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Danuzio Neto
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SUMÁRIO
SUMÁRIO 2
HIDROGRAFIA, RELEVO E CLIMA DO AMAZONAS 3
OS ASPECTOS FÍSICOS DO TERRITÓRIO AMAZONENSE 4
Informações gerais sobre aspectos geográficos do Amazonas 4
Peculiaridades sobre a extensão amazônica e de seus municípios: 8
HIDROGRAFIA 11
Ponto exutório 11
Características da hidrografia brasileira 12
As Regiões Hidrográficas 13
Região Hidrográfica Amazônica 13
A polêmica produção de energia elétrica desta bacia hidrográfica 14
Encontro das águas 15
Pororoca 15
Anavilhanas 16
Rio Hamza 16
Sistema Aquífero Grande Amazônia (Saga) 17
CLIMA 18
MASSAS DE AR NO BRASIL 18
CLIMA AMAZONENSE 21
ZONAS DE CONVERGÊNCIA 23
RELEVO 25
QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR 27
LISTA DE QUESTÕES 34
GABARITO 38
RESUMO DIRECIONADO 39
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A bandeira do Amazonas possui menos estrelas (25) que o número de municípios atuais do estado, que são
62. Isto ocorre porque as 25 estrelas representam os 25 municípios em que se dividia o estado em agosto de 1897
(ano em que se encerrou a participação do Amazonas na Guerra de Canudos). A maior das estrelas presente na
bandeira representa a capital Manaus.
As demais, da esquerda para a direita, simbolizam os municípios de Borba, Silves, Barcelos, Maués, Tefé,
Parintins, Itacoatiara, Coari, Codajás, Manicoré, Barreirinha, São Paulo de Olivença, Urucará, Humaitá, Boa Vista
(atual capital de Roraima), Moura, Fonte Boa, Lábrea, São Gabriel da Cachoeira, Canutama, Manacapuru,
Urucurituba, Carauari e São Felipe do Juruá. Ou seja, a bandeira tem nela representada também município que
atualmente nem faz mais parte do estado do Amazonas, mas que, à época (1897), fazia.
Importante ainda notar que a bandeira é uma referência à participação do Amazonas na Guerra de
Canudos, onde a cor vermelha simboliza os combatentes; o branco, a paz; e as estrelas, como já comentamos, os
municípios.
Capital
Manaus, com uma população estimada em 2021 de 2,2 milhões de habitantes, é a capital do estado e a
maior cidade da região Norte.
A cidade localiza-se na confluência dos rios Negro e Solimões, resultando no rio Amazonas.
Extensão territorial
O estado possui uma extensão territorial de 1.559.161 quilômetros quadrados (dados de 2020), o que o
torna o maior em área territorial do país. A sua área é equivalente ao território somados, por exemplo, de França,
Espanha, Suécia e Grécia.
O Amazonas, constituído por 62 municípios, ocupa mais de 18% da superfície do país.
Só para termos uma dimensão da grandiosidade de sua área territorial, o Amazonas, se fosse um país,
seria o décimo oitavo maior do mundo. É um estado que, sozinho, chega a ser maior que a área da Região Nordeste
inteira.
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Apesar de ser o maior em extensão territorial, o Amazonas possui uma densidade populacional baixa, de
apenas 2,23 hab./km, segundo o censo de 2010. O Distrito Federal, por exemplo, que é a Unidade Federativa com
a maior densidade populacional do país, apresentava, em 2017, a densidade populacional de 525 hab./km².
Em termos absolutos, com uma população estimada em 4.080.611 de habitantes no ano de 2018, sendo o
segundo estado mais populoso da região Norte, superado apenas pelo Pará, o Amazonas era o décimo terceiro
mais populoso do país, segundo os dados do IBGE.
Vegetação
A vegetação predominante é a floresta Amazônica.
População
4.269.995 de pessoas (estimativa de 2021).
Rios principais
• Rio Amazonas;
• Rio Madeiras;
• Rio Purus;
• Rio Içá;
• Rio Japurá;
• Rio Javari;
• Rio Tarauacá;
• Rio Negro;
• Rio Tefé;
• Rio Solimões.
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Número de municípios
O estado possui 62 municípios, quantidade menor que os 75 de Sergipe, o menor estado brasileiro. Boa
parte dos municípios amazonenses apresentam grandes áreas territoriais.
Os municípios amazonenses estão distribuídos em 11 regiões geográficas imediatas. Estas, por sua vez,
estão agrupadas em quatro regiões geográficas intermediárias, conforme classificação adotada pelo IBGE a
partir de 2017.
No primeiro mapa a seguir, que mostra todos os estados do Norte, fica fácil observar todas as unidades
federativas com quem o Amazonas faz divisa (PA, MT, RO e AC).
No segundo mapa, podemos observar os países com quem o Amazonas tem fronteira (Venezuela,
Colômbia e Peru).
A observação atenta dos dois mapas facilitará bastante a compreensão deste assunto.
Mapa 1
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Mapa 2
Professor, mas será que cai questões perguntando coisas tão bobas assim?
Opa, se cai. Olha aí em seguida uma questão neste sentido:
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Gabarito: D
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Ceará 148,8
Amapá 142,8
Pernambuco 98,3
Santa Catarina 95,3
Paraíba 56,4
Rio Grande do Norte 52,8
Espírito Santo 46,0
Rio de Janeiro 43,6
Alagoas 27,7
Sergipe 21,9
Distrito Federal 5,8
Apesar de sua área gigantesca, maior que muitos países europeus (Portugal, por exemplo, é menor que
este município brasileiro), Barcelos não é o maior município em extensão territorial do Brasil. A primeira posição
nesta categoria pertence à Altamira, do estado do Pará, que possui uma área de 159.696 km².
Outra observação importante: dos 25 maiores municípios do país, 16 estão localizados no Amazonas
(praticamente 25% dos 62 municípios que compõem o estado do Amazonas), como podemos observar na tabela
a seguir:
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Dentre as capitais, por sua vez, Manaus é aquela que possui a segunda maior área territorial, como
podemos observar:
Posição Sede de governo Unidade federativa Área (km²)
1 Porto Velho Rondônia 34 082,366
2 Manaus Amazonas 11 401,058
3 Rio Branco Acre 9 222,577
4 Campo Grande Mato Grosso do Sul 8 096,051
5 Macapá Amapá 6 407,123
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HIDROGRAFIA
Antes de estudarmos a hidrografia do estado do Amazonas, precisamos em primeiro lugar saber o que
significa hidrografia.
De modo geral, podemos definir uma bacia hidrográfica como a área ou a região de drenagem onde, por
conta das características geográficas e de relevo, a água da chuva, das montanhas, subterrâneas ou até mesmo de
outros rios escorre para um rio principal e seus afluentes (afluentes são rios e cursos de água menores que
desaguam em rios principais). O relevo da região da bacia faz com que a água de riachos e rios menores corra
para um rio principal. Assim, mesmo a parte seca onde caminhamos, seja nas cidades ou em áreas rurais, é área
de uma bacia hidrográfica, pois as águas que eventualmente escoam nesses locais terão pelo menos a tendência
de se direcionar para um rio.
Assim, fica fácil perceber que os cursos de água são orientados pelos desníveis dos terrenos por onde
passam e que é justamente isto o que irá determinar a bacia hidrográfica. Esta, portanto, irá se desenvolver, por
força da gravidade, das áreas mais altas para as mais baixas. Outro aspecto interessante é que, ao longo do tempo,
a passagem da água das áreas altas para as mais baixas acaba por desgastar e esculpir o relevo que encontra no
seu caminho, o que irá acarretar na transformação da paisagem e na formação de vales, por exemplo.
Como as águas naturalmente irão correr do ponto mais alto em direção aos mais baixos, podemos dizer
que o que separa uma bacia hidrográfica da outra são os divisores de água. Os divisores de água são como um tipo
de fronteira em que de um lado escoa a água em direção a um rio e, de outro, a água flui em direção a outro rio. O
divisor de águas é uma formação do relevo, geralmente a crista das elevações de um terreno, que separa uma
bacia hidrográfica da outra.
Ponto exutório
Chama-se exutório o ponto mais baixo para onde converge toda a descarga de água em relação a um curso.
Assim, pode-se afirmar também que cada afluente do curso principal de uma bacia hidrográfica tem seu próprio
exutório, que irá coincidir com o local onde este afluente encontra o curso principal.
Fonte: https://amigopai.wordpress.com/2015/10/19/bacias-hidrograficas/
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As Regiões Hidrográficas
Oficialmente, foram instituídas 12 regiões hidrográficas pela Resolução nº 32/2003 do Conselho Nacional
de Recursos Hídricos.
Segundo esta Resolução, a região hidrográfica é “o espaço territorial brasileiro compreendido por uma
bacia, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas contíguas com características naturais, sociais e econômicas
homogêneas ou similares, com vistas a orientar o planejamento e o gerenciamento dos recursos hídricos”. São
elas: Amazônica, do Tocantins/Araguaia, Atlântico Nordeste Ocidental, do Parnaíba, Atlântico Nordeste Oriental,
São Francisco, Atlântico Leste, do Paraguai, do Paraná, Atlântico Sudeste, do Uruguai e Atlântico Sul.
Segundo a Resolução 32/2003, considera-se como região hidrográfica o espaço territorial brasileiro
compreendido por uma bacia, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas contíguas com características naturais,
sociais e econômicas homogêneas ou similares, com vistas a orientar o planejamento e gerenciamento dos recursos
hídricos.
A seguir, vamos ver as características de cada da Região Hidrográfica que nos interessa, a Amazônica. A
bem da verdade, nosso foco será na bacia hidrográfica amazônica e não na região hidrográfica amazônica, que é
mais abrangente.
AFLUENTES
MARGEM DIREITA JAVARI, JURUÁ, JUTAÍ, PURUS, MADEIRA, TAPAJÓS E XINGU
MARGEM ESQUERDA IÇA, JAPURÁ, NEGRO, TROMBETAS E JARI
Prezado aluno, grave bem o nome de cada um desses rios, eles podem ser cobrados em prova, como já
ocorreu.
É a bacia hidrográfica brasileira com maior possibilidade de navegação.
A bacia hidrográfica Amazônica do Brasil estende-se por 3.889.489,6 km2. É bom destacarmos que essa é
a extensão da bacia Amazônica do Brasil porque a bacia Amazônica como um todo abrange outros países
(Venezuela, Colômbia, Peru, Equador, Guiana e Bolívia), mas este não é o nosso objeto de estudo neste curso. A
bacia Amazônica internacional é tão grande, com mais de 7.000.000 km², que representa um quinto de toda a
reserva de água doce do planeta.
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Os rios da região estão condicionados ao regime das chuvas e, em muitas partes do Amazonas, são
praticamente as únicas vias de transporte dos habitantes. Em toda a bacia Amazônica existem mais de 20 mil km
de vias fluviais navegáveis, ligando comunidades distantes na região.
Apesar de ser o primeiro em volume de água (100.000 m³), o rio Amazonas costuma ser apontado como o
segundo mais extenso do planeta, com 6.400 km de extensão, perdendo para o Rio Nilo (6.650km). Ocorre, porém,
que por causa do avanço tecnológico aplicado nos sistemas de medição esses números estão sendo
constantemente alterados. Em julho de 2008, por exemplo, estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais,
o INPE, apontaram que o rio Amazonas possui uma extensão de 6.992 km, contra 6.852 km do rio Nilo, o que
tornaria o rio sul-americano o maior do mundo. De acordo com novas expedições feitas no Amazonas, a nascente
deste rio estaria num ponto no sul do Peru, e não no norte, como se acreditava antes. De qualquer forma, quando
se fala em rio mais caudaloso, maior volume de água, o rio Amazonas é indiscutivelmente o maior.
Professor, então o rio Amazonas não nasce no Brasil? Pois é, prezado aluno, o rio Amazonas tem sua origem
na nascente do rio Apurímac (alto da parte ocidental da cordilheira dos Andes), no sul do Peru, e desagua no
oceano Atlântico no delta do Amazonas. Ao longo de seu percurso recebe, ainda no Peru, os nomes de
Carhuasanta, Lloqueta, Apurímac, rio Ene, rio Tambo, Ucayali. Ao entrar em território brasileiro o rio passa a se
chamar Solimões e só vai mudar de nome novamente a partir da confluência com o rio Negro, nas proximidades
da cidade de Manaus, quando, por fim, passa a se chamar Amazonas.
Dos seus mais de 6.900 km de extensão, 3.600 correm em território brasileiro, carregando em seu curso
toneladas de sedimentos arrancados das margens, o que torna a sua coloração amarelada.
A largura do rio Amazonas costuma variar de quatro a cinco km, chegando a alcançar 10 km em certos
locais. A profundidade média do rio Amazonas chega a quase 100 metros.
Você precisa conhecer ainda as funções mais importantes da bacia amazônica no Amazonas:
- Por causa também da pesca, as águas do rio são fonte de sobrevivência para os ribeirinhos e povos
indígenas da região;
- As águas da Bacia Amazônica são importantes para a produção de energia elétrica, pois seus rios
possuem um alto potencial para geração de energia elétrica;
- Os rios constituem um dos principais, e para alguns municípios o único, meio de interligação com outras
localidades.
- A bacia hidrográfica amazônica é a bacia hidrográfica brasileira com maior possibilidade de navegação.
Atenção!
O rio Amazonas é navegável durante todo o ano, havendo restrições de navegação somente
na época da seca (vazante). Os períodos de cheia e vazante do rio Amazonas são os seguintes:
• Períodos de cheia: janeiro a julho
• Períodos de vazante: agosto a dezembro
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Apesar dos grandes projetos de hidrelétricas que estão sendo desenvolvidos na região, as capitais de
Rondônia e Amazonas, Porto Velho e Manaus, respectivamente, são abastecidas por pequenas hidrelétricas,
enquanto o restante das demandas das regiões próximas a essas cidades é atendido por geração termelétrica à
base de óleo diesel e óleo combustível.
Fonte: https://www.manaushoteis.tur.br/conheca-manaus/encontro-das-aguas
Os rios correm lado a lado por uma extensão de aproximadamente seis quilômetros, quando passam então
a formar o rio Amazonas, até chegar ao oceano Atlântico.
As águas dos rios Negro e Solimões não se misturam devido à diferença entre as temperaturas e
densidades que existe entre elas, e também pela diferença da velocidade de suas correntezas: o Rio Negro corre
cerca de 2 km/h a uma temperatura de 28°C, enquanto que o Rio Solimões corre de 4 a 6 km/h a uma temperatura
de 22°C.
Pororoca
É o fenômeno do encontro das correntes de maré do oceano com a corrente fluvial, que ocorre na foz do
rio Amazonas, onde as marés se manifestam com grande amplitude e impetuosidade.
Em outras palavras, a pororoca se caracteriza por grandes e violentas ondas, como podemos observar na
imagem a seguir, que são formadas a partir do encontro das águas do mar com as águas do rio.
Por causa de sua força, atualmente a pororoca também é procurada por surfistas, tanto nacionais quanto
internacionais, que praticam o esporte em suas águas.
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Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=tD7fnqx2wok
Anavilhanas
Situado no rio Negro, no Amazonas, o arquipélago de Anavilhanas é formado por 400 ilhas que abrigam
complexo ecossistema da Amazônia. A região está protegida por legislação federal que criou a Estação Ecológica
de Anavilhanas, com área de 350 mil hectares.
No período das cheias do rio Negro, metade das ilhas fica submersa e os animais têm que se refugiar nas
partes mais elevadas. Quando as águas começam a baixar, as ilhas deixam à mostra praias e canais que
entrecortam toda a região como uma rede, num percurso de aproximadamente 90 km.
A região de Anavilhanas encontra-se próxima ao Parque Nacional de Jaú, a maior reserva florestal da
América do Sul, com 2,27 milhões de hectares, também banhada pelo rio Negro.
A seguir, imagem do arquipélago de Anavilhanas:
Fonte: http://www.vainaminha.com/2013/04/anavilhanas-amazonia.html
Rio Hamza
Pesquisadores do Observatório Nacional (ON) encontraram evidências de um rio subterrâneo de 6 mil
quilômetros de extensão que corre embaixo do Rio Amazonas, a uma profundidade de 4 mil metros, o Rio Hamza,
que tem sua foz no Oceano Atlântico
Os dois cursos d´água têm o mesmo sentido de fluxo - de oeste para leste -, mas se comportam de forma
diferente.
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A descoberta do aquífero que ficou conhecido como Rio Hamza foi possível graças aos dados de
temperatura de 241 poços profundos perfurados pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980, na região amazônica,
quando a estatal procurava petróleo.
O nome do aquífero foi dado em homenagem ao chefe da expedição que fez a descoberta, o pesquisador
Valiya Hamza.
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CLIMA
MASSAS DE AR NO BRASIL
Massas de ar são grandes corpos de ar que se deslocam, influenciando o clima das regiões que alcançam.
92% do território brasileiro está na zona intertropical do planeta (entre os Trópicos de Câncer e de
Capricórnio. Este fator, mais a presença de um extenso litoral no sentido norte-sul, explicam, em nosso país:
• A forte influência das MASSAS DE AR OCEÂNICAS; e
• A PREPONDERÂNCIA DE CLIMAS QUENTES E ÚMIDOS.
Os 8% restantes do nosso território estão localizados ao sul do Trópico de Capricórnio e estão sob a
influência do CLIMA SUBTROPICAL, onde há:
• MAIOR VARIAÇÃO TÉRMICA (grande amplitude térmica); e
• ESTAÇÕES DO ANO BEM DEFINIDAS.
A representação a seguir demonstra a localização do Brasil entre os trópicos (Zona Tropical, Zona Tórrida
ou Intertropical), o que explica a preponderância de climas quentes e úmidos em nosso território. A existência de
diferentes zonas térmicas ocorre porque os raios solares atingem a Terra com diferentes intensidades, devido à
forma esférica do planeta.
Como podemos notar, a maior parte do território brasileiro está no hemisfério meridional do globo (ao Sul
da linha do Equador). Apenas uma pequena parte do nosso território está no hemisfério setentrional (a Norte da
linha do Equador).
Nas próximas duas representações gráficas, podemos observar como atuam as CINCO MASSAS DE AR
que influenciam o clima brasileiro. Note que durante o inverno há uma massa de ar a mais atuando no país, a Massa
Polar Atlântica, que possui atuação especialmente no Sul e no Sudeste brasileiros.
Observe que as massas de ar recebem nomes associados aos ambientes em que se formam, sendo
basicamente divididas em três grupos:
• As formadas próximas da Linha do Equador: EQUATORIAIS;
• As formadas próximas do Trópico de Capricórnio: TROPICAIS; e
• A que nasce na Zona Polar (círculo Polar Antártico): POLAR.
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Após essa primeira divisão, os grupos subdividem-se ainda entre as massas de ar originárias do oceano
Atlântico, MASSAS DE AR ATLÂNTICAS, e as originárias do continente, MASSAS DE AR CONTINENTAIS.
Resumindo, dependendo de seu local de formação (continental ou marítima), a massa de ar apresentará
características específicas relacionadas à umidade e à temperatura.
As massas de ar continental costumam ser secas, enquanto as marítimas são úmidas. A mEc, que veremos
a seguir, é úmida, apesar de ser continental, pois tem sua formação na floresta amazônica, uma floresta úmida.
Em relação às massas de ar que influenciam o clima brasileiro, observe que a única fria é a Massa Polar
Atlântica (mPa). Todas as demais são quentes.
Outra observação é que a única seca é a Massa Tropical Continental (mTc). Todas as demais são úmidas.
Massas de ar no inverno:
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Massas de ar no verão:
Como podemos observar nos mapas acima, são duas as massas de ar que atuam no clima do Amazonas:
• A mEc; e
• A mPa.
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CLIMA AMAZONENSE
O tipo climático preponderante no estado, o Equatorial Quente e Úmido, ocorre nas regiões próximas à
Linha do Equador (baixas latitudes). Por conta dessa localização geográfica, regiões com esse tipo climático estão
entre aquelas que mais recebem luz solar em todo o planeta, alcançando, portanto, altas temperaturas.
Por causa da Floresta Amazônica, no Amazonas existe um elevado grau de evapotranspiração nas
cidades. Assim, as chuvas (que são muito frequentes) resultam em elevados índices pluviométricos durante todo
o ano.
Nessas regiões também ocorre uma baixa amplitude térmica anual. Ou seja, não há grandes variações
de temperatura ao longo do ano, o que significa que não há estações. No estado, a amplitude térmica é de 1°C a
3°C, o que é comum nas baixas latitudes.
O Equatorial Quente e Úmido sofre influência da Massa Equatorial Continental (MeC), formada na região
amazônica e que é caracterizada como QUENTE e ÚMIDA.
Devido ao elevado índice pluviométrico , a vegetação amazônica que influencia o clima é:
• Densa;
• Verde;
• Latifoliada (vegetação com folhas largas); e
• Úmida.
Em algumas localidades essa taxa de umidade juntamente às temperaturas altas implica uma grande
quantidade de água por metro cúbico de ar o ano todo, além da nebulosidade na maior parte do estado. Isso
impede que haja nos registros máximas diárias muito elevadas. Já as áreas urbanizadas, devido às intensas
transformações antrópicas, há um microclima diferenciado que é mais quente.
Em relação às mudanças ao longo do ano, temos:
• Setembro e outubro: meses mais quentes, com temperaturas atingindo entre 40°C e 42°C;
• Junho a agosto: meses mais amenos, embora nenhum deles apresente temperaturas inferiores à
média de 22°C.
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Em alguns períodos, as precipitações são tão intensas que o escoamento natural não impede o acúmulo
de água, provocando enchentes nos rios da região.
Do estado do Roraima até o sul do Amazonas, há uma faixa do território na qual esses índices são de 1.500
a 1.750 mm, por conta da fraca atuação das chuvas de oeste, da massa Equatorial Continental (mEc) e da zona de
Convergência Intertropical em meados do ano.
O clima do Amazonas costuma ser dividido em apenas duas estações:
• Período seco: julho, agosto, setembro até, no máximo, outubro, aproximadamente;
• Período chuvoso, no restante do ano.
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ZONAS DE CONVERGÊNCIA
As Zonas de convergência são sistemas meteorológicos que tem forte influência sobre o tempo e o clima
e se caracterizam por ser uma interação entre eventos meteorológicos das latitudes tropicais e médias.
No total, há quatro zonas de convergências principais, que são identificadas pelas seguintes siglas:
• ZCAS - Zona de Convergência do Atlântico Sul (influencia o clima brasileiro);
• ZCPS - Zona de Convergência do Pacífico Sul,
• ZCIS - Zona de Convergência do Índico Sul; e
• ZCIT - Zona de Convergência Intertropical (influencia o clima brasileiro).
Como nesta aula estamos estudando o clima brasileiro, vamos estudar as duas Zonas de Convergência que
atuam em nosso país: Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) e a Zona de Convergência Intertropical
(ZCIT).
Esta Zona de Convergência está presente na baixa troposfera e é orientada no sentido noroeste-sudeste,
ficando bem realçada no verão.
Ela é ainda a responsável por períodos de enchentes na região Sudeste brasileira e veranicos na região Sul.
Os veranicos são períodos de estiagem que surge acompanhada por calor intenso na estação fria com duração de
mais de quatro dias, baixa umidade relativa e forte insolação.
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A Zona de convergência intertropical (ZCIT) transfere calor e umidade dos oceanos dos níveis inferiores da
atmosfera das regiões tropicais para os níveis superiores da troposfera e para médias e altas latitudes.
A ZCIT é a principal fonte de precipitação nos trópicos, responsável por condições de mau tempo sobre
extensa área e desenvolvimento vertical das nuvens que se estende até a alta troposfera das regiões tropicais. Ou
seja, é a principal responsável pela ocorrência de chuvas nas regiões norte e nordeste.
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RELEVO
Segundo Jurandyr Ross, o relevo da floresta Amazônica, de modo geral, tem as seguintes características:
• Conta com a presença de depressões na sua maior parte;
• Há uma estreita faixa de planície ao longo do Rio Amazonas; e
• Tem planaltos nas porções norte e leste.
Segundo o acadêmico:
“Os planaltos e bacias sedimentares são quase inteiramente circundados por depressões
periféricas ou marginais; planaltos em intrusões e coberturas residuais de plataforma,
apresentando-se como um pontilhado de serras e morros isolados, associados a intrusões
graníticas, derrames vulcânicos antigos e dobramentos com ou sem metamorfismo.
As depressões apresentam características marcantes, por terem sido geradas por processos
erosivos por intermédio do arrasamento das formas de relevo mais salientes, pelo efeito conjugado
dos diferentes agentes erosivos e planícies geradas por deposição de sedimentos mais recentes de
origem marinha e fluvial”.
Planalto do Amazonas-Orinoco
Principais características:
• Localizado ao norte do estado;
• Apresenta grandes altitudes;
• É um divisor de águas entre as bacias hidrográficas do Amazonas (Brasil) e do Orinoco (Venezuela);
• É constituído por um relevo tabular, com grandes mesas de topos horizontalizados e irregulares.
• Na Serra do Imeri, na fronteira com a Venezuela, estão os pontos de maiores altitudes do relevo
brasileiro: o Pico da Neblina, com 2.994 metros; o Pico 31 de Março, com 2.974 metros; além do Pico
da Codorna, que fica em 19º lugar no país, com 2.596 metros.
Planalto do Negro-Jari
Principais características:
• Tem uma forma alongada entre o Rio Negro (margem direita) e próximo ao Rio Jari;
• Possui pequenas colinas originadas do efeito do entalhe da drenagem incipiente, por encostas
ravinadas e por drenagem densa, formadas sobre sedimentos da Formação Alter do Chão.
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Planície Amazônica
Principais características:
• Áreas de depósitos fluviais do período Terciário-Quaternário;
• Acompanham o curso dos grandes rios, representando 5% da região;
• Formada por argilas e siltes depositados nos terrenos pelas enchentes, com tendência a concavidade,
cujas camadas de sedimentos podem ultrapassar até 5.000 metros de profundidade.
• Estendendo-se ao longo do rio Amazonas, por mais de 2.500km, apresentando, para o interior,
largura variável de alguns metros a dezenas de quilômetros e, para a foz, cujo gradiente de declividade
é bastante fraco, aparecendo em um emaranhado de canais, furos, igarapés e lagos.
• Divide-se em três níveis, de acordo com a disposição do relevo:
o Terrenos de Várzea (terras mais baixas), constantemente inundados (entre 8 a 10 meses), por
estarem mais próximos ao nível do rio. Enquanto na Amazônia os ciclos são de “chuva” (inverno)
e “seca” (verão), nessas regiões os ciclos anuais são de “cheia” e “vazante”. Durante as cheias elas
são alagadas e a água do rio deposita grande quantidade de matéria orgânica, renovando a
fertilidade dos seus solos;
o Tesos ou Terraços (terras de altimetria intermediária), que alagam no período das cheias (entre
4 a 6 meses); e
o Terrenos de Terra Firme (terras mais altas), que estão livres das cheias, por estarem em
patamares mais elevados da planície.
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Resposta: B
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RESOLUÇÃO:
Como temos poucas questões da nossa matéria, coloquei esta principalmente por causa do item I mesmo, apesar
de que todos os outros são importantes para termos uma visão mais ampla sobre o tema.
I. A Bacia Amazônica é a bacia hidrográfica brasileira com maior possibilidade de navegação. Isso é possível até
mesmo pelo tamanho da extensão desta bacia hidrográfica, de longe a maior do país. ITEM CORRETO.
II. A rede hidrográfica brasileira apresenta as seguintes características: drenagem exorreica, predomínio de rios de
planalto e predomínio de foz tipo estuário. Todos as informações estão corretas, mas, apenas para reforçar,
exorreica é a drenagem que deságua no mar. ITEM CORRETO.
III. A maior parte dos rios no Brasil tem cheia no verão e vazante no inverno. Na maior parte do país, o verão é
chuvoso e o inverno é seco, o que acaba por influenciar diretamente no volume de água dos rios. ITEM
CORRETO.
IV. Em sua maior parte, os rios brasileiros são intermitentes, isto é, secam. É o contrário. A maior parte dos rios
brasileiros são perenes, ou seja, não secam em parte do ano. ITEM INCORRETO.
Resposta: D
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RESOLUÇÃO:
Vamos lá, vamos matar essa questão apenas por sabermos que o rio Madeira é um rio da bacia do rio Amazonas
que passa, obviamente, pelo estado do Amazonas.
Lembra que falei que você tem a obrigação de saber quais são os rios mais importantes do Amazonas? Pois é, foi
pensando em questões deste tipo. Então não se esqueça pelo menos dos rios mais importantes.
Afluentes mais importantes do rio Amazonas: Javari, Juruá, Jutaí, Purus, Madeira, Tapajós e Xingu, na sua margem
direita; e os rios Iça, Japurá, Negro, Trombetas e Jari, na sua margem esquerda.
Resposta: D
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RESOLUÇÃO:
O Saga e a vegetação amazônica dependem um do outro para que ambos possam existir. E é dessa relação entre
aquífero e floresta que nascem as chuvas que irrigam quase todo o país.
O SAGA compreende unidades litoestratigráficas posicionadas do Eo-Neo Cretáceo à Era Cenozóica que ocorrem
nas bacias brasileiras (todas na região amazônica):
• Marajó;
• Amazonas;
• Solimões; e
• Acre.
Resposta: E
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RESOLUÇÃO:
Segundo Jurandyr Ross, o relevo da floresta Amazônica, de modo geral, tem as seguintes características:
• Conta com a presença de depressões na sua maior parte;
• Há uma estreita faixa de planície ao longo do Rio Amazonas; e
• Tem planaltos nas porções norte e leste.
Resposta: D
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RESOLUÇÃO:
Os rios temporários são uma característica principalmente das regiões mais secas do Nordeste.
No Norte, onde a umidade é bem maior, os rios, seguindo a regra brasileira, são perenes.
Resposta: Errado
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LISTA DE QUESTÕES
1. (ADVISE - Prefeitura de Exu/PE - 2013)
Do ponto de vista do Relevo Brasileiro, assinale a alternativa que apresenta o maior Pico do Brasil.
a) Pico 31 de Março
b) Pico da Neblina
c) Pico da Bandeira
d) Pico do Cruzeiro
e) Pico do Cristal
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GABARITO
1. B 6. E 11. D
2. D 7. E 12. B
3. B 8. D 13. E
4. D 9. A 14. B
5. A 10. A
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RESUMO DIRECIONADO
Extensão territorial
O estado possui uma extensão territorial de 1.559.161 quilômetros quadrados (dados de 2020), o que
o torna o maior em área territorial do país. A sua área é equivalente ao território somados, por exemplo, de
França, Espanha, Suécia e Grécia.
O Amazonas, constituído por 62 municípios, ocupa mais de 18% da superfície do país.
Vegetação
A vegetação predominante é a floresta Amazônica.
População
4.269.995 de pessoas (estimativa de 2021).
Rios principais
• Rio Amazonas;
• Rio Madeiras;
• Rio Purus;
• Rio Içá;
• Rio Japurá;
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• Rio Javari;
• Rio Tarauacá;
• Rio Negro;
• Rio Tefé;
• Rio Solimões.
O município de Barcelos, com área territorial de 122.476 km², é maior que nove unidades
federativas do país (oito estados brasileiros e o Distrito Federal)
AFLUENTES
MARGEM DIREITA JAVARI, JURUÁ, JUTAÍ, PURUS, MADEIRA, TAPAJÓS E XINGU
MARGEM ESQUERDA IÇA, JAPURÁ, NEGRO, TROMBETAS E JARI
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Como podemos observar nos mapas abaixo, são duas as massas de ar que atuam no clima do Amazonas:
• A mEc; e
• A mPa.
Massas de ar no inverno: Massas de ar no verão:
O tipo climático preponderante no estado, o Equatorial Quente e Úmido, ocorre nas regiões próximas
à Linha do Equador (baixas latitudes).
O Equatorial Quente e Úmido sofre influência da Massa Equatorial Continental (MeC), formada na
região amazônica e que é caracterizada como QUENTE e ÚMIDA.
Devido ao elevado índice pluviométrico , a vegetação amazônica que influencia o clima é:
• Densa;
• Verde;
• Latifoliada (vegetação com folhas largas); e
• Úmida.
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