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São Luís
Agosto – 2015
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Veruska Costa de Jesus
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Helen Nébias Barreto
São Luís
Agosto – 2015
RESUMO
Palavras-chave: Processamento Digital de Imagem. Uso do solo. Bacia dos rios Urucutiua e
Claro (MA).
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 6
2. OBJETIVOS .................................................................................................................... 8
2.1. Objetivo Geral ................................................................................................................ 8
2.2. Objetivos Específicos ..................................................................................................... 8
3. METODOLOGIA............................................................................................................ 9
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................... 13
4.1. 1a Etapa: Revisão Bibliográfica .................................................................................... 14
4.2. 2a Etapa: Pré-processamento ........................................................................................ 14
4.2.1. Aquisição de imagens ........................................................................................... 14
4.2.2. Georreferenciamento e recorte da área de estudo ................................................. 14
4.2.3. Realce da imagem ................................................................................................. 14
4.3. 3a Etapa: Processamento Digital da Imagem (PDI) ...................................................... 15
4.4. 4a Etapa: Técnicas de Geoprocessamento .................................................................... 16
4.4.1. Correção dos erros gerados no processamento ..................................................... 16
4.4.2. Cálculo da área dos Polígonos ...................................................................... 17
4.4.3. Elaboração de Mapas Temáticos ....................................................................... 17
4.5. 5a Etapa: Pós-processamento ....................................................................................... 17
5. RESULTADOS .............................................................................................................. 18
6. CONCLUSÕES.............................................................................................................. 25
7. CRONOGRAMA DO PLANO DE TRABALHO ...................................................... 26
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 27
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1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
(i) Adquirir imagens de satélite da área das bacias dos rios Urucutiua e Claro – Ilha do
Maranhão;
(ii) Tratar imagens de satélite dentro de um Sistema de Informação Geográfica (SIG);
(iii) Aplicar técnicas de classificação supervisionada nas imagens de satélite;
(iv) Mapear o uso e ocupação do solo das bacias hidrográficas em recorte temporal;
(v) Confeccionar mapas temáticos de uso e ocupação do solo;
(vi) Quantificar resultados obtidos com a metodologia.
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3. METODOLOGIA
Hoje, em nosso mundo tecnológico a observação da superfície terrestre tornou-se
mais eficiente por meio de satélites artificiais. Isso só é possível porque os componentes da
superfície da Terra interagem com a radiação eletromagnética (REM). Essa radiação é o
veículo de toda informação captada pelos sensores abordo dos satélites artificiais, sendo
considerada como ‘termômetros-mensageiros’ do Sensoriamento Remoto (FIGUEREDO,
2005). A Figura 01 representa o Espectro Eletromagnético – que é a distribuição da radiação
eletromagnética, por regiões, segundo o comprimento de onda e a frequência
(FLORENZANO, 2002).
Figura 02: Interação da radiação eletromagnética com algumas substancias da superfície terrestre.
Fonte: FLORENZANO, 2002.
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O presente estudo perpassou por algumas etapas representadas na Figura 05, onde
foi fundamental uma organização sequencial para realização do estudo proposto. As etapas a
seguir demonstram um resumo do processo que envolveu a coleta de dados geoespaciais
brutos e, as fases para transformação desses dados em informação qualitativa e quantitativa
das características das citadas bacias, demonstrando assim um quadro atual que possa servir
de base para gestão dos espaços urbanos dentro de bacias hidrográficas.
1ª etapa
Revisão bibliográfica
PRÉ-PROCESSAMENTO
2ª etapa
Georreferenciamento e
recorte da área de estudo
3ª etapa
PDI
Aplicação da Metodologia
(Classificação Supervisionada)
processamento
TÉCNICAS DE
4ª etapa
Elaboração de mapas
temáticos
PÓS-PDI
5ª etapa
com o objetivo de aumentar a discriminação visual dos alvos pré-definidos (BRITO et al,
2013; FLORENZANO, 2008).
4.3. 3a Etapa: Processamento Digital da Imagem (PDI)
Nesta etapa foi aplicada a classificação supervisionada com o algoritmo de
MaxVer. Com a utilização da ferramenta “Image Classification” contida no ArcGis 10.2 no
modo ArcMap, foram escolhidas 7 amostras de classes distintas ilustradas na Tabela 1. “Esse
conjunto de dados é fornecido ao sistema para que o classificador tenha condições de definir
um diagrama de dispersão em torno da média dos pixels” (FRANÇA et al, 2009).
Tabela 1: Amostras de classes das bacias hidrográficas estudadas
Objeto Descrição Classe
Terreno sem
Solo 1 Solo exposto
vegetação
Vias com
Pavimentação Pavimentação
pavimentação
Após a coleta de uma amostra de cada classe, esse arquivo é salvo em formato
vetorial (.gsg) através da ferramenta “create a signature file” do Arcgis (arquivo de
assinatura). É esse arquivo que será usado pelo algoritmo de MaxVer. O resultado da
classificação é um arquivo em formato matricial (raster) mais simples onde todos os pixels
estão atribuídos a uma classe como mostra Figura 06.
Figura 06: Comparação entre a imagem original (A) e a imagem classificada (B)
Fonte: Elaborada pela autora.
A classificação gera alguns erros em decorrência da aproximação espectral de
alguns alvos, como a exemplo dos prédios em topo de concreto e o terreno arenoso. Diante
desta semelhança o algoritmo pode aleatoriamente classificar o pixel erradamente. Porém,
esses erros podem ser minimizados utilizando técnicas de geoprocessamento.
4.4. 4a Etapa: Técnicas de Geoprocessamento
4.4.1. Correção dos erros gerados no processamento
Através da ferramenta “Conversion Tools” presente na barra de ferramentas
“ArcToolBox” do ArcGIS, é possível converter um raster para arquivo vetorial (.shp). Com
este procedimento foi possível reverter alguns erros gerados na classificação, pois, através da
tabela de atributos deste vetor, vários procedimentos são permitidos inclusive a
reclassificação de polígonos. Esta etapa foi importante para aumentar a acurácia dos
resultados obtidos.
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5. RESULTADOS
Como resultados desta pesquisa, foram gerados os mapas temáticos apresentados
a seguir, a quantificação da área total da mancha urbana para as duas bacias, e a comparação
das bacias hidrográficas entre os anos estudados. As bacias estudadas são próximas
geograficamente (Figura 07) – a 2,8 quilômetros de distância, e possuem área aproximada – a
bacia do rio Urucutiua com 2,66 km² e a bacia do rio Claro com 2,39 km². Porém, a dinâmica
de uso e ocupação do solo nas duas áreas se mostraram distintas.
Figura 08: Mapa de uso e ocupação do solo da bacia do rio Claro referente ao ano 2004.
Fonte: Elaborada pela autora.
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Figura 09: Mapa de uso e ocupação do solo da bacia do rio Claro referente ao ano 2011.
Fonte: Elaborada pela autora.
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Os dois anos de comparação para bacia do rio Claro não se mostraram muito
distintos, o que indica que o processo de ocupação da área da bacia não é recente. Isso pode
ser confirmado pela configuração da área como um todo, onde nos dois períodos (2004 e
2011) verificou-se que os instrumentos urbanos se encontram bem discriminados –
aglomerado de construções comerciais e residenciais, rede viária bem definida, onde duas
grandes avenidas se cruzam no centro da bacia. Os dados quantificados de cada classe são
descritos na Tabela 2.
*Classes: Vegetação: vegetação porte arbóreo e arbustivo; Área urbana: construções residenciais e
comerciais; Solo exposto: terrenos sem cobertura vegetal e vias secundárias sem pavimentação;
Pavimentação: vias com pavimentação.
Fonte: elaborada pela autora
Figura 10: Mapa de uso e ocupação do solo da bacia do rio Urucutiua referente ao ano 2007
Fonte: Elaborada pela autora.
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Figura 11: Mapa de uso e ocupação do solo da bacia do rio Urucutiua referente ao ano 2014.
Fonte: Elaborada pela autora.
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*Classes: Vegetação: vegetação porte arbóreo e arbustivo; Área urbana: construções residenciais e
comerciais; Solo exposto: terrenos sem cobertura vegetal e vias secundárias sem pavimentação.
Fonte: elaborada pela autora.
6. CONCLUSÕES
A utilização de imagens do Google Earth é um ótimo instrumento para o
conhecimento da realidade urbana. As várias empresas que fornecem imagens para o software
em diversas resoluções permitem ao usuário realizar estudos de todos os tipos e em diversas
escalas. O avanço das tecnologias espaciais foi de grande importância para geração de dados
geográficos em curto prazo. Hoje a terra é monitorada 24 horas por dia o que permite ao
homem acompanhar os fatos, e assim traçar estratégias de gestão dos espaços urbanos.
O trabalho realizado com a análise das imagens das áreas das bacias hidrográficas
dos rios Urucutiua e Claro nos permite concluir que:
a) A utilização de imagem de alta resolução espacial (1 metro) mostrou-se adequada, pois,
uma resolução mais baixa não permitiria a discriminação dos objetos da cena;
b) O método supervisionado com a utilização do classificador de MaxVer por ser simples,
atendeu as expectativas de conhecimento da mancha urbana em ambas as bacias;
c) As imagens do software Google Earth, além de adequadas, foram importantes por já se
encontrarem com certo grau de processamento – as bandas já vêm unidas em composição
colorida, o que diminuiu o tempo gasto com o processamento;
d) O software utilizado no processamento – ArcGis 10.2, embora não seja um software
voltado para o Processamento Digital de Imagens, correspondeu às expectativas do estudo.
Em geral os resultados obtidos foram satisfatórios e representa grande importância
na compreensão dos resultados do projeto concomitante de “Avaliação e monitoramento da
qualidade das águas superficiais das bacias hidrográficas dos rios Urucutiua e Claro, Ilha do
Maranhão – MA”. Muitos dos resultados encontrados nas análises de água – como coliformes
fecais – é um reflexo dos processos que a urbanização acarreta em corpos hídricos. Durante a
primeira fase de execução do projeto, ocorreram visitas periódicas ao local, que serviram para
reafirmar que os processos erosivos causados pela exposição do solo constatados nas imagens,
realmente estão afetando de forma negativa as bacias, causando o assoreamento destas.
Com os fatos constatados tanto na fase de estudo in loco como na pesquisa através
de sensoriamento remoto, se tem um produto que retrata a realidade atual das citadas bacias.
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2014 2015
Atividades Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
Levantamento
bibliográfico e
x x x
aquisição de
imagens
Delimitação
x x
de bacias
Classificação
x x x
das imagens
Elaboração e
confecção de x x x
mapas
Trabalhos de
x x x x
campo
Discussão dos
x x
resultados
Artigo
científico e
x x x x x x x x x
Relatório
Final
27
REFERÊNCIAS