- 2) 0 estado: cebida com grande independéncia, o adjectivo que a reptesenta deixard de peace gees set um termo subordinado pata torner-se 0 termo mucleat do sintagmna nominal. Dé-se, entio, 0 que se chama SUBSrANTIVAGAO DO ADJECIIVO, 29) pn erable com o sosanvo ua eliso de tempo, de | Ge (np arin) soaipcaee, ern OF wm Semi espago, de matétia, de finalidade, de propricdade, de procedéncia, etc. | . ppeeaiaena ae ‘Comparem-se, por exemplo, estas oragdes: (© céu cinzento indica chuva, ‘nota mensal (= nota relativa ao més) © cinzento do oft indice chava Na primeira, cngento & adjectivo; na segunila, substantive, Substitutos do adjective. 1. Palavras ou expresses de outra classe geamatical podem também servir para catacterizar 0 substantivo, ficando a ele subordinades na frase, x82 BREVE GRAMATICA DO PORTUGUES CONTEMPORANEO Valem, portanto, por verdadeitos adjectivos, scmintica ¢ sintacticamente falando, Costuma-te, por exemplo, com tal finaidade: 4) associat ao substantivo principal outro substamtivo em forma de aposto: © tio Joaquim Moga cabega-de-vento 1) empregar locugées formadas, quer de razrosigio + susrannvo: Coragio de anjo [= angélico] Tadividso sem coragem [= medroso] quet de PRevosi¢io + apviinsto: Jornal de hoje [= hodierno} Patas de trés [= eraseiras} 4) substituir © adjectivo por um substantivo abstracto, que passa a ter como complemento nominal o antigo substantive nuclear. ‘Comparcm-se, por exemplo, estas frases: Sofren 0 destino eruel, Soften a erueldade du destino. 2. A catactetizagio do substantivo pode fazer-se ainda por meio de uma oragio: @) seja desenvolvida (quando encabegada por pronome relative): ‘Hi homens que nfo acham nunca a sua expresso. Gilberto Amado, TL, 9.) 3) seja seduzida: Jorge vis 1 dor andando no corpo, a fibre queimando, o pai jf apodce- ia. por dentro. (Adonias Filho, LP, 53.) Motfologia dos adjectives, Poucos sio os adjectivos que podemos considerar PRIMETI¥OS, ou seja, que designam por si mesmos uma qualidade, sem referéncia 2 uma subs. Abjecrivo tincia ow acrio que a sepresentem 1. B, por exemplo, o cato de, entre outros, brando, claro, eurte, grands, largo, liso, lore, trite © de boa parte dos adjectivos refezentes a cot: az b stituida por aqueles que derivam de ‘verbo, com os quais continuam a telacionas-se FLEXOES DOS ADJECTIVOS Como os substantivos, os adjectivos podem flexionar-se cm wUxERO, GENERO € OnAU. Namero O adjective toma a forma smv¢uLAR ou ptunar do substantivo que cle qualifica aluno estudioso mulher hindu perfume francés Plural dos adjectivos simples. alunos estudiosos mulheres hindus perfumes franceses ‘Na fotmagio do plural 4 que obedecem os substan adjectivos simples seguem as mesinas regeas s. Plural dos adjectivos compostos. Nos adjectivos compostos, apenas o ultimo elemento recebe a forma de plutal: contultérios médico-cirtirgicos _institutos afro-astiticos Observagio: Exceptuamse: 4) surde-rde, que fae srdte-nndess 2) 0s auljectivos referentes a cores, que sto invarifveis quando o segundo elemento da composigio € um eubstaative: uuniformes verde-oliva candrios amarelo-ouro 1 Gonsalo Sobsjano, EY epiio a le rice tipi, 2 ed, Madeid, Gredes, 1970, p85 can I SOE NRO oe enon m Formas des ajo, vee o ate dines 0 Capitals 6p. 70-75 184 BREVE GRAMATICA DO PORTUGUES CONTEMPORANHO Género (O substantivo tem sempre um GENERO, o que nao sucede com o adjectivo, que assume o géncro do substantive, Do ponto de vista morfolégico, 0 tinico trago que, na verdade, sin- gulatiza 0 adjectivo como uma parte do discurso divetsa das demais € o de poder, na maioria das veves, apresentar duas tetminagdes de género, sem ‘que, com isso, seja uma palavra de género determinado ¢ sem que 0 con- ceito por ele designado corresponda a um género teal. Formagio do feminino. 1. Como dissemos, os adjectivos sto geralmente nironas, isto é, possuem duas formas, uima pata o masculino outra para o feminino: Mascalino Feminino “Masculino Feminino bom boa maw mi formoso formosa ma sua lindo linda portugués portuguesa 2. © proceso de formagio do feminino destes adjectivos € idéntico a0 dos substantivos. Assim: 1.9) Os tetminados em -0 étono formam o feminino mudando 0-0 belo ela ligeizo ligeisa 29) Os terminados em ~1, -f e -or formam geralmente o feminino actescentando -2 20 masculino: Ingle ingles mondot ——morsdoca francts encantedor ——encantadora Exceptuam-se, porém: 4) dos finalizados em -u: 0s gentilicos hinds © gul¥, que sio invarié- dos finalizados em és: corts, decortts, montts © pedrés, que sto invs- somcrvo 185 2. dos finalizados em -or: os comparativos melbor, pior, maior, menor, superior, interiar, exterior, posterior, altri formas como ler, sensabor © poucas. mais, que grrader, tetminados em -dor ¢ ~or, que mudam estas silabas em rie? srratritg motriz,ete.5 © usn pequeno niimero que substitu -or por -rines tra. balhader, trabalbadeira, etc ° : 3°) Os terminados em -do formam o feminino em ~d ou em ona: sto a chorto chorona, Brirdo, no entanto, faz no feminino beirea 4°) Os terminados em -e (com ¢ fechado) formam o feminino em europe enropeia plebeu plebeia Exceptuam-se judi ¢ sandeu, que facem, respectivamente, julia e sandia, 5°) Os terminados em -év (com ¢ aberto) formam o feminino em ihéa ‘koa tabaréu tabaroa 69) Aguas adjectivos que no masculino possuem o ténico fechedo [0], além de receberem a desinéncia -2, madam o 9 fechado para aberto [3], no feminino: brioso Driose formoso formosa Outros, porém, conservam no feminino 0 » fechado [o] do masculino: chocho chocha fosco fosea Adjectives uniformes. Héadjectivos que tém uma sé forma para os dois géacros. Sto de regra untroaasss o: adjectivos: dos quais funcionam também como subs- ‘leet, cella, israclita, mia, porsa; agré- cla, silscola, vinta, cosmo

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