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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

Curso de Engenharia de Agrimensura e Cartográfica


Disciplina: Hidroclimatologia
Profa. Mirna Karla Amorim da Silva

Delimitação e espacialização de dados pluviométricos da sub-bacia do Rio Paranaíba

Jordana Alves Vieira


Leandro Cortês Cardoso
Lincon Rodrigues Silva

Monte Carmelo
2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Curso de Engenharia de Agrimensura e Cartográfica
Disciplina: Hidroclimatologia
Profa. Mirna Karla Amorim da Silva

Delimitação e espacialização de dados pluviométricos da sub-bacia do Rio Paranaíba

Relatório de Atividade Prática apresentado


como requisito para avaliação na disciplina
de Hidroclimatologia, do Curso de
Engenharia de Agrimensura e Cartográfica,
da Universidade Federal de Uberlândia.

Profª. Mirna Karla Amorim da Silva

Monte Carmelo
2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Curso de Engenharia de Agrimensura e Cartográfica
Disciplina: Hidroclimatologia
Profa. Mirna Karla Amorim da Silva

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 3
2 MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................ 4
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................. 6
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................... 11
REFERÊNCIAS............................................................................................................ 12
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Curso de Engenharia de Agrimensura e Cartográfica
Disciplina: Hidroclimatologia
Profa. Mirna Karla Amorim da Silva

1 INTRODUÇÃO

O avanço tecnológico na área de geoprocessamento, vem facilitando a execução e a


automatização de tarefas, como a delimitação e espacialização de dados pluviométricos de
bacias hidrográficas, tais tarefas que antes demandavam tempo e habilidades manuais,
atualmente com o auxílio de softwares (como por exemplo o ArcGis ou Qgis) e computadores
avançados, estes trabalhos vem se tornado mais fáceis, de melhor qualidade e com menor
tempo de trabalho.
Segundo o geógrafo Marcus Aurélio de Araújo Gomes (2022) “Geoprocessamento
representa um conjunto de tecnologias capazes de coletar e tratar informações
georreferenciadas, que permitam o desenvolvimento constante de novas aplicações. Neste
sentido, as tecnologias que são englobadas nesta concepção, e que a cada momento fazem
cada vez mais parte do nosso dia-a-dia, são o Sensoriamento Remoto (SR), o Sistema de
Informação Geográfica (SIG) e o Sistema de Posicionamento Global (GPS), este último mais
conhecido pela sua sigla em inglês. “
Como mencionado anteriormente pelo geógrafo Marcus Aurélio de Araújo Gomes, o
“Geoprocessamento representa um conjunto de tecnologias capazes de coletar e tratar
informações georreferenciadas”, visto isso faremos uso do Sensoriamento Remoto, para a
coleta de um dado específico, que segundo o geógrafo Marcus Aurélio de Araújo Gomes
(2022) “O SR é a tecnologia capaz de obter imagens e outros tipos de dados através do
monitoramento da superfície terrestre, através da captação e do registro da energia
eletromagnética refletida ou emitida da superfície.”, esse dado específico coletado é chamado
de Modelo Digital de Elevação (MDE), que segundo o IBGE (2022) “Modelo digital que
representa as altitudes da superfície topográfica agregada aos elementos geográficos
existentes sobre ela, como cobertura vegetal e edificações.”, e a partir desse modelo podemos
delimitar uma bacia hidrográfica.
A delimitação de uma bacia hidrográfica e de extrema importância nos dias de hoje,
pois a partir da bacia são elaboradas, desde atividades antrópicas até estudos ambientais,
segundo Barbosa (2018) “Atualmente as bacias hidrográficas são consideradas unidades de
gestão e planejamento dos recursos hídricos e das atividades antrópicas realizadas nessas
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áreas, sendo assim, consequentemente tornam-se unidades de estudo sobre Educação


Ambiental”.
Com base em todas essas informações, o presente trabalho busca delimitar e
espacializar dados pluviométricos da sub-bacia hidrográfica do Rio Paranaíba, em 3 anos
diferentes (2007, 2013 e 2018), com o objetivo final de analisar e discutir os resultados desses
diferentes cenários.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Á área de estudo está localizada no município de Limeira do Oeste – MG. O


município se estende por 1 319 km² e contava com 7 536 habitantes no último censo. A
densidade demográfica é de 5,7 habitantes por km² no território do município.
Vizinho dos municípios de União de Minas, Carneirinho e Populina, Limeira do Oeste se
situa a 44 km a Norte-Oeste de Iturama a maior cidade nos arredores, (CIDADE- BRASIL,
2021). A sub-bacia estudada faz parte da bacia hidrográfica do Rio Paranaíba.
A bacia hidrográfica do rio Paranaíba é a segunda maior unidade da Região
Hidrográfica do Paraná. Posicionada na região central do Brasil, ocupa cerca de 2,6% do
território nacional e inclui os estados de Goiás (63,3%), Mato Grosso do Sul (3,4%) e Minas
Gerais (31,7%), além do Distrito Federal (1,6%). A bacia possui 197 municípios, além do
Distrito Federal. Destes, 28 sedes municipais se encontram fora dos limites da bacia, (CBH,
2022). A figura 1, ilustra a delimitação da sub-bacia e a sua localização, já a figura 2 ilustra a
delimitação da sub-bacia e a localização das estações pluviométricas escolhidas para a
realização do trabalho.
O presente estudo utilizou do ponto de exultório e delimitação da sub-bacia do Rio
Paranaíba em conjunto com dados pluviométricos das estações que “cobriam” a área de
estudo. O ponto de exultório da bacia foi disponibilizado pela professora, o MDE digital de
elevação da área foi adquirido através do site Topodata – INPE, vale ressaltar que o MDE
utilizado, corresponde à carta 19S51, e os dados pluviométrico foram adquiridos pelo Sistema
Hidroweb da ANA, as estações escolhidas possuem os seguintes códigos de identificação:
1950012, 1950017, 1950018, 1951001. Além disso, os dados pluviométricos utilizado
possuem um intervalo de pelo menos 5 anos entre eles, são dos seguintes anos: 2018, 2013 e
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2007, dessa forma, será possível fazer uma comparação dos índices pluviométricos destes
anos, já para a confecção dos mapas foi utilizado o software ArcGis versão 10.8.
Primeiramente o MDE foi adicionado no ArcGis para realizar os procedimentos de
delimitação das bacias hidrográficas e extração dos cursos d’água, dentro da área de interesse.
As principais ferramentas utilizadas nesse passo foram: A caixa de ferramentas “Hydrology”,
dentro dela foram utilizadas as ferramentas que serão descritas posteriormente, como a “Fill”,
que fazem o preenchimento das depressões. Para gerar a direção de fluxo da bacia, utilizou a
seguinte ferramenta “Flow Direction”, essa ferramenta mostra o código referente à direção de
escoamento de cada célula. Para gerar o fluxo acumulado, utilizou da seguinte ferramenta
“Flow Accumulation”, neste passo, células com alto valores representam áreas com uma
maior concentração de fluxo.
Em seguida foi necessário gerar um raster com os rios extraídos, utilizando a caixa de
ferramentas “Conditional” e dentro dela utilizou a ferramenta “Con”, assim foi inserida a
fórmula “value > 500”. Posteriormente se fez necessário gerar uma shape das drenagens e em
seguida gerar o limite da bacia hidrográfica, que fez o uso do ponto de exultório
disponibilizado pela professora. A ferramenta utilizada para esse passo se encontra na caixa
de ferramentas “Hydrology”, a ferramenta utilizada foi “Watershed”. O arquivo gerado da
bacia é o do tipo raster, para fazer a conversão para polígono utilizou a ferramenta “Raster to
polygon” que se encontra na caixa de ferramentas “Conversion tools”. Ainda se fez necessário
recorar a camada contento apenas os rios que fazem parte da bacia da área de estudo. Para
realizar este procedimento utilizou-se a ferramenta “Clip”, que se encontra na caixa de
ferramentas “Exytract.
Para a segunda parte da prática, foi necessário consultar o site Sistema Hidroweb da
ANA para verificar a disponibilidade dos dados das estações escolhidas, feita essa
verificação, na planilha salva pelo site com os dados de chuva diários para cada ano coletado,
foi feita uma soma do total de milímetros de chuva por mês e em seguida por ano em relação
ao ano escolhido. Este calculo foi feito para os anos de 2018, 2013 e 2007. Com estes dados
em mão foi feita a interpolação destes dados na área de estudos pelo ArcGis. As ferramentas
utilizadas para este procedimento foram: “‘3D Analyst Tools/Raster Interpolation/IDW”,
usando esta ferramenta de interpolação os dados são interpolados para toda a região
circundada pela localização das estações em um arquivo raster. Para recortar os dados
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interpolados somente dentro da área de estudo, utilizou-se a ferramenta Extract by mask , no


“Arctoolbox/Spatial Analyst Tools/Extraction/Extract by mask”.
Por fim foram geradas as isoietas. Isoietas são linhas que indicam valores de igual
precipitação, medida em milímetros. Para gerar as isoietas, basta acessar a ferramenta
“Contour With Barries” da caixa de ferramenta “Spatial Analyst Tools” e acessar “Surface”.
Finalizado este procedimento, foi feito o layout dos mapas, que ficou a critério de cada
participante do grupo, dessa forma, cada mapa conteve as seguintes informações, título,
legenda, fonte, data dos dados de origem, responsável técnico da elaboração de cada mapa,
grade do sistema de coordenadas, sistema de referência geodésica, orientação geográfica e
escala gráfica.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Como resultado do processamento dos dados, os produtos cartográficos foram


elaborados. Como pode ser observado nas figuras 3, 4 e 5, o índice pluviométrico na sub-
bacia do Rio Paranaíba mantém-se com médias de chuva aproximadas durante os anos
escolhidos, 2013 e 2018.
Vale salientar que o método proposto é o de interpolação de dados. Esses dados
mostram um ambiente genérico na sub-bacia, visto que, a coleta de dados pontuais é inviável.
Os resultados do estudo podem ser usados por órgãos públicos como forma de gerir o
recurso natural, de forma que bacia não sofra com o uso irracional da água.
Os mapas de índice pluviométrico ajudam na tomada de decisões tais como: liberação
de outorga de água para fazendas da região, uso da água para combate de incêndios e uso de
água pela população que mora na área abrangida pela sub-bacia.
A figura 3, mostra o comportamento da sub-bacia no ano de 2007, onde teve uma
média diferente, com diferença de 300mm.
Como apresentam as figuras 4 e 5 com médias menores que a figura 3, deve-se a
diversos fatos, podendo elencar como uma delas ações antrópicas, como o desmatamento.
Figura 3 – Índice pluviométrico da sub-bacia hidrográfica do Rio Paranaíba (2007)

Fonte: Autor (2022)


Figura 4 – Índice pluviométrico da sub-bacia hidrográfica do Rio Paranaíba (2013)

Fonte: Autor (2022).


Figura 5 – Índice pluviométrico da sub-bacia hidrográfica do Rio Paranaíba (2018)

Fonte: Autor (2022)


4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como apresentado ao longo do relatório, pode-se concluir que os mapas de índice


pluviométrico são utilizados para mapear a pluviosidade das bacias hidrográficas, com os
dados adquiridos nos anos de 2007, 2013, 2018. A sub-bacia escolhida mostra o seu
comportamento, para estudos aprimorados, mais anos deveriam ser analisados a fim de
mostrar a eficácia do método.
Essa prática deve ser feita por profissionais competentes e preparados, visto que
tomada de decisões serão embasadas nesse estudo.
Para efeitos de precisão anos inteiros com dados devem ser adotados, descartando
aqueles anos onde não houve dados em algum dos meses do ano.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, EF DA F. DE M.; FÉLIX, RA; NUNES, EFS A BACIA HIDROGRÁFICA
COMO UNIDADE DE ESTUDO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL. REVISTA
BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E LINGUAGEM , v. 3, n. 4. Disponível em:
<https://periodicosonline.uems.br/index.php/educacaoculturalinguagem/article/view/
3266/2607>. Acesso em: 21 dez. 2022.

GOMES, M. O que é e para que serve o Geoprocessamento? Disponível em:


<https://www.unifai.edu.br/pesquisa/publicacoes/professores/sequenciais/o-que-ee-para-que-
serve-o>. Acesso em: 21 dez. 2022.

Modelo Digital de Elevação | IBGE . Disponível em:


<https://www.ibge.gov.br/geociencias/modelos-digitais-de-superficie/modelos-digitais-de-
superficie/10856-mde-modelo-digital-de-elevacao.html?=&t =o-que-e>. Acesso em: 21
dez. 2022.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Malha Municipal, Paraná.


Disponível em: IBGE. https://www.ibge.gov.br/geociencias/organizacao-do-territorio/malhas-
territoriais/15774-malhas.html?=&t=acesso-ao-produto Acesso em: 27 out. 2022.

Landsat - Portal Embrapa. Disponível em: https://www.embrapa.br/satelites-de-


monitoramento/missoes/landsat. Acesso em: 3 nov. 2022.

https://www.cidade-brasil.com.br/municipio-limeira-do-oeste.html

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