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CADERNO DE MAPAS DA

Bacia do Rio Marapanim


Ronaldo Lopes Rodrigues Mendes
Daniel Araújo Sombra Soares
Marcos Vinícius Rodrigues Quintairos
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 1

CADERNO DE MAPAS DA
Bacia do Rio Marapanim
Caracterização da bacia e das subbacias – Localização e acesso
Aspectos socioambientais – Aspectos socioeconômicos

NUMA / UFPA
2022
Caderno de mapas da Bacia do Rio Marapanim: caracterização da bacia e das subbcias:
localização e acesso, aspectos socioambientais, aspectos socioeconômicos
© 2022 - Núcleo de Meio Ambiente, Universidade Federal do Pará

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ


Reitor: Emmanuel Zagury Tourinho
Vice-Reitor: Gilmar Pereira da Silva
Pró-Reitor de Administração: Raimundo da Costa Almeida
Pró-Reitora de Ensino de Graduação: Marília de Nazaré de Oliveira Ferreira
Pró-Reitor de Extensão: Nelson José de Souza Júnior
Pró-Reitor de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal: Ícaro Duarte Pastana
Pró-Reitor de Relações Internacionais: Edmar Tavares da Costa
Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação: Maria Iracilda da Cunha Sampaio
Pró-Reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional: Cristina Kazumi Nakata
Yoshino

NÚCLEO DE MEIO AMBIENTE


Diretor Geral: Gilberto de Miranda Rocha
Diretora Adjunta e Coordenadora Acadêmica: Maria do Socorro Almeida Flores
Coordenador do Programa de Formação Interdisciplinar em Meio Ambiente: André
Luís Assunção de Farias
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais e
Desenvolvimento Local na Amazônia: Christian Nunes da Silva
Coordenadora de Informação Ambiental: Olizete Nunes Pereira
Coordenador de Planejamento, Gestão e Avaliação: Daniel Aparecido da Silva
Coordenador do Laboratório de Análise Ambiental e Representação Cartográfica:
Daniel Araújo Sombra Soares

COMISSÃO EDITORIAL NUMA/UFPA


Robert Walker - University of Florida, USA
Pierre Teisserenc - Université Paris 13, França
Carlos Walter Porto Gonçalves - Universidade Federal Fluminense, Brasil
Ana Maria Vasconcellos - Universidade da Amazônia, Brasil
Gilberto de Miranda Rocha - Universidade Federal do Pará, Brasil
Olizete Nunes Pereira - Universidade Federal do Pará, Brasil

FOTO DA CAPA
Beatriz Aviz (NUMA/UFPA)
PROJETO EDITORIAL DA CAPA
Beatriz Aviz (NUMA/UFPA)
EDITORAÇÃO
Ione Sena
REVISÃO
Daniel Sombra
Ronaldo Mendes
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 3

CADERNO DE MAPAS DA
Bacia do Rio Marapanim
Caracterização da bacia e das subbacias – Localização e acesso
Aspectos socioambientais – Aspectos socioeconômicos

Ronaldo Lopes Rodrigues Mendes


Daniel Araújo Sombra Soares
Marcos Vinícius Rodrigues Quintairos
ão: Raimundo da Costa Almeida
Graduação: Marília de Nazaré de Oliveira Ferreira
elson José de Souza Júnior
mento e Gestão de Pessoal: Ícaro Duarte Pastana
ernacionais: Edmar Tavares da Costa
Pós-Graduação: Maria Iracilda da Cunha Sampaio
nto e Desenvolvimento Institucional: Cristina Kazumi Nakata Yoshino
MBIENTE
Miranda Rocha
enadora Acadêmica: Maria do Socorro Almeida Flores
de Formação Interdisciplinar em Meio Ambiente: André Luís Assunção de Farias
a de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia: Christian

ção Ambiental: Olizete Nunes Pereira


ento, Gestão e Avaliação: Daniel Aparecido da Silva
rio de Análise Ambiental e Representação Cartográfica: Daniel Araújo Sombra Soares
AL NUMA/UFPA
y of Florida, USA
sité Paris 13, França
alves - Universidade Federal Fluminense, Brasil
Universidade da Amazônia, Brasil
a - Universidade Federal do Pará, Brasil
niversidade Federal do Pará, Brasil

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L DA CAPA
PA)

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)


Biblioteca do Núcleo de Meio Ambiente/UFPA - Belém - PA

M538c Mendes, Ronaldo Lopes Rodrigues


Caderno de mapas da Bacia do Rio Marapanim [recurso eletrônico]:
caracterização da bacia e das subbacias: localização e acesso, aspectos
socioambientais, aspectos socioeconômicos / Ronaldo Lopes Rodrigues
Mendes, Daniel Sombra, Marcos Vinícius Rodrigues Quintairos. — Dados
eletrônicos. — Belém: NUMA/UFPA, 2022.
il. color.
Inclui referências
Sistemas requeridos: leitor de PDF (Adobe Reader, Foxit Reader, etc.)
ISBN 978-65-88151-14-3.
1. Cartografia - Amazônia. 2. Bacias hidrográficas - Marapanim, Rio
do, Bacia (PA). 3. Recursos hídricos - Mapas - Amazônia. I. Sombra,
Daniel II. Quintairos, Marcos Vinícius Rodrigues. III. Universidade
Federal do Pará. Núcleo de Meio Ambiente. Laboratório de Análise
Ambiental e Representação Cartográfica.
CDD: 22. ed.: 526.09811

Elaborado por Olizete Nunes Pereira - CRB-2 1057


Lista de Figuras
15 Figura 1: Mapa com o percentual ocupado pela Bacia Hidrográfica
do Rio Marapanim em cada município
16 Figura 2: Mapa com o percentual que cada município ocupa na área
da Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim
17 Figura 3: Mapa das sub-bacias da Bacia Hidrográfica do Rio
Marapanim
18 Figura 4: Mapa com a localização da Bacia Hidrográfica do Rio
Marapanim e os municípios que a compõe
31 Figura 5: Mapa com os principais acessos à Bacia Hidrográfica do
Rio Marapanim
32 Figura 6: Mapa com a localização da Bacia Hidrográfica do Rio
Marapanim, e sua distância em relação a Belém
36 Figura 7: Mapa com as comunidades situadas na Bacia Hidrográfica
do Rio Marapanim
42 Figura 8: Mapa das nascentes da Bacia Hidrográfica do Rio
Marapanim
45 Figura 9: Mapa da hipsometria do relevo da Bacia Hidrográfica do
Rio Marapanim
48 Figura 10: Mapa da declividade do relevo da bacia hidrográfica do
Rio Marapanim
51 Figura 11: Mapa geológico da Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim
54 Figura 12: Mapa Geomorfológico da Bacia Hidrográfica do Rio
Marapanim
57 Figura 13: Mapa Pedológico da Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim
59 Figura 14: Mapa da vegetação de manguezal na Bacia Hidrográfica
do Rio Marapanim
63 Figura 15: Mapa das Unidades de Conservação na Bacia Hidrográfica
do Rio Marapanim
67 Figura 16: Mapa da cobertura da terra a Bacia Hidrográfica do Rio
Marapanim
71 Figura 17: Mapa do Uso da terra e da água na Bacia Hidrográfica
do Rio Marapanim
73 Figura 18: Mapa das atividades de mineração presentes na Bacia
Hidrográfica do Rio Marapanim
75 Figura 19: Mapa das outorgas de uso dos recursos hídricos por
tipologia na Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim
77 Figura 20: Mapa dos poços, por tipologia de uso, presentes na
Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim
79 Figura 21: Mapa demográfico (por setores censitários) da Bacia
Hidrográfica do Rio Marapanim

Lista de Tabelas
19 Tabela 1: Percentual e área de cada município na Bacia Hidrográfica
do Rio Marapanim
30 Tabela 2: Principais localidades da Bacia Hidrográfica do Rio
Marapanim por sub-bacia
37 Tabela 3: Localidades da Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim, e
suas principais características

Lista de Gráficos
44 Gráfico 1: Cotas de Hipsometria da Bacia Hidrográfica do Rio
Marapanim
47 Gráfico 2: Cotas de declividade da Bacia Hidrográfica do Rio
Marapanim
Sumário

9 Resumo

11 Apresentação

13 Localização e acesso à bacia do Rio Marapanim

29 Caracterização da bacia e sub-bacias hidrográficas do Rio


Marapanim

41 Aspectos socioambientais da Bacia Hidrográfica do Rio


Marapanim
41 Nascentes
43 Hipsometria
46 Declividade
49 Geologia
52 Geomorfologia
55 Pedologia
58 Vegetação de manguezal
60 Unidades de conservação
64 Cobertura da terra

69 Aspectos socioeconômicos da Bacia Hidrográfica do Rio


Marapanim
69 Uso da terra e das águas
72 Mineração
74 Outorga de recursos hídricos por tipologia
76 Poços por tipologia
70 População total por setor censitário

81 Considerações Finais

83 Referências Bibliográficas
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 9

Resumo

O Caderno de Mapas da Bacia do Rio Marapanim é uma


produção do Núcleo de Meio Ambiente (NUMA) por meio de
seu Programa de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Na-
turais e Desenvolvimento Local na Amazônia (PPGEDAM) e de
seu Laboratório de Representação Geográfica e Geoprocessa-
mento (LARC). É constituído por 21 mapas contendo temas de
localização, caracterização, aspectos socioambientais e aspec-
tos socioeconômicos da Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim.
O produto objetiva não apenas trazer informações importan-
tes para a compreensão dessa unidade socioambiental, mas
também contribuir para os aspectos práticos no que tange à
gestão dos recursos naturais nesta bacia hidrográfica, que é
a primeira do estado do Pará a possuir um Comitê de Bacias
Hidrográficas.
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 11

Apresentação

O Núcleo de Meio Ambiente (NUMA), da Universidade


Federal do Pará (UFPA), apresenta o primeiro volume do
Caderno de Mapas da Bacia do Rio Marapanim. O NUMA atua
desde 2015 junto ao movimento de criação do Comitê de
Bacias Hidrográficas do Rio Marapanim, dando suporte técnico-
científico por meio de ações como orientações técnicas,
palestras, oficinas e interações com órgãos de gestão ambiental
e de recursos hídricos do estado do Pará.
O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim
(CBHRM) foi criado pelo Decreto Estadual nº 288 de 2019.
Conforme o decreto, a área de atuação do CBHRM no Estado do
Pará compreende os limites geográficos da bacia hidrográfica
do rio Marapanim, com abrangência em 12 (doze) municípios
da microrregião do Salgado (Castanhal, Curuçá, Igarapé-Açu,
Magalhães Barata, Maracanã, Marapanim, Santa Isabel do Pará,
Santo Antônio do Tauá, São Caetano de Odivelas, São Francisco
do Pará, Terra Alta e Vigia de Nazaré), todos localizados na
Unidade Hidrográfica da Costa Atlântica–Nordeste.
São competências do CBHRM: promover o debate das
questões relacionadas a recursos hídricos e articular a atuação
das entidades intervenientes; arbitrar, em primeira instância
administrativa, os conflitos relacionados aos recursos hídricos;
aprovar o Plano de Recursos Hídricos da Bacia; acompanhar
o plano de proteção, conservação, recuperação e utilização
dos recursos hídricos da bacia hidrográfica, referendado em
audiências públicas, entre outras, materializando a governança
com a participação da população.
O Caderno de Mapas da Bacia do Rio Marapanim,
constituído por 21 mapas que sintetizam parte das informações
georreferenciadas e sistematizadas pelo Laboratório de
Representação Geográfica e Geoprocessamento (LARC) sob
o direcionamento do Programa de Pós-Graduação em Gestão
de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia
(PPGEDAM) do NUMA/UFPA.
O objetivo da publicação é oferecer uma visão geral
sobre a bacia hidrográfica a partir de diversos aspectos, em
especial os ambientais e socioeconômicos. Foram utilizadas
diferentes fontes cartográficas, como as do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (INPE), Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Sustentabilidade (SEMAS) do Estado do Pará, Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), dentre
outros, além do conhecimento local por parte da equipe técnica,
permitindo variedade nas formas de apresentação dos diversos
temas. As escalas dos dados coletados, e a escala disponibilizada
nos mapas é comentada caso a caso.
No sentido de permitir a realização de download e
impressão do arquivo, bem como para melhor legibilidade, esta
publicação é apresentada em formato de folha A4. Este material
está disponibilizado para gestores e sociedade em geral.
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 13

Localização e acesso à bacia


do Rio Marapanim

A bacia hidrográfica do rio Marapanim do Estado do Pará,


localizado no nordeste do estado do Pará, conta com uma área
aproximada de 2464,703 km2, e a abrangência de 12 municípios
(Castanhal, Curuçá, Igarapé-Açu, Magalhães Barata, Maracanã,
Marapanim, Santo Antônio do Tauá, Santa Izabel do Pará, São
Caetano de Odivelas, São Francisco do Pará, Terra Alta e Vigia).
Esta bacia integra a região hidrográfica do Atlântico nordeste
ocidental (ANA, 2020). O mapa da figura 1 apresenta os limites
da bacia hidrográfica do Rio Marapanim,
As principais vias de acesso à Bacia do Rio Marapanim,
partindo do município de Belém são (apresentadas no mapa das
figuras 2 e 3):
• A Rodovia BR-316 via Santa Izabel do Pará, e a partir
de então pela Rodovia PA-140, até a localidade “Km 12”, no
município de Santo Antônio do Tauá e, a seguir, pela Rodovia
PA-242 (essa rodovia se estende na direção Oeste-Leste pela
bacia); Tempo estimado: 1 hora e 30 minutos.
• A Rodovia BR-316 via Castanhal, e a partir de então pela
Rodovia PA-136 (essa rodovia se estende na direção Norte-Sul
pela bacia);
• A Rodovia BR-316 via Castanhal, e a partir de então pela
Rodovia PA-320 (essa rodovia se estende na direção sudoeste-
14 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

nordeste pela bacia), a qual segue até à sede municipal de


Igarapé-Açu;
• A Rodovia BR-316 possui pista duplicada com canteiro
central e com médio estado de conservação. A Rodovia PA-140
não possui acostamento e sem sinalização, e possui asfalto em
condição ruim de conservação. A rodovia PA-242 possui mão
simples, sem acostamento e com sinalização, mas com boa
condição de asfalto.
A distância da bacia hidrográfica do Rio Marapanim em
relação a Belém, capital do estado do Pará, é ilustrada no mapa
da figura 3. O trabalho do Laboratório de Análise Ambiental
e Representação Cartográfica (LARC) identificou a partir das
bases sistemáticas disponibilizadas pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Secretaria de Estado
de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (SEMAS-PA), e
acrescentando informações a partir de dados primários das
pesquisas do NUMA/UFPA, o número de 153 comunidades
presentes na área da bacia hidrográfica do Rio Marapanim. O
mapa da figura 4 e os dados da tabela 1 apresentam detalhes
destas comunidades.
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 15

Figura 1: Mapa com a localização da Bacia Hidrográfica do Rio


Marapanim e os municípios que a compõe.

Fonte: IBGE, 2020; LARC (NUMA/UFPA), 2020.


16 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

Figura 2: Mapa com os principais acessos


à Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim

Fonte: ITERPA, 2020; IBGE, 2020; SETRANS-PA, 2020;


LARC (NUMA/UFPA), 2020.
Figura 3: Mapa com a localização da Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim,
e sua distância em relação a Belém.
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim
17

Fonte: LARC (NUMA/UFPA), 2020.


18 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

Figura 4: Mapa com as comunidades situadas


na Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim

Fonte: SEMAS-PA, 2020; IBGE, 2020; LARC (NUMA/UFPA), 2020.


Tabela 1: Localidades da Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim, e suas principais características
SUBBA-
Nº LOCALIDADE LONGITUDE LATITUDE MUNICÍPIO DISTRITO SUB-BACIA - NOME
CIA
1 Agrovila Iracema 48º 0’ 10,687” W 1º 9’ 24,745” S Castanhal Castanhal 53 Braço Direito do Rio Mara-
panim
2 Corrente 48º 0’ 42,440” W 1º 12’ 29,299” S Castanhal Apeú 53 Braço Direito do Rio Mara-
panim
3 KM 23 47º 54’ 54,746” W 1º 5’ 6,561” S Castanhal Castanhal 5 Igarapé Grande
4 KM 19 47º 55’ 17,403” W 1º 7’ 11,655” S Castanhal Castanhal 5 Igarapé Grande
5 Anita Garibaldi ou 47º 55’ 5,053” W 1º 8’ 19,467” S Castanhal Castanhal 4 Braço Esquerdo do Rio
KM 17 Marapanim
6 Conceição 47º 55’ 9,433” W 1º 10’ 27,017” S Castanhal Castanhal 4 Braço Esquerdo do Rio
Marapanim
7 KM 5 47º 55’ 29,234” W 1º 14’ 0,603” S Castanhal Castanhal 4 Braço Esquerdo do Rio
Marapanim
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim

8 KM 6 47º 52’ 59,986” W 1º 15’ 16,164” S Castanhal Castanhal 4 Braço Esquerdo do Rio
Marapanim
9 Agrovila Calúcia 47º 52’ 3,009” W 1º 14’ 12,750” S Castanhal Castanhal 4 Braço Esquerdo do Rio
Marapanim
10 Boa Fortuna 47º 49’ 43,803” W 0º 58’ 13,837” S Terra Alta Terra Alta 8 Rio Maú
11 Moroçoca 47º 42’ 47,192” W 0º 50’ 50,144” S Marapanim Marapanim 8 Rio Maú
12 Campina 47º 52’ 48,703” W 1º 3’ 29,759” S Castanhal Castanhal 6 Igarapé Tracoã
13 Agrovila Bacabal 47º 50’ 47,786” W 1º 5’ 35,722” S Castanhal Castanhal 27 Igarapé Bacabal
14 Coqueiro 47º 47’ 17,541” W 0º 45’ 16,622” S Curuçá Ponta de Ramos 9 Rio Mearim
19
20

15 Magalhães Barata 47º 51’ 21,863” W 0º 55’ 28,437” S Curuçá Lauro Sodré 8 Rio Maú
16 Santa Maria 47º 47’ 14,460” W 0º 52’ 48,992” S Marapanim Monte Alegre do 8 Rio Maú
Maú
17 Caju 47º 49’ 10,988” W 0º 53’ 56,586” S Curuçá Lauro Sodré 8 Rio Maú
18 Araquaim 47º 45’ 58,488” W 0º 42’ 54,660” S Curuçá Ponta de Ramos 10
19 Ananin 47º 51’ 28,275” W 0º 53’ 44,638” S Curuçá Lauro Sodré 8 Rio Maú
20 Boa Fé 47º 48’ 56,380” W 0º 52’ 23,855” S Curuçá Lauro Sodré 8 Rio Maú
21 Acaputeuazinho 47º 49’ 49,859” W 0º 52’ 13,374” S Curuçá Lauro Sodré 8 Rio Maú
22 Pingo D’água 47º 46’ 32,969” W 0º 43’ 53,089” S Curuçá Ponta de Ramos 10
23 KM 5 47º 36’ 59,639” W 1º 5’ 59,023” S Igarapé-Açu Igarapé-Açu 1 Rio Igarapé-Açu
24 Montenegro 47º 40’ 13,616” W 1º 2’ 48,573” S Marapanim Matapiquara 1 Rio Igarapé-Açu
25 Santa Cruz do 47º 39’ 37,544” W 1º 11’ 39,405” S Igarapé-Açu Igarapé-Açu 24 Rio Jambu-Açu
Pajurá
26 Nazaré do Fugido 47º 35’ 15,123” W 0º 52’ 58,864” S Magalhães Magalhães 12 Igarapé do Fugido
Barata Barata
27 Bacabal 47º 35’ 46,836” W 0º 50’ 51,640” S Magalhães Magalhães 12 Igarapé do Fugido
Barata Barata
28 Quatro Bocas ou 47º 35’ 20,047” W 0º 50’ 21,307” S Magalhães Magalhães 13 Rio Cuinarana
Concinha Barata Barata
29 Prainha ou Boa 47º 37’ 2,718” W 0º 42’ 6,942” S Magalhães Cafezal 22
Esperança Barata
30 Cafezal 47º 40’ 34,948” W 0º 44’ 40,085” S Magalhães Cafezal 14 Rio Messay
Barata
Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

31 Pajurá 47º 35’ 20,259” W 0º 56’ 3,096” S Magalhães Magalhães 11 Igarapé Mato Grosso
Barata Barata
32 Quadros 47º 35’ 25,145” W 0º 54’ 12,027” S Magalhães Magalhães 12 Igarapé do Fugido
Barata Barata
33 Calafete 47º 40’ 12,279” W 0º 51’ 44,256” S Magalhães Magalhães 38
Barata Barata
34 Algodoalzinho 47º 38’ 18,140” W 0º 45’ 2,094” S Magalhães Cafezal 23 Igarapé Manicueira
Barata
35 Curuperé 47º 37’ 16,335” W 0º 44’ 27,400” S Magalhães Cafezal 23 Igarapé Manicueira
Barata
36 São Marcos 47º 36’ 42,252” W 0º 44’ 12,411” S Magalhães Cafezal 22
Barata
37 Fazendinha 47º 35’ 49,669” W 0º 46’ 58,991” S Magalhães Magalhães 13 Rio Cuinarana
Barata Barata
38 Nova Brasília 47º 41’ 44,414” W 0º 48’ 54,459” S Magalhães Magalhães 37
Barata Barata
39 Santo Antônio 47º 37’ 25,987” W 0º 46’ 53,142” S Magalhães Cafezal 13 Rio Cuinarana
Barata
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim

40 Herculino Bentes 47º 38’ 56,305” W 0º 48’ 33,622” S Magalhães Magalhães 14 Rio Messay
ou Arraial Barata Barata
41 Brasil Novo 47º 33’ 59,080” W 0º 49’ 48,735” S Magalhães Magalhães 13 Rio Cuinarana
Barata Barata
42 Serraria 47º 35’ 5,207” W 0º 59’ 5,201” S Maracanã São Roberto 2 Igarapé Timboteua
43 Bom Jardim 47º 35’ 3,739” W 1º 0’ 49,671” S Maracanã São Roberto 2 Igarapé Timboteua
44 Beira Mar 47º 34’ 58,631” W 0º 42’ 55,785” S Maracanã Boa Esperança 13 Rio Cuinarana
45 São Miguel 47º 32’ 43,638” W 0º 42’ 17,296” S Maracanã Boa Esperança 13 Rio Cuinarana
46 São Miguel do 47º 32’ 50,686” W 0º 43’ 20,722” S Maracanã Boa Esperança 13 Rio Cuinarana
21

Itaquere
22

47 Vista Alegre 47º 33’ 6,408” W 0º 44’ 24,147” S Maracanã Boa Esperança 13 Rio Cuinarana
48 Santa Maria do 47º 35’ 49,697” W 0º 40’ 53,744” S Maracanã Boa Esperança 13 Rio Cuinarana
Castelo
49 Tatapari 47º 34’ 54,399” W 0º 40’ 49,949” S Maracanã Boa Esperança 13 Rio Cuinarana
50 Martins Pinheiro 47º 33’ 57,214” W 0º 47’ 30,353” S Maracanã Boa Esperança 13 Rio Cuinarana
51 Monte Alegre do 47º 48’ 6,858” W 0º 53’ 8,265” S Marapanim Monte Alegre do 8 Rio Maú
Maú ou Vila Maú Maú
52 Marudá 47º 39’ 10,044” W 0º 52’ 57,236” S Marapanim Marudá 12 Igarapé do Fugido
53 Matapiquara 47º 38’ 40,702” W 0º 56’ 34,461” S Marapanim Matapiquara 11 Igarapé Mato Grosso
54 Arapijó 47º 43’ 51,753” W 0º 44’ 57,379” S Marapanim Marapanim 10
55 São Vicente 47º 45’ 36,627” W 0º 46’ 41,559” S Marapanim Marudá 9 Rio Mearim
56 Piquiateua ou 47º 46’ 37,526” W 0º 51’ 22,891” S Marapanim Monte Alegre do 8 Rio Maú
Santa Cruz Maú
57 Terra Alta 47º 47’ 14,101” W 0º 52’ 7,136” S Marapanim Monte Alegre do 8 Rio Maú
Maú
58 Abaetezinho 47º 42’ 25,511” W 1º 2’ 54,662” S Marapanim Matapiquara 24 Rio Jambu-Açu
59 XV de Novembro 47º 43’ 47,454” W 1º 0’ 29,798” S Marapanim Matapiquara 17 Igarapé Crispim
60 Guarajubal 47º 42’ 56,913” W 0º 44’ 2,509” S Marapanim Marapanim 32
61 Pindorama 47º 46’ 58,228” W 0º 49’ 24,709” S Marapanim Monte Alegre do 9 Rio Mearim
Maú
62 Boa Esperança 47º 45’ 15,550” W 0º 51’ 3,681” S Marapanim Monte Alegre do 8 Rio Maú
Maú
63 Cruzeiro do Mau 47º 46’ 29,067” W 0º 52’ 5,692” S Marapanim Monte Alegre do 8 Rio Maú
Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

Maú
64 Tamataquara 47º 47’ 0,076” W 0º 52’ 32,796” S Marapanim Monte Alegre do 8 Rio Maú
Maú
65 Taperinha 47º 47’ 30,058” W 0º 52’ 25,609” S Marapanim Monte Alegre do 8 Rio Maú
Maú
66 Acaputeua 47º 48’ 7,740” W 0º 52’ 31,725” S Marapanim Monte Alegre do 8 Rio Maú
Maú
67 Cruzador 47º 46’ 4,275” W 0º 56’ 15,152” S Marapanim Monte Alegre do 7 Rio Paramaú
Maú
68 Silva 47º 44’ 48,792” W 0º 55’ 51,864” S Marapanim Marapanim 7 Rio Paramaú
69 Cipoteua 47º 43’ 44,310” W 0º 54’ 16,180” S Marapanim Marudá 7 Rio Paramaú
70 Pedranópolis 47º 43’ 29,113” W 0º 53’ 39,837” S Marapanim Marudá 7 Rio Paramaú
71 Remanso 47º 42’ 24,220” W 0º 52’ 10,312” S Marapanim Marudá 7 Rio Paramaú
72 Santa Luzia 47º 39’ 14,265” W 0º 55’ 15,491” S Marapanim Matapiquara 11 Igarapé Mato Grosso
73 Jarandeua 47º 40’ 47,959” W 0º 55’ 16,005” S Marapanim Marudá 15
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim

74 Cristolândia 47º 40’ 23,317” W 0º 56’ 32,490” S Marapanim Matapiquara 16 Igarapé Grota Funda
75 São José 47º 38’ 36,899” W 0º 58’ 27,654” S Marapanim Matapiquara 2 Igarapé Timboteua
76 Bussu 47º 37’ 31,339” W 1º 0’ 34,442” S Marapanim Matapiquara 2 Igarapé Timboteua
77 Arsênio 47º 40’ 47,455” W 0º 59’ 19,242” S Marapanim Matapiquara 42
78 Itacoá 47º 41’ 15,691” W 0º 59’ 44,908” S Marapanim Matapiquara 42
79 São Miguel do 47º 44’ 42,332” W 1º 1’ 33,730” S Marapanim Monte Alegre do 17 Igarapé Crispim
Crispim Maú
80 Igarapé-Açu 47º 44’ 33,042” W 0º 48’ 49,317” S Marapanim Marapanim 26
23
24

81 Surubiju 47º 42’ 52,160” W 0º 42’ 56,648” S Marapanim Marapanim 32


82 12 de Outubro 47º 41’ 35,921” W 0º 41’ 43,752” S Marapanim Marapanim 32
83 Araticumirim 47º 38’ 31,828” W 0º 40’ 21,622” S Marapanim Praia de Marudá 25
84 Maranhãozinho 47º 43’ 57,509” W 0º 53’ 16,275” S Marapanim Marapanim 7 Rio Paramaú
85 Nazaré 47º 43’ 42,805” W 0º 54’ 46,494” S Marapanim Marudá 7 Rio Paramaú
86 Fazendinha 47º 44’ 4,578” W 0º 56’ 34,291” S Marapanum Marudá 7 Rio Paramaú
87 Arauá 47º 41’ 10,163” W 0º 50’ 34,118” S Magalhães Magalhães 37
Barata Barata
88 Santa Terezinha 48º 1’ 42,155” W 1º 11’ 54,062” S Santo Antô- Santo Antônio 53 Braço Direito do Rio Mara-
nio do Tauá do Tauá panim
89 Pio XII 2 47º 58’ 3,625” W 1º 1’ 19,043” S São Caeta- Perseverança 43
no de Odi-
velas
90 Jambu-Açu 47º 41’ 53,708” W 1º 7’ 20,308” S São Francis- São Francisco do 24 Rio Jambu-Açu
co do Pará Pará
91 Granja Maraton 47º 44’ 56,017” W 1º 7’ 10,064” S São Francis- São Francisco do 29 Igarapé Tendal
co do Pará Pará
92 Travessa 92 47º 48’ 42,194” W 1º 11’ 2,337” S São Francis- São Francisco do 4 Braço Esquerdo do Rio
co do Pará Pará Marapanim
93 Granja Eremita 47º 45’ 9,486” W 1º 7’ 17,103” S São Francis- São Francisco do 29 Igarapé Tendal
co do Pará Pará
94 Modelo 47º 43’ 33,644” W 1º 9’ 58,490” S São Francis- São Francisco do 24 Rio Jambu-Açu
Paracrevea co do Pará Pará
95 Vista Alegre 47º 48’ 40,581” W 0º 57’ 47,955” S Terra Alta Terra Alta 8 Rio Maú
Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

96 São Benedito 47º 48’ 53,710” W 0º 56’ 19,680” S Terra Alta Terra Alta 8 Rio Maú
97 Mocajubinha ou 47º 52’ 47,203” W 0º 59’ 12,795” S Terra Alta Terra Alta 21 Igarapé do Chito
Getúlio Vargas
98 Braço Grande 47º 52’ 29,421” W 1º 2’ 9,039” S Terra Alta Terra Alta 21 Igarapé do Chito
99 Rio Branco 47º 52’ 11,955” W 1º 1’ 40,618” S Terra Alta Terra Alta 21 Igarapé do Chito
100 Santa Maria do 47º 51’ 30,005” W 0º 59’ 43,202” S Terra Alta Terra Alta 8 Rio Maú
Maú ou Vila Maú
101 São Luís 47º 48’ 1,180” W 1º 1’ 50,914” S Terra Alta Terra Alta 19 Igarapé Ilha Nova
102 Umirizal 47º 46’ 45,286” W 1º 1’ 25,308” S Terra Alta Terra Alta 18 Igarapé Umirizal
103 Nova Esperança 47º 43’ 26,042” W 1º 1’ 26,855” S Marapanim Matapiquara 17 Igarapé Crispim
104 Areial 47º 43’ 43,517” W 1º 2’ 30,587” S Terra Alta Terra Alta 8 Rio Maú
105 Açaiteua 47º 46’ 48,618” W 0º 59’ 9,172” S Terra Alta Terra Alta 8 Rio Maú
106 Barra Limpa 47º 50’ 17,195” W 0º 58’ 26,288” S Terra Alta Terra Alta 21 Igarapé do Chito
107 KM 39 47º 52’ 59,408” W 1º 2’ 31,053” S Terra Alta Terra Alta 8 Rio Maú
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim

108 Japiim 47º 52’ 8,785” W 0º 57’ 5,494” S Castanhal Castanhal 4 Braço Esquerdo do Rio
Marapanim
109 Biteua 47º 53’ 22,064” W 1º 15’ 45,855” S Magalhães Magalhães 13 Rio Cuinarana
Barata Barata
110 Boa Vista 47º 35’ 14,972” W 0º 47’ 35,657” S Magalhães Cafezal 23 Igarapé Manicueira
Barata
111 Paraíso 47º 37’ 50,993” W 0º 42’ 46,307” S Magalhães Magalhães 14 Rio Messay
Barata Barata
112 Santana 47º 41’ 25,326” W 0º 47’ 21,175” S Marapanim Monte Alegre do 8 Rio Maú
Maú
25
26

113 Açaí 47º 45’ 58,397” W 0º 51’ 57,602” S Marapanim Monte Alegre do 8 Rio Maú
Maú
114 Bussu 47º 46’ 1,720” W 0º 50’ 34,031” S Marapanim Monte Alegre do 9 Rio Mearim
Maú
115 Santo Amaro 47º 45’ 46,858” W 0º 48’ 5,623” S Marapanim Monte Alegre do 9 Rio Mearim
Maú
116 Progesso 47º 47’ 20,864” W 0º 48’ 17,679” S Marapanim Matapiquara 11 Igarapé Mato Grosso
117 Timboteua 47º 35’ 31,445” W 0º 56’ 42,581” S Marapanim Matapiquara 2 Igarapé Timboteua
118 Samambaia 47º 36’ 49,927” W 0º 58’ 35,021” S Marapanim Matapiquara 17 Igarapé Crispim
119 Filete 47º 42’ 29,348” W 1º 1’ 50,111” S Marapanim Matapiquara 17 Igarapé Crispim
120 Pesqueiro 47º 45’ 50,381” W 1º 2’ 20,650” S Marapanim Monte Alegre do 44
Maú
121 Braço Grande 47º 37’ 37,534” W 1º 1’ 16,219” S Marapanim Matapiquara 2 Igarapé Timboteua
122 Bracinho 47º 38’ 30,729” W 1º 1’ 32,923” S Marapanim Matapiquara 2 Igarapé Timboteua
123 Pequiá 47º 47’ 19,970” W 1º 2’ 17,284” S Terra Alta Terra Alta 18 Igarapé Umirizal
124 Ilha Nova 47º 47’ 56,804” W 1º 2’ 30,990” S Terra Alta Terra Alta 19 Igarapé Ilha Nova
125 Lago 47º 48’ 55,653” W 1º 3’ 34,979” S Terra Alta Terra Alta 19 Igarapé Ilha Nova
126 Rio Branco 47º 49’ 25,463” W 1º 2’ 43,753” S Terra Alta Terra Alta 20 Igarapé Rio Branco
127 Jari 47º 48’ 34,197” W 1º 1’ 14,471” S Terra Alta Terra Alta 19 Igarapé Ilha Nova
128 Pedral 47º 51’ 40,517” W 1º 3’ 22,815” S Terra Alta Terra Alta 46 Igarapé do Pedral
129 Repartimento 47º 48’ 49,194” W 1º 3’ 59,319” S Castanhal Castanhal 4 Braço Esquerdo do Rio
Marapanim
Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

130 Barro do Grande 47º 51’ 34,691” W 1º 4’ 10,112” S Castanhal Castanhal 5 Igarapé Grande
131 KM 21 47º 54’ 59,965” W 1º 6’ 12,953” S Castanhal Castanhal 5 Igarapé Grande
132 Travessa do 23 47º 58’ 29,292” W 1º 5’ 16,414” S Castanhal Castanhal 53 Braço Direito do Rio Mara-
panim
133 Travessa do 21 47º 55’ 55,958” W 1º 6’ 4,385” S Castanhal Castanhal 5 Igarapé Grande
134 Rodrigues 47º 57’ 50,744” W 1º 4’ 48,146” S Castanhal Castanhal 53 Braço Direito do Rio Mara-
panim
135 Travessa Iracema 48º 0’ 3,519” W 1º 7’ 41,182” S Castanhal Castanhal 53 Braço Direito do Rio Mara-
panim
136 Travessa do 9 47º 57’ 31,042” W 1º 8’ 20,586” S Castanhal Castanhal 53 Braço Direito do Rio Mara-
panim
137 Olho D’água 47º 50’ 0,937” W 1º 12’ 21,556” S Castanhal Castanhal 4 Braço Esquerdo do Rio
Marapanim
138 Laranjal 47º 47’ 14,232” W 1º 3’ 52,025” S São Francis- São Francisco do 29 Igarapé Tendal
co do Pará Pará
139 Mossoró 47º 46’ 40,576” W 1º 3’ 45,475” S São Francis- São Francisco do 29 Igarapé Tendal
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim

co do Pará Pará
140 Cortiça 47º 45’ 46,503” W 1º 3’ 53,506” S São Francis- São Francisco do 29 Igarapé Tendal
co do Pará Pará
141 Carmo 47º 44’ 42,257” W 1º 3’ 54,041” S São Francis- São Francisco do 30
co do Pará Pará
142 Santa Luzia 47º 42’ 1,642” W 1º 5’ 57,179” S São Francis- São Francisco do 24 Rio Jambu-Açu
co do Pará Pará
143 Cipoal 47º 42’ 40,725” W 1º 4’ 30,447” S São Francis- São Francisco do 24 Rio Jambu-Açu
co do Pará Pará
144 Vila Nova 47º 39’ 32,962” W 1º 9’ 49,160” S Igarapé-Açu Igarapé-Açu 24 Rio Jambu-Açu
27

145 Santa Cruz ou 47º 37’ 22,702” W 1º 9’ 10,625” S Igarapé-Açu Igarapé-Açu 1 Rio Igarapé-Açu
KM 2
28

146 KM 4 47º 37’ 16,292” W 1º 10’ 4,374” S Igarapé-Açu Igarapé-Açu x x


147 KM 5 47º 37’ 14,664” W 1º 10’ 17,942” S Igarapé-Açu Igarapé-Açu x x
148 KM 9 47º 36’ 24,188” W 1º 12’ 14,091” S Igarapé-Açu Igarapé-Açu 24 Rio Jambu-Açu
149 KM 10 47º 36’ 24,188” W 1º 12’ 29,288” S Igarapé-Açu Igarapé-Açu 24 Rio Jambu-Açu
150 KM 11 47º 36’ 27,444” W 1º 12’ 55,883” S Igarapé-Açu Igarapé-Açu 24 Rio Jambu-Açu
151 Piçarra 47º 36’ 27,480” W 0º 52’ 14,801” S Magalhães Magalhães 12 Igarapé do Fugido
Barata Barata
152 São José de 48º 3’ 32,472” W 1º 9’ 16,408” S Santo Antô- Santo Antônio 53 Braço Esquerdo do Rio
Iracema nio do Tauá do Tauá Marapanim
153 Travessa Padre 47º 45’ 11,531” W 1º 131 1,296” S São Francis- São Francisco do 4 Braço Esquerdo do Rio
Inácio Magalhães co do Pará Pará Marapanim

Fonte: LARC (NUMA/UFPA), 2020.


Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 29

Caracterização da bacia
e sub-bacias hidrográficas
do Rio Marapanim

A bacia hidrográfica é uma área de drenagem de um curso


principal (um rio ou igarapé) e seus próprios afluentes. É uma
porção de terreno em que as águas das chuvas ao tocarem o
chão, escoam para igarapés ou rios, em seguida vão em direção
a um determinado curso d’água principal, abastecendo-o.
A Bacia do Rio Marapanim está localizada no nordeste
paraense, a aproximadamente 75 km de Belém (Figura 1;
Figura 3), com área aproximada de 2464,703 km2, perpassando
o território de doze municípios, a saber: Castanhal, Curuçá,
Igarapé-Açu, Magalhães Barata, Maracanã, Marapanim, Santa
Isabel do Pará, Santo Antônio do Tauá, São Caetano de Odivelas,
São Francisco do Pará, Terra Alta e Vigia.
As figura 5 e 6 apresentam mapas que contém o percentual
que a bacia hidrográfica do Rio Marapanim representa em
cada um dos municípios que a compõe, e o percentual que
cada município ocupa da bacia, respectivamente. A tabela 2
apresenta a área de cada município na bacia do Rio Marapanim
e o percentual da bacia em cada município.
30 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

Tabela 2: Percentual e área de cada município na Bacia


Hidrográfica do Rio Marapanim
Percentual Percentual
Área Área na
do Município da Bacia
Município Total Bacia
ocupado pela ocupado pelo
(km²) (km²)
Bacia (%) Município (%)
Castanhal 1.030,26 459,626 44,61257875 18,64833207
São Francisco 479,441 384,283 80,15230237 15,5914526
do Pará
Igarapé-Açú 785,983 196,124 24,95270254 7,957307635
Maracanã 807,628 87,05 10,77847722 3,531865706
Magalhães 323,984 322,725 99,61140056 13,09386973
Barata
Marapanim 804,76 665,448 82,68900045 26,99911511
Curuçá 672,948 70,473 10,47228018 2,85928974
Terra Alta 204,97 171,398 83,62101771 6,954103598
São Caetano 464,166 12,08 2,602517203 0,490119905
de Odivelas
Vigia 401,589 23,203 5,777797699 0,941411602
Santo 537,625 64,862 12,06454313 2,631635536
Antônio do
Tauá
Santa Izabel 717,662 7,431 1,035445655 0,301496773
do Pará
Total 7.231,02 2464,703 34,08515012 100

Fonte: LARC (NUMA/UFPA), 2020.


Figura 5: Mapa com o percentual ocupado pela Bacia Hidrográfica
do Rio Marapanim em cada município
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim
31

Fonte: LARC (NUMA/UFPA), 2020.


32

Figura 6: Mapa com o percentual que cada município ocupa na área


da Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim
Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

Fonte: LARC (NUMA/UFPA), 2020


Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 33

A Bacia do Rio Marapanim apresenta aproximadamente 53


sub-bacias hidrográficas. A demarcação das sub-bacias foi feita a
partir de imagens SRTM1, com resolução espacial de 30 metros.
Essas imagens de radar apresentam as curvas de nível, a partir
das quais, com operações de geoprocessamento, é possível
identificar os divisores de água.
Nas áreas mais elevadas da bacia essa operação pode
ser feita de modo automático, utilizando um software de
geoprocessamento. Nas áreas mais baixas, em proximidade à
grande foz da Bacia do Marapanim, essa operação precisa ser
feita de modo manual, utilizando para referência, imagens
de satélite LANDSAT2, além de pontos de um hardware com
1
A National Imagery and Mapping Agency (NIMA) e a National Aeronautics and Space
Administration (NASA) foram as instituições estadunidenses responsáveis pela
missão SRTM. Os dados de radar foram coletados no período de 11 a 22 de
fevereiro de 2000 (durante 11 dias), a bordo da nave espacial Endeavour. Nesse
período, a nave realizou 16 órbitas diárias na Terra, o que correspondeu a 176
órbitas durante toda a missão. O propósito da missão SRTM foi atuar na produção
de um banco de dados digitais para todo o planeta, necessários na elaboração de
um Modelo Digital de Elevação (MDE) das terras continentais. Os dados foram
produzidos para a região do planeta posicionada entre os paralelos 56ºS e 60ºN.
O método de coleta dos dados do SRTM é conhecido como interferometria SAR.
Por esse método, duas antenas SAR coletaram dados de radar separadas por um
braço extensor de 60 metros e para geração de dados topográficos foi utilizado
software interferométrico. Os dados são distribuídos em formato raster pelo
EROS Data Center, controlado pelo United States Geological Survey (USGS) e podem
ser acessados em formato HGT, com resolução radiométrica de 16 bits. Os MDEs
são organizados em tiles de 1ºx1º e oferecem 30 m de resolução vertical para os
Estados Unidos e 90 m de resolução vertical para as outra (EMBRAPA, 2019).
2
O programa, em sua maioria, foi gerenciado pelas agências estadunidenses NASA
e USGS, e envolveu o lançamento de sete satélites. A série LANDSAT teve seu
34 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

acesso a um sistema GNSS3 coletados em campo, em virtude da


declividade e topografia planas da foz tornarem complexas para
uma classificação automática.
Cada sub-bacia possui seu próprio curso principal.
Conhecer os divisores de águas, e o sentido dos rios nas sub-
bacias auxilia na gestão ambiental e na prevenção de impactos
ambientais. Os usos da terra (atividades econômicas, uso de
recursos naturais, atividades poluidoras etc.) praticados em uma
área qualquer pode ter efeitos à jusante (rio abaixo) em toda a
extensão da bacia. No caso dessa classificação apresentada pelo
Laboratório de Análise Ambiental e Representação Cartográfica
(LARC), algumas sub-bacias com apenas um curso d’água, de
escala muito pequena, foram englobadas em uma só sub-bacia,
a fim de facilitar a identificação para fins próprios à gestão
primeiro satélite lançado em 1972, e continua em atividade atualmente, perpassando
mais de 30 anos de cobertura da terra, com uma série de oito satélites, com diferentes
sensores acoplados. No Brasil, os dados matriciais (imagens de satélite) da série
LANDSAT são disponibilizados gratuitamente pelo Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE, 2010).
3
Significa Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS na sigla em inglês,
Global Navigation Satelite System), e se refere a uma constelação de satélites
artificiais a qual possibilidade o posicionamento tempo real. Esses sistemas são
utilizados em áreas como mapeamentos topográficos, hidrográficos, geodésicos,
aviação, navegação marítima e terrestres, mapeamentos de frotas, demarcação de
fronteiras, agricultura de precisão, entre outros usos. O mais conhecido dos sistemas
GNSS é o sistema estadunidense GPS (em inglês: Global Positioning System), o
qual é um sistema de navegação por satélite que fornece a um aparelho receptor
móvel a sua posição, assim como o horário, sob quaisquer condições atmosféricas,
a qualquer momento e em qualquer lugar na Terra; desde que o receptor se encontre
no campo de visão de três satélites GPS (quatro ou mais para precisão maior). Outro
GNSS em pleno funcionamento é o sistema russo GLONASS (que significa Sistema
de Navegação Global por Satélite). Há outros dois sistemas em implantação: o
GALILEO da União Europeia e o COMPASS chinês (SOARES et al., 2018).
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 35

ambiental e dos recursos hídricos, seguindo orientação de


Christofoletti (1981).
As cinco maiores sub-bacias são:
a) a Sub-bacia do Braço Esquerdo do Rio Marapanim (com
488 km²), que abriga metade da área urbana de Castanhal e toda
a cidade de São Francisco do Pará, e importantes comunidades
e áreas agropecuárias;
b) a Sub-bacia do Rio Jambu-Açu (com 246 km²), a qual
abriga a vila de Jambu-Açu (no município de São Francisco do
Pará), e várias comunidades agrícolas e extrativistas;
c) a Sub-bacia do Rio Maú (com 206 km²), abrigando uma
série de comunidades nos municípios de Curuçá, Marapanim e
Terra Alta;
d) a Sub-bacia do Braço Direito do Rio Marapanim (com
201 km²), abrigando comunidades agrícolas e assentamentos
nos municípios de Castanhal, Santa Isabel do Pará, Santo
Antônio do Tauá e Vigia; e
e) a Sub-bacia do Rio Cuinarana (com 147 km²), abrigando
comunidades agroextrativistas importantes nos municípios de
Magalhães Barata e Maracanã, possuindo em sua extensão áreas
de quatro unidades de conservação: RESEX Cuinarana, RESEX
Maracanã, RDS Campo das Mangabas e REVIS Padre Sérgio
Tonetto.
A seguir as principais localidades (cidades, vilas e
comunidades) de cada sub-bacia são apresentadas em detalhes
no mapa da figura 7 e nos dados da tabela 3.
36 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

Figura 7: Mapa das sub-bacias da Bacia Hidrográfica


do Rio Marapanim.

Fonte: LARC (NUMA/UFPA), 2020.


Tabela 3: Principais localidades da Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim por sub-bacia
Área
Nº Nome Principais Cidades, Vilas e Comunidades
(km²)
a) Igarapé-Açu: Sede Municipal; Santa Cruz/Km 2; Km 4; Km 5.
1 Rio Igarapé-Açú 97,22
b) Marapanim: Montenegro.
a) Marapanim: Bracinho; Braço Grande; Bussu; São José; Timboteua
2 Igarapé Timboteua 98,55
b) Maracanã: Bom Jardim; Serraria.
3 5,67
a) Castanhal: Sede Municipal; Agrovila Calúcia; Anita Garibaldi/Km 17; Conceição; Japiim; Km 5; Km 6;
Braço Esquerdo do
4 488,21 Olho D’água; Repartimento; Travessa 8.
Rio Marapanim
b) São Francisco do Pará: Sede Municipal; Travessa Padre Inácio Magalhães; Travessa 92
5 Igarapé Grande 44,85 a) Castanhal: Barro do Grande; Km 19; Km 20; Km 21; Travessa do Km 21
6 Igarapé Tracoã 23,20 a) Castanhal: Campina
7 Rio Paramaú 73,75 a) Marapanim: Cipoteua; Cruzador; Fazendinha; Maranhãozinho; Nazaré; Pedranópolis; Remanso; Silva.
a) Terra Alta: Açaiteua; Areial; Boa Fortuna; Km 39; Santa Maria do Maú/Vila Maú; São Benedito; Vista
Alegre.
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim

8 Rio Maú 206,78 b) Marapanim: Açaí; Acaputeua; Boa Esperança; Cruzeiro do Maú; Monte Alegre do Maú/Vila Maú; Moro-
çoca; Piquiateua/Santa Cruz; Santa Maria; Santana; Tamataquara; Taperinha; Terra Alta.
c) Curuçá: Acaputeuazinho; Ananim; Boa Fé; Caju; Magalhães Barata.
a) Curuçá: Coqueiro.
9 Rio Mearim 56,62
b) Marapanim: Bussu; Pindorama; Santo Amaro; São Vicente;
a) Curuçá: Araquaim; Pingo d’água.
10 32,93
b) Marapanim: Arapijó
Igarapé Mato a) Marapanim: Matapiquara; Progresso; Santa Luzia.
11 34,13
Grosso b) Magalhães Barata: Pajurá.
a) Marapanim: Marudá (do Doce).
12 Igarapé do Fugido 85,11
b) Magalhães Barata: Bacabal; Nazaré do Fugido; Piçarra; Quadros.
37
38

a) Magalhães Barata: Sede Municipal; Biteua; Brasil Novo; Fazendinha; Quatro Bocas/Concinha; Santo
Antônio.
13 Rio Cuinarana 147,65
b) Maracanã: Beira Mar; Martins Pinheiro; Santa Maria do Castelo; São Miguel; São Miguel do Itaquere;
Tatapari; Vista Alegre.
14 Rio Messay 92,51 a) Magalhães Barata: Cafezal; Herculino Bentes/Arraial; Paraíso.
15 27,44 a) Marapanim: Jarandeua
Igarapé Grota a) Marapanim: Cristolândia
16 31,30
Funda
17 Igarapé Crispim 38,64 a) Marapanim: Filete; Nova Esperança; Samambaia; São Miguel do Crispim; XV de Novembro.
18 Igarapé Umirizal 13,11 a) Terra Alta: Pequiá; Umirizal.
19 Igarapé Ilha Nova 24,47 a) Terra Alta: Ilha Nova; Jari; Lago; São Luís.
20 Igarapé Rio Branco 25,78 a) Terra Alta: Rio Branco
21 Igarapé do Chito 26,48 a) Terra Alta: Braço Grande; Barra Limpa; Getúlio Vargas/Mocajubinha
22 7,83 a) Magalhães Barata: Boa Esperança/Prainha; São Marcos
23 Igarapé Manicueira 22,38 a) Magalhães Barata: Algodoalzinho; Boa Vista; Curupuré.
a) São Francisco do Pará: Cipoal; Jambu-Açu; Modelo Paracrevea; Santa Luzia.
24 Rio Jambu-Açú 246,17 b) Igarapé-Açu: Km 9; Km 10; Km 11; Santa Cruz do Pajurá; Vila Nova.
c) Marapanim: Abaetezinho.
25 18,65 a) Marapanim: Araticum-Mirim
26 14,70 a) Marapanim: Igarapé-Açu
27 Igarapé Bacabal 9,19 a) Castanhal: Agrovila Bacabal
28 4,14
29 Igarapé Tendal 30,21 a) São Francisco do Pará: Cortiça; Laranjal; Granja Eremita; Granja Maraton; Mossoró.
30 5,18 a) São Francisco do Pará: Carmo.
31 4,72
32 19,68 a) Marapanim: Sede Municipal; Guarajubal; Surubiju; 12 de Outubro.
33 2,07
Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos
34 1,61
35 8,25
36 2,85
37 20,31 a) Magalhães Barata: Arauá; Nova Brasília.
38 8,94 a) Magalhães Barata: Calafete
39 22,22
40 10,36
41 7,56
42 18,35 a) Marapanim: Arsênio; Itacoá.
43 11,45 a) São Caetano de Odivelas: Pio XII 2.
44 11,41 a) Marapanim: Pesqueiro.
45 4,24
46 4,61 a) Terra Alta: Pedral
47 3,41
48 Igarapé Rio Negro 5,83 a) Terra Alta: Sede Municipal.
49 Igarapé Ponte Velha 3,46
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim

50 5,19
51 4,03
52 3,92
a) Castanhal: Agrovila Iracema; Corrente; Rodrigues; São José de Iracema; São Pedro; Travessa do 9;
Braço Direito do
53 201,56 Travessa do 23; Travessa Iracema.
Rio Marapanim
b) Santo Antônio do Tauá: São José de Iracema; Santa Terezinha.

Fonte: LARC (NUMA/UFPA), 2020


39
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 41

Aspectos socioambientais da Bacia


Hidrográfica do Rio Marapanim

Os aspectos socioambientais dizem respeito às condições


físicas e biogeográficas da bacia, permitindo que se faça um
diagnóstico da paisagem e do uso dos recursos naturais.
Nascentes
As Nascentes constituem um fenômeno de afloramento
natural de água, em superfície, a partir de uma camada aquífera.
Ocorrem por questões relacionadas à pressão (CHRISTOFOLETTI,
1981). São as origens dos rios (escoamentos superficiais de
água). O mapa das nascentes da Bacia do Rio Marapanim (Figura
8) foi elaborado a partir da extração de dados SRTM (INPE,
c2008) com resolução espacial de 30 metros, e confirmação
através de análise visual de imagens CBERS (INPE, c2011), com
resolução espacial de 8 metros, foram identificadas pelo LARC
(NUMA/UFPA) um total de 638 nascentes.
As nascentes possuem um grande papel ambiental,
pois além de fornecerem água para os rios, constituem fonte
de vida para outros organismos (SMA, 2009). É por isso que
é importante cuidar de seu entorno, legalmente chamado de
Área de Preservação Permanente (APP) (FLORES, 2017) sendo
a sua manutenção essencial para o equilíbrio ecológico, e
a preservação da perenidade dos rios, inclusive para fins
produtivos (LOPES et al., 2020). O mapa das nascentes da Bacia
Hidrográfica do Rio Marapanim possui uma escala de 1:345.000,
com dados geoespaciais referenciados pelo Datum SIRGAS-2000,
em projeção cilíndrica simples.
42 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

Figura 8: Mapa das nascentes da Bacia Hidrográfica


do Rio Marapanim

Fonte: SEMAS-PA, 2020; INPE, 2020; LARC (NUMA/UFPA), 2020.


Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 43

Hipsometria
O mapa hipsométrico (figura 9) caracteriza o relevo
através de curvas de nível. A extração dos dados foi feita a partir
de imagens SRTM (INPE, c2008), utilizando as ferramentas de
geoprocessamento automatizadas do software ArcGIS 10.1,
conforme os termos estabelecidos por Yang, Meng e Zhang
(2010). Na bacia hidrográfica do Rio Marapanim estão presentes
cotas altiméticas que variam entre 30 e 70 metros nas áreas
mais elevadas, ao sul da bacia, na direção cortada pela Rodovia
BR-316, onde emerge uma grande quantidade de nascentes e
cursos d’água.
Ao norte da bacia, apresenta-se um relevo litorâneo
caracterizado pela presença de rias e furos, com uma planície
sedimentar, cuja grande característica são as baías alongadas
(ROCHA; SOUZA; SOARES, 2018), apresentando altitudes que
variam de 5 a 15 metros. Ao largo da bacia como um todo, as
cotas entre 25 e 60 metros predominam (Gráfico 1). O mapa
da hipsometria da Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim possui
uma escala de 1:345.000, com dados geoespaciais referenciados
pelo Datum SIRGAS-2000, em projeção cilíndrica simples.
44 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

Gráfico 1: Cotas de Hipsometria da Bacia Hidrográfica


do Rio Marapanim

Fonte: LARC (NUMA/UFPA), 2020.


Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 45

Figura 9: Mapa da hipsometria do relevo da Bacia Hidrográfica


do Rio Marapanim

Fonte: INPE, 2020; LARC (NUMA/UFPA), 2020.


46 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

Declividade
O mapa da declividade do relevo da bacia hidrográfica
do Rio Marapanim (figura 10) apresenta as ondulações no
terreno da bacia. De acordo com EMBRAPA (1979), a áreas com
percentual como tipo de relevo: a) plano (entre 0% e 3% de
declividade); b) suave-ondulado (entre 3% e 8% de declividade);
c) ondulado (entre 8% e 20% de declividade); d) forte-ondulado
(entre 20% e 45% de declividade); e) montanhoso (entre 45% e
75% de declividade); e, f) forte-montanhoso (acima de 75% de
declividade).
No caso da Bacia do Rio Marapanim, não há relevo
montanhoso e nem forte-montanhoso. A maior parte do relevo
da bacia do Rio Marapanim se apresenta como plano ou suave-
ondulado (Gráfico 2). Os trechos onde há presenta de relevo
ondulado ou forte-ondulado se situam, sobretudo, na parte sul
da bacia, próximo às encostas dos rios, em um trecho com muitas
nascentes, com destaque para a sub-bacia do Braço Esquerdo
do Rio Marapanim, e para a proximidade do sítio urbano de
Castanhal. A metodologia de confecção se deu a partir da
extração automatizada no software ArcGIS 10.1 de dados SRTM
(INPE, c2008), seguindo a metodologia indicada por Yang, Meng
e Zhang (2010). O mapa da declividade da Bacia Hidrográfica
do Rio Marapanim possui uma escala de 1:345.000, com dados
geoespaciais referenciados pelo Datum SIRGAS-2000, em
projeção cilíndrica simples.
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 47

Gráfico 2: Cotas de declividade da Bacia Hidrográfica


do Rio Marapanim

Fonte: LARC (NUMA/UFPA), 2020.


48 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

Figura 10: Mapa da declividade do relevo da bacia


hidrográfica do Rio Marapanim

Fonte: INPE, 2020; LARC (NUMA/UFPA), 2020.


Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 49

Geologia
A referência utilizada para compilar as classes geológicas
da bacia hidrográfica do Rio Marapanim foi a base sistemática
disponibilizada pelo SGB-CPRM (c2020), na escala de 1:1.000.000.
Assim, ao se realizar, por operação de geoprocessamento
(realizada no software ArcGIS 10.1) uma secção para a escala
ideal para bacia do Rio Marapanim (1:345.000) é preciso levar em
conta o grau de generalização que a informação original possui.
O mapa geológico da Bacia Hidrográfica do Rio
Marapanim (figura 11) possui uma escala de 1:345.000, com
dados geoespaciais referenciados pelo Datum SIRGAS-2000, em
projeção cilíndrica simples. Em suma, a bacia hidrográfica do
Rio Marapanim apresenta quatro grandes camadas geológicas:

a. Formação Barreiras: ocupa a maior parte da bacia, e


que constitui um conjunto de formações geológicas
terciárias, e que apresentam ao largo do litoral
brasileiro (do Amapá ao Rio de Janeiro) um conjunto de
falésias (de 40 a 70 metros de altura) e que costumam
terminar de forma abrupta a poucos quilômetros do
litoral (GUERRA, 1987);

b. Depósitos Aluvionares: tratam-se de material


sedimentar transportado e acumulado pelos rios, em
alguns casos, formando pequenos terraços em suas
margens (GUERRA, 1987), com destaque para o curso
principal do Rio Marapanim à jusante da foz do Rio
50 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

Igarapé-Açu, e certo destaque secundário também


para os cursos de dois afluentes da margem esquerda,
o Rio Maú e o Rio Paramaú;

c. Depósitos Litorâneos: um conjunto de sedimentos


acumulados na borda litorânea, em baías e algumas
regiões mais profundas da zona costeira (GUERRA,
1987), e que se concentram na área de encontro do
Rio Marapanim com o Rio Cuinarana, em direção ao
alargamento do corpo d’água formando a Baía do
Marapanim;

d. Sedimentos Pós-Barreiras: um conjunto de formações


sedimentares localizados em torno da área da nascente
principal do Rio Marapanim (entre os municípios de
Castanhal, Santa Isabel do Pará e Santo Antônio do
Tauá).
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 51

Figura 11: Mapa geológico da Bacia Hidrográfica


do Rio Marapanim

Fonte: IBGE, 2020; IBAMA. 2018; LARC (NUMA/UFPA), 2020.


52 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

Geomorfologia
Para a classificação das classes geomorfológicas da bacia
hidrográfica do Rio Marapanim, o trabalho elaborado pelo
Laboratório de Análise Ambiental e Representação Cartográfica
(LARC) tomou como referência a classificação oficial do SGB-
CPRM (c2020), e os dados hipsométricos e de declividade
levantados. Porém, os limites foram confeccionados a partir
dos critérios estabelecidos por Rocha, Souza e Soares (2018),
com uma classificação apropriada à escala da zona costeira do
estado do Pará.
O mapa geomorfológico da Bacia Hidrográfica do Rio
Marapanim (figura 12) possui uma escala de 1:345.000, com
dados geoespaciais referenciados pelo Datum SIRGAS-2000, em
projeção cilíndrica simples. Assim, a bacia hidrográfica do Rio
Marapanim apresenta três grandes feições geomorfológicas:
a. Planalto Rebaixado: também conhecido como
Tabuleiros, localizados na porção sul e central da bacia
hidrográfica do Rio Marapanim, o qual corresponde a
relevos ondulados os quais alcançam uma média entre
50 e 60 metros de elevação, e possuem uma superfície
plana e arrasada, com forma de relevo de topo
plano, elaboradas em rochas sedimentares (Barreiras
e Pós-Barreiras), em geral limitadas por escarpas,
terminando de forma abrupta diante dos terraços das
planícies (ROCHA; SOUZA; SOARES, 2018);
b. Planície Fluvial: se estende às margens do curso
principal do Rio Marapanim, e também pelas margens
de importantes afluentes na margem direita (Braço
Esquerdo do Marapanim, Rio Jambu-Açu e Rio
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 53

Igarapé-Açu) e na margem esquerda (Rio Maú), A


planície fluvial é, em geral, o resultado da evolução
de um sistema anastomosado que esteve ativo antes
da implantação do atual padrão do canal fluvial. As
feições nela existentes são resultantes deste antigo
sistema – embora existam formas reliquiares de outro
padrão mais antigo ainda, entrelaçado – e de formas
associadas aos canais atuais (ROCHA; SOUZA; SOARES,
2018). São áreas propicies à formação da vegetação
de manguezais.
c. Planície Costeira: são formadas por sedimentos
terciários ou quaternários, com gênese associada às
variações do nível do mar associadas às correntes
de deriva litorânea, derivando em formações que
funcionam como “armadilhas” para captura de
sedimentos trazidos pelo mar. De forma frequente na
zona costeira amazônica, as planícies costeiras estão
associadas às desembocaduras de grandes rios, como
o caso da Baía do Marapanim, e estão intercaladas com
falésias e costões rochosos, possuindo não apenas o
mar, mas os ventos como fenômeno de intemperismo
e agentes modeladores da paisagem de forma mais
determinante que o canal dos grandes rios (ROCHA;
SOUZA; SOARES, 2018). Nesta área, que engloba a foz
do Rio Marapanim, e sua grande área de influência,
encontram-se tanto ambientes de manguezais, como
também formação de praias, por vezes dunas frontais
e outras formas de cordões litorâneos.
54 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

Figura 12: Mapa Geomorfológico da Bacia Hidrográfica


do Rio Marapanim

Fonte: ROCHA; SOUZA; SOARES, 2018; SGB-CPRM, 2020; LARC


(NUMA/UFPA), 2020.
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 55

Pedologia
Para confeccionar o mapa pedológico da Bacia do Rio
Marapanim (figura 13) foram utilizados dos dados vetoriais
disponibilizados por Embrapa (c2020), a qual se baseia no
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 2006),
e foi produzida na escala de 1:5.000.000. Trata-se, portanto, de
uma escala generalizante, e ilustra uma abordagem primária dos
solos da bacia hidrográfica do Rio Marapanim, razão pela qual
o mapa se refere à predominância de determinado tipo de solo,
admitindo a priori a existência de tipos secundários, terciários
etc., ao largo da bacia.
Para estudos mais aplicados, faz-se necessário um
levantamento detalhado dos solos ao nível de cada sub-bacia.
Os dados vetoriais disponibilizados pela Embrapa (c2020) foram
seccionados na escala de 1:345.000, georreferenciados sob o
Datum SIRGAS-2000 e projetados a partir da projeção cilíndrica
simples. Dois conjuntos de solos predominantes se destacam na
bacia hidrográfica do Rio Marapanim:

a) Latossosos amarelos: absolutamente predominantes


em toda a bacia hidrográfica do Rio Marapanim,
como também em toda a zona costeira amazônica
(ROCHA; SOUZA; SOARES, 2018), são solos profundos,
de coloração amarelada, perfis muito homogêneos,
com boa drenagem e baixa fertilidade natural em sua
maioria (IBGE, 2007).
56 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

b) Gleissolos: são solos característicos de áreas


alagadas ou sujeitas a alagamento (margens de rios,
ilhas, grandes planícies, etc.). Apresentam cores
acinzentadas, azuladas ou esverdeadas, dentro de 50
cm da superfície. Podem ser de alta ou baixa fertilidade
natural e têm nas condições de má drenagem a sua
maior limitação de uso. Ocorrem em praticamente
todas as regiões brasileiras, ocupando principalmente
as planícies de inundação de rios e córregos (IBGE,
2007). No caso da bacia hidrográfica do Rio Marapanim,
predominam na foz do Rio Marapanim e também na
foz do Rio Cuinarana, já na área das reentrâncias da
Baía do Marapanim (ROCHA; SOUZA; SOARES, 2018).
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 57

Figura 13: Mapa Pedológico da Bacia Hidrográfica


do Rio Marapanim

Fonte: EMBRAPA, 2020; LARC (NUMA/UFPA), 2020.


58 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

Vegetação de manguezal
A base de dados vetoriais utilizada para a elaboração do
mapa da vegetação de manguezal da Bacia do Rio Marapanim
(figura 14) foi disponibilizada por IBAMA (c2020), elaborada para
uma escala de 1:500.000 em toda a extensão da Amazônia Legal.
Os dados vetoriais (shapefile) foram seccionados por operações de
geoprocessamento na escala de 1:345.000, e georreferenciados
a partir do Datum SIRGAS-2000, projetados em projeção
cilíndrica simples. A ocorrência de manguezais se intensifica,
e se torna detectável através de imagens LANDSAT a partir da
foz do Igarapé Timboteua (afluente da margem esquerda do Rio
Marapanim, sub-bacia 2) e do Igarapé Grota Funda (afluente da
margem direita do Rio Marapanim, sub-bacia 16).
Em termos biográficos, o manguezal é uma comunidade
microfanerófitica de ambiente salobro, situada na
desembocadura de rios e regatos no mar, com destaque para
o litoral de rias ou reentrâncias amazônicas (ROCHA; SOUZA;
SOARES, 2018), onde, nos solos limosos (manguitos), cresce uma
vegetação especializada, adaptada à salinidade das águas, com
a seguinte sequência: Rhizophora mangle L., Avicennia sp., cujas
espécies variam conforme a latitude, e Laguncularia racemosa
(L.) C. F. Gaertn., que cresce nos locais mais altos, só atingidos
pela preamar. Nesta comunidade, pode faltar um ou mesmo dois
desses elementos (IBGE, 2012). Os ambientes de manguezais
se constituíram na base ecológica para o estabelecimento da
quase totalidade das Reservas Extrativistas na zona costeira
amazônica (MARÇAL, 2019).
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 59

Figura 14: Mapa da vegetação de manguezal na Bacia


Hidrográfica do Rio Marapanim

Fonte: IBAMA, 2020; SEMAS-PA, 2020; LARC (NUMA/UFPA), 2020.


60 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

Unidades de conservação
Uma Unidade de Conservação (UC) têm a função de
salvaguardar a representatividade de porções significativas e
ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e
ecossistemas do território nacional e das águas jurisdicionais,
preservando o patrimônio biológico existente. Além disso,
garantem às populações tradicionais o uso sustentável dos
recursos naturais de forma racional e ainda propiciam às
comunidades do entorno o desenvolvimento de atividades
econômicas sustentáveis (O ECO, 2021).
Segundo a legislação brasileira (BRASIL, 2000), as Unidades
de Conservação podem seguir dois modelos:

 UC de Uso Sustentável, onde é prevista a moradia


simultânea de pessoas dentro da Unidade de Conservação,
como por exemplo, Área de Proteção Ambiental (APA), Área de
Relevante Interesse Ecológico (ARIE), Floresta Nacional (FLONA),
Floresta Estadual (FLOTA), Reserva Extrativista (RESEX), Reserva
de Fauna (REFAU), Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS)
e Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), sem, contudo,
a utilização de atividades que degradam o meio ambiente;

 UC de Proteção Integral, onde é proibida a interferência


humana que cause modificações ambientais e que não se
permite a habitação, ou a realização de atividades de pessoas
no interior da UC, a não ser para fins científicos, como exemplo,
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 61

Estação Ecológica (ESEC), Reserva Biológica (REBIO), Parque


Nacional (PARNA), Parque Estadual (PES), Monumento Natural
(MN) e Refúgio da Vida Silvestre (REVIS) (VALLEJO, 2002; SILVA;
SOUZA, 2009).
Principalmente no caso das RESEX, em especial no caso da
zona costeira amazônica, essas UC foram fundamentais para a
garantia dos direitos territoriais e do acesso a políticas públicas
por parte de populações tradicionais (FLORES; ROCHA, 2018;
SOARES, 2021).
O mapa das Unidades de Conservação da Bacia
Hidrográfica do Rio Marapanim (figura 15) selecionou
dados espaciais disponibilizados pelo MMA (c2020) e
pela SEMAS-PA (c2020), tendo-os georreferenciados a
partir do Datum SIRGAS-2000, em projeção cilíndrica
simples para uma escala de 1:345.000. Há cinco UC
presentes na bacia hidrográfica do Rio Marapanim:
a) Reserva Extrativista Marinha Mestre Lucindo (RESEX):
uma UC federal de Uso Sustentável, com uma área de
26 mil hectares, criada pelo Decreto S/N de 10/10/2014,
localizada no município de Marapanim (ISA, c2020a);
b) Reserva Extrativista Marinha de Maracanã (RESEX):
uma UC federal de Uso Sustentável, com uma área de
30 mil hectares, criada pelo Decreto S/N de 13/12/2002,
localizada no município de Maracanã (ISA, c2020b);
62 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

c) Reserva Extrativista Marinha Cuinarana (RESEX): uma


UC federal de Uso Sustentável, com uma área de 11
mil hectares, criada pelo Decreto S/N de 10/10/2014,
localizada no município de Magalhães Barata (ISA,
c2020c);
d) Reserva de Desenvolvimento Sustentável Campo das
Mangabas (RDS): uma UC estadual de Uso Sustentável,
com uma área de 7 mil hectares, criada pelo Decreto
1567 de 17/6/2016, localizada no município de
Maracanã (ISA, c2020d);
e) Refúgio da Vida Silvestre Padre Sérgio Tonetto (REVIS):
uma UC estadual de Proteção Integral, com uma
área de 339 hectares, criada pelo Decreto 1567 de
17/6/2016, localizada no município de Maracanã (ISA,
c2020e).
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 63

Figura 15: Mapa das Unidades de Conservação na Bacia


Hidrográfica do Rio Marapanim

Fonte: MMA, 2020; SEMAS-PA, 2020; LARC (NUMA/UFPA), 2020.


64 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

Cobertura da terra
Para produzir o mapa de cobertura da terra da bacia
hidrográfica do Rio Marapanim (figura 16) foram utilizados os
dados vetoriais (shapefile) disponibilizados por INPE (c2019),
no âmbito do Projeto TerraClass. Trata-se de um projeto de
vetorização de classes de uso a partir de imagens de satélite
LANDSAT-5, com os sensores Modis e TM, cuja metodologia
de vetorização é descrita por Almeida et al. (2016). Os dados
vetoriais são disponibilizados com Georreferenciamento a
partir do Datum SAD-69, e em uma escala de mapeamento de
1:100.000, adequada, portanto, para uma análise dos municípios
que compõem a bacia hidrográfica do Rio Marapanim. Os dados
disponibilizados por INPE (c2019) foram levantados para os
anos de 2004, 2008, 2010, 2012 e 2014.
Para o mapa da cobertura da terra da bacia hidrográfica
do Rio Marapanim, o LARC utilizou os dados de 2014, fazendo a
conversão para o Datum SIRGAS-2000 (para adequar ao resto da
base cartográfica do laboratório), em projeção cilíndrica simples,
com o mapa apresentando a escala de 1:345.000. Os dados
vetoriais das cenas 223/60 e 223/61 foram categorizados em:
a) Área não observada: correspondem às áreas cobertas
nas cenas por nuvens e sombras de nuvens, impedindo a
categorização correta, os quais no mapa foram simples-
mente representados com ausência de cor (branco);
b) Agricultura anual: diz respeito às lavouras agrícolas
de média e grande escala englobando tanto o que
o IBGE (2013) define como “culturas permanentes”
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 65

(ciclo vegetativo de longa duração), como “culturas


temporárias” (ciclo vegetativo de curta duração), que
no mapa foram apresentados em cor laranja, e se
concentram sobretudo na dendeicultura de Terra Alta;
c) Floresta: diz respeito à vegetação latifoliada ombrófila
densa nos termos do IBGE (2012), que no mapa
está representada em verde claro estando presente
sobretudo nas margens do Rio Marapanim e do Rio
Cuinarana;
d) Hidrografia: diz respeito aos corpos d’água que
são visíveis na escala de 1:100.000 (sobretudo Rio
Marapanim e Rio Cuinarana);
e) Mineração: são sobretudo áreas de extração de areia
nas cabeceiras da bacia, principalmente em Vigia e
Santo Antônio do Tauá;
f) Mosaico de ocupações: são áreas pequenas que
concentram uma grande diversidade de usos. Nos
termos do IBGE (2013), concentram os cultivos
temporários diversificados de pequena escala, e
que, geralmente, estão ligados à agricultura familiar
(PIRAUX; SOARES; SIMÕES, 2017). Estão representados
no mapa em amarelo, e estão espraiados nos
minifúndios ao largo de toda a bacia;
g) Não floresta: corresponde ao que o IBGE (2013)
categoriza como vegetação campestre, e na bacia
hidrográfica do Rio Marapanim são campos naturais
66 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

que se concentram, sobretudo, em Maracanã, na área


da RDS Campo das Mangabas;
h) Outros: correspondem a tipos de coberturas muito
específicas que não puderam ser identificadas na
escala de 1:100.000, e foram representados na cor
bege do mapa, havendo poucos casos efetivos,
próximos à cidade de Marapanim;
i) Pasto: aqui o trabalho do LARC optou por englobar
o que nos dados TerraClass estão separados
como “pasto limpo” (pasto apenas com vegetação
gramínea), “pasto sujo” (pasto com outras vegetações
arbóreas, principalmente ervas daninhas), “pasto
com solo exposto” e “regeneração com pasto”,
sendo abundantes sobretudo nos tabuleiros, na
margem direita do Rio Marapanim, nos municípios de
Castanhal, São Francisco do Pará e Igarapé-Açu.
j) Reflorestamento: plantio ou formação de maciços
com espécies florestais nativas ou exóticas. Nesta
definição não se considera se o plantio é realizado
em áreas anteriormente povoadas com espécies
florestais ou não. Considera-se reflorestamento
todas as áreas povoadas com essências florestais,
independentemente do ambiente. Os plantios podem
ser heterogêneos, homogêneos e consorciados. No
caso da bacia do Rio Marapanim tratam-se de pequenos
e médios plantios de eucalipto em Castanhal.
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 67

Figura 16: Mapa da cobertura da terra a Bacia Hidrográfica


do Rio Marapanim

Fonte: INPE, 2014; LARC (NUMA/UFPA), 2020.


Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 69

Aspectos socioeconômicos
da Bacia Hidrográfica
do Rio Marapanim

Os aspectos socioeconômicos da Bacia Hidrográfica do


Rio Marapanim estão relacionados diretamente às questões
ambientais levantadas. A atenção aqui é direcionada as
atividades humanas desenvolvidas na bacia, os usos sociais dos
recursos naturais e suas alterações produzidas.

Uso da terra e das águas


Para confeccionar o mapa de uso da terra e das águas
(figura 17) foram utilizados os dados vetoriais disponibilizados
pelo IBGE (2013). A metodologia aplicada no estudo baseou-
se na interpretação de imagens orbitais, utilizando critérios de
interpretação de cor, textura, tamanho e forma para os anos de
2008 e 2009, em escala de mapeamento 1:250.000. A realidade
foi abstraída através de um sistema multinível de classificação,
que enfatiza o sensoriamento remoto como primeira fonte
de informação, complementada com trabalhos de campo,
entrevistas, dados estatísticos e literatura disponível.
Os dados são divulgados na Grade Estatística do IBGE, que
divide o território brasileiro em células de 1 km². Primeiramente,
diversas imagens orbitais OLI/Landsat-8 foram adquiridas
e processadas. Em seguida, cada célula da grade é associada
a uma das classes de cobertura e uso da terra pré-definidas,
através da interpretação das imagens com o auxílio de insumos
70 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

complementares, como a Base Cartográfica Contínua do IBGE


(BC250) e o mapa de vegetação do IBGE. Por fim, os dados
gerados são revisados e divulgados.
As classes identificadas foram: mineração de não
metálicos, como a extração de areia; cultivos temporários
diversos, como frutas e hortícolas; cultivos de oleaginosas, a
exemplo de girassol e castanhas de caju; pecuária de grande
porte; reflorestamento (como eucalipto e paricá); extrativismo
vegetal e animal. A classificação final do IBGE (2013) apresenta
várias classes compostas. Por exemplo a categoria “pecuária de
animais de grande porte + agricultura de cultivos temporários
diversificados + extrativismo vegetal” indica a presença das
três atividades em uma determinada área, sendo que a primeira
predomina sobre a segunda e a terceira, e a segunda sobre a
terceira; no mesmo sentido, uma outra área indicada como
“cultivos temporários diversificados + pecuária de animais
de grande porte + extrativismo vegetal” indica que as três
atividades estão presentes na área, mas a predominante, dessa
vez, é a agricultura de cultivos temporários diversos.
Para facilitar a compreensão, o trabalho do LARC
(NUMA/UFPA) agrupou as classes de acordo com a atividade
predominante. Assim, devem ser lidas as categorias como
“predominância de uma determinada atividade”, não excluindo
que há, em cada polígono, a presença de outras classes de uso.
O mapa elaborado para a bacia hidrográfica do Rio Marapanim
possui uma escala de 1:345.000, com dados geoespaciais
referenciados pelo Datum SIRGAS-2000, em projeção cilíndrica
simples. A grande distinção do mapa de uso para o de cobertura,
é aqui a ênfase é no uso dado, seja agrícola, pecuária, extrativista
(pesca, coleta etc.) ou urbano-industrial.
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 71

Figura 17: Mapa do Uso da terra e da água na Bacia


Hidrográfica do Rio Marapanim

Fonte: IBGE, 2013; LARC (NUMA/UFPA), 2020.


72 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

Mineração
Para elaborar o mapa de mineração da Bacia Hidrográfica
do Rio Marpaanim (figura 18) foram utilizados os dados vetoriais
disponibilizados pela Agência Nacional de Mineração (ANM,
c2020). Os dados vetoriais são disponibilizados em forma de
polígonos (áreas). Como as áreas das lavras em questão são muito
pequenas, optou-se por representa-las em pontos, havendo na
bacia do Rio Marapanim lavras concedidas apenas para extração
de areia, de saibro, e também de extração de água mineral.
O mapa de mineração da bacia hidrográfica do Rio
Marapanim apresenta dados espaciais georreferenciados a
partir do Datum SIRGAS-2000, em projeção cilíndrica simples,
para a escala de 1:345.000.
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 73

Figura 18: Mapa das atividades de mineração presentes na


Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim

Fonte: ANM, 2020; LARC (NUMA/UFPA), 2020.


74 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

Outorga de recursos hídricos por tipologia


A Outorga de Recursos Hídricos é um dos instrumentos das
Políticas Nacional de Recursos Hídricos (Lei Federal n. º 9.433, de
8 de janeiro de 1997). A outorga é fundamental para regularizar
o uso dos recursos hídricos quando se trata de instalação,
ampliação e/ou alteração de qualquer empreendimento que
faça o uso de águas superficiais (rios) ou subterrânea (poços),
e obras que alterem o seu regime, quantidade ou qualidade.
São exemplos de uso dos recursos hídricos: a irrigação,
geração de energia elétrica, indústria, preservação ambiental,
abastecimento humano, dessedentação animal.
Para elaborar o Mapa das Outorgas de uso da água, por
tipologia (figura 19) foram utilizados dados disponibilizados
pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade
do Pará (SEMAS-PA, c2021). O mapa elaborado possui uma
escala de 1:345.000, com dados geoespaciais referenciados pelo
Datum SIRGAS-2000, em projeção cilíndrica simples. Na bacia
do Rio Marapanim predominam as outorgas para o uso de água
subterrânea (poços), principalmente no município de Castanhal,
havendo poucas outorgas para captação de água superficial
(rios) e para lançamento de efluentes nos rios.
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 75

Figura 19: Mapa das outorgas de uso dos recursos hídricos por
tipologia na Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim

Fonte: SEMAS-PA, 2020; LARC (NUMA/UFPA), 2020.


76 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

Poços por tipologia


O mapa dos poços por tipologia da Bacia Hidrográfica do Rio
Marapanim (figura 20) apresenta os poços registrados no Sistema
de informações de águas subterrâneas – SIAGAS (SGB-CPRM,
c2021). O sistema disponibiliza os dados por município, com
coordenadas geográficas em sistema UTM. As coordenadas foram
plotadas, e as informações convertidas em tabelas de atributos,
e assim, classificados conforme o uso (abastecimento doméstico,
abastecimento animal, irrigação, abastecimento industrial,
abastecimento múltiplo, abastecimento urbano e sem uso).
Na bacia do Rio Marapanim predominam o uso de poços
para abastecimento urbano e doméstico. O mapa dos poços por
tipologia de uso da Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim possui
uma escala de 1:345.000, com dados geoespaciais referenciados
pelo Datum SIRGAS-2000, em projeção cilíndrica simples.
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 77

Figura 20: Mapa dos poços, por tipologia de uso, presentes na


Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim

Fonte: SGB-CPRM, 2020; LARC (NUMA/UFPA), 2020.


78 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

População total por setor censitário


O Mapa da População por setor censitário da Bacia
Hidrográfica do Rio Marapanim (Figura 21) apresenta o número
absoluto de habitantes por setor censitário. O setor censitário é
a unidade territorial demarcada pelo IBGE para fins de organizar
a coleta de dados de suas pesquisas domiciliares. Tratam-se dos
dados do Censo Demográfico do IBGE de 2010 (IBGE, 2011),
e apresentam, portanto, uma imagem demográfica da bacia.
Os limites dos setores censitários não são coincidentes com os
limites da bacia hidrográfica, por isso, sobretudo os dados da
população nos limites da bacia devem ser considerados com
grau de generalização (imprecisos). O município de Castanhal
apresenta as maiores densidades demográficas, tanto na área
urbana como rural. O mapa demográfico da Bacia Hidrográfica
do Rio Marapanim possui uma escala de 1:345.000, com dados
geoespaciais referenciados pelo Datum SIRGAS-2000, em
projeção cilíndrica simples.
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 79

Figura 21: Mapa demográfico (por setores censitários) da


Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim

Fonte: IBGE (2011); LARC (NUMA/UFPA), 2020.


Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 81

Considerações Finais

A publicação desse Caderno de Mapas da Bacia do Rio


Marapanim, por parte do Núcleo de Meio Ambiente (NUMA) da
Universidade Federal do Pará (UFPA) vai ao encontro de facilitar
o uso das produções acadêmicas técnico-científicas por parte
da sociedade local e órgãos públicos municipais, estaduais e
federais. Também serve para expandir a já consolidada atuação
do NUMA/UFPA no referido território.
A produção dos mapas contou com rigor técnico do
Laboratório de Representação Geográfica e Geoprocessamento
(LARC) com a participação de técnicos, docentes e descentes do
NUMA/UFPA. O material apresentado ainda é parcial, posto novos
mapas ainda estão sendo produzidos. Assim, esta é a primeira
edição. A intenção é que as próximas edições apresentem os
aspectos naturais/ambientais e de uso destes recursos das
principais sub bacias. Também trarão mapas sobre vários outros
aspectos como os de saneamento, demográficos, entre outros.
Os mapas desta primeira edição apresentam aspectos
socioambientais e socioeconômicos que revelam a
heterogeneidade da bacia, em especial no que diz respeito aos
tamanhos das sub bacias, da ocorrência de outorgas de água
subterrânea, do número de habitantes por setor censitário, na
cobertura da terra, da presença das atividades de mineração, da
presença de unidades de conservação, da presença da vegetação
82 Ronaldo Mendes | Daniel Sombra | Marcos Quintairos

de mangue (naturalmente), da geomorfologia, da hipsometria


e do percentual de área de cada município dentro da bacia,
mas também sua homogeneidade, como a distribuição das
comunidades rurais, na ocorrência de nascentes, na declividade
dos terrenos, na pedologia e do uso da terra e água.
Faz-se importante mencionar a contribuição do
conhecimento empírico da bacia por parte da equipe técnica
quanto aos aspectos naturais/ambientais, mas também quanto
a identificação das localidades e acessos as mesmas. Entende-
se que tal produção seja de grande valia a gestão do território,
seja hídrica, seja ambiental, ou ainda para compreensão e
apoio ao desenvolvimento local da bacia como um todo. A
intenção é que os mapas disponibilizados sejam usados pelos
gestores, técnicos professores das municipalidades, bem como
órgãos estaduais e federais, bem como pelas comunidades de
uma forma geral, para que seja possível identificar o território
da bacia e suas características mais gerais. Isto certamente
aumentará a compreensão de sua localização, de seus limites e
dos potenciais de disponibilidade e uso dos recursos naturais/
ambientais.
Caderno de Mapas da Bacia do rio Marapanim 83

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O Caderno de Mapas da Bacia do Rio Marapanim é uma produção do
Núcleo de Meio Ambiente (NUMA) por meio de seu Programa de Pós-
Graduação em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na
Amazônia (PPGEDAM) e de seu Laboratório de Representação Geográfica e
Geoprocessamento (LARC). É constituído por 21 mapas contendo temas
de localização, caracterização, aspectos socioambientais e aspectos
socioeconômicos da Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim. O produto
objetiva não apenas trazer informações importantes para a compreensão
dessa unidade socioambiental, mas também contribuir para os aspectos
práticos no que tange à gestão dos recursos naturais nesta bacia hidrográ-
fica, que é a primeira do estado do Pará a possuir um Comitê de Bacias
Hidrográficas.

Autores:
Ronaldo Lopes Rodrigues Mendes: Geólogo, Mestre em Geo sica e
Doutor em Desenvolvimento Socioambiental. Professor do Programa de
Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local
na Amazônia (PPGEDAM).

Daniel Araújo Sombra Soares: Geógrafo, Mestre e Doutor Geografia.


Professor do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais
e Desenvolvimento Local na Amazônia (PPGEDAM) e Coordenador do
Laboratório de Representação Geográfica e Geoprocessamento (LARC) do
Núcleo de Meio Ambiente da UFPA.

Marcos Vinícius Rodrigues Quintairos: Geógrafo e Mestre em Geografia.


Professor da Escola de Aplicação da UFPA. Doutorando do Programa de
Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local
na Amazônia (PPGEDAM).

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