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2005
COMISSÃO DE SUPERVISÃO:
Eng° Gabriel de Lucena Stuckert Eng° José Carlos Martins Barbosa
(DNIT / DPP / IPR) (DNIT / DPP / IPR)
Eng° Mirandir Dias da Silva Eng° Elias Salomão Nigri
(DNIT / DPP / IPR) (DNIT / DPP / IPR)
EQUIPE TÉCNICA:
Eng° Paulo Romeu de Assunção Gontijo Eng° Otto Pfafstetter
(DNER / IPR) (Consultor)
Eng° Saul Birman Eng° Haroldo Stewart Dantas
(DNER / IPR) (Consultor)
Est. Julio César de Miranda Eng° Renato Cavalcante Chaves
(DNER / IPR) (Consultor)
Engª Carmen Sylvia Menezes Ferreira Eng° João Maggioli Dantas
(DNER / IPR) (Consultor)
Eng° José Helder Ferreira de Andrade
(Consultor)
Eng° Guioberto Vieira de Rezende
(Consultor)
COLABORAÇÃO:
GEPEL – Consultoria de Engenharia Ltda.
2ª Edição
Rio de Janeiro
2005
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PESQUISA
COORDENAÇÃO GERAL DE ESTUDOS E PESQUISA
INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIÁRIAS
A presente edição, mantendo o nível de informação do Manual original, procura ser mais
compacta e mais agradável visualmente. Ou seja, é uma obra de consulta voltada
especialmente aos técnicos que atuam na área, oferecendo alguma dificuldade teórica
para o leitor mais casual ou menos familiarizado com o assunto.
APRESENTAÇÃO .......................................................................................................... 3
LISTA DE ILUSTRAÇÕES.............................................................................................. 5
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 9
BIBLIOGRAFIA............................................................................................................... 131
9
1 - INTRODUÇÃO
11
1 INTRODUÇÃO
Este Manual de Hidrologia Básica para Estruturas de Drenagem tem por objetivo principal
a apresentação dos métodos e procedimentos a serem usados no dimensionamento dos
dispositivos de drenagem envolvendo, entre outros, as obra-de-arte correntes (bueiros e
galerias), as obras de drenagem superficial (sarjetas, valetas, canaletas etc), além da
fixação das seções de vazão das obras-de-arte especiais (pontes e viadutos).
Por último, cabe observar que foram retiradas do texto do Manual as equações e tabelas
das “Equações de Chuva”, originariamente apresentadas na obra “Chuvas Intensas no
Brasil”, de autoria do Eng° Otto Pfafstetter (2a edição, patrocinada pelo Ministério do
Interior – Departamento Nacional de Obras de Saneamento). Com isso, não está sendo
recomendado o seu desuso; ao contrário, sua utilização é indicada em diversos
momentos, deixando-se de representá-las apenas por economia de espaço.
123
7 MÉTODO RACIONAL
7.1 GENERALIDADES
Contudo, por sua extraordinária facilidade de cálculo, esta expressão é, dentre todos os
métodos de avaliação de descargas de projeto para os sistemas de drenagem, aquele
que é utilizado com maior freqüência, não só no Brasil, mas em todo o mundo,
principalmente nas bacias de pequeno porte ou em áreas urbanas.
Nesse caso, a descarga máxima Q é dada pelo produto da área da bacia A, pela
intensidade da precipitação, com duração igual ao tempo de concentração, tc, multiplicado
pelo coeficiente de deflúvio.
c.i. A c.P. A
Q= =
3,6 3,6 t C
sendo:
c = coeficiente de deflúvio;
P
i=
Tc
Para estabelecer a fórmula usada nesse método, admite-se uma chuva de intensidade
constante e uniformemente distribuída sobre a superfície da bacia e, com isto, para todas
as partes da bacia contribuírem simultaneamente com seus deflúvios no ponto onde se
está avaliando a descarga, a duração de chuva deverá ser igual ou maior que o seu
tempo de concentração. Como a intensidade da chuva decresce com o aumento da
duração, a descarga máxima resulta de uma chuva com duração igual ao tempo de
concentração da bacia.
Esse procedimento admite que as curvas de chuva não se alteram apreciavelmente com
a mudança do tempo de recorrência, o que se pode constatar como verdadeiro
examinando-se as diversas curvas obtidas para os 98 postos catalogados.
O método racional tem sido usado de preferência para bacias de pequena área, mas nada
indica que não seja aplicável a bacias maiores, como usualmente é usado em projetos
rodoviários em outros países. Naturalmente, para bacias maiores torna-se necessário
corrigir as precipitações através do fator de redução para a área, uma vez que a
distribuição na superfície da bacia não é uniforme e por isso é denominado normalmente
como fator de distribuição. De qualquer forma o método racional define apenas a
descarga máxima e não a forma completa do hidrograma requerido para alguns casos.
− tc - tempo de concentração;
Quando se usam dados pluviográficos, obtém-se primeiro a precipitação desse posto para
diversas durações e tempo de recorrência de 10 anos. Dividindo-se esses valores pelas
precipitações do posto de referência para TR = 10 anos e diversas durações e marcando-
se esses valores correspondentes à região mais representativa da área de projeto, pode
ser escolhido o posto que tenha as precipitações relativas mais próximas das obtidas para
o posto em estudo.
Para analisar dois postos com curvas de precipitações relativas semelhantes ao posto
considerado procura-se o fator de precipitação do posto de comparação ou dos dois
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encontrados como sendo mais semelhantes ao posto em estudo, efetuando-se a correção
ou interpolação de acordo com a posição das respectivas curvas de precipitações
relativas. A duração unitária será DU = tC / 8.
Quando se usam dados diários de um posto pluviométrico muito mais próximo da área em
estudo que os postos analisados e que disponham de 10 a 15 anos de observações,
efetua-se uma análise estatística para definir a precipitação para o período de recorrência
de 10 anos, multiplicando-se o resultado por 1,13 para obter a precipitação de 24 horas
de igual freqüência de ocorrência.
P10(mm) 15,3 32,2 44,7 59,4 74,7 91,1 107,8 139,0 167,0 207,0 276,9 403,6
PR (mm) 1,11 1,15 1,3 1,45 1,51 1,57 1,61 1,68 1,74 1,78 1,84 1,85
Adotando-se o fator de precipitação NP= 75, o número de curva CN= 40, TR = 10 anos e a
duração unitária DU = 40 / 8 = 5 minutos, resulta um fator de precipitação de FP = 1,68.
66
i = 67,33 ⋅ = 101,0 mm/h
40
60
64,1 = 96,1mm/h
40
− Coeficiente de Distribuição(n)
Para corrigir os efeitos da distribuição das chuvas nas bacias hidrográficas,
consideradas uniformes no Método Racional, principalmente em bacias de médio
porte com áreas superiores a 1 km² , são introduzidos coeficientes redutores das
chuvas de ponta designados Coeficientes ou Fatores de Distribuição.
O mais comum destes fatores, normalmente utilizado em projetos rodoviários é dado
por:
n = A-0,10, onde
n = A-0,15, onde
A = área da bacia, em ha
COEFICIENTE
DESCRIÇÃO DAS ÁREAS DAS BACIAS TRIBUTÁRIAS DE DEFLÚVIO
”c”
Comércio:
Áreas Centrais 0,70 a 0,95
Áreas da periferia do centro 0,50 a 0,70
Residencial:
Áreas de uma única família 0,30 a 0,50
Multi-unidades, isoladas 0,40 a 0,60
Multi-unidades, ligadas 0,60 a 0,75
Residencial (suburbana) 0,25 a 0,40
Área de apartamentos 0,50 a 0,70
Industrial:
Áreas leves 0,50 a 0,80
Áreas densas 0,60 a 0,90
Parques, cemitérios 0,10 a 0,25
Playgrounds 0,20 a 0,35
Pátio e espaço de serviços de estrada de ferro 0,20 a 0,40
Terrenos baldios 0,10 a 0,30
COEFICIENTE
TIPO DE SUPERFÍCIE DE DEFLÚVIO
“c”
Ruas: